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da Silva
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
SISTEMAS DE FLUXO DE
REFRIGERANTE VARIÁVEL (VRF -
VARIABLE REFRIGERANT FLOW)
_________________________________
Barnabé Severiano da Silva
Engenheiro Mecânico – CREA/RN 2000D
RN 210112768-7
Engenheiro de Equipamentos / PETROBRAS
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
ELABORAÇÃO DO TEXTO
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
ÍNDICE RESUMIDO
Introdução
1 Padrões
2 Equipamentos
2.1 Unidades Externas de Fonte de Ar e de Fonte de Água
2.2 Tipos de Unidades Internas
2.3 Controles do Sistema
2.4 Expansão ou Reconfiguração do Sistema
3 Operação do Sistema VRF
3.1 Gerenciamento de Carga
3.2 Operação de Resfriamento
3.3 Operação de Aquecimento
3.4 Reinicialização da Temperatura de Saturação
3.5 Operação de Recuperação de Calor
3.6 Operação de Descongelamento
3.7 Gestão de Recuperação de Óleo
3.8 Controle de Umidade
3.9 Unidades VRF de Fonte de Ar de Alto Desempenho de Aquecimento
4 Considerações de Modelagem
5 Considerações de Projeto
5.1 Sistemas VRF de Fonte de Água
5.2 Sistemas VRF de Fonte de Ar
5.3 Integração com Fontes de Aquecimento Suplementar
5.4 Economizador de Ar Externo
5.5 Geração de Aquecimento/Resfriamento Radiante e Água Quente Doméstica
6 Exemplo de Projeto de Sistema VRF
6.1 Executando uma Análise de Perfil de Carga
6.2 Seleção do Tipo de Sistema, Zoneamento e Potencial para Recuperação de Calor
6.3 Dimensionamento Preciso das Unidades Externas e Internas da Fonte de Ar
6.4 Selecionando Unidades Internas
6.5 Estratégia de Ventilação de Ar
6.6 Tubulação de Refrigerante
6.7 Diretrizes de Tubulação de Refrigerante
6.8 Controles
6.9 Considerações de Segurança para Refrigerantes
6.10 Análise de Árvore de Falhas
6.11 Otimizando Sistemas VRF para Minimizar o Impacto Ambiental
7 Comissionamento
8 Inversores de Frequência
8.1 Fundamentos do Acionamento de Motores CA
8.1.1 Inversores de Frequência
8.1.2 Unidades de Acionamento Volts por Hertz
8.1.3 Unidades de Acionamento Vetorial de Fluxo
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
8.2.1 Seleção da Unidade VFD
8.2.2 Reatores de Linha e de Carga
8.2.3 Localização
8.2.4 Painéis
8.2.5 Técnicas de Montagem
8.2.6 Interface com o Operador
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INTRODUÇÃO
Os sistemas HVAC (Heating Ventilation and Air Conditioning) de fluxo de refrigerante
VARIÁVEL (VRF - Variable Refrigerant Flow), são uma plataforma de tecnologia de bomba de
calor de expansão direta (DX - Direct-EXpansion), construída no ciclo de compressão de vapor
Rankine reverso padrão. Esses sistemas são termodinamicamente semelhantes aos sistemas
expansão direta unitários e outros comuns e compartilham muitos dos mesmos componentes
(ou seja, compressor, dispositivo de expansão, trocadores de calor).
Os sistemas VRF transportam calor entre uma unidade de condensação externa e uma rede
de unidades internas, localizadas próximas ou dentro do espaço condicionado, por meio da
tubulação de refrigerante instalada no edifício. Os atributos que distinguem o VRF de outros
tipos de sistema DX (Direct-EXpansion), são várias unidades internas conectadas a uma
unidade externa comum (módulos simples ou combinados), escalabilidade, capacidade
variável, controle distribuído e aquecimento e resfriamento simultâneos.
Os sistemas VRF são altamente projetados, com compressores únicos ou múltiplos, múltiplas
unidades internas (tipos com e sem dutos) e componentes de gerenciamento e controle de
óleo e refrigerante. O VRF oferece flexibilidade ao permitir muitas unidades internas diferentes
(com diferentes capacidades e configurações), controle de zona individual e a capacidade
única de oferecer aquecimento e resfriamento simultâneos, em zonas separadas em um
circuito refrigerante comum e recuperação de calor de uma zona para outra. As capacidades
típicas variam de 5,3 a 223 kW (18.000 a 760.000 Btu/h) para unidades externas e de 1,5 a
35 kW (5.000 a 119.000 Btu/h) para unidades internas.
Os sistemas VRF são equipados com, pelo menos, um compressor de velocidade variável
e/ou capacidade variável. A Figura I.1 ilustra o controle de capacidade de um único
compressor de velocidade variável; o compressor varia sua velocidade para operar apenas
nos níveis necessários para manter os ambientes internos de acordo com os requisitos
especificados.
Tipos de Sistema
As unidades de recuperação de calor são sistemas de bomba de calor que podem fornecer
aquecimento e resfriamento simultâneos. Todas as unidades internas conectadas a um
sistema de recuperação de calor, não apenas podem usar controle individual e pontos de
ajuste, mas também podem operar individualmente no modo de aquecimento ou resfriamento
a qualquer momento.
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
Para corresponder aos perfis de carga do edifício, a energia é transferida de um espaço interno
para outro através da linha de refrigerante, e apenas uma fonte de energia é necessária para
fornecer aquecimento e resfriamento. Os sistemas VRF também operam com eficiência em
carga parcial devido ao controle de capacidade variável do compressor.
Aplicações VRF
Zona de Conforto
Os sistemas VRF atingem o controle de temperatura zona por zona, principalmente usando o
controle do lado do refrigerante. As unidades internas reagem constantemente às mudanças nas
cargas de aquecimento/resfriamento da zona e mantêm as condições, controlando o
superaquecimento alvo com uma válvula de expansão eletrônica (EEV - Electronic Expansion
Valve) ou uma válvula de expansão linear (LEV - Linear Expansion Valve).
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INTRODUÇÃO
Os compressores inverter (ou inversores) ou a combinação de compressores inverter e de
velocidade constante, geralmente, encontrados em sistemas VRF, modulam o fluxo de
refrigerante e trabalham em uníssono com o volume de refrigerante exigido pelas unidades
internas.
Manter as condições de conforto de forma eficiente, pode ser um desafio para os sistemas
HVAC durante as estações do “ressalto/pico”, geralmente, períodos durante o outono e a
primavera, quando o aquecimento e o resfriamento podem ser necessários. A mudança ideal
de operação predominantemente de aquecimento para operação predominantemente de
resfriamento, ou vice-versa, é, geralmente, determinada por uma temperatura ambiente
externa predefinida.
Muitos sistemas HVAC unitários tradicionais, operam sistemas de aquecimento e resfriamento
simultaneamente por longos períodos, durante as baixas temporadas, fornecendo
aquecimento e resfriamento por meio de uma rede de quatro tubos. Com sistemas
descentralizados, como sistemas multisplit de recuperação de calor, os edifícios podem ser
divididos em zonas para que a transição seja perfeita e o conforto seja mantido. Os sistemas
multisplit de bomba de calor sem recuperação de calor, exigem maior atenção às
características de carga do edifício para obter o zoneamento adequado para o conforto.
Qualidade do Ar Interno
A qualidade do ar interno (IAQ - Indoor Air Quality) fornecida por um sistema HVAC, depende
da taxa de troca de ar da zona projetada, do nível de ar de ventilação fornecido e do grau de
filtragem do fluxo de ar. Os sistemas VRF, como os sistemas unitários tradicionais, devem
seguir os níveis de filtragem associados descritos no padrão ASHRAE 62.1 para ventilação,
com filtragem fornecida centralmente, se estiver usando uma serpentina de resfriamento e/ou
no nível da zona, se forem necessários níveis mais altos de filtragem além dos fornecidos pela
unidade central.
Para atender aos requisitos do padrão ASHRAE 62.1, os sistemas VRF são, frequentemente,
integrados a um sistema de ar externo dedicado (DOAS - Dedicated Outdoor Air System),
onde as taxas de fornecimento de fluxo de ar de ventilação permanecem consistentes,
independentemente das cargas de pico de aquecimento ou resfriamento da zona ou do
damper mínimo (volume de ar variável unidade terminal ou unidade central de tratamento de
ar).
