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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


FLUMINENSE CAMPUS CAMPOS CENTRO
GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES

ELISA PRATA PESSANHA


NATHALIA KLEM PESSANHA

RFID NO TRANSPORTE PÚBLICO


A utilização da Tecnologia RFID no Sistema Rodoviário através de uma Simulação
Computacional.

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ


Julho de 2016
ii

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


FLUMINENSE CAMPUS CAMPOS CENTRO
GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES

ELISA PRATA PESSANHA


NATHALIA KLEM PESSANHA

RFID NO TRANSPORTE PÚBLICO


A utilização da Tecnologia RFID no Sistema Rodoviário através de uma Simulação
Computacional.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Instituto Federal
Fluminense – IFF Campus Campos
Centro como requisito parcial para
conclusão do Curso Superior de
Tecnologia em Sistemas de
Telecomunicações.

Orientadora: Claudia Boechat Seufitelli.


Coorientador: Ozéas dos Santos Leite.

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ


Julho de 2016
iii

RFID NO TRANSPORTE PÚBLICO


A utilização da Tecnologia RFID no Sistema Rodoviário através de uma Simulação
Computacional.

Monografia apresentada ao Instituto


Federal Fluminense – IFF Campus
Campos Centro como requisito parcial
para conclusão do curso Superior de
Tecnologia em Sistemas de
Telecomunicações.

Aprovada em

BANCA EXAMINADORA

Profª. Claudia Boechat Seufitelli, M.Sc. (Orientadora)


Instituto Federal Fluminense-IFF/Campus Campos Centro

Profº.Ozéas dos Santos Leite, M.Sc. (Coorientador)


Instituto Federal Fluminense - IFF/Campus Campos Centro
___________________________________________________________________
Profº. Wilton do Nascimento Ribeiro
Instituto Federal Fluminense - IFF/Campus Campos Centro
___________________________________________________________________
Profº. Thiago Miranda Paravidino da Silva, M.Sc.
Instituto Federal Fluminense - IFF/Campus Campos Centro

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ


2016
iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da minha vida e por ter me dado a
capacidade de chegar até aqui, alcançando mais uma vitória.
A Nossa Senhora pela intercessão, proteção, amor e carinho com que tem cuidado
de mim.
Aos meus pais que sempre me apoiaram e não pouparam esforços na minha
educação.
A toda a minha família e amigos que me incentivaram e compreenderam meus
momentos de ausência devido ao meu empenho para conclusão deste trabalho.
Agradeço a minha amiga e parceira nesse trabalho Nathalia Klem, pela amizade,
paciência, colaboração e troca de conhecimentos.
Aos professores do Curso Superior em Sistemas de Telecomunicações, em especial
a nossa orientadora Claudia e o coorientador Ozéas, pela disposição e dedicação
em nos auxiliar e orientar.
Elisa

Agradeço ao meu Deus, o único de toda honra, glória e louvor, Aquele que me deu
condições e forças para alcançar mais este objetivo de vida.
A minha família, por todo amor e dedicação, por me apoiar e acreditar sempre no
meu potencial.
Ao Ramon pelo incentivo para que concluísse este e outros trabalhos, além de
sempre se dispor a me ajudar em todos os momentos.
A minha amiga Elisa Pessanha, pela troca de conhecimento e todo esforço aplicado
para que este trabalho fosse concluído.
As minhas amigas de faculdade, Jaqueline e Eloisa pelo convívio ao longo de todo o
curso.
A orientadora Claudia e coorientador Ozéas pela ajuda, conhecimento e suporte
necessário para a conclusão desta monografia.
Nathalia
v

Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e


os seus planos serão bem-sucedidos.
Provérbios 16:3
vi

RESUMO
Visto que a marginalização está cada vez mais evidente nas cidades, ficar por mais
tempo no ponto de ônibus à espera do transporte público está cada vez mais
perigoso. Além deste risco, a falta de informações sobre onde se encontra o ônibus
e em quanto tempo ele irá chegar, tem aumentado o grau de insatisfação dos
usuários que utilizam esse tipo de transporte. Para melhorar este mecanismo na
qual se encontra o sistema rodoviário, pode-se contar com o uso da tecnologia para
suprir as carências sobre o rastreamento dos ônibus bem como as informações
sobre ele de forma rápida e fácil. Uma tecnologia que poderá ser utilizada é a
Identificação por Rádio Frequência - RFID (Radio Frequency Identification), que
permite rastrear objetos através da Rádio Frequência e que já vem sendo utilizado
em diversos setores. Este trabalho de conclusão de curso tem por finalidade
apresentar a tecnologia RFID, incluindo suas vantagens, desvantagens e algumas
de suas aplicações, desenvolvendo uma simulação computacional que demonstra
como poderá ser a implantação da tecnologia RFID no transporte Público. Por fim
apresentar as dificuldades dessa possível implantação no sistema rodoviário, junto
com seus benefícios e sugerir futuros trabalhos que podem dar continuidade a este.

Palavras-chave: Tecnologia RFID, Usuários, Simulação Computacional, Software


Arena, Transporte Público.
vii

ABSTRACT

Currently that marginalization is increasingly evident in cities, stay longer at the bus
stop waiting for the public transport is increasingly dangerous. In addition to this risk,
the lack of informations on where is the bus and how soon it will come, has increased
the degree of dissatisfaction of the users using this type of transport. To improve this
mechanism in the road system, can rely on the use of technology to feed the needs
of the tracking of the buses as well as the information about it quickly and easily. A
technology that will can be used is the radio frequency identification - RFID, that
allows you to track objects through radio frequency and that has been used in
various sectors. This course conclusion work aims to present RFID technology,
including its advantages, disadvantages and some of its applications, developing a
computer simulation that demonstrates how will can be the deployment of RFID
technology in public transport. Finally present the difficulties of this possible
deployment in the road system, along with its benefits and suggest future works that
will can continue this work.

Keywords: RFID Technology, Users, Computer Simulation, Software Arena, Public


Transportation.
viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Comunicação com um operador de radar. ...................................................... 19


Figura 2 - Exemplo do funcionamento de um sistema antirroubo. ................................ 19
Figura 3 - Componentes básicos do sistema RFID. ........................................................ 22
Figura 4 - Tag Ativa. .............................................................................................................. 23
Figura 5 - Transmissão da Tag ativa. ................................................................................. 23
Figura 6 - Exemplo de Tag Semi-passiva.......................................................................... 24
Figura 7 - Transmissão da Tag Semi-passiva. ................................................................. 24
Figura 8 - Exemplo de Tag Passiva.................................................................................... 25
Figura 9 - Transmissão da Tag Passiva. ........................................................................... 25
Figura 10 - Exemplo de Leitores de RFID. ........................................................................ 26
Figura 11 - Componentes do Middleware RFID. .............................................................. 27
Figura 12 - Esquema básico do funcionamento do sistema RFID. ............................... 27
Figura 13 - Comunicação com o leitor RFID. .................................................................... 28
Figura 14 - Controle de acesso veicular com RFID para condomínios. ....................... 32
Figura 15 - Entrada do pedágio Sem Parar/Via Fácil. ..................................................... 33
Figura 16 - Pulseira com RFID em pacientes. .................................................................. 34
Figura 17 - Pulseira com RFID em recém-nascidos. ....................................................... 34
Figura 18 - Leitor RFID inserido em tênis de atleta. ........................................................ 35
Figura 19 - Identificação de bagagens com RFID. ........................................................... 35
Figura 20 - Dispositivo de identificação biométrica. ......................................................... 36
Figura 21 - Etiquetas RFID para joias. ............................................................................... 37
Figura 22 - Etiquetas RFID no mercado têxtil. .................................................................. 37
Figura 23 - Uniforme escolar com etiquetas RFID. .......................................................... 38
Figura 24 - Tela inicial do Arena ......................................................................................... 41
Figura 25 - Fluxograma completo para o modelo de Simulação. .................................. 43
Figura 26 - Representação da Rodoviária. ........................................................................ 44
Figura 27 - Representação do Ponto de ônibus - A. ........................................................ 44
Figura 28 - Representação dos Pontos de Ônibus - B2, B3, B4, C2, C3, C4, D2, D3 e
D4. ............................................................................................................................................ 45
Figura 29 - Representação dos Pontos de Ônibus B1 e C1. ......................................... 46
Figura 30 - Representação dos Pontos finais B, C e D. .................................................. 46
Figura 31 - Animação realizada no software Arena. ........................................................ 47
ix

