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Mas, esse não é um desafio novo, desde os tempos da igreja primitiva que
os cristãos vem sendo exortados e desafiados a vencer a ansiedade,
principalmente quando estão passando por momentos de sofrimento.
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Tiago nos traz uma ilustração da agricultura que deixa o seu ensino ainda
mais prático e claro de se entender.
Do mesmo modo, assim com o agricultor que espera com paciência pelo
fruto de sua plantação, nós também que aguardados às bênçãos da
eternidade, devemos esperar com paciência pela vinda de Jesus.
Essa verdade nos ensina mais uma vez que esperança do crente não se
limita e nem pode depender das coisas desse mundo.
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Por isso, a importância de fortalecer nossos corações na esperança da
vinda do Senhor (v.8a).
Os nossos olhos devem estar sempre voltados para o alto, para o
futuro glorioso que se aproxima, porque, logo-logo o Senhor trará
soluções definitivas para todos os problemas do sofrimento humano
que foram gerados pelo pecado.
Mas, enquanto o Senhor não volta, essa mesma esperança deve
influenciar as nossas atitudes desde já, ainda no presente.
II.1. Manifestemos paciência em nossos relacionamentos fraternos
(5:9).
Nesse versículo nove (5.9), Tiago retoma a exortação anterior, no qual
alerta para não maldizer o irmão e nem antecipar um julgamento que
somente o Senhor pode fazer (ver Tiago 4.11,12).
Aqui vale abrir um parêntese para relembrar que a ordenança de não
julgar o outro não impede a prática da disciplina eclesiástica, a qual
também é ordenada pela Escritura.
Julgar é diferente de aplicar disciplina. O julgamento aplicado por nós é
veneno e mata, mas a disciplina é um santo remédio, amargo, mas que
produz cura. Portanto não façamos confusão entre essas duas práticas.
Quando se falar em julgar, diz respeito a um ato que é próprio do
Senhor, o justo Juiz, que está vindo justamente para fazer isso através
do juízo final.
Cristo vem para julgar os vivos e os mortos e esse juízo vai proferir
uma sentença definitiva, sem possibilidade de ser revogada (vide, credo
apostólico).
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Sendo assim, tenhamos mais paciência no trato uns com os outros,
sempre que for necessário ande mais uma ou duas milhas junto com o
seu irmão.
II.2. Sigamos exemplos bíblicos de paciência:
a) A paciência dos profetas:
Os profetas foram homens que andaram com Deus, ouviram a voz de
Deus, falaram em nome de Deus, mas passaram também por grandes
aflições.
Mas, nem por isso, os profetas deixaram de esperar com paciência no
Senhor, mesmo tendo morrido sem ver o cumprimento pleno de suas
profecias em seu próprio tempo.
Isaías não foi ouvido pelo seu povo; Jeremias foi jogado num poço e
maltratado por pregar a verdade. Daniel foi jogado na cova dos leões.
Estêvão foi apedrejado e Paulo foi perseguido e preso várias vezes, até
o seu martírio.
Quando você estiver enfrentando sofrimento, não coloque em dúvida
o amor de Deus, pois pessoas que andaram com Deus como você,
também passaram pelas aflições.
Alegue-se na esperança da volta de Cristo e seja paciente na
tribulação (Rm 12:12)!
b) A paciência dos patriarcas (Jó):
Não sabemos com precisão em que tempo viveu Jó, os estudiosos o
consideram como um homem do período patriarcal.
O que sabemos de fato é que era um homem íntegro, que temia a
Deus e se afastava do mal (Jó 1.1).
Jó foi um dos personagens bíblicos mais provados e afligidos pelo
sofrimento. Jó perdeu todos os seus bens, perdeu todos os seus filhos,
perdeu a sua saúde (Jó 1.22; 2.10), Jó perdeu o apoio da sua mulher, Jó
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perdeu o apoio dos seus amigos. E, para agravar os seus sofrimentos,
Deus não respondia aos seus “porquês”.
Mas, mesmo em meio ao seu terrível sofrimento, ele disse para Deus:
“Eu sei que o meu Redentor vive...” (Jó 19.25).
Resultado: No final do livro de Jó, podemos ver que Deus restaura a
sorte de Jó, restituindo tudo que foi perdido.
Jó nos dá testemunho de que Deus deu a ele muito mais do que
possuía antes, Jó esperou pacientemente no Senhor e Deus revelou a
ele a glória de seu caráter “Eu te conhecia só de ouvir, agora os meus
olhos de veem” Jó 42.5.
O exemplo dos profetas e do patriarca Jó destaca o caráter de Deus,
como digno de confiança. Todos eles esperaram com paciência e
experimentaram as bênçãos da graça do Senhor.
Mantenha sua fé firme no Senhor e espere com paciência, pois ele
haverá de se manifestar a nós como um Deus cheio de bondade e
misericórdia (Tiago 5.11).
Conclusão:
A perspectiva futura da vinda do Senhor deve produzir resultados
práticos na vida dos cristãos ainda no presente.