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05/08/2020 13:06:21
Limites
Conteúdo
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE ................................................................................................. 1
Limites Laterais................................................................................................................... 9
Continuidade ................................................................................................................ 10
Derivada ................................................................................................................. 15
Definição .............................................................................................................. 15
Derivada da potência............................................................................................... 16
Exemplo .............................................................................................................. 17
Integrais ........................................................................................................................ 20
Integrais trigonométricas........................................................................................................ 35
Classificação ................................................................................................................ 38
Exemplos ................................................................................................................ 38
Resolução ................................................................................................................ 38
Classificações ................................................................................................................ 40
Teorema..................................................................................................................... 41
Logaritmos ..................................................................................................................... 49
Esta notação é também usada por recursos computacionais, e é típico acessar a função com alguma variação do comando EXP. Funções
logarítmicas ..................................................................................................................... 51
Funções definidas explicitamente e implicitamente ................................................................................. 53
Diferenciação implícita ........................................................................................................... 55
Exemplo 1 ................................................................................................................... 56
Exemplo 2 ................................................................................................................... 57
Derivadas de potências racionais de x.............................................................................................. 58
Derivadas de funções logarítmicas................................................................................................. 59
Diferenciação logarítmica......................................................................................................... 61
Derivadas das funções exponenciais ............................................................................................... 62
Derivadas das funções trigonométricas inversas .................................................................................... 64
Identidades para funções trigonométricas inversas .............................................................................. 64
Fórmula de derivação ......................................................................................................... 66
Séries e Sequências............................................................................................................... 67
Sequências ................................................................................................................... 67
Notações ................................................................................................................. 68
Exemplos................................................................................................................. 68
Teorema do sanduíche..................................................................................................... 68
Séries ........................................................................................................................... 68
Teorema ..................................................................................................................... 69
Teste da divergência ...................................................................................................... 69
Série geométrica ................................................................................................................. 70
Soma de uma série geométrica................................................................................................. 70
Teste da comparação .......................................................................................................... 70
Série-P, série alternada e série de potência ......................................................................................... 71
Série-P....................................................................................................................... 71
Série alternada ............................................................................................................... 72
Séries de potência ............................................................................................................ 72
Séries de potências de x ................................................................................................... 72
Séries de potência de (x-c) ................................................................................................. 72
Teste de Leibniz ................................................................................................................. 73
Convergência absoluta............................................................................................................ 73
Teorema ..................................................................................................................... 73
Teste de D'Alembert.............................................................................................................. 74
Resumo sobre séries .............................................................................................................. 74
Seja a função f(x)=2x+1. Vamos dar valores a x que se aproximem de 1, pela sua direita (valores maiores
que 1) e pela esquerda (valores menores que 1) e calcular o valor correspondente de y:
x y = 2x + 1
1,5 4
1,3 3,6
1,1 3,2
1,05 3,1
1,02 3,04
1,01 3,02
x y = 2x + 1
0,5 2
0,7 2,4
0,9 2,8
0,95 2,9
0,98 2,96
0,99 2,98
Notamos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou seja, quando x tende para 1 (x
1), y tende para 3 (y 3), ou seja:
Esse é o estudo do comportamento de f(x) quando x tende para 1 (x 1). Nem é preciso que x assuma o
valor 1. Se f(x) tende para 3 (f(x) 3), dizemos que o limite de f(x) quando x 1 é 3, embora possam
ocorrer casos em que para x = 1 o valor de f(x) não seja 3. De forma geral, escrevemos:
Escrevemos:
1ª)
2ª)
Exemplo:
3ª)
O limite do quociente é o quociente dos limites desde que o denominador não seja zero.
