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Assim como os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, o Evangelho de João também nos fala
com particularidade da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Todos eles são enfáticos em anunciar que Cristo morreu pelos nossos pecados, mas e quanto a
ressurreição, qual foi o seu proposito dentro do plano de Deus?
O resultado final do estado de humilhação de Jesus até a sua morte na cruz foi a sua
ressurreição dentre os mortos.
E esta ressurreição não foi apenas um “reviver” como foi o caso de Lázaro (João 11:1-44) e
outros que foram ressuscitados por Jesus. Pois se fosse assim, Jesus continuaria sujeito à
fraqueza e ao processo de envelhecimento e, certamente, morreria de novo como todos os
outros seres humanos.
A ressurreição de Jesus foi a estreia de uma nova classe de vida humana, na qual o seu corpo
físico foi gloriosamente transformado e revestido de perfeição.
O corpo da ressurreição de Jesus não estava mais sujeito ao envelhecimento, fraqueza e morte.
Trata-se de um corpo habilitado para viver para sempre na eternidade.
Jesus é chamado de “o primogênito de entre os mortos” (Cl 1.18) porque ele foi o primeiro a
ressuscitar em glória e a receber um corpo glorificado.
A ressurreição de Jesus se fez necessária para que o resultado consequente de sua justiça e
retidão fosse declarado e então ele pudesse passar do estado de humilhação para o estado de
glorificação.
Logo depois de apresentar o ápice da auto humilhação por sua morte na cruz Paulo declara
como resultado em Fp 2.9-11 que: “também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que
está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e
debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus pai”.
Como nosso mediador e substituto legal, Cristo satisfez as exigências da lei de Deus (em todos
os seus aspectos: moral, civil e cerimonial):
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1) Por sua vida de perfeita obediência, Cristo satisfez as exigências da lei de Deus e,
tornou-se merecedor e digno da vida eterna;
2) Por sua entrega voluntária à morte, Cristo cumpriu a penalidade de nossos pecados.
O morte não podia retê-lo (Atos 2.24), porque de acordo com a justiça de Deus, Jesus tinha que
ser ressuscitado para que fosse declarada a sua justificação pela lei e ele pudesse receber
publicamente a sua devida recompensa e glorificação.
Evidentemente, Paulo está dizendo que, se seguirmos Cristo humilhando-nos a nós mesmos,
Deus nos exaltará juntamente com Jesus.
A grande benção de seguir a Jesus (em seu exemplo de servo) é que, assim como ele foi
exaltado, nós também o seremos:
“humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos
exalte” (1Pe 5:6).
Até que a nossa glorificação com Cristo seja plenamente realizada (na segunda volta de Cristo),
existe algumas etapas que se antecedem:
II.1. REGENERADOS.
A ressurreição de Cristo garante nossa regeneração: Pedro diz que "por Sua grande
misericórdia, nos regenerou pela ressurreição de Jesus Cristo, por isso temos uma viva
esperança" (1 Pedro 1:3).
Pedro liga a ressurreição de Jesus diretamente com a nossa regeneração ou novo nascimento.
Em sua ressurreição, Jesus conquistou para nós uma vida nova como a sua.
No entanto, nós não recebemos toda a "vida de ressurreição" quando nos tornamos cristãos,
porque os nossos corpos ainda permanecem sob os efeitos do pecado, sujeito à fraqueza,
envelhecimento e morte.
Por isso, é através da Sua ressurreição que Jesus conquistou para nós um novo tipo de vida que
recebemos quando "nascemos de novo" pela fé em Cristo.
É por isso que Paulo pode dizer que Deus "nos deu vida com Cristo, quando ainda estávamos
mortos em nossos delitos"(Ef 2:1).
Também em Efésios 1:19-20, Paulo diz que o poder pelo qual Deus ressuscitou Cristo dentre os
mortos é o mesmo poder que está operando dentro de nós.
Para que vivamos uma vida nova de santificação, como mortos para o pecado e vivos para Deus
em Cristo Jesus "(Romanos 6:4, 11).
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II.2. JUSTIFICADOS.
A ressurreição de Cristo garante a nossa justificação. Paulo diz que Jesus "foi entregue à
morte por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação" (Romanos 4:25).
Ao ressuscitar e exaltar a Cristo, Deus, o Pai, estava na verdade dizendo que o sacrifício de
Cristo por nossos pecados foi aprovado por sua justiça.
A tarefa foi cumprida, não havia mais nenhuma penalidade para pagar pelo pecado, já não
havia mais culpa ou dívida para ser paga.
Uma vez que estamos unidos a Cristo em sua ressurreição, somos efetivamente recebidos
como justos e inculpáveis diante de Deus.
Conforme Rm 5.1, estamos liberados para acessar sua presença em paz e podemos desfrutar
da comunhão como o Senhor.
II.3. SANTIFICADOS.
A ressurreição também tem aplicação em nossa obediência a Deus nesta vida. Depois de uma
longa reflexão sobre a ressurreição, Paulo conclui encorajando seus leitores:
"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do
Senhor, sabendo que o vosso trabalho no Senhor não é em vão "(1 Cor. 15:58).
É porque Cristo ressuscitou dos mortos, devemos nos sentir encorajados para continuar firmes
na obra do Senhor.
Porque Cristo ressuscitou, devemos redirecionar nossas mentes nas coisas do céu:
Ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à
mão direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas coisas da terra, porque vós morrestes
e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, aparecer,
então também vós vos manifestareis com ele em glória. (Col 3:1-4).
Devemos usar o poder da ressurreição de Cristo que opera em nós pelo Espirito Santo para
neutralizar a influência do pecado em nossas vidas.
De modo que possamos de fato viver em novidade de vida, para a glória de Deus nosso Pai.
III. CONCLUSÃO:
Depois da nossa regeneração, justificação e santificação, todos nós, os fiéis e sinceros crentes
no Senhor Jesus, serão plenamente glorificados.
A ressurreição de Cristo nos assegura que também receberemos corpos perfeitos e glorificados
a semelhança do corpo de Cristo.
"Pelo seu poder Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará" (1 Coríntios 6:14).