Figura 32 - Demonstração da Identificação dos ônibus ao passar pelos Pontos. ...... 47


Figura 33 - Demonstração das identificações dos ônibus em suas diferentes rotas. 48
Figura 34 - Demonstração do usuário aguardando o ônibus no ponto C1. ................. 51
Figura 35 - Demonstração do ônibus chegando no Ponto C1. ...................................... 51
Figura 36 - Demonstração do ônibus azul chegando ao destino desejado pelo
usuário. .................................................................................................................................... 52
x

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Evolução do RFID. .................................................................................. 21


Quadro 2 - Comparação entre o Código de Barras e RFID. ..................................... 30
Quadro 3 - Blocos/Módulos utilizados para a simulação no Arena. .......................... 42
xi

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Localização dos ônibus para os horários de 06:00 às 07:00.................... 50


xii

LISTA DE SIGLAS

CI Circuito Integrado
IBM International Business Machine
IFF Identify Friend or Foe (Identificador de Amigo ou Inimigo)
RFID Radio Frequency Identification (Identificação por Radio Frequência)
RG Registro Geral
UHF Ultra High Frequency (Ultra Alta Frequência)
xiii

SUMÁRIO

CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 15
1.1 JUSTIFICATIVA............................................................................................................... 16
1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 17
1.2.1 GERAL........................................................................................................................... 17
1.2.2 ESPECÍFICOS ............................................................................................................. 17
1.3 METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................. 17
CAPÍTULO II
A TECNOLOGIA RFID ......................................................................................................... 18
2.1 HISTÓRICO ..................................................................................................................... 18
2.2 ESTRUTURA DO RFID ................................................................................................. 21
2.3 COMPONENTES DO RFID........................................................................................... 22
2.3.1 TAG ................................................................................................................................ 22
2.3.1.1 TAGS ATIVAS........................................................................................................... 23
2.3.1.2 TAGS SEMI - PASSIVAS ........................................................................................ 24
2.3.1.3 TAGS PASSIVAS ..................................................................................................... 25
2.3.2 LEITOR .......................................................................................................................... 26
2.3.3 SERVIDOR MIDDLEWARE. ...................................................................................... 26
2.4 FUNCIONAMENTO ........................................................................................................ 27
2.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS ............................................................................. 28
2.6 APLICAÇÕES .................................................................................................................. 31
CAPÍTULO III
ESTUDO DE CASO .............................................................................................................. 39
3.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ....................................................................................... 39
3.2 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE SIMULAÇÃO .............................................. 40
3.2.1 SOFTWARE ARENA................................................................................................... 40
3.2.2 CONSTRUÇÃO DO MODELO DE SIMULAÇÃO ................................................... 42
3.2.3 EXECUÇÃO DA ANIMAÇÃO..................................................................................... 47
CAPÍTULO IV
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 53
4.1 ESTUDOS FUTUROS .................................................................................................... 54
xiv

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 56
APÊNDICE A – TABELA COMPLETA GERADA NO MICROSOFT EXCEL ............ 60
15

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

A tecnologia de Identificação por Radiofrequência - RFID vem sendo utilizada


para trazer praticidade, facilidade e otimização do tempo no processo da
identificação, rastreamento, gerenciamento de deslocamento de objetos, entre
outros (SWEENEY II, 2005).
O RFID é parecido com o código de barras, porém devido as suas diversas
características vem sendo considerada superior (HUNT e PUGLIA, 2007). Esse
sistema tem alcançado uma larga escala de utilização, sendo capaz de absorver
dados automaticamente, identificando objetos através de dispositivos eletrônicos
que enviam para os leitores nos quais absorvem as informações através dos sinais
de radiofrequência (GLOVER e BHATT, 2007). Esta tecnologia pode ser aplicada
em diversas áreas como hospitais, comércio, área da logística, utilizado também na
identificação de animais, no controle de livros e acervos em bibliotecas,
rastreamento de lotes de remédios, pedágios, fabricação de produtos, entre outros
(COSTA, 2002).
Tal tecnologia surgiu na década de 40 no decorrer da Segunda Guerra
Mundial e veio se atualizando no transcorrer dos anos possuindo várias aplicações
em diferentes áreas (ROBERTI, 2005).
Diante de sua vasta aplicação em diversos setores, percebe-se uma
possibilidade de sua utilização no setor de transporte público rodoviário, baseado no
déficit que cidades do interior do estado do Rio de Janeiro, como exemplo, Campos
dos Goytacazes, entre outras cidades apresentam, que é relativo ao tempo de
espera dos transportes públicos na qual muitas das vezes as pessoas chegam a
esperar por cerca de uma hora no ponto de ônibus. Esta tecnologia possibilitaria a
identificação e localização dos ônibus durante todo o seu trajeto.
Uma maneira de facilitar a ideia da implementação do RFID é através de uma
simulação computacional. De acordo com Saliby (1999), a simulação é um processo
de construção de um modelo que reproduz de forma teórica o desempenho de um
sistema real ou idealizado, se destacando como uma poderosa ferramenta no
desenvolvimento de sistemas e na tomada de decisão.
16

Brighenti (2006) afirma que uma simulação é um instrumento com a


capacidade de prover os resultados para análises com maior elaboração, o que
permite uma melhor visualização e não uma ferramenta para a substituição da
interpretação humana.
A simulação é utilizada para analisar sistemas complexos representando-os
de uma maneira simplificada, com vários objetivos como o de melhoria dos sistemas,
análise do custo-benefício e assim por diante. É utilizada em diversos setores para
desenvolvimento de processos e produtos (ALTIOK e MELAMED, 2007).
Através da simulação computacional será possível coletar as informações,
construir um modelo, projetar experimentos da simulação e assim verificar o
resultado obtido.
A simulação através de softwares é um meio de avaliar o desempenho e a
forma como se comporta determinado sistema gerando economia em simulações
reais.
Diversos profissionais de diferentes áreas fazem uso da simulação, devido à
possibilidade de se observar resultados para problemas encontrados diariamente,
além da facilidade do uso e construção de modelos computacionais dando a essa
ferramenta um considerável crescimento e reconhecimento em empresas e
indústrias (PARAGON, 2016).
Esse trabalho consiste em mostrar de forma teórica de que maneira o RFID
pode ser utilizado no sistema rodoviário para que os usuários em qualquer hora e
local possam saber a localização dos mesmos. Será utilizado uma simulação
computacional demonstrando a aplicabilidade do RFID no transporte Público através
de um modelo de simulação e animação através do Software Arena versão 14.0.

1.1 JUSTIFICATIVA

As deficiências vistas no transporte rodoviário como a falta de informação


para seus usuários fazem com que seja necessária a busca por um sistema que
quebre barreiras e faça com que o sistema rodoviário funcione de forma mais eficaz.
Com a implantação do RFID no transporte público as pessoas poderão extrair
informações sobre o ônibus no qual deseja utilizar, entre outras diversas
informações que irão proporcionar maior conforto, comodidade e facilidade no dia a
dia. Espera-se que este sistema diminua o tempo de espera dos ônibus e
17

consequentemente o aumento da satisfação dos usuários. Também se destaca a


questão da segurança, visto a marginalização que se encontra nas cidades, com tal
aplicação, o usuário ficará menos tempo no ponto de ônibus à espera de sua
condução, evitando assim possíveis incidentes, como assaltos por exemplo.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 GERAL

Apresentar como poderá ser uma futura implantação da tecnologia RFID nos
ônibus através de uma simulação a fim de demonstrar suas vantagens e
desvantagens no transporte público rodoviário.

1.2.2 ESPECÍFICOS

• Descrever a tecnologia RFID, suas principais aplicações mostrando


como é feita a transmissão de dados, e suas principais vantagens e desvantagens.
• Realizar a Simulação Computacional com animação da utilização do
RFID no transporte público.
• Detalhar todos os passos da simulação com o Arena.

1.3 METODOLOGIA DA PESQUISA

O estudo foi dividido em duas etapas: o primeiro como referencial teórico


através de livros, artigos científicos, monografias e sites, descrevendo e analisando
o conceito da tecnologia, suas vantagens, desvantagens e aplicações. A segunda
parte é baseada em estudo do caso, na aplicação de uma simulação através do
software ARENA versão 14.0 (estudante) com o objetivo de demonstrar como
poderá funcionar o RFID nos ônibus e o resultado da aplicação.
18

CAPÍTULO II

A TECNOLOGIA RFID

RFID é uma tecnologia utilizada por várias empresas, pois oferece vantagens
estratégicas para as mesmas e promete substituir tecnologias existentes de
identificação como o código de barras (SWEENEY II, 2005).