Exemplo:
4ª)
Exemplo:
5ª)
Exemplo:
6ª)
Exemplo:
7ª)
Exemplo:
8ª)
Exemplo:
Limites Laterais
O limite de f(x) para x a existe se, e somente se, os limites laterais à direita a esquerda são iguais, ou
sejas:
Se
Se
Continuidade
Dizemos que uma função f(x) é contínua num ponto a do seu domínio se as seguintes condições são
satisfeitas:
é contínua em a .
d) , ou seja, quando x tende para zero pela esquerda ou por valores menores que
zero, y tende para menos infinito
Limite de uma função polinomial para
Seja a função polinomial . Então:
Demonstração:
Mas:
Logo:
De forma análoga, para , temos:
Exemplos:
Limites trigonométricos
Demonstração:
Para , temos sen x < x < tg x. Dividindo a dupla desigualdade por sen x > 0, vem:
Invertendo, temos:
Mas:
Logo,
Limites exponenciais
Neste caso, e representa a base dos logaritmos naturais ou neperianos. Trata-se do número
irracional e cujo valor aproximado é 2,7182818.
Se ,então .
Mas:
Logo:
Derivada
Definição
A derivada de uma função y = f(x) num ponto x = x0, é igual ao valor da tangente trigonométrica
do ângulo formado pela tangente geométrica à curva representativa de y=f(x), no ponto x = x0, ou
seja, a derivada é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função no ponto x0.
A derivada de uma função y = f(x), pode ser representada também pelos símbolos:
y', dy/dx ou f ' (x).
A derivada de uma função f(x) no ponto x0 é dada por:
Derivada da potência
Portanto:
Soma / Subtração
Derivada do produto
Derivada da divisão
Exemplo
Calcular
Procedemos do seguinte modo:
Escrevemos y = ln (x² + 1). Com a esperança de usar a derivada de ln, faremos:
u = x² + 1
y = ln u
Calculamos:
Exponencial
Lembre-se da definição da função logarítmica com base a > 0:
Integrais
Integrais indefinidas
Da mesma forma que a adição e a subtração, a multiplicação e a divisão, a operação inversa da derivação é
a antiderivação ou integração indefinida.
Dada uma função g(x), qualquer função f'(x) tal que f'(x) = g(x) é chamada integral indefinida ou
antiderivada de f(x).
Exemplos:
f'(x) = g(x) = x4 é .
2. Se f(x) = x3, então f'(x) = 3x2 = g(x). Uma das antiderivadas ou integrais indefinidas de g(x) =
3x2 é f(x) = x3.
3. Se f(x) = x3 + 4, então f'(x) = 3x2 = g(x). Uma das antiderivadas ou integrais indefinidas de g(x) =
3x2 é f(x) = x3 + 4.
Nos exemplos 2 e 3 podemos observar que tanto x3 quando x3+4 são integrais indefinidas para 3x2. A
diferença entre quaisquer destas funções (chamadas funções primitivas) é sempre uma constante, ou seja,
a integral indefinida de 3x2 é x3+C, onde C é uma constante real.
Seja expressão .
Através da substituição u=f(x) por u' = f'(x) ou , ou ainda, du = f'(x) dx, vem:
Integrais definidas
Seja uma função f(x) definida e contínua num intervalo real [a, b]. A integral definida de f(x), de a até b, é
um número real, e é indicada pelo símbolo:
onde:
De forma geral, para , a área limitada por f(x) e o eixo x, é dada por ,
que pode representar a soma das áreas de infinitos retângulos de largura e cuja altura é o valor
da função num ponto do intervalo da base:
Subdividindo o intervalo [a, b] em n subintervalos através das abscissas x0=a, x1, x2,...,xn=b, obtemos os
intervalos (a, x1), (x1, x2), ...., (xn-1, b). Em cada intervalo (xi-1, xi) tomemos um ponto arbitrário hi.
