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Belmiro Yahaia
Bertina Tomas
Ernestina Jaime
Lidia Adelino
Anelda A. Haqui
Hermina Maria Augusto Rumeque
Femida A. Ali
João José Matias
Resumo de seminários
Universidade Rovuma
2023
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Belmiro Yahaia
Bertina Tomas
Ernestina Jaime
Lidia Adelino
Anelda A. Haqui
Hermina Maria Augusto Rumeque
Femida A. Ali
João José Matias
Resumo de seminários
Universidade Rovuma
2023
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................4
a) Objectivo Geral......................................................................................................4
b) Objectivos Específicos...........................................................................................5
2. Fundamentação teórica...........................................................................................5
5.3.1. Características...................................................................................................27
6. Método qualitativo...................................................................................................35
7.7. Objectivos.............................................................................................................42
9. A Execução do Plano...............................................................................................50
4
10 Conclusão...................................................................................................................56
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema a resumo dos seminários ou seja a sistematização
dos conteúdos de planificação em edução. Planificar significa fazer a previsão das
actividades que o professor irá desenvolver na sala de aula. Definir os objectivos
institucionais ou específicos, seleccionar os métodos e meios de ensino a serem
utilizados, definir as actividades do professor e dos alunos em cada uma das funções
didácticas. A educação é, sem dúvida, um pilar fundamental da sociedade humana. Ao
longo de toda a História, muitos foram os que compreenderam a importância de saber
ler, escrever e contar. Com o tempo, percebeu-se que a educação era muito mais que
adquirir determinadas bases, era necessário ir mais além. Nesse sentido, o acesso à
educação, que se fazia apenas em meios mais intelectuais e elitistas, vê no século XIX
uma significativa alteração de paradigma. Defende-se o seu alargamento a todos e, a
partir dessa concretização, a educação passou a estar no centro da vida das
comunidades.
a) Objectivo Geral
Compreender sobre a planificação na Educação;
b) Objectivos Específicos
Identificar os diferentes tipos e componentes da planificação na Educação;
Explicar os diferentes tipos e componentes da planificação na Educação;
Descrever os factores que impulsionam a planificação na Educação;
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2. Fundamentação teórica
Os professores buscam, em sua maioria, conteúdos que sejam mais significativos, que
estejam mais presentes no quotidiano do aluno, fazendo adaptações quando necessário,
tendo como o livro didáctico e a internet suas principais fontes de consulta.
Por fim, detectou-se que pouco menos da metade dos professores ainda se encontram
presos aos livros didácticos, currículos e PCN’s. Estas ferramentas que deveriam nortear
o ensino, mas acabam por limitá-lo criando a ilusão de que o professor não possui
autonomia no momento da selecção do conteúdo, e por outro lado indica tendência à
padronização do mesmo.
Flexibilidade, esse critério indica a flexibilização e adaptação dos conteúdos diante das
necessidades e interesse dos alunos.
Significação, todo conteúdo deve ser relacionada com a história de vida do aluno,
tomando-o mais significativo.
Analisar a actividade profissional que será desempenhada pelo aluno, identificando sua
relação com os objectivos terminais e parciais do curso;
Sistematicidade: escolha dos conteúdos que tenham uma ordenação numa sequência
lógica, coerente com o desenvolvimento do curso e o tipo de actividade que será
realizada pelo aluno;
Conexão com outros conteúdos da mesma disciplina com os quais contribui para a
formação do homem e do profissional;
Tempo disponível: é outro critério a ser considerado na selecção de conteúdos pois não
adianta escolher um número grande de assuntos se não se dispõe de tempo suficiente
para trabalhar todos eles. Assim, faz-se necessária uma triagem e escolha do que
realmente é básico para a profissão e que pode ser bem trabalhado no tempo que se
dispõe;
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Para que o Modelo dos Conteúdos, que envolve os conteúdos específicos e os não
específicos, possa ser aplicado com sucesso faz-se necessário preparar os professores e
para isso se propõe:
Cabe destacar que, no seu sentido mais lato, a planificação tem lugar em quase todas as
alturas da vida quotidiana. Por exemplo, sempre que uma pessoa decida apanhar um táxi
para chegar a um determinado lugar, é sinal que terá planeado uma forma de viajar com
rapidez e eficácia. No entanto, a planificação pode ocorrer a longo prazo e com decisões
que envolvam milhares de pessoas, como poderá ser o caso da planificação levada a
cabo no seio de uma grande corporação multinacional.
