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Composição de Transformações Lineares

Inversa de uma Transformação Linear

Composição e Inversa de Transformações


Lineares e Matrizes

Prof. Márcio Nascimento


marcio@matematicauva.org

Universidade Estadual Vale do Acaraú


Centro de Ciências Exatas e Tecnologia
Curso de Licenciatura em Matemática
Disciplina: Álgebra Linear - 2015.1

5 de agosto de 2015

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Composição de Transformações Lineares
Inversa de uma Transformação Linear

Sumário

1 Composição de Transformações Lineares

2 Inversa de uma Transformação Linear

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Inversa de uma Transformação Linear

Sumário

1 Composição de Transformações Lineares

2 Inversa de uma Transformação Linear

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Composição de Transformações Lineares
Inversa de uma Transformação Linear

Composição de Transformações Lineares


Sejam T : E −→ F e S : F −→ G transformações lineares e U, V
e W bases de E , F e G respectivamente. Então, a composta
S ◦ T : E −→ G é linear e

[S ◦ T ]UW = [S]VW .[T ]UV

T S

E G

S ◦T
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Exemplo
No plano, uma 0
√ rotação anti-horária de 45 é seguida por uma
dilatação de 2. Ache a aplicação A que representa esta
transformação do plano.


2
T (x, y ) = (x − y , x + y ) A = S(T (x, y )) = (x − y , x + y )
2

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Vamos refazer o exemplo usando matrizes.


A primeira transformação, T : R2 −→ R2 , rotaciona um vetor
v = (x, y ) num ângulo de θ = 450 no sentido anti-horário.
Considerando a base canônica, temos:
v = (x, y ) = x.e1 + y .e2 e T (x, y ) = xT (e1 ) + yT (e2 )
T (e1 ) é o vetor obtido da rotação de e1 = (1, 0), isto é,

T (e1 ) = (cos θ)e1 + (senθ)e2

Da mesma forma,

T (e2 ) = (−senθ)e1 + (cos θ)e2

Daı́, a matriz da transformação linear com relação às bases


canônicas, é:  
cos θ −senθ
[T ] =
senθ cos θ
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cos θ −senθ
[T ] =
senθ cos θ

Assim, dado v = (x, y ), temos:


   
cos θ −senθ x
[T (x, y )] = .
senθ cos θ y
Sendo θ = 450 , segue que
√     √  
2 1 −1 x 2 x −y
[T (x, y )] = . =
2 1 1 y 2 x +y

Ou, equivalentemente,

2
T (x, y ) = (x − y , x + y )
2

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Vejamos agora como obter a transformação


√ S usando matrizes.
Lembrando que S é a dilatação de d = 2.
Seja w = (r , s). Considerando a base canônica, temos:
w = (r , s) = r .e1 + s.e2
Sendo S linear, temos: S(w ) = r .S(e1 ) + s.S(e2 )
S(e1 ) é a dilatação de d de e1 = (1, 0). Portanto,

S(e1 ) = (d, 0) = d.e1 + 0.e2

pois o comprimento de S(e1 ) é d vezes o comprimento de e1 .


Pelo mesmo motivo,

S(e2 ) = (0, d) = 0.e1 + d.e2

Assim, a matriz da transformação linear S com relação às


bases canônicas é:  
d 0
[S] =
0 d
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d 0
[S] =
0 d
Logo, para w = (r , s), temos:
   
d 0 r
[S(r , s)] = .
0 d s

Sendo d = 2, segue-se que
√ 1 0 √ r
     
r
[S(r , s)] = 2 . = 2.
0 1 s s
Ou, equivalentemente,

S(r , s) = 2.(r , s)
Daı́, a composta S ◦ T pode ser obtida da seguinte forma:
       
x d 0 cos θ −senθ x
[(S ◦ T )(x, y )] = [S ◦ T ]. = . .
y 0 d senθ cos θ y
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Quando d = 2 e θ = 450 , então

√ √ 
2 2

 2 2 
  √    
x 2 √0  x
[(S ◦ T )(x, y )] = [S ◦ T ]. = . √ √  .
y 0 2   y
2 2
2 2
 
x −y
=
x +y

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1 Composição de Transformações Lineares

2 Inversa de uma Transformação Linear

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Transformação Inversa
Uma transformação T : E −→ F injetiva e sobrejetiva, isto é, um
isomorfismo, possui inversa T −1 : F −→ E .