Seja De acordo com a figura, os retângulos formados têm
área
Simbolicamente, escrevemos:
Podemos notar que o processo do limite nos leva ao resultado procurado. Dividindo o intervalo [0, b]
Para tal, consideremos a área das figuras quando movemos a extremidade direita:
Se a área é dada por A(x), então A(a) = 0, pois não há área alguma. Já A(x) dá a área da figura 1, A(b), a
área entre ou seja:
ou seja, A(x) é uma das antiderivadas de f(x). Mas sabemos que se F(x) é antiderivada qualquer de f(x),
então A(x) = F(x) + C. Fazendo x = a, temos: A(a) = F(a) + C = 0 (A(a) = 0)
Portanto:
ou ainda,
Exemplos:
Note que conseguimos uma forma de calcular integrais definidas e áreas sem calcular somas complicadas
e usando apenas as antiderivadas.
Propriedades da integral definida
Tecnologia - Os programas CAS, tais como Mathematica, Maple e Derive, são capazes de
calcular integrais extremamente complicadas, e cada vez mais instalações modernas de pesquisa
estão sendo equipadas com tais programas.
Nenhum dos três métodos é perfeito; por exemplo, os programa CAS frequentemente encontram integrais
que não são capazes de integrar e produzem respostas que são, às vezes, excessivamente complicadas,
tabelas não são exaustivas e podem não incluir uma integral de interesse,e os métodos de transformação
dependem da engenhosidade humana,que pode não ser adequada a problemas difíceis.
Fórmulas de integração
A seguir está uma lista das integrais básicas que encontramos até agora:
Constantes,potências e exponenciais
1.
2.
3.
4.
5.
Funções trigonométricas
1.
2.
3.
4.
Funções hiperbólicas
1.
2.
3.
4.
Funções algébricas (a>0)
1.
2.
3.
4.
ou
ou
Uma vez que a integral à direita irá produzir uma outra constante de integração, não há necessidade de
manter o C nesta última equação; assim sendo, obtemos
(1)
a qual é chamada de fórmula de integração por partes. Usando esta fórmula, às vezes podemos tornar
um problema de integração mais simples.
(2)
Exemplo
Calcule
para que,
Exemplo
Calcule
Solução. Seja
Assim,
Mas
logo
Fórmulas de redução
A integração por partes pode ser usada para obter as fórmulas de redução para integrais.
Estas fórmulas expressam uma integral com potência de função em termos de uma integral que envolve
uma potência mais baixa daquela função.
Por exemplo, se n for um inteiro positivo e n 2, então a integração por partes pode ser usada para obter
as fórmulas de redução.
(2)
Para ilustrar como essas fórmulas são obtidas,vamos deduzir a fórmula (2).
para que
da qual tem-se(2).
Exemplo
Calcule
Integrais trigonométricas
Integração de potências de seno e co-seno
Podem-se obter formas alternativas para estas fórmulas de integração usando as identidades
trigonométricas.
Exemplo
Calcule
Solução.
A fórmula(2)já foi vista,uma vez que a derivada de tgx é .A fórmula(1) pode ser obtida aplicando-
se a fórmula de redução,com n=2,ou alternativamente,usando-se a identidade
para escrever
Equações diferenciais
Se y é uma função de x, e n é um inteiro positivo, então uma relação de igualdade (que não se reduz a uma
identidade) que envolva x, y, y', y'', ...,y(n) é chamada uma equação diferencial de ordem n.
Equação diferencial é uma equação que apresenta derivadas ou diferenciais de uma função desconhecida
(a incógnita da equação).
Classificação
Equação Diferencial Ordinária (EDO): Envolve derivadas de uma função de uma só variável
independente.
Equação Diferencial Parcial (EDP): Envolve derivadas parciais de uma função de mais de uma
variável independente.
Ordem: é a ordem da derivada de mais alta ordem da função incógnita que figura na equação.
Exemplos
Resolução
A solução de uma equação diferencial é uma função que não contém derivadas nem diferenciais e que
satisfaz a equação dada (ou seja, a função que, substituída na equação dada, a transforma em uma
identidade).
dy = (3x2 - 4x + 1) dx
dy = 3 x2dx - 4 xdx + dx + C
Uma solução particular pode ser obtida da geral através, por exemplo, da condição y(-1) = 3
(condição inicial)
Observação: Em qualquer dos dois casos, a prova pode ser feita derivando a solução e, com isso, voltando
à equação dada.