A capacidade variável das unidades interna e externa, significa que todo o sistema
corresponde à carga em qualquer espaço. A correspondência de carga, também pode
fornecer benefícios como eficiência em operações de carga parcial e desumidificação. Os
sistemas VRF apresentam unidades internas com zonas individuais descentralizadas, que
eliminam a necessidade de grandes ventiladores centrais e dutos.
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INTRODUÇÃO
Monitoramento Local e Remoto
Os controles são parte integrante do projeto total do sistema e a aplicação do edifício dita o(s)
pacote(s) de controle necessário(s). Os sistemas VRF podem funcionar como um sistema
autônomo usando os controles padrão do fabricante ou podem se integrar a outros sistemas
por meio de controles de automação predial, como BACnet®, LonWorks® ou o método do
fabricante.
Os custos operacionais totais do ciclo de vida de um sistema HVAC, dependem dos custos de
capital instalado, custos anuais de energia operacional, custos de manutenção de rotina,
expectativa de vida do equipamento e custos de substituição do sistema.
Custos operacionais do ciclo de vida. Os custos operacionais do ciclo de vida dos sistemas
VRF são divididos em três categorias:
• Os custos operacionais anuais - dependem de muitos fatores, incluindo perfis de carga de
construção e oportunidades de recuperação de calor.
• Os custos de manutenção de rotina - incluem ferramentas de monitoramento remoto, que,
normalmente, permitem análises contínuas de desempenho do sistema VRF e estratégias
de manutenção proativa. As unidades internas requerem inspeção visual regular e
substituição programada do filtro de ar. As unidades externas requerem inspeção de rotina
dos principais componentes (por exemplo, compressor, trocador de calor).
• Custos de substituição do sistema - A maioria dos fabricantes de sistemas VRF lista 15 a 20
anos para sistemas de fonte de ar e 20 a 25 anos para sistemas de fonte de água, como a
faixa de expectativa de vida média. A expectativa de vida útil do equipamento depende do
desempenho da manutenção de rotina recomendada pelo fabricante e, em alguns casos, é
afetada pelas horas de operação, ambiente, localização, etc.
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CAPÍTULO 1 - PADRÕES
O Instituto de Ar Condicionado, Aquecimento e Refrigeração (Air Conditioning, Heating and
Refrigeration Institute - AHRI), possui um programa de certificação específico para
equipamentos de ar condicionado multisplit e bombas de calor VRF.
O Padrão ou norma AHRI 1230, ano 2021, aplica-se a todos os equipamentos de ar
condicionado multisplit VRF e bomba de calor/recuperação de calor com capacidades até 222
kW. Ele segue as condições de classificação padrão AHRI e cobre todos os sistemas de ar
condicionado e bombas de calor VRF multisplit, combinados, independentemente da fonte de
energia elétrica, ciclo de refrigeração ou fluido secundário (por exemplo, ar-ar ou água-ar). Ao
conduzir todos os testes de VRF, a seguinte definição é usada para configurar os sistemas a
serem testados. Esta definição de “combinação testada”, item 6.2 do padrão AHRI 1230-2021,
tem sido um fator chave no estabelecimento da equivalência de testes com sistemas VRF e
outros sistemas unitários:
6.2 Combinações Testadas. Uma combinação testada para todos os sistemas de fonte de ar
VRF e sistemas de bomba de calor de fonte de água VRF, maior ou igual a 65.000 Btu/h,
consiste em uma unidade externa e um mínimo de 2 e um máximo de 12 unidades internas.
Somente unidades internas com dutos são usadas para determinar as classificações para
sistemas VRF com dutos. Somente unidades internas sem dutos são usadas para determinar
as classificações para sistemas VRF sem dutos.
6.2.1 Os requisitos para famílias modelo de Unidades Internas devem ser os seguintes:
6.2.1.1 Todas as combinações testadas sem dutos devem usar cassetes de teto
padrão de 4 vias com o menor volume de bobina normalizado, conforme definido na
seção 6.2.4. Se um fabricante não tiver cassetes de teto de 4 vias, a combinação
testada deve incluir unidades internas (com o menor volume de bobina normalizado,
conforme definido na seção 6.2.4) apenas da primeira família de modelos de
unidades internas sem dutos da lista a seguir, a partir da qual uma Combinação
Testada válida pode ser montada:
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CAPÍTULO 1 - PADRÕES
6.2.2 As Unidades Internas devem, juntas, ter uma Capacidade Nominal de Resfriamento
de 100% ± 5,0% da Capacidade de Resfriamento Nominal Padrão do sistema.
6.2.4 Todas as Unidades Internas devem ser unidades de produção (ou unidades
representativas de unidades de produção). Se um fabricante tiver vários modelos de
Unidade Interna dentro de uma faixa de capacidade permitida (definida na Tabela 7), que
atenda aos requisitos de Combinação Testada, o fabricante deve usar os critérios abaixo
para selecionar, desses modelos, o modelo de Unidade Interna apropriado para teste. O
primeiro critério deve ser o tamanho da bobina descrito na Seção 6.2.4.1, e o segundo
deve ser a eficiência do motor do ventilador interno descrita em 6.2.4.2.
6.2.4.1 Deve ser utilizado o modelo com o menor volume de bobina normalizado
(NCV - Normalized Coil Volume), calculado pela Equação:
𝐿 .𝑊.𝐷 .
𝑁𝐶𝑉 =
𝑞
Portanto, o Padrão ou norma AHRI 1230 (ano 2021), é o padrão usado para classificação de
desempenho de equipamentos de bomba de calor e ar condicionado multi-split de Fluxo de
Refrigerante Variável (VRF - Variable Refrigerant Flow).
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CAPÍTULO 1 - PADRÕES
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CAPÍTULO 2 - EQUIPAMENTOS
• Montada na parede;
• Cassete embutida no teto;
• Suspensa no teto;
• De chão;
• Dutado.
Vários tipos de unidades internas podem ser usados em um único sistema VRF.
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CAPÍTULO 2 - EQUIPAMENTOS
2.3 Controles do Sistema
Os sistemas VRF possuem controles integrados em cada componente, para garantir que
todos os componentes do sistema operem coletivamente. Dependendo da aplicação e do
projeto, um sistema VRF pode operar com vários níveis de controle (ver Figura 2.2). Cada
unidade interna pode ser gerenciada por um controlador local, ou várias unidades internas
servindo a mesma zona, podem ser operadas pelo mesmo controlador. Cada fabricante
oferece controladores centralizados, que permitem ao usuário monitorar e controlar
sistemas VRF e equipamentos auxiliares de um único local ou pela Internet. Os fabricantes
também oferecem gateways de comunicação de protocolo aberto, para monitoramento de alto
nível.
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CAPÍTULO 2 - EQUIPAMENTOS
2.4 Expansão ou Reconfiguração do Sistema
As unidades externas de fonte de ar VRF e as unidades de fonte de água, podem ser
dimensionadas com base em requisitos futuros de construção, de acordo com as
recomendações dos fabricantes para antecipar unidades internas suplementares, sem afetar
o desempenho das unidades internas atualmente instaladas ou o desempenho geral do
sistema. Isso permite que os sistemas VRF acomodem as necessidades de aquecimento e
resfriamento do edifício à medida que cada seção do edifício é comissionada.