Plano é um documento utilizado para o registo de decisões do tipo: o que se pensa fazer,
como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir plano é
necessária a discussão (planeamento) sobre fins e objectivos, culminando com a
definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se pode responder as questões
indicadas acima. O plano é a "apresentação sistematizada e justificada das decisões
tomadas relativas à acção a realizar." Plano tem a conotação de produto do
planeamento. Ele é na verdade um guia com a função de orientar a prática, é a
formalização do processo de planejar.
Quanto ao âmbito temporal, a planificação pode ser a curto, médio ou longo prazo; de
acordo com a sua especificidade e a frequência de aplicação, pode-se falar de
planificação específica, técnica ou permanente; por fim, se tivermos em conta a sua
amplitude, a planificação pode dividir-se em estratégica, táctica, operativa ou
normativa.
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Por outro lado, a atitude tomada dentro do processo de planificação pode classificar-se
em reactiva (quando as acções se focalizam no seguimento do estado actual da
organização), activa (são propostas alterações para manter a organização vigente) ou
interactiva (orientada para ter controlo sobre o futuro).
A planificação é uma ferramenta que pode ser utilizada em diferentes áreas, por
exemplo: um professor precisa realizar a planificação de aula ou de um seminário. E
quanto maior o grau da planificação, então mais fácil será obter os resultados desejados,
e com menor esforço.
As leis que actuam para conduzir a economia planificada diferem das em curso nos
países capitalistas. Sendo que nos países onde há esse tipo de economia predominam um
governo autoritário (ditadura).
Temos como exemplo a lei da “oferta e da procura”, qual não encontra-se em países
com uma economia planificada. Nisso, não há alteração de preços em produtos com
menor ou maior procura. E como nesse modelo económico, toda a produção é sofre
planificação, raramente ocorre excesso ou escassez de produtos.
Segundo Perrenoud (1997, p. 66) referiu que o professor deve estar preparado para o
imprevisível, mas esse imprevisível a que se refere Perrenoud (1997, p. 66) é para
adaptar e actuar, o que só acontecerá se tiver elaborado uma boa planificação.
A planificação anual, como qualquer outro tipo de plano, não pode ser pensada no
vazio. Tratando-se de um instrumento de clarificação e gestão das operações educativas
assumidas num determinado momento, deve derivar das opções das pessoas envolvidas
tendo em linha de conta as componentes que a integram, nomeadamente ao nível do
contexto, do conhecimento dos alunos, do programa da disciplina, da distribuição dos
conteúdos, das metodologias e das actividades a implementar. Deverão também ser
considerados as fases ou momentos para a sua realização, ou seja, deverá ser definido o
número de aulas para cada tema. O plano anual traduz a direcção que os professores
pretendem seguir, é uma espécie de farol que aponta uma rota entre várias e possíveis
opções. Existem muitas e variadas formas de elaborar a planificação, cabendo ao
professor ou ao grupo disciplinar adoptar um modelo entre os diversos que existem de
acordo com a sua concessão do ensino e aprendizagem.
De acordo com Silva (1983) existem três aspectos importantes a ter em consideração na
elaboração do plano anual para que este ofereça garantias de se tornar
eficiente: ser elaborado em equipa com espírito de colaboração entre os docentes do
grupo disciplinar, ser elaborado antes do início da actividade lectiva e ser registado por
escrito, tornando-o num documento de consulta. Existem vários modelos de planos
anuais, cabendo a cada grupo disciplinar decidir que modelo adoptar. A elaboração de
uma boa planificação anual poderá ser fundamental para a construção de boas
planificações de médio e curto prazo.
Para freseando Arends (2008, p. 92), uma boa planificação, para além da distribuição do
tempo, refere os métodos de ensino porque se optou e a criação de um ambiente de
trabalho que permita e potencie a aprendizagem. Este autor refere que, segundo Clark e
Yinger, os professores em média gastam cerca de 10% ou 20% do seu tempo semanal a
elaborarem planificações.