Solução geral - apresenta n constantes independentes entre si (n = ordem da EDO). Essas constantes, de
acordo com a conveniência, podem ser escritas C, 2C, C2, lnC,
Solução particular - Obtida da geral, mediante condições dadas (chamadas condições iniciais ou
condições de contorno).
Ex: y =
ou
( )=0
0 para todo x, logo devemos ter = 0, que é uma equação do segundo grau na
variável , chamada equação característica.
Solução geral: y =
Classificações
Equação linear homogênea (k(x) = 0), ou equação linear não-homogênea (k(x) 0).
Equação linear:
P(x,y)dx + Q(x,y)dy = 0
Teorema
A equação diferencial linear de primeira ordem y' + P(x)y = Q(x) pode ser transformada em uma equação
diferencial de variáveis separáveis multiplicando-se ambos os membros pelo fator integrante .
Ex:
Pelo teorema:
- 3x² y = x² ou = x² dx = +C
Funções inversas
Em linguagem comum, o termo "inversão" transmite a ideia de uma reversão. Por exemplo, em
meteorologia, a inversão da temperatura é uma reversão nas propriedades usuais da temperatura de
camadas de ar; em música, uma inversão é um tema recorrente que usa as mesmas notas na ordem reversa.
Em matemática, o termo inversa é usado para descrever funções que são reversas uma da outra, no
sentido que cada uma desfaz o efeito da outra.
A ideia de resolver uma equação y = f (x) para x com uma função de y, digamos x = g(y), é uma das ideias
mais importantes da matemática. Às vezes, resolver esta equação é um processo simples; por exemplo
usando álgebra básica, a equação
y = f (x)
x = g (y)
A primeira equação é melhor para calcular y se x for conhecido, e a segunda é melhor para
calcular x se y for conhecido
O interesse fundamental é identificar relações que possam existir entre as funções f e g, quando uma
função y=f(x) for expressa como x = g(y), ou ao contrário. Por exemplo, consideremos as
funções e discutidas acima. Quando funções forem compostas em
qualquer ordem, uma cancela o efeito da outra significando que
A primeira dessas equações estabelece que cada saída de uma composição g(f(x)) é igual à entrada, e a
segunda estabelece que cada saída da composição f(g(y)) é igual à entrada. Os pares de funções com essas
duas propriedades são tão importantes que há uma terminologia específica para elas.
então, dizemos que f e g são funções inversas. Além disso, chamamos f uma inversa de g e g uma
inversa de f.
Exemplo
(a) A inversa de
(b) A inversa de
Solução (a).
Solução (b).
OBSERVAÇÃO. O resultado no exemplo deve fazer sentido intuitivamente para você, uma vez que as
operações de multiplicar por 2 e multiplicar por em qualquer ordem cancelam uma o efeito da outra, da
mesma que as operações de elevar ao cubo e extrair a raiz cúbica.
implica em certas relações entre os domínios e as imagens de f e . Por exemplo, na primeira equação
a quantidade f (x) é uma entrada de , assim pontos nas imagens de f estão no domínio de ; e na
segunda equação, a quantidade (x)é uma entrada de f, sendo que pontos na imagem de estão no
domínio de f. Tudo isso sugere as seguintes relações:
domínio de = imagem de f
imagem de = domínio de f
Se uma equação y = f (x) pode ser resolvida para x como uma função de y, então f tem uma inversa e a equação resultante é x = (y)
Exemplo
y=
Até aqui, fomos bem-sucedidos em obter uma fórmula para ; contudo não estamos realmente
completos, uma vez que não há nenhuma garantia de que o domínio natural associado é o domínio
completo para .
OBSERVAÇÃO. Quando uma fórmula para for obtida resolvendo-se a equação y = f(x)
para x como uma função de y, a fórmula resultante tem y como a variável independente. Se for preferível
ter x como a variável independente para , então há duas formas: você pode resolver y = f(x)
para x com uma função de y, e então substituir y por x na fórmula final para , ou então você pode
trocar x e y na equação original e resolver a equação x = f(y) para y em termos de x. Neste caso a equação
final será y = (x).