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CAPÍTULO 3 – OPERAÇÃO DO SISTEMA VRF
Uma compreensão completa de como as unidades de bomba de calor VRF operam e como
os diferentes componentes funcionam individualmente (e como parte do sistema), é
importante para projetar e aplicar sistemas VRF com sucesso. Os projetistas devem
considerar muitos fatores operacionais, antes de propor sistemas de bomba de calor VRF para
um projeto de construção:
• Gerenciamento de carga
• Operação de resfriamento
• Operação de aquecimento
• Reinicialização da temperatura de saturação
• Operação de recuperação de calor
• Operação de descongelamento
• Gerenciamento de recuperação de óleo
• Controle de umidade
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CAPÍTULO 3 – OPERAÇÃO DO SISTEMA VRF
3.1 Gerenciamento de Carga
No modo de resfriamento, as
EEVs (Electronic Expansion Valves) ou LEVs (LEV - Linear Expansion Valves) da unidade
interna, são controladas para manter um valor de superaquecimento alvo ou a temperatura
do evaporador. O superaquecimento é determinado calculando a diferença de temperatura
entre o termistor (*) instalado na linha de sucção, na saída da unidade interna (evaporador), e
o termistor instalado no tubo de refrigerante em evaporação no evaporador. Quando a
diferença entre o ponto de ajuste e a temperatura da zona diminui, a válvula de expansão é
estrangulada (e vice-versa), mantendo o superaquecimento desejado. A capacidade total do
sistema é influenciada pelo número de unidades internas operando no modo de resfriamento,
taxas de fluxo de ar, carga da zona e condições ambientais internas e externas.
O dimensionamento da unidade interna deve ser guiado pela carga calculada, mas a
capacidade variável das unidades, permite flexibilidade de projeto e a correspondência
capacidade-carga é menos crítica do que para sistemas de capacidade única.
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CAPÍTULO 3 – OPERAÇÃO DO SISTEMA VRF
3.3 Operação de Aquecimento
O subresfriamento é determinado, calculando a diferença de temperatura entre a temperatura
de condensação do sistema (no condensador) e a temperatura no tubo de líquido, na saída
do condensador, antes de chegar no dispositivo de medição (EEV ou LEV). Assim como no
modo de resfriamento, a capacidade total do sistema é influenciada pelo número de unidades
internas operando no modo de resfriamento, taxas de fluxo de ar, carga da zona e condições
ambientais internas e externas
A bobina na unidade externa de fonte de ar ou unidade de fonte de água agora, está atuando
como evaporador, e a EEV ou LEV abre e fecha de acordo com o valor de superaquecimento
detectado no tubo de sucção, operando conforme necessário, para manter o valor de
superaquecimento desejado. Conforme a carga em cada unidade interna individual muda, o(s)
compressor(es) se ajusta(m) para variar o fluxo de refrigerante para corresponder à carga total
do sistema.
Alguns sistemas VRF incorporam lógica de controle configurável, para permitir que as
temperaturas de saturação desejadas (alvo), flutuem com base nas condições operacionais
(por exemplo, temperatura ambiente e carga da unidade interna) para equilibrar a eficiência
operacional e a capacidade. Durante o resfriamento, à medida que a carga no sistema
diminui, a temperatura de evaporação desejada é redefinida para cima para reduzir a elevação
(carga) no compressor e melhorar a eficiência energética. À medida que a carga do sistema
aumenta, a temperatura de evaporação desejada é redefinida para baixo para aumentar a
capacidade do sistema e manter os níveis de conforto interno.
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CAPÍTULO 3 – OPERAÇÃO DO SISTEMA VRF
3.5 Operação de Recuperação de Calor
A operação de recuperação de calor também pode ser aplicada a edifícios com orientação
leste/oeste ou norte/sul e quando os perfis de ocupação são baseados na hora do dia.
Sistemas de dois tubos. Os sistemas de recuperação de calor VRF de dois tubos incluem,
uma unidade de controle de recuperação de calor (às vezes, chamada de controlador de
ramificação, caixa de ramificação ou unidade de recuperação de calor), que atua como um
trocador de calor intermediário entre as unidades internas e as unidades externas. Esta
unidade abriga uma série de válvulas de desvio e separadores de gás/líquido, para mover o
refrigerante de alta ou baixa pressão entre as unidades internas, minimizando a carga
transferida diretamente para a unidade externa (ver Figura 3.2).
Sistemas de três tubos. Os sistemas VRF de três tubos incluem um tubo de vapor de alta
pressão, um tubo de vapor de baixa pressão e um tubo de líquido entre a unidade externa e
a(s) unidade(s) de controle de recuperação de calor. A unidade de controle de recuperação
de calor controla a direção do fluxo de refrigerante através das unidades internas.
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CAPÍTULO 3 – OPERAÇÃO DO SISTEMA VRF
3.5 Operação de Recuperação de Calor
No modo de aquecimento, o tubo de vapor de alta pressão abre e o tubo de vapor de baixa
pressão fecha, permitindo que o refrigerante flua através do tubo de vapor de alta pressão
para a unidade interna, onde condensa, transformando a unidade interna em um condensador
zonado. No modo de resfriamento, o tubo de vapor de alta pressão fecha e o tubo de vapor
de baixa pressão abre, permitindo que o refrigerante flua através do tubo de líquido para a
unidade interna, onde evapora, transformando a unidade interna em um evaporador.
As unidades de recuperação de calor de um sistema VRF de três tubos, podem ter portas
únicas ou múltiplas, e cada porta pode fornecer aquecimento ou resfriamento
independentemente de outras portas (ver Figura 3.3). Uma ou mais unidades internas podem
ser conectadas a cada porta da unidade de recuperação de calor, mas se várias unidades
internas estiverem conectadas a uma única porta, elas funcionarão no mesmo modo. O
número e a capacidade das unidades internas conectadas devem seguir a recomendação do
fabricante.
Às vezes, o degelo é iniciado após um tempo fixo ou um tempo mínimo variável, com base na
diferença de temperatura detectada entre o ambiente e o refrigerante. Alguns sistemas
detectam o acúmulo de gelo por meio de uma redução de temperatura na linha de refrigerante
de vapor de baixa pressão e/ou uma baixa temperatura nas serpentinas do trocador de calor
da unidade externa.
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CAPÍTULO 3 – OPERAÇÃO DO SISTEMA VRF
3.6 Operação de Descongelamento
A operação de aquecimento é interrompida e o sistema inverte o fluxo de refrigerante,
transformando a unidade externa em um condensador para derreter o gelo acumulado. As
unidades internas desligam durante a operação de degelo para evitar o resfriamento
indesejado do espaço condicionado. Como alternativa, uma unidade interna pode manter a
temperatura ambiente por meio de um sinal de saída para um aquecedor suplementar (duto
ou perímetro), conforme controlado por um termostato de ambiente.
Os fabricantes podem usar uma abordagem de degelo parcial, que usa uma configuração de
serpentina dividida na(s) unidade(s) externa(s) e descongela apenas metade da serpentina
por vez, enquanto ainda fornece aproximadamente 30 a 40% de sua capacidade de
aquecimento. Se um sistema tiver várias unidades externas conectadas para formar um único
sistema, os fabricantes podem optar por descongelar cada unidade externa separadamente
ou descongelar todas as unidades externas em um único sistema juntas, para diminuir o tempo
geral de descongelamento do sistema ou garantir a limpeza da serpentina de gelo mais
efetivamente. Um fabricante também pode usar a lógica que permite que o equipamento
execute um degelo parcial em condições, em que é mais fácil descongelar a serpentina ou
quando não afeta adversamente a eficiência, ou degelo total para garantir que a serpentina
esteja completamente livre de gelo quando estiver mais difícil descongelar a serpentina para
manter a capacidade.
As unidades externas com fonte de ar, podem ser instaladas em ambientes internos, mas cada
fabricante tem requisitos de instalação específicos para temperaturas de operação ambiente
e possíveis configurações de dutos para esta aplicação. Onde quer que o projetista opte por
instalar a unidade externa (interna ou externa), é importante considerar que a unidade gerará
condensação e, portanto, pode exigir um dreno.
Os separadores de óleo coletam a maior parte do óleo; no entanto, uma pequena quantidade
de óleo permanece arrastada no refrigerante que sai do separador e, geralmente, se acumula
no sistema de tubulação e nas unidades internas. Para recuperar o óleo que se deposita no
sistema e fora do cárter, os controles abrem a EEV ou LEV em todas as unidades internas
(mesmo que não estejam em operação), após um período definido de operação do
compressor. O compressor muda para uma velocidade ou configuração predeterminada para
garantir que o óleo no sistema volte para o cárter do compressor. O ciclo de recuperação de
óleo, geralmente, é ativado após o compressor ter operado por um número predeterminado
de horas e pode levar em consideração a capacidade operacional para ajustar a frequência
do ciclo ou usar um sensor de nível de óleo. A recuperação do óleo, normalmente, dura de 3
a 6 min e pode afetar o modo operacional, conforme definido pelo fabricante.