4.2. Planificações de Longo Prazo
Na elaboração deste plano deverá ter-se em linha de conta todos os documentos legais
nacionais, tais como os programas das disciplinas, e locais, como o Projecto Educativo
de Escola, Projecto Curricular de Escola e o Projecto Curricular de Turma. Deverá
também ser levado em consideração, o contexto temporal disponível para trabalhar,
definindo o número de aulas para cada um dos temas. O ideal será ter um plano
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adequado a todas as turmas daquele ano. No entanto, este também deverá estar adaptado
ao projecto curricular de cada turma.
4.3. Importância de planificação a longo prazo
De acordo com Silva (1983) existem três aspectos importantes a ter em consideração na
elaboração do plano anual para que este ofereça garantias de se tornar eficiente: ser
elaborado em equipa com espírito de colaboração entre os docentes do grupo
disciplinar, ser elaborado antes do início da actividade lectiva e ser registado por escrito,
tornando-o num documento de consulta. Existem vários modelos de planos anuais,
cabendo a cada grupo disciplinar decidir que modelo adoptar. A elaboração de uma boa
planificação anual poderá ser fundamental para a construção de boas planificações de
médio e curto prazo.
Planificar exige persistência, mas também flexibilidade, pois segundo Damião (1996, p.
40), ela torna-se contraproducente quando não é adaptada às necessidades dos alunos.
Concluímos que o plano de aula tem muitas vantagens, mas temos de perceber que nem
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Qualitativos;
Quantitativos.
A Regressão Linear: Algumas vezes estamos interessados em saber não apenas se existe
associação entre duas variáveis quantitativas x e y, mas nós temos também uma hipótese
a respeito de uma provável relação de causa e efeito entre variáveis. Desejamos saber se
y “depende” de x. Neste caso, y é chamado de variável dependente ou variável resposta,
e x é chamado de variável independente. Na regressão linear, temos a hipótese de que o
valor de y depende do valor de x e expressamos matematicamente esta relação por meio
de uma equação, assumindo que a associação entre x e y é linear, ou seja, descrita
adequadamente por uma recta. A regressão é usada basicamente com duas finalidades:
de previsão (prever o valor de y a partir do valor de x) e estimar o quanto x influencia
ou modifica y.
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Método de ensino é o modo de gestão da rede de relações que se estabelecem entre o
formador, o formando e o saber no seio de uma situação de formação (Pinheirio e
Ramos).
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Método expositivo
Elaboração conjunta
Trabalho independente
nos ser de fácil uso no processo de ensino aprendizagem. Por outro lado, devemos notar
que a utilização dos métodos de ensino no PEA não ocorre nem deve ser de forma que
se utiliza preferencial e exclusivamente um determinado método de ensino; a
combinação e a alternância dos métodos de ensino é uma das estratégias pedagógicas
importantes na utilização dos métodos de ensino. Ela enriquece o conjunto das relações
entre o professor e o aluno/formando, para além de quebrar uma possível sensação de
monotonia.
5.3.1. Características
Caracteriza–se por uma maior actividade visível do professor e por uma atitude de
aprendizagem receptiva por parte dos alunos: o professor [ou aluno(s)] expõe a
matéria e os alunos «recebem-na». Isto acontece quando se sabe que as
«exposições» do professor só são «recebidas» pelos alunos se o professor conseguir
estimular a actividade independente destes.
Quando se aplica
Potencialidades
Perigos/inconveniências
Perda de atenção/concentração, resultando em baixa qualidade de aprendizagem;
Formas de realização
Primeiro, é preciso notar que somente podem ser esgotadas todas as possibilidades que
oferece o método de ensino expositivo quando o professor explora convenientemente
todas ou a maior parte das formas ou possibilidades de aplicação deste método, as quais
são as seguintes: a exemplificação, a demonstração, a ilustração e a exposição.
Forma i):
A exemplificação
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Forma ii):
A ilustração e a demonstração
A exposição oral é a principal forma do método expositivo, sobretudo nos lugares onde
não é possível levar os alunos directamente aos fenómenos em sua forma original ou
representativa através da exemplificação ou da demonstração. Para que ela seja
produtiva, o formador deve conhecer e dominar as técnicas da exposição–o domínio da
voz e do gesto, organização dos materiais de suporte e de gestão do tempo, etc.