O próximo objetivo é explorar as relações entre os gráficos de f e . Com esse propósito, será
desejável usar x como a variável independente para ambas as funções, o que significa estarmos
comparando os gráficos de y = f(x) e y = (x).
Se (a,b) for um ponto no gráfico y = f(x), então b = f(a). Isto é equivalente à afirmativa que a = (b), a
qual significa que (b,a) é um ponto no gráfico de y = (x).
Se f tiver uma inversa, então os gráficos de y = f(x) e y = (x) são reflexões um do outro em relação a reta y = x; isto é, cada um é a
imagem especular do outro com relação àquela reta.
Se o gráfico da função f for sempre crescente ou sempre decrescente sobre o domínio de f, então este
gráfico pode ser cortado, no máximo, uma vez por qualquer reta horizontal e, conseqüentemente, a
função f deve ter uma inversa.
Uma forma de dizer se o gráfico de uma função é crescente ou decrescente em um intervalo é pelo exame
das inclinações de suas retas tangentes. O gráfico de f deve ser crescente em qualquer intervalo,
onde f'(x)>0 (uma vez que as retas tangentes têm inclinação positiva) e deve ser decrescente em qualquer
intervalo onde f'(x)<0 (uma vez que as retas tangentes têm inclinação negativa). Essas observações
sugerem o seguinte teorema.
Se o domínio de f for um intervalo no qual f' (x)>0 ou no qual f'(x)<0, então a função f tem uma inversa.
Exemplo
para todo x. Contudo, não há maneira fácil de resolver a equação y = para x em termos de y;
mesmo sabendo que f tem uma inversa, não podemos produzir uma fórmula para ela.
OBSERVAÇÃO. O que é importante entender aqui é que a nossa incapacidade de achar uma fórmula
para a inversa não nega a sua existência; de fato, é necessário que se desenvolvam formas de achar
propriedades de funções, as quais não têm fórmula explícita para se trabalhar com elas.
Expoentes irracionais
Observe que as definições precedentes não incluem potências irracionais de b, tais como
Há vários métodos para definir potências irracionais. Uma abordagem é definir potências irracionais
de b como limite de potências racionais. Por exemplo, para definir devemos começar com a
representação decimal de , isto é,
3,1415926
Desta decimal, podemos formar uma seqüência de números racionais que ficam cada vez mais próximos
de isto é,
Uma vez que os expoentes dos termos desta seqüência tendem a um limite , parece plausível que os
próprios termos tendam a um limite; sendo assim, é razoável definir como sendo este limite. A
tabela abaixo fornece evidência numérica de que a seqüência, na realidade, tem um limite e para quatro
casas decimais, o valor deste limite é 8,8250. Em geral, para qualquer expoente irracional p e
número positivo b, podemos definir como o limite de potências racionais de b, criadas pela expansão
decimal de p.
Tabela
x
3 8,000000
3,1 8,574188
3,14 8,815241
3,141 8,821353
3,1415 8,824411
3,14159 8,824962
3,141592 8,824974
Uma função da forma f (x) = , onde b > 0 e b 1, é chamada de função exponencial de base b, cujos
exemplos são
Note que uma função exponencial tem uma base constante e um expoente variável. Assim as funções tais
como f (x) = e f (x) = não seriam classificadas como funções exponenciais, uma vez que elas tem
uma base variável e um expoente constante.
Pode ser mostrado que as funções exponenciais são contínuas e têm um dos dois aspectos básicos
mostrados na figura 1, dependendo de se 0 < b < 1 ou b > 1. A figura 2 mostra os gráficos de algumas
funções exponenciais específicas.
OBSERVAÇÃO. Se b = 1, então a função é constante, uma vez que = = 1. Este caso não é de
nosso interesse aqui, assim o excluímos da família das funções exponenciais.