Lembrando que se T é um isomorfismo, então N(T ) = { 0 E }
e Im(T ) = F . Assim, pelo Teorema da Dimensão,
dim E = dim F .

− →

Sendo T injetiva, T (v ) = 0 F se, e somente se, v = 0 E .

− →

Portanto, T −1 (w ) = 0 E se, e somente se, w = 0 F .


Conclusão: N(T −1 ) = { 0 F }.
Teorema da Dimensão para T −1 :
dim F = dim N(T −1 ) + dim Im(T −1 ). Como dim F = dim E e
T −1 é injetiva, segue-se que dim E = dim Im(T −1 ), ou seja,
T −1 também é sobrejetiva.
Assim, se T : E −→ F é um isomorfismo, então
T −1 : F −→ E também é.
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Teorema
Seja T : E −→ F uma transformação linear injetiva e sobrejetiva
(isomorfismo). Sejam B e B 0 bases de E e F respectivamente.
Então
0 B −1
[T −1 ]B

B = [T ]B0

Considere as transformações T : E −→ F , T −1 : F −→ E e
I : E −→ E tal que I (v ) = v .
Então T −1 (T (v )) = v = I (v ).
Logo, [T −1 ◦ T ]B B
B = [I ]B
0
Como já sabemos, [T −1 ◦ T ]B
B = [T
−1 ]B .[T ]B e [I ]B = I
B B0 B
0
Logo, [T −1 ]B B
B é a matriz inversa de [T ]B0 .


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Exercı́cio
Seja T : P3 −→ R2×2 a transformação
 linear
 definida por
a0 2a1
T (a0 + a1 x + a2 x 2 + a3 x 3 ) = . Considerando as bases
−a3 a2
canônicas de cada espaço, verifique se T é isomorfismo e, em caso
afirmativo, encontre a inversa de T .
Bases: B = {u1 , u2 , u3 , u4 } = {1, x, x 2 , x 3 }
       
1 0 0 1 0 0 0 0
B 0 = {v1 , v2 , v3 , v4 } = , , ,
0 0 0 0 1 0 0 1
 
1 0
T (u1 ) = = 1.v1 + 0.v2 + 0.v3 + 0.v4
0 0
0 2
T (u2 ) = = 0.v1 + 2.v2 + 0.v3 + 0.v4
0 0
 
0 0
T (u3 ) = = 0.v1 + 0.v2 + 0.v3 + 1.v4
0 1
 
0 0
T (u4 ) = = 0.v1 + 0.v2 + (−1).v3 + 0.v4
−1 0
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Daı́, a matriz de T é:


 
1 0 0 0
0 2 0 0
[T ] =  
0 0 0 −1
0 0 1 0

Veja que dim Im(T ) = posto([T ]) = 4. Portanto,


dim Im(T ) = dim R2×2 e a transformação é sobrejetiva.
Além disso, dim N(T ) = nulidade([T ]) = 0, isto é, T é
injetiva.
Sendo T um isomorfismo, existe T −1 . Mais ainda:
 
1 0 0 0
0 1 0 0
[T −1 ] = [T ]−1 =  2
0 0 0 1

0 0 −1 0

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 
1 0 0 0
0 12 0 0
[T −1 ] = 


0 0 0 1
0 0 −1 0

[T −1 (A)]B = [T −1 ].[A]B0
     
1 0 0 0 a11 a11
0 1 0 0 a12  ( 1 a12 )
[T −1 ([aij ]2×2 )]B =  2     2
0 0 0 1 . a21  =  a22 

0 0 −1 0 a22 −a21
 
a11 a12
T −1 = a11 .u1 + ( 21 a12 ).u2 + a22 .u3 − a21 .u4
a21 a22
 
−1 α β
T = α + ( 21 β).x + θ.x 2 − γ.x 3
γ θ

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Teorema
Sejam T : E −→ F uma transformação linear e B e B 0 bases de E
e F respectivamente. Então T e inversivel se, e somente se,
0
det[T ]B
B 6= 0

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