Podemos considerar um conjunto de regras, ou melhor, de conselhos, que cada um pode
adaptar ao seu estilo pessoal:
O discurso escrito e o discurso oral são diferentes e, por consequência, o formador não
pode numa aula ler um texto que antecipadamente escreveu. Convém, portanto, não ler
notas escritas, mas apenas percorrer algumas palavras-chave;
Convém ser–se afirmativo, simples e preciso. O melhor estilo é aquele que é composto
por frases positivas curtas, simples e independentes. O excesso de frases negativas
provoca uma maior dificuldade de compreensão;
O olhar, a voz, a postura – é necessário olhar os formandos nos olhos, sem, no entanto,
os fixar, para sentirem o reflexo da segurança. O tremor da voz trai qualquer exposição
e quando nos apercebemos do tremor, este tende a acentuar–se. O ritmo da voz também
é importante, havendo toda conveniência em introduzir alguns silêncios entre as frases.
Uma boa postura facilita uma melhor ventilação dos pulmões e toda a nossa energia se
deve concentrar no que dizemos, não se devendo perder em aspectos secundários.
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Sendo esta variante ser, por vezes, predominante nos formadores, não é aconselhável a
sua utilização muito frequente e por longos períodos de tempo, sob pena de a
passividade dos formandos vir a atingir níveis demasiado elevados.
O método de trabalho independente caracteriza–se por uma maior actividade visível dos
alunos, individualmente ou em grupo. É por isso que a auto actividade e a
independência experimentam aqui sua máxima expressão, uma vez que o método de
trabalho independente consiste de tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que
os alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. Jessipow cita duas
características do trabalho independente dos alunos:
É uma tarefa posta pelo professor dentro dum tempo razoável para que os alunos
possam soluciona–la;
É uma necessidade resultante da tarefa que têm o(s) aluno(s) de buscar e tomar as
melhores vias para sua solução, pondo em tensão suas forças.
b. Quando se utiliza
c. Potencialidades
Eleva os rendimentos de aprendizagem nos alunos, levando a um maior
desenvolvimento das habilidades de aprendizagem e a uma aprendizagem mais eficaz;
d. Perigos
e. Algumas orientações
Forma i): Estudo dirigido individual ou em grupo. Ele se cumpre basicamente por meio
de duas funções: a realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos e
habilidades que se seguem à explicação do professor; e a elaboração de novos
conhecimentos a partir de questões sobre problemas diferentes daqueles resolvidos na
turma.
Forma ii): Fichas didácticas, a pesquisa escolar (resposta a questões com consulta a
livros ou enciclopédias) e a instrução programada. As fichas didácticas englobam fichas
de noções, de exercícios e de correcção. Cada tema estudado recebe uma numeração de
acordo com a sequência do programa. Os alunos vão estudando os conteúdos,
resolvendo os exercícios e comparando as suas respostas com as quais estão contidas
nas fichas de correcção.
b. Quando se utiliza
Potencialidades
d. Perigos
A aprendizagem “perde-se” na conversa quando não há uma orientação muito boa;
Os alunos não contribuem por se sentirem avaliados (e terem medo de errar/falhar);
Maior dificuldade de desenvolvimento orgânico e sistemático do PEA;
Ter em conta certas condições prévias: a incorporação pelos alunos dos objectivos a
atingir, o domínio de conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos alunos de
conhecimentos e experiências que, mesmo não sistematizados, são pontos de partida
para o trabalho de elaboração conjunta;
O aluno deve ficar a saber o que estava certo e/ou errado na sua contribuição;
Não corrigir todos os detalhes incorrectos.
f. Formas de realização
Elaborativas·Evolutivas· (Re)activadoras
Perguntas dos alunos
Forma ii): Discussão
Forma iii): Debate
Forma iv): Painel, mesa redonda (=discussão entre peritos, com assistência)
Forma v): Fórum (= respostas de peritos à perguntas da «plateia»)
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PILETTE, Claudino. Didática Geral. 23ª Edição, editora ática. São Paulo, 2004.
6. Método qualitativo
Este método difere, em princípio, do quantitativo, à medida que não emprega um
instrumental estatístico como base na análise de um problema, não pretendendo medir
ou numerar categorias (RICHARDSON, 1989). Os estudos de campo qualitativos não
tem um significado preciso em quaisquer das áreas onde sejam utilizados. Para alguns,
todos os estudos de campo são necessariamente qualitativos e, mais ainda, como já
comentado, identificam-se com a observação participante. Podemos partir do princípio
de que a pesquisa qualitativa é aquela que trabalha predominantemente com dados
qualitativos, isto é, a informação colectada pelo pesquisador não é expressa em
números, ou então os números e as conclusões neles baseadas representam um papel
menor na análise.