2.1 HISTÓRICO

Um sistema de radares inventado pelo físico escocês Robert Alexander


Watson – Wattem 1935 deu destaque à tecnologia de Identificação por Rádio
Frequência (RFID) na II Guerra Mundial, onde os países usavam a tecnologia para
identificar os aviões à milhas de distância. Apesar de conseguirem descobrir a
proximidade dos aviões ainda existia outro problema, que era conseguir distinguir
quais eram aeronaves inimigas e quais eram aeronaves do próprio país que
voltavam das missões, havendo a necessidade de se comunicarem via rádio ou
aguardarem uma maior aproximação para conseguirem fazer o contato visual das
aeronaves (ROBERTI, 2005).
Segundo Roberti (2005), os Alemães descobriram que era possível alterar o
sinal de rádio refletido para o radar, se os pilotos fizessem uma manobra
considerada bruta com as aeronaves quando elas estivessem próximas da base, o
que alertaria a tripulação responsável pelo radar de que se tratava de aviões aliados,
dando a eles uma vantagem sobre os demais países, sendo este considerado o
primeiro sistema passivo de RFID, conforme ilustrado na Figura 1.
Já o sistema ativo ficou por conta dos ingleses, que liderados pelo Watson –
Watt, desenvolveram o Sistema Identificador de Amigo ou Inimigo - IFF (Identify
Friend or Foe), eles colocaram em cada aeronave um transmissor que captava um
sinal enviado pelas estações de radares e enviava um sinal de resposta
identificando se a aeronave era aliada ou não (GRAMPES, 2010).
19

Figura 1 - Comunicação com um operador de radar.

Adaptado de DOBKIN (2012).

Estudos foram feitos entre as décadas de 50 e 60 por acadêmicos e cientistas


dos Estados Unidos, Europa e Japão, mostrando como objetos podem ser
identificados remotamente através da rádio frequência (ROBERTI, 2005).
Os estudos continuaram e novas empresas foram surgindo, foram
comercializados os sistemas de Vigilância Eletrônica de Artigos, em que as ondas de
rádio eram utilizadas para identificar se determinado item estava sendo furtado ou se
havia sido pago. Surgem então as primeiras tags - etiquetas que utilizavam apenas 1
bit de informação, ativo ou inativo. O funcionamento de um sistema antirroubo é
descrito pela Figura 2 em que, quando o produto era pago, o bit era alterado para o
modo off ou 0 e ao passar pelo sensor o alarme não era disparado; se o produto não
estivesse sido pago, não era feita a alteração do bit e ele continuava em modo on ou
1 e os alarmes disparavam assim que o produto passasse pelo sensor (COSTA,
2008).

Figura 2 - Exemplo do funcionamento de um sistema antirroubo.

(COSTA, 2008)
20

Na década de 70 a patente para um transponder passivo, utilizado para abrir


uma porta sem precisar da chave, foi entregue ao empresário californiano Charles
Walton. Através de um transponder introduzido a um cartão, sinais eram emitidos
para um leitor próximo da porta, que detectava um número de identificação
armazenado dentro da etiqueta de RFID e imediatamente destravava a porta
(ROBERTI, 2005).
O primeiro modelo de leitor possuía uma placa de circuito de 15x15cm, além
de espiras e outros componentes eletrônicos, o que o considerava robusto
comparado aos atuais, que possuem um CI (Circuito Integrado) para substituir toda
essa complexidade de componentes. Os cartões não consumiam energia por serem
passivos, apenas recebiam uma determinada frequência que os faziam emitir seu
código de identificação e a leitura era feita a uma distância máxima de15cm entre o
cartão e o leitor (PAIS e COUTO, 2009).
Ainda nos anos 70, o Laboratório Nacional Los Alamos foi solicitado pelo
departamento de energia para criar um sistema de rastreamento de materiais
nucleares. Foi desenvolvido um leitor portátil que identificava rapidamente os
contêineres, uma solução bem mais eficiente comparado ao primeiro modelo,
chegando a possuir tamanhos menores inspirando a evolução dos dispositivos
atuais (PAIS e COUTO, 2009).
O Laboratório Nacional Los Alamos foi chamado também pelo departamento
de agricultura, devido ao problema com a falta de controle de hormônios e
medicamentos efetuados nas vacas, onde era preciso fazer o controle da medicação
necessária de cada vaca em particular. O laboratório veio com um sistema de RFID
passivo que utilizavam ondas de rádio UHF (Ultra High Frequency). O leitor emitia
um sinal e energizava o dispositivo, este por sua vez, refletia de volta um sinal
modulado através da retrodispersão - energia dispersa no contato com o alvo
(ROBERTI, 2005).
No início dos anos 90, engenheiros da IBM criaram e patentearam um
sistema de RFID de UHF, que oferece maior alcance de leitura com qualidade,
porém não chegou a ser comercializado. Alguns anos depois devido uma crise
financeira, a IBM vendeu a patente para a Intermec, um provedor de sistemas de
código de barras, onde foram instaladas em diferentes aplicações. Mas devido à
escassez de padrões abertos e internacionais e ao pequeno volume de vendas a
tecnologia era cara para o momento (ROBERTI, 2005).
21

Conforme o Quadro 1, estudos e evoluções foram surgindo, e a tecnologia


ganhou espaço na sociedade, chegando a um extenso número de aplicações.
Quadro 1 - Evolução do RFID.
Adaptado de PANDIAN (2010)

Década Evento
Radar utilizado, grande esforço de desenvolvimento na Segunda
1941- 1950
Guerra Mundial.
Começo da exploração da tecnologia RFID, experimentos em
1951- 1960
laboratórios.
Desenvolvimento da teoria sobre RFID.
1961- 1970 Início dos ensaios de campo de aplicações.
Explosão de desenvolvimento do RFID.
Testes de RFID aceleram.
1971- 1980
Implementações da adoção inicial de RFID.

1981- 1990 Entram as aplicações comerciais do RFID.

Surgimento dos padrões.


1991 até o
RFID amplamente implantado
momento.
RFID torna-se uma parte da vida cotidiana.

2.2 ESTRUTURA DO RFID

De acordo com Glover e Bhatt (2007), o RFID significa Identificação por Rádio
Frequência, onde dispositivos eletrônicos usam variações do campo magnético ou
frequência de rádio para a comunicação.

“RFID significa Radio Frequency Identification (Identificação por Rádio


frequência) um termo que descreve qualquer sistema de identificação no
qual um dispositivo eletrônico que usa frequência de rádio ou variações de
campo magnético para comunicar é anexado a um item.” (Glover e Bhatt,
2007, página 1).

Devido possuir uma grande capacidade de identificação de objetos em tempo


real e sem a necessidade de contato físico, o RFID está sendo utilizado em grande
escala no mercado mundial.
22

2.3 COMPONENTES DO RFID

O sistema RFID possui três componentes básicos: tag, leitor e servidor,


conforme ilustrado na Figura 3.

Figura 3 - Componentes básicos do sistema RFID.

Adaptado de GLOVER E BHATT (2007)

A antena muitas das vezes vem incorporada no próprio leitor (para aplicações
de pequeno alcance) ou conectada externamente ao mesmo (para aplicações de
longo alcance).

2.3.1 TAG

Também conhecido como Transponder ou etiqueta inteligente, é constituída


por chip (responsável pelo armazenamento das informações) e a antena
(responsável pela transmissão), por isso é considerada o componente mais
importante do sistema RFID, pois são através das tags que as informações podem
ser armazenadas e transmitidas.
Podem ter diversos tamanhos e materiais, dependendo para qual a finalidade,
varia também no tempo de durabilidade e dependendo da forma como será usada
poderá interferir na vida útil do mesmo. Existem tags de somente leitura e tags de
leitura e gravação.
As Tags podem ser classificadas em três tipos: As tags ativas, semi-passivas
e as passivas, a diferença entre elas está pelo uso ou não de uma bateria
(PANDIAN, 2010).
Segundo Dobkin (2012) a presença ou ausência desses componentes
constitui a base da segunda forma de classificar os sistemas RFID, pela fonte de
energia.
23

2.3.1.1 TAGS ATIVAS

As tags ativas possuem várias caraterísticas, como a capacidade de


conseguir alcançar longas distâncias e a capacidade de armazenamento maior
(DOBKIN, 2012).