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CAPÍTULO 3 – OPERAÇÃO DO SISTEMA VRF
3.8 Controle de Umidade
A proporção de calor sensível para calor total está, tipicamente, na faixa de 70 a 80%,
dependendo do fluxo de ar na unidade e das temperaturas do ar ambiente ou da água do
condensador. As capacidades nominais das unidades internas instaladas, geralmente,
correspondem ao pico total de carga de aquecimento ou carga de resfriamento, para os
ganhos totais de calores sensíveis e latentes da zona específica. A saída da unidade interna
segue a curva do perfil de carga para aquela zona específica. A proporção de carga sensível
em relação ao calor latente, muda com as condições ambientais internas e externas na maioria
das aplicações de resfriamento.
Algumas unidades internas incluem um modo seco que pode fornecer desumidificação, assim
que as temperaturas da zona subirem acima do limite de temperatura do ponto de orvalho. No
modo seco, a unidade interna opera em baixa velocidade do ventilador, para manter a
serpentina fria e com capacidade suficiente para remover a umidade do ar sem diminuir
significativamente a temperatura ambiente. Se a temperatura da zona cair abaixo de um ponto
de ajuste designado (dependendo das especificações individuais do fabricante), a unidade
interna pode desligar.
Se um sistema de ar externo dedicado (DOAS - Dedicated Outdoor Air System) for aplicado a
um sistema VRF, as temperaturas mais baixas da bobina no DOAS, permitem que o DOAS
gerencie uma proporção significativa da carga de resfriamento latente do ar externo. Isso
permite que as unidades internas do sistema VRF, gerenciem a maioria das cargas de
resfriamento sensíveis e latentes do ar interno.
Injeção Flash. Alguns sistemas VRF de fonte de ar, incluem tecnologia de injeção flash
(injeção instantânea) em um circuito de refrigeração de compressor único, para oferecer maior
saída de aquecimento em temperaturas ambientes mais baixas. Esses sistemas oferecem
saída nominal de aquecimento em temperaturas ambientes tão baixas quanto -18°C. O fluxo
de gás flash é modulado para um ponto intermediário no processo de compressão, com base
na diferença entre a saída de aquecimento necessária e as condições ambientais externas. A
velocidade do compressor é otimizada com base na carga do circuito (ver Figura 3.5).
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CAPÍTULO 3 – OPERAÇÃO DO SISTEMA VRF
3.9 Unidades VRF de Fonte de Ar de Alto Desempenho de Aquecimento
O ciclo de injeção flash opera apenas no modo de aquecimento e é ativado com base em
condições ambientais específicas predeterminadas.
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CAPÍTULO 4 – CONSIDERAÇÕES DE MODELAGEM
A modelagem e simulação de desempenho energético de toda a construção, baseada em
computador, é um método eficaz para prever e avaliar os benefícios de energia e custo de
várias tecnologias de construção.
A modelagem de desempenho energético também é uma ferramenta importante para a
construção de programas de rotulagem e certificação de energia e para o desenvolvimento de
modelos de códigos de energia. Uma revisão abrangente dos métodos de estimativa e
modelagem de energia é fornecida no Capítulo 19 do ASHRAE Handbook - Fundamentals -
2017.
Se for fornecido um sistema de ventilação separado, o sistema deve ser modelado de forma
diferente dos sistemas HVAC com ventilação e condicionamento de espaço integrados. A
ASHRAE está desenvolvendo o Padrão 205P, Representação Padrão de Dados de Simulação
de Desempenho para HVAC/R e Outros Equipamentos de Instalações, que facilitará o
compartilhamento de características de equipamentos para simulação de desempenho de
qualquer HVAC/R ou outro sistema, equipamento ou componente de instalação, definindo
representações padrão de modelos de dados, formatos de dados e interfaces de automação.
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CAPÍTULO 5 – CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
Ao elaborar um projeto, muitos fatores devem ser considerados para sistemas VRF, incluindo:
Após a análise de todos os fatores, o engenheiro pode escolher entre uma variedade de tipos
de sistemas VRF.
(*) Entenda-se como sendo temperaturas de entrada nas unidades de condensação à água.
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CAPÍTULO 5 – CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
5.1 Sistemas VRF de Fonte de Água
A capacidade de aquecimento nominal de um sistema VRF de fonte de água, não é
diretamente afetada pela temperatura ambiente externa. A fonte de calor do circuito de água
do condensador, que pode ser uma caldeira ou solo/poço, pode ser dimensionada para
minimizar ou eliminar uma redução na capacidade de aquecimento devido a baixas
temperaturas ambientes. O circuito de água do condensador deve ser mantido em um ponto
de ajuste de temperatura predeterminado, para garantir a saída de aquecimento nominal.
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CAPÍTULO 5 – CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
5.4 Economizador de Ar Externo
As zonas climáticas 1a e 1b estão isentas desse requisito e, no padrão ASHRAE/IES 90.1,
para as demais zonas climáticas, unidades internas (às vezes chamadas de unidades fan-coil,
unidades evaporadoras ou unidades de tratamento de ar) com capacidade de resfriamento
inferior a 15,8 kW (≈54.000 Btu/h) estão isentos. Ambos os códigos de modelo também
fornecem exceções relacionadas ao aumento da eficiência energética para equipamentos em
determinadas zonas climáticas, e alguns códigos estaduais de energia fornecem uma isenção
ao requisito do economizador para sistemas VRF com recuperação de calor (resfriamento e
aquecimento simultâneos).
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CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
Depois de estudar o perfil de pico de carga, o projetista pode dividir o edifício em três zonas
principais com perfis de ocupação semelhantes, com cada zona servida por um sistema de
bomba de calor dedicado. Para a sala elétrica, o sistema dedicado (fonte de água ou fonte de
ar ambiente baixo) operaria no modo de resfriamento durante todo o ano.
Existe potencial, no entanto, para operação de recuperação de calor neste edifício. O calor
residual da zona elétrica da sala apenas para resfriamento, pode ser recuperado e
redistribuído para outras zonas, quando essas zonas estiverem no modo de aquecimento. A
orientação leste/oeste do edifício indica que, durante as estações de abril/maio e
setembro/outubro, algumas zonas podem precisar de aquecimento, enquanto outras podem
precisar de resfriamento. A alteração dos níveis de pico de ocupação também pode oferecer
oportunidades para recuperação de calor. A energia residual da área de recepção pode ser
aplicada a outras áreas do edifício se essas áreas precisarem de calor durante as estações
de baixas temperaturas (Figura 6.1). Se necessário, o calor residual da zona sala elétrica
apenas para resfriamento, também pode ser usado para gerar ou pré-aquecer água quente
doméstica para o edifício. Esses fatores oferecem um curto período de retorno sobre qualquer
remuneração de capital, que o sistema de recuperação de calor com fonte de ar tenha sobre
o sistema de bomba de calor com fonte de ar. A análise do edifício revela que um sistema de
recuperação de calor VRF seria apropriado para esta aplicação.
30
SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
O efeito das condições ambientais locais no desempenho do sistema, também deve ser
considerado. O sistema pode ter uma saída de aquecimento reduzida em condições
ambientais externas mais baixas ou pode operar em degelo com mais frequência do que o
desejado. Os projetistas devem incluir o fator de redução para verificar se o sistema escolhido
fornecerá a capacidade necessária nas temperaturas de projeto necessárias. Por exemplo, na
temperatura ambiente de inverno projetada de -9°C, a saída de aquecimento de uma unidade
externa refrigerada a ar de 28 kW é reduzida por um fator de 0,74 (Figura 6.2).
Assim, 0,74 × 31,7 = 23,5 kW, que cumpre a carga máxima de aquecimento do edifício. Além
disso, a saída de aquecimento do sistema VRF pode ser reduzida com base no comprimento
máximo da tubulação de refrigerante da unidade externa, até a unidade interna mais distante.
31
SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.3 Dimensionamento Preciso das Unidades Externas e Internas da Fonte de Ar
Temos, portanto:
Fator de correção do
comprimento da tubulação de
refrigerante a 37 m = 0,98.