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Para estudos no acto de planificação para a educação a pesquisa qualitativa não se pode
limitar em quantificação de fenómenos, ela pode ser associada com a colecta e análise
de texto (falado e escrito) e a observação directa do comportamento, localização
geográfica da escola, uso de métodos apropriados segundo a realidade dos alunos.
Evidentemente, existem alguns métodos mais apropriados a tal colecta e análise:
entrevistas abertas, observação participante, análise documental (cartas, diários,
impressos, relatórios, etc.), estudos de caso, história de vida, etc. Mais do que tais
métodos, interessam-nos aqui as características básicas da pesquisa qualitativa. Sem
pretender esgotá-las, pode-se dizer que incluem (CASSEL; SYMON, 1994, p. 127 -
129):
Um foco na interpretação ao invés de na quantificação: geralmente, o
pesquisador qualitativo está interessado na interpretação que os próprios
participantes têm da situação sob estudo;
Ênfase na subjectividade ao invés de na objectividade: aceita-se que a busca de
objectividade é um tanto quanto inadequada, já que o foco de interesse é
justamente a perspectiva dos participantes;
Flexibilidade no processo de conduzir a pesquisa: o pesquisador trabalha com
situações complexas que não permite a definição exacta e a priori dos caminhos
que a pesquisa irá seguir;
Orientação para o processo e não para o resultado: a ênfase está no entendimento
e não num objectivo pré determinado, como na pesquisa quantitativa;
Preocupação com o contexto, no sentido de que o comportamento das pessoas e
a situação ligam-se intimamente na formação da experiência;
Reconhecimento do impacto do processo de pesquisa sobre a situação de
pesquisa: admite-se que o pesquisador exerce influência sobre a situação de
pesquisa e é por ela também influenciado. Infelizmente, a pesquisa qualitativa
não tem ainda o papel de destaque que deveria ter. Muitos pesquisadores a
evitam, em nome de uma pretensa neutralidade científica e de um rigor
metodológico mais próprio da ciência natural. Identificando algumas
características dos estudos qualitativos como:
Os dados são colectados preferencialmente nos contextos em que os fenómenos
são construídos;
A análise de dados é desenvolvida, de preferência, no decorrer do processo de
levantamento destes;
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A determinação dos meios deve se ter em conta com os objectivos a serem alcançados,
portanto, é muito importante seleccionar os meios que vai ao alcance das metas
traçadas.
Segundo Piletti (2004, p.68), “os recursos de ensino são os componentes do ambiente da
aprendizagem que dão origem à estimulação do aluno”.
Acrescenta Libâneo (1994, p.191), podemos designar também como “meios de ensino
todos os meios ou recursos materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para a
organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem”
Planificação é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades didácticas
em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto
a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino (Libâneo, 1994.p.221).
Estes instrumentos podem ser Leis, Planos, Estratégias, Políticas, Procedimentos entre
outros, que servem para orientar o processo de planificação instrumentos que possam
nos auxiliar na planificação escolar:
Planos curriculares
Programas de ensino;
Instruções ministeriais.
Manuais escolares (livro do aluno, do professor)
Estes instrumentos, são usados para que a planificação oriente a tomada de decisões da
escola e do professor para tal, é necessário considerar os seguintes requisitos para a
planificação:
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A escola e os professores, porém, devem ter em conta que estes planos e programas
oficiais de ensino são directrizes gerais, são documentos de referência, a partir dos quais
são elaborados planos didácticos específicos. Cabe à escola e aos professores elaborar
os seus próprios planos, seleccionar os conteúdos, os métodos e meios de organização
do ensino, em face das particularidades de cada região, de cada escola, das
particularidades e condições de aproveitamento escolar dos alunos, inclusive dos alunos
com Necessidades Educativas Especiais.
O facto de a escola ter ou não máquina de projectar, filmes, slides, retroprojectores, ter
laboratórios bem ou mal equipados, o facto de a região ter ou não indústrias,
explorações mineiras, e abertas a uma colaboração com a escola, ou ainda mercados ou
feiras, artesanatos característicos que se possam explorar, irá ser decisivo na escolha de
estratégias. Há pois que contar com a riqueza de que são portadores os professores, os
alunos, os familiares dos alunos, bem como os elementos da comunidade.