“Uma etiqueta RFID ativa é equipada com uma bateria que pode ser
utilizada como uma fonte de energia parcial ou completa para o circuito e a
antena da etiqueta. Algumas etiquetas ativas contêm baterias substituíveis
para anos de uso; outras são unidades seladas” (TABOADA, 2009, página
67).

Devido a suas qualidades, estas tags tendem a ser mais caras (ROCHA,
2014). Na Figura 4 pode-se ver um exemplo de tag ativa.

Figura 4 - Tag Ativa.

LINEAR-RIO (2015)

Como elas possuem alimentação por bateria, sua vida útil é finita, exigindo
muitas vezes a substituição da bateria (AHSON e ILYAS, 2008).

Figura 5 - Transmissão da Tag ativa.

DOBKIN (2012)
24

De acordo com o exemplificado na Figura 5, as tags ativas podem assim


transmitir os dados (emitir um novo sinal) sem a necessidade do leitor fornecer
energia para elas (DOBKIN, 2012).

2.3.1.2 TAGS SEMI-PASSIVAS

São parecidas com as ativas, também possui bateria como demonstrado na


Figura 6, porém permanecem inativas até que um leitor as ative (ROCHA, 2014).

Figura 6 - Exemplo de Tag Semi-passiva.

DOBKIN (2012)

Assim como as tags passivas elas necessitam de um leitor para passar suas
informações. As tags semi-passivas podem atingir intervalos de dezenas de metros
a até 100 metros de distância (DOBKIN, 2012).

Figura 7 - Transmissão da Tag Semi-passiva.

Adaptado de DOBKIN (2012)

De acordo com Dobkin (2012), a bateria funciona para alimentação dos


circuitos, porém usa a energia vinda do leitor para a comunicação, conforme visto na
Figura 7.
25

2.3.1.3 TAGS PASSIVAS

Segundo Ahson e Ilyas (2008), as tags passivas não possuem bateria, ou


seja, não possuem uma fonte de alimentação interna, sendo alimentadas pelo
próprio leitor, como ilustrado na Figura 8.

“Uma etiqueta passiva não contém bateria; a energia é fornecida pelo leitor.
Quando as ondas de rádio do leitor são encontradas por uma etiqueta
passiva, a antena em espiral dentro da etiqueta forma um campo
magnético. A etiqueta retira a energia do leitor, transmitindo energia aos
seus circuitos. A etiqueta então envia as informações codificadas na
memória da etiqueta” (TABOADA, 2009, página 67).

Conforme Dobkin (2012), apesar de serem mais comuns, as tags passivas


possuem vida útil geralmente ilimitada, e alcançam curtas distâncias.

Figura 8 - Exemplo de Tag Passiva.

GREWAL E LEVY (2011)

As tags passivas não só recebem as informações como também recebem


energia (AHSON e ILYAS, 2008).

Figura 9 - Transmissão da Tag Passiva.

Adaptado de DOBKIN (2012)

De acordo com Ahson e Ilyas (2008), assim que o leitor envia um sinal, a tag
envia uma resposta para a consulta, conforme apresentado na Figura 9.
26

2.3.2 LEITOR

Segundo Glover e Bhatt (2007), os leitores RFID, também chamados


interrogadores, são usados para reconhecer a presença de etiquetas RFID, como
apresentado na Figura 10.

Figura 10 - Exemplo de Leitores de RFID.

RFID CONTROL (2015)

O leitor possui a antena que emite energia através da rádio frequência


(campo eletromagnético), a tag responde ao leitor com as informações gravadas em
suas memórias. Não necessita de um campo de visibilidade direto, ou seja, pode
fazer a leitura a várias distâncias. É considerado o componente intermediário, pois é
responsável pela conexão da tag com o servidor, e assim como as tags possuem
várias características que vão ser usadas de acordo com a utilização desejada
(PANDIAN, 2010).

2.3.3 SERVIDOR MIDDLEWARE.

É responsável pelo processamento das informações coletadas entre a tag e o


leitor, são processadas de acordo com a finalidade de utilização, sendo adequadas
de acordo com cada necessidade do usuário.

“O middleware para o sistema RFID coleta, filtra e agrega os dados únicos


de identificação das etiquetas que o leitor RFID processou. Portanto,
podemos descrever uma arquitetura básica para o middleware como sendo
a interface com o leitor, o processamento e gerenciamento de eventos, e a
interface de integração com as aplicações RFID” (DIAS, 2012, página 1).

Na Figura 11 é demonstrado os componentes presentes em um Middleware.


27

Figura 11 - Componentes do Middleware RFID.

Adaptado de GLOVER E BHATT (2007)

De acordo com Glover e Bhatt (2007), o middleware permite a conexão com


os leitores, o processamento e concede uma interface para o gerenciamento dos
leitores e eventos filtrados.

2.4 FUNCIONAMENTO

O princípio de funcionamento do RFID é simples, conforme a Figura 12, a


antena presente no leitor emite ondas de radiofrequências, a tag identifica essas
ondas respondendo estes sinais, o leitor lê as informações contidas na tag e faz a
codificação enviando os dados para o servidor para serem processadas.

Figura 12 - Esquema básico do funcionamento do sistema RFID.

CARVALHO (2012)
28

Na Figura 13 mostra quando as tags respondem o sinal emitido pelo leitor,


emitindo de volta o sinal com as informações.

Figura 13 - Comunicação com o leitor RFID.

PINHEIRO (2004)

Para um bom funcionamento do sistema RFID, vários fatores são importantes,


como a distância, tipo de leitor e da tag, além da frequência utilizada e entre outros.
(PINHEIRO, 2014)

2.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS

Segundo Pandian (2010) em uma época marcada pela mudança, condições


econômicas incertas e implacável concorrência, as organizações estão se
esforçando para atingir eficiências de processo que lhes permitam conduzir os
custos e proporcionar vantagem competitiva. Desta forma as empresas vêm
buscando meios para que possam fazer de forma rápida, flexível e precisa a
identificação como o uso da tecnologia RFID.
29

De acordo com Glover e Bhatt (2007) o código de barras é o meio de


identificação mais próximo do RFID, porém o laser usado para digitalizar o código de
barras impõe algumas limitações, pois não pode existir nenhum bloqueio na linha de
visão entre o laser e o código de barras.
O código de barras possui outras limitações que fazem que o RFID seja
considerado o seu sucessor. Conforme Hunt e Puglia (2007) a tecnologia RFID pode
um dia substituir códigos de barra e dentre as diversas vantagens destacam-se:
• Capacidade de ler e escrever nas etiquetas e ainda acrescentar novas
informações.
• Taxas de dados e tamanhos de memória maiores, podendo armazenar
maior número de dados.
• Capacidade de realizar a leitura sem uma linha direta de visão entre a
tag e o leitor, economizando tempo de processamento.
• Capacidade de comunicar com mais de uma tag simultaneamente, ou
seja, economizando tempo que seria gasto caso tivesse que ler tag por tag.
• Maior segurança de dados (através de maior complexidade e
criptografia).
• Maior durabilidade Ambiental (na presença de água, sujeira, etc).
• Diferentes formas e tamanhos, permitindo que possam ser utilizadas
em uma ampla variedade de ambientes.

“RFID tem qualidades adicionais que torná-lo melhor adaptado do que outras
tecnologias (como códigos de barras ou tiras magnéticas) para criar a predita
"internet das coisas", não se pode, por exemplo, facilmente adicionar informações
a um código de barras depois que ele for impresso, enquanto como alguns tipos
de tags podem ser escritos e reescritos várias vezes. Também, porque RFID
elimina a necessidade de alinhar objetos de rastreamento, é menos intrusivo. -"Só
funciona" nos bastidores, permitindo que dados sobre as relações entre objetos,
localização e tempo sejam agregados sem intervenção clara pelo usuário ou
operador” (GLOVER E BHATT, 2007, página 4).

No Quadro 2, pode se observar as principais diferenças entre as tecnologias


RFID e Código de Barras.
30

Quadro 2 - Comparação entre o Código de Barras e RFID.