Capacidade de aquecimento
corrigida = 31,7 × 0,74 × 0,98 =
23 kW.
Fator de correção do
comprimento da tubulação de
refrigerante a 37 m = 0,98.
Capacidade de refrigeração
corrigida = 28,2 × 0,98 = 27,6 kW
(ver Tabela 2).
32
SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.3 Dimensionamento Preciso das Unidades Externas e Internas da Fonte de Ar
Os projetistas também devem verificar se a capacidade nominal conectada das unidades
internas, está dentro dos parâmetros operacionais do sistema selecionado. Os sistemas de
bomba de calor VRF podem operar com uma capacidade nominal conectada de até 130%
da capacidade nominal da unidade externa. Os sistemas de recuperação de calor VRF
podem operar com uma capacidade nominal conectada de até 150% ou, para algumas
aplicações especiais, até 200% da capacidade nominal da unidade externa.
As taxas de capacidade conectada, dependem da capacidade do sistema de atender às
cargas de pico de resfriamento e aquecimento; a taxa de capacidade conectada é calculada
pela capacidade nominal conectada da unidade interna, dividida pela capacidade nominal da
unidade externa.
Por exemplo, a capacidade total conectada da unidade interna é de 35,7 kW; a capacidade
nominal da unidade externa é de 28 kW: 35,7 kW/28 kW = 128%.
Os 128% estão dentro da capacidade conectada permitida para sistemas de recuperação de
calor VRF. (ver origem dos 35,7 kW, se não seria 31,7 kW)
Para o exemplo, o projetista pode incluir diferentes estilos de unidades internas para atender
aos requisitos do projeto (Figura 6.5 17). Na zona somente de resfriamento (sala elétrica na
Tabela 2, Figura 6.1 e Figura 6.5), a taxa de resfriamento sensível para latente é alta; a
classificação da unidade interna deve ser selecionada para corresponder aos requisitos do
espaço.
33
SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.4 Selecionando Unidades Internas
Método Direto
• Usado para aplicações em climas moderados e/ou situações que requerem pequenas
quantidades de ar externo;
• Reduz a complexidade do sistema e os custos iniciais do equipamento;
• Os requisitos de clima ou volume de ventilação devem ser tratados com cautela, pois o ar
externo pode aumentar os níveis de umidade a um nível inaceitável no espaço. Por exemplo,
um alto volume de ar externo pode resultar em altos níveis de umidade em uma sala de
conferência durante os períodos desocupados, quando a carga de resfriamento é reduzida.
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.5 Estratégia de Ventilação de Ar
Observe que, para garantir os requisitos mínimos de ventilação, o ventilador da unidade
interna VRF deve funcionar sempre na velocidade de projeto do ventilador.
Método Integrado
O ar externo é pré-tratado por meios mecânicos, como uma unidade 100% de ar externo, um
sistema de ar externo dedicado (DOAS - Dedicated Outdoor Air System), um ventilador de
recuperação de calor (HRV - Heat Recovery Ventilator) ou um ventilador de recuperação de
energia (ERV - Energy Recovery Ventilator), antes de ser fornecido à unidade interna VRF,
através do ar de retorno ou dos dutos de suprimento. Características do método:
• Permite que o sistema de ventilação dedicado lide com toda ou parte da carga de ar externo.
A unidade interna VRF é dimensionada para a carga de espaço interno e, possivelmente,
parte da carga de ar externo;
• Usado para aplicações em climas moderados a extremos;
• A unidade interna VRF fornece o resfriamento final da corrente de ar misturada e deve ser
dimensionada de acordo;
• Permite redução da capacidade geral do equipamento VRF e maior flexibilidade de
aplicação;
• Mantém a quantidade de ar de ventilação pela operação do ventilador da unidade interna.
Método Dissociado
• Permite que o sistema de ventilação dedicado lide com toda a carga de ar externo. O sistema
VRF é dimensionado apenas para a carga de espaço interno;
• Usado para aplicações em qualquer tipo de clima e situações que requeiram qualquer
quantidade de ar externo;
• Pode introduzir grandes quantidades de ar externo conforme necessário. O ventilador da
unidade interna VRF pode ser programado para ligar/desligar com base nos requisitos de
aquecimento e resfriamento, independentemente das demandas de ventilação, aumentando
assim a eficiência do sistema;
• Permite reduzir a capacidade do equipamento VRF e aumenta a flexibilidade de aplicação;
• O sistema DOAS deve ser projetado adequadamente, para que o ar externo de entrada não
cause problemas de curto-circuito com o ar de retorno das unidades internas VRF ou
influencie quaisquer sensores de temperatura. A temperatura de alimentação do sistema de
ventilação deve ser cuidadosamente controlada, para limitar as correntes de ar frio e quente.
Outras Considerações
• Verifique se o tipo de unidade interna selecionado pode lidar com a quantidade necessária
de ar externo, levando em consideração as cargas latentes e sensíveis e as temperaturas
de bulbo úmido do ar misto;
• A localização dos sensores de temperatura ambiente deve ser considerada. A maioria das
unidades internas VRF, pode ser configurada de fábrica para medir a temperatura ambiente
de seus respectivos sensores de ar de retorno.
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.5 Estratégia de Ventilação de Ar
A integração do ar externo com a unidade interna, pode afetar essa medição de temperatura
e influenciar a operação, possivelmente, por super-resfriamento ou superaquecimento do
ambiente. Nesta situação, um sensor de temperatura, como um sensor remoto de
temperatura ou um sensor localizado no controlador local do sistema VRF, pode ser usado
para estabelecer a temperatura real do ambiente.
• Inspeção: mantenha as juntas de tubulação instaladas no local expostas à vista, até que
todos os testes de pressão e vácuo sejam concluídos e aprovados.
• Espaços ventilados:
• Conheça o limite de concentração de refrigerante (RCL - Refrigerant Concentration Limit) e
como ele se aplica a cada espaço ocupado;
• Saiba quanto refrigerante há no sistema, para o caso de ocorrer um vazamento;
• Avalie os espaços conectados além da zona e os dutos conectados:
• Plenums: determina se o espaço acima do teto faz parte do sistema de abastecimento ou
retorno.
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CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.7 Diretrizes de Tubulação de Refrigerante
• Fechamentos: se uma unidade interna fornecer vários espaços e usar amortecedores
(dampers), confirme a posição mínima aberta.
• Aberturas de transferência: determine se há um duto de transferência, grade de
transferência, porta rebaixada ou outra abertura permanente para um espaço adjacente.
• Localização da tubulação e dos componentes de transporte do refrigerante: saiba de
onde o refrigerante pode vir se ocorrer um vazamento.
• Determine se a bobina da unidade interna VRF está no espaço;
• Determine se a tubulação de refrigerante está exposta ou em um espaço conectado;
• Determine se a tubulação de refrigerante está fechada com material à prova de gás e
resistente ao fogo.
• Proteja a tubulação de refrigerante:
• Tubulação exposta:
• Certifique-se de que a tubulação exposta esteja pelo menos 2,2 m acima do piso ou contra
o teto;
• Certifique-se de que a tubulação exposta não seja instalada em um local público fechado
como escada, patamar de escada ou meios de saída; considere fechar a tubulação com
material à prova de gás e resistente ao fogo para isolar essas áreas;
• Poços e penetrações:
• Certifique-se de que a tubulação não esteja localizada dentro de elevadores ou outros
poços que contenham objetos em movimento;
• Certifique-se de que o eixo da tubulação não esteja aberto para os alojamentos ou meios
de saída;
• Use poços de elevação com suporte adequado entre os andares;
• Use luvas protetoras para proteger a tubulação de abrasões ao passar por paredes,
obstruções ou outros materiais.
6.8 Controles
Os fabricantes de VRF oferecem controles de fábrica que se comunicam por meio de seu
protocolo específico do sistema; a maioria usa dois fios de controle de baixa tensão, que
devem estar em conformidade com os códigos elétricos locais e nacionais aplicáveis. Várias
unidades individuais e/ou controladores de sistema, estão disponíveis, com o aplicativo
ditando quais controladores precisam ser instalados.