Finalmente, pensando nos recursos, é importante que o professor pense também que ele
constitui um excelente recurso de ensino, pois tudo depende do seu “empenhamento,
das atitudes, da natureza e da qualidade de relação pedagógica investida no processo
educativo”. O professor ao planificar a sua acção tem, pois de estar bem consciente dos
seus aspectos positivos e das suas limitações como pessoa e como profissional, a fim de
que possa delas tirar o maior partido possível.
7.7. Objectivos
Permite ter uma ideia precisa dos conteúdos dos programas, o grau de
aprofundamento com que as matérias serão tratadas.
Assegura a pertinência dos programas e fazem com que este se adeqúe as
necessidades da vida.
Permite que o processo de avaliação Meca objectivamente o nível de
planificação.
Fornece segurança ao panificador orientando a sua actuação.
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Através dos objectivos permite a selecção dos meios mais adequados para
realização do seu trabalho.
Planificação Táctica;
Planificação Operacional.
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Os prazos estabelecidos;
9. A Execução do Plano
Execução – é refere-se à realização ou elaboração de algo, ao desempenho de uma
acção ou tarefa, ou à operacionalização de uma coisa. (MARCONDES,2016:7)
1ª Fase: Uma vez planeado, você deve realizar as tarefas e actividades estabelecidas.
Todos devem saber o que fazer, para que possam começar o mais rápido possível e sem
demora.
3ª Fase: O controle: Você tem que verificar o que faz para saber se há desvios. É
quando as reuniões regulares da equipe desempenham um papel essencial.
De acordo com (PORTO, 2001:s/p), o plano estratégico deve ser entendido como:
modelo de decisões coerente, unificador e integrador; meio de estabelecer o propósito
da organização em termos de seus objetivos de longo prazo, programas de acção
eprioridades de alocação de recursos;definição dos domínios competitivos da
organização;resposta consistente a oportunidades e ameaças externas e forças e
fraquezas internas, com a finalidade de alcançar e manterumalto desempenho
(competitivo);critério para diferenciar as tarefas gerenciais dos níveis corporativo, de
negócios e funcionais.
Faça diagnóstico;
Estabeleça metas;
Formule uma estratégia;
Aplique a estratégia e acompanhe as acções.
9.5. Os cinco (5) critérios de elaboração de Plano Estratégico
objetivo nem sempre é a que prevalece. Afinal, após a análise do ambiente externo e
interno, é possívelque algumas (ou várias) mudanças sejam feitas para adaptar o
objetivo à realidade, (BIANCA, 2019).
Logo, é preciso olhar para o lado de fora. Pense no ambiente externo de quatro maneiras
diferentes: duas ligadas à proximidade (micro-ambiente e macro-ambiente) e duas
ligadas às vantagens de suas variáveis (oportunidades e ameaças existentes). (Idem)
Os pontos fortes devem ser ressaltados, garantindo que ganhem espaço. As fraquezas,
por sua vez, precisam ser neutralizadas e corrigidas ou eliminadas. A ideia é
desenvolver as competências que podem ser usadas em benefício da instituição e do
plano, não o oposto. (Idem)
Pense na estratégia como a essência do plano. É ela que diz o que deve ser feito para
que os resultados esperados sejam alcançados. Cada gestor deve traçar sua estratégia, a
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No entanto, o trabalho não acabou. Nenhum plano pode ser totalmente aproveitado. Há
variáveis internas e externas, não calculadas, que demandam que parte da estratégia seja
moldada à realidade. Logo, há um misto entre estratégia deliberada e emergente, que
leva ao resultado. Para que essas variáveis não calculadas sejam identificadas, o gestor e
a equipe executiva devem estar atentos. É preciso selecionar bons indicadores de
desempenho e mensurá-los de maneira recorrente (BIANCA, 2019:54-58).
10. Conclusão
Em todas as profissões o aprimoramento profissional depende da acumulação de
experiência conjugando a prática e a reflexão criteriosa sobre ela, tendo em vista uma
prática constantemente transformada para melhor.
Avaliação é uma tarefa didáctica necessária e permanente do trabalho docente, que deve
acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela, os
resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos
alunos são comparados com os objectivos propostos, a fim de constatar os progressos,
dificuldades e reorientar o trabalho.