NOGUEIRA FILHO (2005)

Código de Barras RFID


Utiliza luz óptica (Pinheiro, 2004) Utiliza radiofrequência (Pinheiro, 2004)
Sem necessidade de contato físico,
Precisa de campo visual direto para podendo ler através de diversos materiais
realizar a leitura (Pinheiro, 2004) como plásticos, madeira, vidro, papel,
cimento etc (Pinheiro, 2004).
No código de barras há 14 campos Um chip de radiofrequência tem 96 campos.
disponíveis para se preencher com Mais campos significa mais combinações
letras, números e símbolos (Barros, para identificar cada produto (Barros, 2003).
2003).
Código de barras não é eficiente em Permite a codificação em ambientes
ambientes insalubres (Souza, 2003). insalubres (Souza, 2003).

Podem ser forjadas Mais difíceis de serem forjadas

Podem permitir a inclusão de novos dados


Não permite a inclusão de novos dados na memória para posterior recuperação por
parte dos leitores (Srivastava, 2004)
Maior tempo de resposta Menos tempo de resposta (100 ms)
(Pinheiro, 2004)
Leitura individual (Figueiredo, 2004) Várias etiquetas podem ser lidas
simultaneamente (Figueiredo, 2004)

Mais barato Mais caro (Srivastava, 2004)


Maior risco de erros de leitura (Teixeira, Menor risco de erros de leitura (Teixeira,
2004) 2004)

Segundo Hunt e Puglia (2007) apesar de todas as vantagens do RFID, uma


série de questões importantes ainda precisam ser resolvidos antes que haja ampla
adoção da tecnologia.
Hunt e Puglia (2007) apresentaram algumas desvantagens e possíveis
soluções:
• Problemas de privacidade do consumidor devido ao monitoramento das
tags que estão nos produtos, todavia pode ser contornado utilizando a criptografia
ou códigos.
31

• Custos mais elevados comparado com a tecnologia de código de


barras, entretanto com a competitividade das empresas que fornecem os
componentes o custo tende a melhorar.
• Interferência ou diminuição no alcance de transmissão do sinal por
substâncias metálicas, porém este problema pode ser diminuído utilizando o
encapsulamento.

2.6 APLICAÇÕES

No decorrer desse tópico, serão descritas algumas das aplicações comercias


que mais se sobressaíram, e que fizeram com que o RFID destacasse em relação
ao código de barras.
O RFID é bem extenso quando se trata de aplicações, tornando-se essencial
no dia-a-dia das pessoas. As aplicações do RFID podem ser utilizadas em qualquer
área, que utilize a captura automática de dados através da radiofrequência e consiga
identificar objetos sem contato físico, variando desde sistemas de pagamentos a
automatização industrial (FINKENZELLER, 2003).
A mudança nos hábitos diário das pessoas devido às novas tecnologias é
afirmada por Pinheiro (2006).

“É cada vez mais intensa a aplicação das novas tecnologias sem fio na
sociedade atual, fato que tem provocado muitas mudanças nos hábitos e no
comportamento das pessoas. O simples hábito de fazer compras ou mesmo
pagar uma tarifa de pedágio com um cartão de crédito, entregando esse
cartão para que seja passado por uma leitora magnética, pode estar
chegando ao fim” (PINHEIRO, 2006, página 4).

Apesar de existirem várias aplicações em diversas áreas para a tecnologia


RFID, algumas são utilizadas com maiores frequências no mercado.
O controle de acesso e de pedágios, aplicações médicas e esportivas,
transportes terrestres, aéreos e marítimos e identificação biométrica são algumas
das aplicações que serão descritas a seguir.
32

• Controle de acesso

A tecnologia RFID pode ser usada para acesso a pessoas autorizadas a


determinados locais, através de etiquetas anexadas em automóveis conforme
mostra a Figura 14, ou até mesmo crachás, pulseiras ou chaveiros permitindo assim
o acesso a áreas restritas. Não é difícil encontrar condomínios, empresas,
universidades, hospitais entre outros locais que fazem o controle de acesso através
da tecnologia RFID.

Figura 14 - Controle de acesso veicular com RFID para condomínios.

OXXCODE (2011)

Tais etiquetas de RFID podem conter os dados do proprietário, como nome e


endereço, proporcionando ao usuário acesso rápido ao local desejado, além da
segurança, praticidade e confiabilidade que a tecnologia oferece.

• Cobrança de pedágios e estacionamentos

Tem se tornado cada vez mais fácil, encontrar estacionamento de shoppings,


pedágios ou até mesmo aeroportos e hospitais, onde é possível passar direto sem
perda de tempo com as paradas nos pontos tarifários, beneficiando principalmente
os mais atrasados ou mais apressados, graças a funcionalidade, praticidade e
agilidade que a essa tecnologia vem trazendo.
Nos pedágios a cobrança tarifária pode ser feita através de um leitor que ao
receber os sinais emitidos pelas etiquetas dos carros que passam por ele, identifica
o tipo de veículo e faz o desconto automaticamente, dispensando o uso de cancelas
33

e guaritas com funcionários cobrando os valores e devolvendo troco, o que gera


congestionamento principalmente em horários de pico (CIRIACO, 2009).
A Figura 15 mostra o sistema eletrônico Sem Parar/Via Fácil funcionando em
um pedágio.

Figura 15 - Entrada do pedágio Sem Parar/Via Fácil.

COLOMBO (2012)

A cobrança também pode ser feita automaticamente em estacionamentos, em


que o carro ao passar pelo leitor da entrada, será feito a leitura pelo sistema
registrando o horário de entrada e a cobrança pode ser feita debitada diretamente do
cartão de crédito a partir do momento que for registrada a saída do veículo
(NARCISO, 2008).

• Aplicações médicas

Existem alguns hospitais que fazem o uso do RFID para acompanhar e


monitorar seus pacientes através de tags inseridas em pulseiras com as informações
necessárias sobre o paciente, conforme demonstrado na Figura 16, desde dados
básicos como nome, idade a dados clínicos, podendo conter todo o prontuário como
tipo sanguíneo, controle da pressão arterial e todo o histórico do paciente desde sua
entrada no hospital, agilizando o atendimento e diminuindo os riscos de ocorrerem
erros humanos (LOPES JÚNIOR; ALBUQUERQUE e CARDOSO, 2014).
34

Figura 16 - Pulseira com RFID em pacientes.

WESSEL (2006)

Nas maternidades a identificação é de extrema importância, pois em


determinados momentos as mães e os recém-nascidos são separados, e nesses
momentos podem acontecer trocas de bebês. Pulseiras sincronizadas através das
etiquetas de RFID têm sido utilizadas para identificação das mães e bebês,
conforme a Figura 17.

Figura 17 - Pulseira com RFID em recém-nascidos.


PAK (2012)

Com a utilização destas pulseiras pode haver uma diminuição dos incidentes
como a troca de bebês.
35

• Modalidades esportivas

As modalidades esportivas também se beneficiaram com a tecnologia


RFID, em diferentes modalidades de corridas que necessitam medir o tempo e
outros dados com a máxima precisão (CIRIACO, 2009).
A Figura 18 mostra uma tag de RFID inserida em tênis de atleta.

Figura 18 – Tag de RFID inserido em tênis de atleta.

IPICOSPORTS (2015)

A tecnologia pode ser usada para extrair essas informações através da


inserção das etiquetas nos jogadores, carros, atletas, etc.

• Transportes terrestres, aéreos e marítimos

Tanto para transportes terrestres, marítimos ou aéreos as etiquetas de RFID


podem ser inseridas na bagagem dos passageiros (Figura 19), para o controle e
rastreamento, ajudando a diminuir os casos de perdas ou outros danos tão comuns
em viagens (PINHEIRO, 2006).

Figura 19 - Identificação de bagagens com RFID.

SABRÁ (2009)
36

Além de bagagens, outros tipos de cargas também podem ser controlados,


rastreados e fiscalizados principalmente nas rodovias onde acontecem grandes
números de contrabando.

• Identificação biométrica

A identificação biométrica é uma realidade em alguns países, um chip de


RFID com informações essenciais são inseridos em documentos como RG e
passaportes (CIRIACO, 2009). A Figura 20 demonstra o dispositivo de identificação
biométrica.

Figura 20 - Dispositivo de identificação biométrica.

CANDIDO (2013)

Com o uso do RFID irá reduzir o uso desnecessário de vários documentos em


determinados lugares, dando assim, praticidade aos usuários.

