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A atual pandemia de Covid-19 não apenas destaca, mas também exacerba a extrema

desigualdade no Brasil. Por exemplo, segundo dados da cidade de São Paulo, a probabilidade
de morte pelo coronavírus na periferia é de três a dez vezes a da região central da capital.

Três quartos dos brasileiros não possuem plano de saúde, que depende inteiramente do SUS,
mas apenas metade dos 55.101 leitos de UTI do país é da rede pública.

Como resultado da mineração e outras atividades ilegais em suas terras, os povos indígenas
também estão expostos ao vírus. Segundo estudo da Unicamp, 13 terras indígenas são
consideradas gravemente vulneráveis e 85 gravemente vulneráveis.

A desigualdade evidenciada e exacerbada pela pandemia não se limita ao setor da saúde.


Segundo estudo do Cebrap, mulheres e negros são os mais afetados pela crise do coronavírus
e os mais afetados pela política de distanciamento social.

Desigualdades educacionais também estão sendo muito bem pontudas, já que boa parte das
crianças que habitam lugares densos e com um raso acesso a equipamentos celulares e
internet, são fortemente afetadas pelo fechamento das escolas em meio à quarentena. Além
disso, seus pais não possuem tempo suficiente para ajudá-las com as tarefas, visto que grande
parte deles precisa continuar trabalhando fora de casa por horas absurdas e intensas.

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