Logaritmos
Lembre-se que, algebricamente, o logaritmo é um expoente. Mais precisamente, se b > 0 e b 1, então
para valores positivos de x o logaritmo na base b de x é denotado por
e é definido como sendo aquele expoente ao qual b deve ser elevado para produzir x. Por exemplo,
Porém, os logaritmos mais largamente usados nas aplicações são logaritmos naturais, os quais tem uma
base natural denotada pela letra e em homenagem ao matemático suíço Leonard Euler, que primeiro
sugeriu sua aplicação aos logaritmos no artigo não-publicado, escrito em 1728. Esta constante, cujo valor
está em seis casas decimais, é
e 2, 718282
y=
Os valores de aproximam-se a e
1 2 2,000000
10 1,1 2,593742
100 1,01 2,704814
1000 1,001 2,716924
10.000 1,0001 2,718146
100.000 1,00001 2,718268
1.000.000 1,000001 2,718280
A função exponencial f (x) = é chamada de função exponencial natural. Para simplificar a tipografia,
esta função é, algumas vezes, escrita como exp x. Assim, por exemplo, você pode ver a
relação expressa como
Esta notação é também usada por recursos computacionais, e é típico acessar a função com
alguma variação do comando EXP. Funções logarítmicas
A figura 1 abaixo sugere que se b > 0 e b 1, então o gráfico de y = satisfaz o teste da reta
horizontal, e isso implica que a função f (x) = tem uma inversa.
Para encontrar uma fórmula para esta inversa (com x como variável independente), podemos resolver a
equação x = para y com uma função de x. Isto pode ser feito tomando o logaritmo na base de b de
ambos os lados desta equação. Isto dá lugar a
= ( )
Porém, se pensarmos ( ) como expoente ao qual b se deve ser elevado para produzir , então
fica evidente que ( ). Assim, pode ser reescrito como
y=
de onde concluímos que a inversa de f (x) = é (x) = x. Isto implica que o gráfico de x =
e o de y = são reflexões um do outro, em relação relação à reta y = x.
Em outras palavras, a equação nos diz que as funções logb(bx) e blog x cancelam o efeito de outra quando
compostas em qualquer ordem; por exemplo
yx + y +1 = x
não está na forma y = f (x). Contudo, esta equação ainda define y como uma função de x, uma vez se pode
reescrever como
y=
f (x) =
Uma equação em x e y pode implicitamente definir mais do que uma função de x; por exemplo, se
resolvermos a equação
para y em termos de x, obtemos ; assim, encontramos duas funções que estão definidas
implicitamente por , isto é
y=
y=-
Em geral, se tivermos uma equação em x e y, então qualquer segmento de seu gráfico que passe pelo teste
vertical pode ser visto como gráfico de una função definida pela equação. Assim fazemos a seguinte
definição:
Definição. Dizemos que uma dada equação em x e y define a função f implicitamente se o gráfico de y = f (x) coincidir com algum segmento
do gráfico da equação.
Assim, por exemplo, a equação define as funções e
implicitamente, uma vez que os gráficos dessas funções são os segmentos do círculo .
Às vezes, pode ser difícil ou impossível resolver uma equação em x e y para y em termos de x.
por exemplo, pode ser resolvida para y em termos de x, mas a álgebra é enfadonha e as fórmulas
resultantes são complicadas. Por outro lado, a equação
sen(xy) = y
não pode ser resolvida para y em termos de x por qualquer método elementar. Assim, mesmo que uma
equação em x e y possa definir uma ou mais funções de x, pode não ser prático ou possível achar fórmulas
explícitas para aquelas funções.
Diferenciação implícita
Em geral, não é necessário resolver uma equação de y em termos de x, a fim de diferenciar as funções
definidas pela equação. Para ilustrar isto, consideremos a equação
xy = 1
que está de acordo com . Este método para obter derivadas é chamado de diferenciação
implícita.