Controladores simples incluem as funções mais básicas, como modo de operação, controle
de temperatura e velocidade do ventilador.
Controladores mais sofisticados têm agendamento, funções de diagnóstico e muito mais.
Cada fabricante oferece controladores centralizados, que permitem ao usuário monitorar e
controlar sistemas VRF e equipamentos auxiliares de um único local ou pela Internet. Os
fabricantes também oferecem portas de entrada (gateways) de comunicação de protocolo
aberto, para monitoramento de nível superior usando BACnet® ou LonWorks®, mas pode ser
necessária uma programação especial.
Características dos controles:
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.8 Controles
Controles Integrais de Equipamentos. Unidades externas de fonte de ar VRF, unidades de
fonte de água, unidades de controle de recuperação de calor e unidades internas, incluem
dispositivos de controle e detecção de refrigerante e ar lateral, que permitem que o sistema
otimize sua saída (por exemplo, velocidade do compressor, temperaturas de descarga,
velocidade do ventilador), com base nas entradas de um dispositivo remoto. O equipamento
VRF pode funcionar como um sistema autônomo baseado apenas em entradas locais.
Controles do Sistema Local. As unidades internas VRF podem ser controladas individualmente
por seus próprios controladores locais, com detecção de temperatura no ar de retorno ou
controlador local, ou várias unidades internas podem ser agrupadas em um controlador local
(consulte a Figura 2.2). Cada uma das unidades internas agrupadas pode operar ligada ou
desligada de acordo com a temperatura do ar de retorno detectada, independentemente das
outras unidades internas do grupo, mas todas as unidades internas agrupadas estarão no
mesmo modo (aquecimento ou resfriamento), para fornecer ar condicionado. Os controles do
sistema local podem incluir funções como controle de ponto de ajuste local, agendamento e
capacidade de recuo, modos de resfriamento/aquecimento/automático e controle de
velocidade do ventilador da unidade interna. Dependendo do número máximo de zonas
atendidas pelo controlador local e de outros fatores, recursos adicionais de operação podem
ser incluídos.
Controle Central do Sistema. As interfaces de controle central para sistemas VRF (ou controle
do sistema central), permitem que os usuários monitorem e otimizem a operação de várias
zonas, incluindo qualquer ventilador de recuperação de energia compatível descentralizado
(consulte a Figura 2.2). Esse nível de controle oferece funcionalidade adicional sobre
controladores locais, como programação sazonal, monitoramento e diagnóstico remotos,
capacidade de integrar planos e esquemas de construção e gerenciamento de energia do
sistema, como controle de “temperatura deslizante” (com diferença ou variação de
temperatura), controle de inicialização otimizado e recursos de recuo. Consulte as diretrizes
do fabricante para obter detalhes específicos. Muitos desses controles podem permitir que os
usuários acessem remotamente para operar, monitorar e otimizar o sistema VRF, bem como
dispositivos ou equipamentos auxiliares (por exemplo, iluminação, ventilação, equipamentos
HVAC de terceiros) sem a necessidade de uma automação predial ou rede de gerenciamento.
O acesso, geralmente, pode ser protegido por meio de licenças de acesso baseadas na Web
ou outras ferramentas de software específicas do fabricante (consulte a Figura 2.2).
Controle de Gateway para Integração com Sistemas de Protocolo Aberto. Os gateways (portas
de entrada) de comunicação de protocolo aberto, permitem monitoramento de nível superior
e controle básico de pontos de ajuste, velocidade do ventilador, modo, etc., via LonWorks ou
BACnet. As informações podem ser usadas pelo sistema de gerenciamento predial, para
controlar outros auxiliares, como a iluminação.
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.9 Considerações de Segurança para Refrigerantes
É necessário seguir os códigos de construção nacionais, estaduais e locais e trabalhar com a
autoridade com jurisdição (AHJ - Authority Having Jurisdiction) local, para garantir as melhores
práticas.
O menor espaço no qual qualquer uma das unidades internas ou tubulações possa ser
localizada, deve ser capaz de dispersar com segurança a carga de refrigerante de todo o
sistema VRF no caso improvável de um vazamento ou falha catastrófica. Exemplos de
espaços que podem exigir consideração adicional incluem; banheiros, pequenos escritórios
ou meios de saída. Recomenda-se que o projetista use uma “análise de árvore de falhas”
semelhante a que se segue, para avaliar os sistemas HVAC.
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CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.10 Análise de Árvore de Falhas
Várias opções estão disponíveis para gerenciar espaços menores; no entanto, é necessário
cuidado para não violar outros códigos locais ou nacionais, como o padrão NFPA 70 editado
pela Associação Nacional de Proteção contra Incêndios (NFPA - National Fire Protection
Association). O padrão NFPA 70 trata do Código Elétrico Nacional (NEC – National Electrical
Code).
As opções disponíveis para gerenciar espaços menores onde o RCL seria excedido, incluem
o seguinte:
• Se for necessário resfriamento no espaço ocupado, uma opção é aumentar o volume real do
espaço, fornecendo uma abertura permanente ou conectando a uma sala adjacente,
conforme descrito no ASHRAE standard 15. Uma abertura permanente pode ser incluída ao
longo da parede comum, entre uma sala elétrica e armário de zeladoria para aumentar o
tamanho do espaço; alternativamente, instale o teto alto o suficiente para fornecer o volume
necessário ou omita o teto totalmente;
• Uma unidade interna com dutos pode servir a vários escritórios menores, aumentando assim
o espaço total ocupado servido pelo sistema;
• Os sistemas VRF centrais podem ser subdivididos em uma série de sistemas menores, para
que a carga total em um determinado sistema não exceda as limitações RCL para um
determinado espaço;
• Um sistema dedicado pode atender ao(s) espaço(s) menor(es), de modo que a carga total
não exceda as limitações de RCL para um determinado espaço.
• Não instale uma unidade interna, mas permita que a ventilação exigida pelo código,
mantenha as condições no espaço.
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 6 – EXEMPLO DE PROJETO DE SISTEMA VRF
6.11 Otimizando Sistemas VRF para Minimizar o Impacto Ambiental
Exemplos incluem o programa de certificação “Liderança em Energia e Projeto Ambiental”
(LEED® - Leadership in Energy and Environmental Design), desenvolvido pelo “Conselho de
Edifícios Verdes dos EUA” (USGBC - U.S. Green Building Council) e a Certificação Nacional
de Edifícios Verdes, desenvolvida pela “Associação Nacional de Construtores Residenciais”
(NAHB - National Association of Home Builders) em parceria com o “Conselho do Código
Internacional” (International Code Council). Esses sistemas de classificação se concentram
no uso eficiente de vários recursos (por exemplo, água, energia, materiais) e promovem certos
critérios, como um ambiente interno adequadamente ventilado.
O projeto do sistema VRF tem o maior efeito no uso de energia, para a certificação LEED e
pode ajudar a ganhar pontos nas seguintes categorias:
• Dimensionamento correto;
• Controle do sistema: as operações do sistema VRF podem ser controladas centralmente por
meio de um portal baseado na web;
• Manutenção adequada.
• Instalação correta;
• Maximização do potencial de recuperação de calor;
• Controle de zona e otimização do desempenho energético: as operações do sistema VRF,
como controle de direção do fluxo de ar, velocidade do ventilador e pontos de ajuste de
temperatura, podem ser controladas por meio de um controle remoto local montado na
parede ou centralmente por meio de controle baseado na web. Muitos sistemas VRF usam
um compressor acionado por inversor, apresentam operação simultânea de aquecimento
e resfriamento e incluem um sistema de controle integrado, que permite o agendamento de
equipamentos em cada sala. Um ventilador de recuperação de energia (ERV - Energy
Recovery Ventilator) pode ser instalado para reduzir ainda mais o uso de energia.
• Comissionamento: uma rede de controles VRF auxilia o comissionamento do edifício,
permitindo testes, configurações e ajustes fáceis do sistema HVAC;
• Medição e verificação: a economia de energia pode ser estimada usando o software de
modelagem de energia do edifício e comparando o projeto do edifício com uma linha de base
definida pelo ASHRAE Standard 90.1. Alguns fabricantes de sistemas VRF oferecem
software ou integração com sistemas de gerenciamento predial para responsabilidade e
otimização contínuas do consumo de energia predial e para monitorar e registrar o consumo
de energia, ciclos de recuperação de calor, pressão estática e volumes de ar de ventilação.