• Sistema antifurto

Conforme a Figura 21, as tags de RFID são inseridas em etiquetas sejam elas
de roupas, calçados, acessórios ou até mesmo em bens como, joias, obras de artes
ou outros bens ativos, dificultando a ação de ladrões para pequenos ou grandes
furtos (LOPES JÚNIOR; ALBUQUERQUE e CARDOSO, 2014).
37

Figura 21 - Etiquetas RFID para joias.

BASTOS (2009)

A Figura 22 mostra o mercado têxtil fazendo uso da tecnologia através de


etiquetas RFID inserida nas roupas.

Figura 22 - Etiquetas RFID no mercado têxtil.

KORMIVES (2009)

Algumas dessas etiquetas não contêm informações, apenas acionam um


alarme quando passam pelo sensor.

• Educação

Uma utilização que vem ganhando espaço é o uso das tags em uniformes
(Figura 23), que são cadastrados ao sistema escolar com informações do aluno,
junto com o número do telefone do responsável enviando uma mensagem de texto
para o número cadastrado imediatamente na entrada e saída do aluno, melhorando
a assiduidade dos alunos (VICENTE, 2012).
38

Figura 23 - Uniforme escolar com etiquetas RFID.

VICENTE (2012)

Outra aplicação da tecnologia RFID para a educação é feito nas bibliotecas


onde a tecnologia é utilizada para rastrear livros e manter as prateleiras
organizadas, além de evitar furtos.
39

CAPÍTULO III

ESTUDO DE CASO

Foi realizada uma simulação para demonstrar os possíveis benefícios de se


utilizar o RFID no transporte Público na cidade de Campos dos Goytacazes.

3.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

De acordo com a lista divulgada anualmente pelo Conselho Cidadão para a


Segurança Pública e a Justiça Penal, o município de Campos dos Goytacazes ficou
em 2015, entre as cidades mais violentas do mundo, ocupando a posição de 39° no
ranking (GERMANO, 2016). Com esse grande aumento da violência, destaca-se
também o aumento de roubos e assaltos nos pontos de ônibus. É grande o número
de reclamações e insatisfações, fazendo com que a insegurança seja um dos
assuntos mais reclamados pelos usuários do transporte público.
Independente do horário em que o usuário se encontra no ponto de ônibus,
seja ele de menor ou maior movimento, é difícil saber quanto tempo vai demorar
para determinada linha de ônibus passar, já que o transporte público na maioria das
vezes é imprevisível gerando assim insegurança e medo nos mesmos.
Não se pode apenas contar com ajuda da segurança pública municipal para
tentar diminuir o número de assaltos, é preciso buscar outros meios para diminuir o
mesmo, como o uso da tecnologia.
Utilizar tecnologias no transporte público é uma das possíveis soluções para
melhorar a eficiência e também a qualidade de satisfação dos usuários.
Diante deste cenário, é possível dizer que a tecnologia RFID pode trazer
algumas contribuições para o sistema de transporte público no município de Campos
dos Goytacazes.
Com uso desta tecnologia integrada a outras, os usuários poderão verificar o
horário de saída dos ônibus de um determinado ponto e o horário de sua possível
chegada, podendo também monitorar seu trajeto, otimizando o tempo que se perde
na espera nos pontos de ônibus.
40

O RFID pode trazer melhoria no nível de serviço, pois vai incentivar aos
motoristas a cumprirem com seus horários. Também trará maior acessibilidade e
integração dos usuários, uma vez que eles terão como escolher qual linha de ônibus
mais se adéqua com suas necessidades, podendo calcular suas rotas e encontrar os
pontos de ônibus mais próximos de sua localização.
Através da implantação supõe-se que poderá ser extraída as seguintes
informações:
• Horário em que um determinado ônibus passou em um ponto.
• Qual linha de ônibus.
• Qual ponto esse ônibus acabou de passar, ou seja, sua última parada.

3.2 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE SIMULAÇÃO

Para a implementação do projeto será realizado uma simulação de como


funcionará o transporte público utilizando a tecnologia RFID. A simulação será
realizada através do Software Arena versão 14.0.

3.2.1 SOFTWARE ARENA

O software Arena é uma ferramenta de simulação de processos bastante


utilizada no mundo todo. Com um ambiente gráfico integrado, o software possui
recursos para análise estatística, modelagem de processos, animação, e análise de
resultados (PARAGON, 2016).
O software foi lançado inicialmente em 1993 pela empresa Systems Modeling,
sendo uma melhoria de uma união entre os softwares SIMAN e CINEMA (lançados em
1982 e 1984 respectivamente), somente em 1998 a empresa Rockwell International
adquiriu a Systems Modeling, fazendo com que o Arena tivesse um grande
desenvolvimento e melhorias (PRADO, 2010).
Segundo Allen (2011), o Arena é um pacote de simulação que realiza a
análise de estatísticas e análise de resultados, tornando-se uma poderosa modelagem
de simulação, permitindo ao usuário construir um modelo que simule e execute
experimentos, também podendo gerar diversos relatórios como resultado final
(GARRIDO, 2010).
41

Na Figura 24 é exibida a tela inicial do Software Arena Versão 14.0.

Figura 24 - Tela inicial do Arena

Para construir um modelo de simulação e demonstrá-lo é necessário executar as


seguintes etapas (GARRIDO, 2010):
• Construir um modelo básico através de módulos em um fluxograma;
• Adicionar os dados para os parâmetros do modelo;
• Realizar uma simulação do modelo;
• Analisar os resultados de simulação fornecidos pelos relatórios
automáticos do Arena;
• Caso precisar, modificar e melhorar o modelo de acordo com a
necessidade.

“Tal como a maioria dos softwares de simulação, o Arena visualiza o


sistema a ser modelado como construído de um conjunto de estações de
trabalho que contém um ou mais recursos que prestam serviços a clientes
(também chamados de entidades ou transações) que se movem através do
sistema. O movimento pode ser feito pela própria entidade ou por
transportadores (empilhadeira, por exemplo) ou correias. Estas
características básicas podem ser de inúmeras maneiras” (PRADO, 2010,
página 28).
42

3.2.2 CONSTRUÇÃO DO MODELO DE SIMULAÇÃO

Foi elaborado um modelo através da criação de um fluxograma no Software


Arena. No Quadro 3 é apresentado os blocos/módulos que foram utilizados no
fluxograma de desenvolvimento, suas respectivas funções e suas representações na
simulação.
Quadro 3 - Blocos/Módulos utilizados para a simulação no Arena.

Blocos/Módulos Função Representação na Simulação

É o primeiro bloco utilizado no Surgimento dos ônibus e


fluxograma e é a partir dele que as configuração de acordo com a
entidades surgem e são configuradas. simulação.

Nele que a entidade passa por uma


Responsável pela parada e saída
ação dentro do processo da
dos ônibus.
simulação.

Representa um desvio na
Determina o caminho que os ônibus
continuidade/ordem do fluxograma,
irão seguir, quando se tem mais de
pois é nele que ocorre a tomada da
uma opção de trajetos.
decisão.

Término de um processo no Representa o término do trajeto


fluxograma. percorrido pelos ônibus.

Responsável de fazer o
Utilizado para transferir uma entidade
deslocamento dos ônibus de um
de uma estação para a outra.
ponto para o outro.

Representa os locais físicos por onde


Estação, local Físico. o ônibus vai passar (rodoviária e
pontos de ônibus).

Responsável por realizar a leitura e


Leitura e Escrita registro da entrada e saída dos
ônibus e enviar os dados extraídos
para o Excel.

Através da análise e inserção destes blocos foi construído o modelo de


fluxograma conforme a Figura 25, este foi dividido em pequenos diagramas de
blocos configurados e conectados entre si para realizar a simulação.
43

Figura 25 - Fluxograma completo para o modelo de Simulação.


44

Na primeira etapa de construção do fluxograma foi realizada a criação de um


diagrama de blocos onde se demonstrou o surgimento das três linhas de ônibus
(Azul, Vermelho e Amarelo). A rodoviária foi representada nesta primeira parte
(Figura 26), pois representa a saída dos ônibus para as demais estações (Pontos de
ônibus). Neste diagrama, os ônibus irão sair da estação rodoviária e se deslocar
para a primeiro ponto (Ponto de ônibus A).

Figura 26 - Representação da Rodoviária.

Para esta simulação foram criados 17 pontos de ônibus. A Figura 27


demostra os diagramas para os Pontos de ônibus A e D1 por se tratarem de
esquemas semelhantes, onde foram inseridos blocos responsáveis pela
leitura/registro, além dos blocos que demostram a passagem/parada dos ônibus e os
blocos responsáveis pelo deslocamento para os próximos pontos.