Exemplo 1
Exemplo 2
de que obtemos
Nos Exemplos 1 e 2, os resultados das fórmulas para dy/dx envolvem ambos x e y. Embora seja
usualmente mais desejável ter a fórmula para dy/dx expressa somente em termos de x, ter a fórmula em
termos de x e y não é um impedimento para achar as inclinações e as equações das retas tangentes, desde
que as coordenadas x e y do ponto de tangência sejam conhecidas.
é válida para todos os valores inteiros de n e para n = . Usaremos agora a diferenciação implícita para
mostrar que esta fórmula é válida para qualquer expoente racional. Mais precisamente, mostraremos que
se r for um número racional, então
sempre que e estiverem definidas. Por ora, admitiremos, sem prova que é diferenciável.
Seja y = . Uma vez que r é um número racional, pode ser expresso como uma razão de inteiros r =
m/n. Assim, y = = pode ser escrito como
A partir de
Se u for uma função diferenciável de x e r for um número racional, então a regra da cadeia dá lugar à
seguinte generalização de
O logaritmo natural desempenha um papel especial no cálculo que pode ser motivado
diferenciando , onde b é uma base arbitrária. Para esta proposta, admitiremos que é
diferenciável, e portanto contínua para x > 0. Também necessitaremos do limite
Mas a partir da fórmula , temos = 1/1n b; logo, podemos reescrever esta fórmula de derivada
como
Assim, entre todas as possíveis bases, a base b = e produz a fórmula mais simples da derivada
para . Esta é uma das razões por que a função do logaritmo natural é preferida sobre todos os
logaritmos no cálculo.
Exemplo 1
Ache
Solução. A partir de
Quando possível as propriedades dos logaritmos devem ser usadas para converter produtos, quocientes e
expoentes em somas, em diferenças e em múltiplos de constantes, antes de diferenciar uma função
envolvendo logaritmos.
Exemplo 2
Diferenciação logarítmica
Consideremos agora uma técnica chamada diferenciação logarítmica, a qual é útil para diferenciar
funções compostas de produtos, de quocientes e de potências.
Exemplo
A derivada de
é relativamente difícil de ser calculada diretamente. Contudo, se primeiro tomarmos o logaritmo natural de
ambos os lados e, então, usarmos suas propriedades, podemos escrever:
Diferenciando ambos os lados em relação a x, resulta
OBSERVAÇÃO.Uma vez que 1n y é definido apenas para y > 0, a diferenciação logarítmica de y = f(x) é
válida apenas nos intervalos onde f(x) for positiva. Assim, a derivada mostrada no exemplo é válida no
intervalo ( 2, + ), uma vez que a função dada é positiva para x > 2. Contudo, a fórmula é realmente
válida também no intervalo ( - , 2). Isso pode ser visto tomando-se valores absolutos antes de
prosseguir com a diferenciação logarítmica e notando que está definido para todo y exceto em y =
0. Se fizermos isso e simplificarmos usando as propriedades de logaritmos e dos valores absolutos,
obteremos
y=
x=
e diferenciamos implicitamente usando para obter
Assim, mostrando que se for uma função diferenciável, então sua derivada em relação a x é
e que
Exemplo
Problemas deste tipo envolvem a computação de funções arco, tais como arcsen x, arccos x, arctg x, e
assim por diante. Consideremos esta ideia do ponto de vista de funções inversas, com a meta de
desenvolver fórmulas de derivadas para as funções trigonométricas inversas.
Se interpretamos x como um ângulo medido em radianos cujo seno é x, e se aquele ângulo for não
negativo, então podemos representar x como um ângulo em um triângulo retângulo, no qual a
hipotenusa tem comprimento 1 e o lado oposto ao ângulo de tem comprimento x (figura a). Pelo
Teorema de Pitágoras, o lado adjacente para o ângulo tem comprimento .
Além disso, o ângulo oposto a é , uma vez que o co-seno daquele ângulo é x (figura b). Este
triângulo motiva várias identidades úteis, envolvendo funções trigonométricas que são válidas
para . Por exemplo:
Analogamente, x e x podem ser representadas com ângulos de triângulos retângulos mostrados
na figura c e d. Esses triângulos revelam mais identidades úteis, como por exemplo:
OBSERVAÇÃO. Não se ganha nada memorizando estas identidades; o que é importante é compreender
o método usado para obtê-las.
