O papel da igreja católica no processo de colonização do Brasil
A Igreja Católica teve papel determinante no processo de colonização do
Brasil e também na utilização de mão de obra escrava indígena e africana na colônia. Por meio de suas missões catequizadoras, os padres jesuítas se viam no dever de “salvar” a vida dos nativos residentes nas terras brasileiras, por esses, pobres almas sofredoras, não terem o conhecimento e a fé cristã em Cristo salvador. Todas as suas práticas religiosas e culturais foram totalmente desrespeitadas, sendo que eles eram vistos como selvagens aos olhos dos portugueses, logo, tendo o catolicismo imposto às suas vidas miseráveis. Além disso, esse argumento de salvação foi utilizado para justificar e legitimar a escravidão no Brasil, ademais, os padres também incorporavam ao seu discurso que a escravidão era necessária para o sucesso da empresa colonial no Brasil, que apenas dessa maneira encontraria êxito. Primeiramente, os indígenas foram explorados e vistos apenas como escravos, entretanto, com o discurso de alguns padres, como o Padre Antônio Vieira, uma visão mais humanizada sobre os indígenas fez com que eles condenassem a escravidão indígena, já que agora como homens católicos e racionais eles detinham o direito de humanidade. Muitos dos defensores desse novo pensamento foram expulsos da colônia, pois a escravidão sempre foi a força motriz da economia colonial. Diferentemente dos indígenas, a escravização de negros smpre foi legítima. Importados diretamente da África, eles eram vistos como um objeto ou mercadoria qualquer, e a Igreja sustentava seu argumento de que os negros africanos eram escravos de Deus e deviam o sacrifício de seu sangue e suor à Cristo. Tendo em vista esse estudo e esses argumentos, é visto que a religião católica desde o princípio sempre foi imposta ao povo brasileiro e sempre sustentou um discurso racista e escravista, fato que faz com que até os dias atuais os negros sejam vítimas da maior taxa de homicídios e de crimes de ódio no país, fruto de uma cultura que é vista pela maior parte dos brasileiros católicos como tradicional.