Os dados reais de uso de energia podem ser comparados com o modelo.
Os sistemas VRF também podem ajudar a obter pontos para a qualidade do ar interior (IAQ):
• Alguns sistemas VRF podem atender aos requisitos mínimos de ar externo, por meio de
conexões de ventilação das unidades internas.
• Em aplicações onde é necessário mais ar externo, um ERV pode ser instalado; quando usado
com distribuição de ar adequada de unidades com dutos, isso pode aumentar as taxas de
ventilação acima dos requisitos do padrão ASHRAE 62.1.
• Em um plano de gerenciamento de IAQ de construção, o ERV pode ser usado para liberar o
prédio antes da ocupação.
• Para controle de fontes químicas e poluentes em ambientes internos, muitas unidades
evaporadoras internas do sistema VRF podem ser instaladas com um filtro (consulte um
projetista para garantir que a pressão estática adequada esteja disponível para fornecer o
desempenho de fluxo de ar desejado). Um ERV também pode ser integrado a um sensor,
para monitorar os níveis de CO2 e operar de acordo.
41
SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 7 – COMISSIONAMENTO
O comissionamento eficaz de um sistema VRF, é fundamental para o desempenho futuro do
sistema (por exemplo, conforto de espaço, eficiência operacional, ciclo de vida esperado). O
sistema VRF instalado, deve ser completamente testado sob pressão e vácuo, antes que as
juntas sejam isoladas ou fechadas na parede, para identificar vazamentos ou outros
problemas relacionados ao sistema. Caso sejam identificados defeitos no sistema, eles devem
ser resolvidos antes que o processo de comissionamento possa ser concluído. Esta resolução
pode envolver a purga das linhas com nitrogênio, rebrasagem das conexões da tubulação
e/ou remontagem das juntas alargadas, etc.
O sistema VRF deve então ser completamente evacuado para remover todo o ar e umidade.
A evacuação também pode identificar vazamentos que não aparecem durante o teste de
pressão. A evacuação pode levar vários dias para ser efetivamente implementada,
especialmente, se o sistema for grande ou contiver uma quantidade significativa de umidade.
Como os sistemas VRF padrão são equipados com ferramentas de diagnóstico abrangentes,
o procedimento completo de comissionamento do fabricante deve ser executado, para obter
o máximo benefício e verificar se o sistema completo está operando corretamente em todos
os modos. Listas de verificação detalhadas de comissionamento devem ser preenchidas, para
demonstrar que o procedimento foi seguido e para registrar os dados para referência futura.
42
SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
As duas mais importantes tecnologias emergentes associadas ao acionamento de motores
são o inversor de frequência e o controlador lógico programável (CLP).
O inversor de frequência também conhecido como unidade de frequência variável (VFD -
Variable Frequency Drive), permite que o motor acione cargas que operam em uma ampla
faixa de velocidades. Conforme os requisitos da carga, o acionamento da velocidade do motor
pode aumentar a eficiência e o desempenho de uma instalação de motores. Um controlador
lógico programável (CLP ou PLC - Programmable Logic Controller), é uma espécie de
computador normalmente utilizado em aplicações de acionamento de motor. Os circuitos de
acionamento de motor tradicionais são montagens físicas de componentes, enquanto um
acionamento com CLP é baseado em programação.
Enquanto a alimentação da unidade é por fonte monofásica (L e N), a saída para o motor é
trifásica. As conexões de acionamento consistem em entradas e saídas conectadas à barra
de terminais de acionamento. Várias configurações de conexões de acionamento são usadas,
dependendo da marca do controlador e da aplicação específica. A proteção do circuito
secundário por meio de disjuntor ou chave seccionadora e fusíveis, deve ser fornecida para
cumprir determinações do NEC (National Electric Code) e de normas locais.
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.1 Fundamentos do Acionamento de Motores CA
8.1.1 Inversores de Frequência
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.1 Fundamentos do Acionamento de Motores CA
Um circuito de acionamento bastante complexo coordena a comutação dos dispositivos de
potência, geralmente, por meio de uma placa de acionamento, que determina o disparo dos
componentes de potência na sequência correta. Um microprocessador incorporado é usado
para toda lógica interna e necessidades de decisão.
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.1 Fundamentos do Acionamento de Motores CA
A maioria dos fabricantes de inversores de frequência (VFD - Variable-Frequency Drive),
fornece um terminal especial para medição de tensão no barramento CC. Com uma entrada
de 460 V CA podemos medir uma tensão CC média de aproximadamente 650 a 680 V CC. O
valor CC é calculado com base na raiz quadrada média (RMS – root mean square) da tensão
da linha e multiplicando por 1,414 (√2). Uma tensão de mais de 4 V CA no barramento, pode
indicar um problema no capacitor de filtragem ou na ponte de diodos na seção do conversor.
O inversor é a parte final de uma unidade de frequência variável (VFD). Este é o ponto onde
a tensão do barramento CC é ligada (ON) e desligada (OFF), em intervalos específicos. Ao
fazer isso, a alimentação CC é transformada em três canais de alimentação CA que um motor
CA usa para funcionar. Os inversores atuais usam transistores bipolares de porta isolada
(IGBTs - Insulated-Gate Bipolar Transistors), para ligar e desligar o barramento CC. A Figura
8.5 mostra um diagrama simplificado das três seções de um inversor de frequência.
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.1 Fundamentos do Acionamento de Motores CA
• Durante as etapas 4 e 5, as chaves transistorizadas Q2 e Q3 são fechadas.
• Isso resulta em uma tensão negativa entre as fases A e B.
• As outras etapas continuam de forma semelhante.
• A tensão de saída é dependente do estado das chaves (abertas ou fechadas), e a frequência
é dependente da velocidade de comutação.
- A frequência fundamental e;
- A frequência da portadora.
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.1 Fundamentos do Acionamento de Motores CA
O motor para uso com inversores, mostrado na Figura 8.8, é projetado para otimizar o
desempenho na operação em conjunto com inversores de frequência. Um motor para uso com
inversores, suporta os picos de tensão maiores produzidos pelos inversores de frequência e
trabalha em velocidades muito lentas sem superaquecimento.
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SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.1 Fundamentos do Acionamento de Motores CA
8.1.2 Unidades de Acionamento Volts por Hertz
Dos métodos de acionamento de velocidade, a tecnologia volts por hertz é a mais econômica
e a mais fácil de aplicar. A unidade de acionamento V/Hz controla a velocidade do eixo, pela
variação da tensão e da frequência do sinal de alimentação do motor. O acionamento volts
por hertz em sua forma mais simples, toma o comando de velocidade de referência a partir de
uma fonte externa e varia a tensão e a frequência aplicadas ao motor. Ao manter a relação
V/Hz constante, a unidade de acionamento controla a velocidade do motor conectado. As
unidades de acionamento volts por hertz funcionam bem, em aplicações em que a carga é
previsível e não muda rapidamente, como em ventiladores e bombas.
A fim de evitar o superaquecimento, a tensão aplicada ao motor deve ser diminuída na mesma
intensidade que a frequência. O acionamento V/Hz (volts por hertz) funciona em malha aberta
sem um dispositivo de realimentação. A relação entre tensão e frequência é denominada volts
por hertz (V/Hz). Para determinar esta relação, basta dividir a tensão, pela frequência dada
na placa de identificação do motor. Por exemplo, a relação volt por hertz para um motor de
460 volts e 60 Hz é calculada da seguinte forma:
𝑉 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 460 𝑉
= = = 7,67 𝑉/𝐻𝑧
𝐻𝑧 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 60 𝐻𝑧
O acionamento volts por hertz fornece uma relação de tensão linear (uma linha reta) para a
frequência de um motor, desde 0 RPM até a velocidade base. Isso é ilustrado na Figura 8.10
usando como exemplo um motor de 460V CA e 60 Hz. A relação volts por hertz de 7,67 é
fornecida ao motor em qualquer frequência entre 0 e 60 Hz. Se a frequência aplicada for
reduzida para 30 Hz, a velocidade do eixo diminuirá para metade da original. Nesta situação,
a unidade de acionamento V/Hz também reduz a tensão pela metade (neste caso, 230V CA)
para manter a relação de 7,67 V/Hz, o que permite que o motor continue a produzir o torque
especificado. A potência aumenta e o torque permanece constante até a velocidade base; no
entanto, acima da velocidade base (ou seja, acima da frequência de 60 Hz), o torque diminui,
enquanto a potência permanece constante. Isso é facilmente entendido pela relação entre
potência, torque e velocidade:
Relembrando: 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 =
𝑅𝑜𝑡𝑎çõ𝑒𝑠
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (𝑤) = 𝑇𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒(𝑁. 𝑚) 𝑥 𝜔( )
𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠
O acionamento volts por hertz de um motor de indução CA, é baseado no princípio de que,
para manter constante o fluxo magnético no motor, a magnitude da tensão terminal deve
aumentar quase proporcionalmente à frequência aplicada.