Figura 27 - Representação do Ponto de ônibus - A.


45

Para a criação dos Pontos de ônibus B2, B3, B4, C2, C3, C4, D2, D3 e D4, foi
realizado a mesma lógica do diagrama do Ponto A (a chegada dos ônibus aos
referentes pontos e o deslocamento dos mesmos para os próximos pontos de
acordo com seus respectivos destinos), conforme exemplificado na Figura 28.

Figura 28 - Representação dos Pontos de Ônibus - B2, B3, B4, C2, C3, C4, D2, D3 e D4.

Ao passar pelo ponto B1 ou pelo ponto C1 surgem novos caminhos a serem


seguidos e para que cada ônibus siga seu o trajeto de acordo com seus referentes
destinos, foi inserido no diagrama o bloco “decide” responsável por encaminhar os
ônibus para seus respectivos percursos, conforme ilustrado na Figura 29.
46

Figura 29 - Representação dos Pontos de Ônibus B1 e C1.


Para finalizar o trajeto de cada linha de ônibus, foram criados os últimos
diagramas em Blocos para representar os Pontos finais B, C e D, demonstrados na
Figura 30.

Figura 30 - Representação dos Pontos finais B, C e D.


47

3.2.3 EXECUÇÃO DA ANIMAÇÃO

Para melhor entendimento do funcionamento do fluxograma, foi criada uma


animação no próprio software Arena (Figura 31) mostrando em uma visão geral a
ideia da estrutura física do sistema rodoviário utilizando o RFID.

Figura 31 - Animação realizada no software Arena.

Na animação foram inseridas figuras representando a rodoviária, os pontos e


os ônibus, também se fixou as rotas para que cada ônibus possa seguir o seu
trajeto, e ao longo do mesmo foi distribuído os pontos de ônibus (representado pelas
letras já citadas no tópico anterior).
Foi realizada uma configuração para supor que leitores de RFID estejam
presentes em todos os pontos de ônibus, inclusive na rodoviária, com o objetivo de
mostrar a identificação dos ônibus ao passar pelos pontos, conforme a Figura 32.

Figura 32 - Demonstração da Identificação dos ônibus ao passar pelos Pontos.


48

Os ônibus ao saírem da estação rodoviária passam pelo primeiro leitor que


registra suas informações de saída da estação. À medida que transitam pelos
demais pontos, novas informações vão sendo registradas, ou seja, ao deslocar ou
ao estacionarem em um novo ponto, suas informações de localização e horário são
atualizadas fazendo que o usuário saiba onde o ônibus se encontra, dando a ele
uma noção de tempo em que o mesmo levará para chegar no ponto desejado.
Nesta animação, cada linha de ônibus (representado pela cor) segue um
trajeto diferente (Figura 33), apenas para representar que vários ônibus poderão ser
identificados na simulação ao mesmo tempo.
• Trajeto do ônibus Azul – Pontos: A, B1, C1, C2, C3, C4 e Final
C.
• Trajeto ônibus Vermelho – Pontos: A, B1, B2, B3, B4 e Final B.
• Trajeto ônibus Amarelo – Pontos: A, B1, C1, D1, D2, D3, D4 e
Final D.

Figura 33 - Demonstração das identificações dos ônibus em suas diferentes rotas.

Para gerar o relatório de informações dos horários que determinadas linhas


irão passar em certos pontos, foi realizada uma configuração de registro somente
nos Pontos da Rodoviária, A, D1, B1, C1, Final B, Final C, Final D, e também foi
inserido alguns dados no modelo. Dados inseridos:
• Os ônibus irão trafegar entre 06:00 às 00:00 horas tendo um total de 18 horas
de trabalho em um dia.
49

• O ônibus Azul será o primeiro a sair da estação rodoviária (tempo 0), será
previsto um tempo de 30 minutos para sair o próximo desta linha (tempo 30).
• O ônibus Vermelho sairá 10 minutos após a saída do ônibus Azul (tempo 10),
será previsto um tempo de 30 minutos para sair o próximo desta linha (tempo
40).
• O ônibus Amarelo sairá 20 minutos após a saída do ônibus Azul (tempo 20),
será previsto um tempo de 30 minutos para sair o próximo desta linha (tempo
50).
• O tempo gasto de deslocamento de um ponto ao outro considerado nesta
simulação é de 7 minutos.
• Também será considerado um tempo de 3 minutos em que cada ônibus ficará
parado no ponto.
O relatório foi criado através da integração do Software Arena com o Microsoft
Excel 2010, a medida que a simulação foi sendo executada, simultaneamente as
informações foram geradas na planilha do Excel.
A planilha é gerada através dos dados (tempo, linha de ônibus e ponto de
ônibus) coletados pelos blocos read/write, inseridos em algumas estações. A
primeira coluna demonstra todos os horários registrados pelo leitor tendo como
tempo inicial de 06:00, como foi determinado durante a configuração. A segunda
coluna exibe o registro de todos os ônibus que passaram pelo leitor identificando de
acordo com suas respectivas linhas e a terceira coluna é responsável pela
identificação dos pontos de ônibus, onde os leitores foram inseridos, tornando
possível saber se no horário X o ônibus Y se encontra em qual ponto.
A partir destas configurações foi possível gerar um relatório no Excel das
linhas de ônibus entre o horário de 06:00 às 00:00 horas.
A Tabela 1 se refere aos horários de 06:00 às 07:30, este relatório explora
todas as informações retiradas do modelo de simulação, onde pode-se verificar para
cada linha, em que horário, o ônibus passou em um determinado ponto.
A tabela completa do trafego entre 06:00 às 00:00 horas encontra-se no
Apêndice A.
50

Tabela 1- Localização dos ônibus para os horários de 06:00 às 07:30.

A finalidade deste relatório é demonstrar como poderá ser as informações


extraídas no leitor RFID.
51

As Figuras 34, 35 e 36, mostram o trajeto dos ônibus azuis do Ponto A até o
C Final. Considerando que um usuário chegue ao Ponto C1 às 07:10, o mesmo
poderá verificar onde se encontra o ônibus desejado dentro deste trajeto e assim
estimar o seu tempo de espera no Ponto C1.

Figura 34 - Demonstração do usuário aguardando o ônibus no ponto C1.

A Figura 34 mostra a localização do ônibus azul no momento em que o


usuário chega ao Ponto C1.

Figura 35 - Demonstração do ônibus chegando no Ponto C1.


52

A Figura 35 mostra a localização do ônibus azul chegando ao Ponto C1, onde


se encontra o usuário.
A mesma lógica funciona para as outras linhas de ônibus, bastando apenas o
usuário verificar qual linha de ônibus deseja, obtendo assim sempre as últimas
atualizações.

Figura 36 - Demonstração do ônibus azul chegando ao destino desejado pelo usuário.

Na Figura 36 mostra o ônibus azul chegando ao final do trajeto, ou seja, o


Ponto Final C. Desta forma o usuário pode estimar o seu tempo de espera no ponto,
através das leituras realizadas pelo sistema RFID.
53

CAPÍTULO IV

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Utilizar a tecnologia RFID para facilitar o dia a dia e a otimização dos


processos já é uma realidade nos dias atuais, porém sua utilização poderá abranger
diversos outros setores ainda não explorados.
Este trabalho produziu através de um estudo de caso, uma simulação com o
intuito de demonstrar uma possível implementação do RFID no Transporte Público
de Campos dos Goytacazes.
Foram constatadas algumas limitações para realizar tal simulação, a princípio
a escolha do software visto que existia uma gama dos mesmos que realizavam
simulações, porém muitos não possuíam versão gratuita ou uma versão para teste,
devido a isto, foi escolhido o Software Arena versão 14.0 (estudante) para realizar tal
simulação. Em um primeiro momento, a dificuldade encontrada foi o tempo dedicado
para aprender o software, necessitando buscar tutoriais e manuais de explicação de
como utilizá-lo. Outro obstáculo encontrado foi, a limitação dos recursos oferecidos
pelo software, pois o mesmo possui uma capacidade máxima de registros
impossibilitando de registrar os horários na simulação para todos os pontos de
ônibus. Outra limitação foi o idioma do software, que por se tratar de um software em
inglês, houve dificuldades em se compreender as configurações, aumentando ainda
mais o tempo de produção para simulação. Apesar de todas as dificuldades
encontradas, a simulação foi realizada alcançando os objetivos. Através da
simulação foi possível extrair para a planilha, a localização dos ônibus durante todo
o trajeto junto com os horários que cada ônibus passou nos determinados pontos.
Como já mencionado, são inúmeras vantagens com a implantação do RFID
no sistema rodoviário: informações sobre os ônibus (localização, última parada,
hora, etc.) a qualquer hora e lugar para os usuários, podendo diminuir assim o
número de espera nos pontos de ônibus, consequentemente minimizando os riscos
de assaltos nos mesmos, entres diversas outras vantagens já mencionadas. Porém,
apesar das vantagens ainda existem algumas limitações e dificuldades para a
possível implementação no uso do RFID:
• Alto custo de investimento financeiro - Uma das desvantagens de se utilizar o
RFID é o valor de seus equipamentos que são mais caros, referentes a
54