Exemplo
A figura abaixo mostra um gráfico gerado por um computador de y = (sen x). Pode se pensar que
este gráfico deva ser a reta y = x, uma vez que (sen x) = x. Por que isto não acontece?
Fórmula de derivação
Lembre-se que se f for uma função um a um, cuja a derivada é conhecida, então há duas maneiras básicas
para obter uma fórmula de derivação para (x), podemos reescrever a equação y = (x) como x =
f(y), e diferenciar implicitamente. Usaremos a diferenciação implícita para obter a fórmula de derivação
para y = x. Reescrevendo esta equação como x = sen y e diferenciando implicitamente, obtemos
Esta fórmula de derivada pode ser simplificada aplicando-se a fórmula , que foi
deduzida a partir do triângulo da figura, resultando:
O método usado para obter esta fórmula pode também ser usado para obter fórmulas generalizadas de
derivadas para outras funções trigonométricas inversas. Estas fórmulas, válidas para -1< u < 1, são
Séries e Sequências
Sequências
Uma sequência é uma função cujo domínio é o conjunto dos números inteiros positivos. O contradomínio
de uma sequência será considerado o conjunto dos números reais.
1)
2)
Se, quando n cresce, an se torna cada vez mais próximo de um número real L, diz-se que a sequência {an}
tem limite L (ou converge para L) e se escreve:
então
Séries
Definição: Se {an} é uma sequência, então a soma infinita:
a1 + a2 + a3 + ... + an + ... =
é chamada série.
Cada número ai é um termo da série;
S1 = a1
S2 = a1 + a2
S3 = a1 + a2 + a3
------------------------
Sn = a1 + a2 + a3 + ... + an-1 + an
Teorema
Obs: * A recíproca desse teorema é falsa, isto é, existem séries cujo termo genérico tende a zero e que não
são convergentes.
* Vale a contrapositiva: "se o limite não é zero, então a série não converge", que constitui o seguinte
teste.
Teste da divergência
sendo a 0 e r a razão.
Ex: 1 + 2 + 4 + 8 + 16 + ...
a = 1
r=
A série geométrica
Teste da comparação
* Se , sendo "c" um número real, então as séries são ambas convergentes ou ambas
divergentes.
é uma série geométrica de razão 1/3, logo ela é convergente. Aplicando o teste da comparação,
temos:
CONVERGE se p > 1
DIVERGE se p 1
Se p = 1, a série
é chamada série harmônica e, de acordo com o teorema, é divergente.
Série alternada
É da forma:
Séries de potência
Séries de potências de x
ou
Séries de potência de (x-c)
Ao substituir x por um número real, obtém-se uma série de termos constantes que pode convergir ou
divergir.
Em qualquer série de potências de x, a série converge sempre para x=0, pois se substituirmos x por 0 a
série se reduz a a0.
Para determinar os outros valores de x para os quais a série converge, utiliza-se o teste da razão.
Teste de Leibniz
Uma série alternada CONVERGE se:
c) considerar a função f(x) = f(n) e verificar o sinal de sua derivada. Se f'(x)<0, então f é decrescente.
Convergência absoluta
é convergente.
é absolutamente convergente, pois a série dos módulos é uma série-p, com p=2 >
1 e, portanto, convergente.
Teorema
Série:
Convergência ou divergência:
* diverge se | r | 1
Série:
Convergência ou divergência:
* converge se p > 1
* diverge se p 1
Convergência ou divergência:
Para achar bn, consideram-se apenas os termos de an que têm maior efeito.
Teste de Leibniz
Série: ALTERNADA
, an > 0
Convergência ou divergência:
Converge se:
Comentários: Aplicável somente a séries alternadas. Se o primeiro item é falso, aplica-se o teste da
divergência.