algumas outras tecnologias, também tem a questão da distância, pois quanto


maior a distância da leitura das tags maior deverá ser a frequência utilizada,
elevando ainda mais o custo, caso houver o interesse de implantação do
RFID o valor do investimento poderá ser um dos obstáculos para a inserção
do mesmo no sistema Rodoviário.
• Ambiente de implantação - Como as rodovias e ruas estão em constante
mudança tanto causada pelo próprio meio ambiente quanto pelos seres
humanos, deverá ser feita uma maior análise de onde será colocado os
equipamentos RFID corretamente, além da necessidade de uma maior
manutenção preventiva e preditiva, pois sabe-se que dependendo do que
estiver por perto, poderá impedir a propagação das ondas gerando falhas na
identificação dos ônibus.
Porém é importante destacar que apesar das limitações e dificuldades ditas e
outras que ainda poderão surgir, constata-se que a utilização do sistema RFID no
Transporte Público Rodoviário pode ser possível.

4.1 ESTUDOS FUTUROS

Outros projetos poderão ser desenvolvidos através deste trabalho, sendo


eles:
• Criação de um projeto através de softwares destinados a desenvolver e testar
o RFID sem a necessidade da aquisição dos equipamentos, somente a
aquisição do software.
• Verificar e definir quais possíveis tecnologias (hardware e software) poderão
ser integradas com o RFID para a transmissão das informações para o
usuário final.
• Realização de um cronograma para a implementação com estimativa de custo
para a mesma.
• Simulação do RFID em um ambiente real, ou seja, implementar o RFID em
um pequeno trecho rodoviário para simular de forma real e na prática o
funcionamento do sistema.
55

Poderá ser realizado ampliações de novas ideias e projetos além destes, pois
a tecnologia RFID como dito é muito vasta podendo ser utilizada de diversas formas
com diversas tecnologias.
56

REFERÊNCIAS

AHSON, Syed; ILYAS, Mohammad. RFID Handbook: Applications, Technology,


Security an Privacy. New York: Crc Press, 2008.

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60

APÊNDICE A – TABELA COMPLETA GERADA NO MICROSOFT EXCEL

Tempo Ônibus Ponto


06:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
06:10:00 Ônibus Azul Ponto A
06:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
06:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A
06:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
06:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
06:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
06:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
06:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
06:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
06:40:00 Ônibus Azul Ponto A
06:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
06:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
06:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A
06:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
06:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
06:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
07:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
07:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
07:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
07:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
07:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
07:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
07:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
07:10:00 Ônibus Azul Ponto A
07:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
07:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
07:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A
07:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
07:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
07:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
07:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
07:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
07:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
07:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
07:30:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
07:40:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
07:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
07:40:00 Ônibus Azul Ponto A
07:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
07:40:00 Ônibus Azul Ponto Final C
07:40:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
61

07:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A


07:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
07:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
07:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
08:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
08:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
08:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
08:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
08:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
08:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
08:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
08:10:00 Ônibus Azul Ponto A
08:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
08:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
08:10:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
08:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A
08:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
08:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
08:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
08:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
08:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
08:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
08:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
08:30:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
08:40:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
08:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
08:40:00 Ônibus Azul Ponto A
08:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
08:40:00 Ônibus Azul Ponto Final C
08:40:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
08:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A
08:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
08:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
08:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
09:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
09:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
09:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
09:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
09:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
09:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
09:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
09:10:00 Ônibus Azul Ponto A
09:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
09:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
09:10:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
62

09:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A


09:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
09:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
09:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
09:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
09:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
09:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
09:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
09:30:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
09:40:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
09:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
09:40:00 Ônibus Azul Ponto A
09:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
09:40:00 Ônibus Azul Ponto Final C
09:40:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
09:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A
09:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
09:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
09:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
10:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
10:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
10:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
10:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
10:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
10:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
10:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
10:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
10:10:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
10:10:00 Ônibus Azul Ponto A
10:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
10:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
10:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A
10:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
10:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
10:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
10:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
10:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
10:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
10:30:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
10:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
10:40:00 Ônibus Azul Ponto A
10:40:00 Ônibus Azul Ponto Final C
10:40:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
10:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
10:40:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
63

10:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária


10:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A
10:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
10:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
11:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
11:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
11:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
11:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
11:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
11:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
11:10:00 Ônibus Azul Ponto A
11:10:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
11:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
11:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
11:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
11:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
11:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A
11:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
11:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
11:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
11:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
11:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
11:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
11:30:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
11:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
11:40:00 Ônibus Azul Ponto A
11:40:00 Ônibus Azul Ponto Final C
11:40:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
11:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
11:40:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
11:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
11:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A
11:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
11:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
12:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
12:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
12:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
12:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
12:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
12:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
12:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
12:10:00 Ônibus Azul Ponto A
12:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
12:10:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
12:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
64

12:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A


12:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
12:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
12:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
12:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
12:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
12:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
12:30:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
12:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
12:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
12:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
12:40:00 Ônibus Azul Ponto Final C
12:40:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
12:40:00 Ônibus Azul Ponto A
12:40:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
12:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
12:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A
12:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
12:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
13:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
13:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
13:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
13:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
13:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
13:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
13:10:00 Ônibus Azul Ponto A
13:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
13:10:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
13:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
13:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
13:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
13:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A
13:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
13:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
13:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
13:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
13:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
13:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
13:30:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
13:40:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
13:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
13:40:00 Ônibus Azul Ponto A
13:40:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
13:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
13:40:00 Ônibus Azul Ponto Final C
65

13:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A


13:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
13:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
13:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
14:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
14:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
14:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
14:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
14:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
14:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
14:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
14:10:00 Ônibus Azul Ponto A
14:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
14:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
14:10:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
14:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A
14:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
14:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
14:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
14:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
14:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
14:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
14:30:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
14:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
14:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
14:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
14:40:00 Ônibus Azul Ponto Final C
14:40:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
14:40:00 Ônibus Azul Ponto A
14:40:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
14:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
14:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A
14:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
14:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
15:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
15:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
15:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
15:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
15:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
15:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
15:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
15:10:00 Ônibus Azul Ponto A
15:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
15:10:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
15:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
66

15:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A


15:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
15:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
15:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
15:30:00 Ônibus Azul Rodoviária
15:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
15:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
15:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
15:30:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
15:40:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
15:40:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
15:40:00 Ônibus Azul Ponto A
15:40:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
15:40:00 Ônibus Azul Ponto Final C
15:40:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
15:50:00 Ônibus Vermelho Ponto A
15:50:00 Ônibus Azul Ponto B1
15:50:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
15:50:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
16:00:00 Ônibus Azul Rodoviária
16:00:00 Ônibus Amarelo Ponto A
16:00:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
16:00:00 Ônibus Azul Ponto C1
16:00:00 Ônibus Amarelo Ponto D1
16:10:00 Ônibus Vermelho Ponto Final B
16:10:00 Ônibus Vermelho Rodoviária
16:10:00 Ônibus Azul Ponto A
16:10:00 Ônibus Amarelo Ponto B1
16:10:00 Ônibus Azul Ponto Final C
16:10:00 Ônibus Amarelo Ponto Final D
16:20:00 Ônibus Vermelho Ponto A
16:20:00 Ônibus Azul Ponto B1
16:20:00 Ônibus Amarelo Ponto C1
16:20:00 Ônibus Amarelo Rodoviária
16:30:00 Ônibus Amarelo Ponto A
16:30:00 Ônibus Vermelho Ponto B1
16:30:00 Ônibus Azul Ponto C1
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