49
SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.1 Fundamentos do Acionamento de Motores CA
Essa é apenas uma relação aproximada e as unidades de acionamento volts por hertz
projetadas, podem incluir os seguintes refinamentos:
Figura 8.11 Diagrama em bloco de uma unidade de acionamento com acionamento vetorial sem
sensor.
50
SISTEMAS DE FLUXO DE REFRIGERANTE VARIÁVEL Barnabé S. da Silva
CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.1 Fundamentos do Acionamento de Motores CA
• O escorregamento é a diferença entre a velocidade do rotor e a velocidade síncrona do
campo magnético e é necessário para produzir o torque do motor. O bloco estimador de
escorregamento mantém a velocidade do rotor do motor, próxima da velocidade desejada.
• O bloco estimador de corrente de torque determina o percentual de corrente que está em
fase com a tensão, fornecendo uma corrente de torque aproximada. Isso é usado para
estimar a quantidade de escorregamento, proporcionando melhor acionamento de
velocidade sob carga.
• O ângulo V controla a intensidade da corrente total do motor, que vai para o fluxo do motor
habilitado pelo estimador de corrente de torque. Por meio do acionamento deste ângulo, a
operação em baixa velocidade e o acionamento de torque, são melhorados em comparação
com unidades V/Hz padrão.
• O acionamento vetorial de fluxo mantém o princípio V/Hz e acrescenta blocos para melhorar
o desempenho da unidade de acionamento (inversor).
• O separador de corrente busca identificar as correntes que produzem o fluxo e o torque no
motor, e disponibiliza esses valores para outros blocos na unidade de acionamento
(inversor).
• O bloco de limitação de corrente monitora a corrente do motor e altera o comando de
frequência, quando a corrente do motor exceder um valor predeterminado.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
(*) De modo geral, um reator é uma bobina com núcleo de ferro ligada em série e dupla função: produzir a sobretensão e
limitar a corrente. Existem reatores eletromagnéticos (bobina com núcleo de ferro) e eletrônicos. Atualmente, são muito
utilizados os reatores eletrônicos.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
8.2.3 Localização
A localização é uma consideração importante na instalação de VFDs, pois pode ter um efeito
significativo no desempenho e na confiabilidade do inversor. As considerações de localização
são resumidas da seguinte forma:
8.2.4 Painéis
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
8.2.6 Interface com o Operador
• Frequência de saída.
• Tensão de saída.
• Corrente de saída.
• Rotação (RPM) do motor.
• Quilowatts (kW) do motor.
• Volts do barramento CC.
• Configurações de parâmetros.
• Falhas.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
Todos os fabricantes de inversores detalham os procedimentos de instalação que devem ser
seguidos, a fim de evitar ruído excessivo em ambos os lados do inversor (da unidade de
acionamento).
Alguns desses procedimentos de supressão de ruído incluem:
• Usar um cabo de alimentação blindado, como o mostrado na Figura 8.17, para conectar o
inversor de frequência ao motor.
• Usar um filtro de EMI embutido ou externo.
• Usar a fiação de acionamento torcida para fornecer um acoplamento capacitivo equilibrado.
• Usar um cabo blindado para retornar a corrente que flui na blindagem de volta para a fonte,
em vez de ser através dos fios que transportam o sinal.
• Manter uma separação de pelo menos 8 polegadas (20 cm) entre as fiações de acionamento
e de potência ao ar livre, em conduítes ou em bandejas de cabos.
• Usar uma indutância de modo comum com múltiplas espiras para o sinal e a blindagem.
• Usar módulos de isolamento óptico para comunicações de sinal de acionamento.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
A capacitância linha-linha e linha-terra é inerente em todos os cabos do motor. Quanto mais
longo for o cabo, maior será esta capacitância. Picos de tensão ocorrem nas saídas de
unidades de acionamento moduladores de largura de pulso (PWM - Pulse-Width Modulator),
devido a correntes que carregam as capacitâncias do cabo. As tensões mais elevadas, como
460 V CA, junto com capacitâncias maiores, resultam em picos de tensões maiores e que
podem encurtar a vida de inversores e motores. Por esta razão, o comprimento do cabo deve
ser limitado ao recomendado pelo fabricante.
8.2.8 Aterramento
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
Quando a transferência automática para a
operação de desvio ocorre, o motor
continua a funcionar na velocidade
máxima. O contactor de isolamento do
inversor deve ser aberto durante o
fechamento do contator de desvio, de
modo que a alimentação CA não alimente
a saída do inversor de frequência,
causando danos. A mudança automática
para o desvio, garante que não haverá
tempo de inatividade e interrupção do
serviço para cargas críticas. Por exemplo, Figura 8.19 Conexão do circuito de potência do contactor de
desvio de um inversor de frequência.
em aplicações de HVAC, isso permite
manter o aquecimento ou arrefecimento
todo o tempo.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
• Prevenção de falha.
• Limitação de corrente e proteção contra sobrecorrente.
• Proteção contra curto-circuito.
• Proteção contra subtensão e sobretensão.
• Proteção contra falha à terra.
• Proteção contra falta de fase na fonte de alimentação.
• Proteção térmica do motor pelo sensoriamento da temperatura do enrolamento do motor.
Quando um inversor de frequência (VFD) não é aprovado para proteção contra sobrecarga,
ou se vários motores são alimentados a partir do mesmo inversor, um ou mais relés de
sobrecarga externos devem ser fornecidos. A prática mais comum é usar um relé de
sobrecorrente do motor que proteja as três fases e proteja contra a falta de uma delas.
8.2.12 Frenagem
Com motores de corrente alternada, há uma energia excessiva gerada, quando a carga aciona
o motor durante a desaceleração, em vez de o motor acionar a carga. Esta energia volta para
o inversor (unidade de acionamento) e resulta em um aumento da tensão no barramento CC.
Se a tensão no barramento for muito elevada, o inversor será danificado. Dependendo do
projeto, um inversor de frequência pode redirecionar esse excesso de energia através de
resistências ou de volta para a fonte de alimentação CA.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
Os inversores de frequência (VFDs) oferecem muitas das mesmas vantagens dos sistemas
de partida com tensão reduzida e partida suave (soft starter). O recurso de aceleração com
velocidade programada encontrado nos VFDs, é similar à função de partida suave dos soft
starters. No entanto, a aceleração com velocidade programada nos inversores de frequência,
tem uma aceleração muito mais suave que nos soft starters, que, geralmente, é feita em
etapas.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
Na partida suave em um inversor de frequência, a frequência da alimentação do motor é
inicialmente reduzida e elevada durante um tempo pré-programado. Os inversores de
frequência (VFDs) com capacidade de partida suave, substituíram muitos dos tipos mais
antigos de partida com tensão reduzida. Enquanto os inversores de frequência oferecem a
capacidade de partida suave, os soft starters não podem ser considerados inversores de
frequência.
O acionamento em rampa é a capacidade de um inversor de frequência aumentar ou
diminuir, gradualmente, a tensão e a frequência em um motor CA. Isso acelera e desacelera
o motor suavemente, como mostra a Figura 8.22, com menos esforço sobre o motor e a carga.
O acionamento em rampa é, geralmente, uma aceleração mais suave do que os aumentos
em etapas utilizados nos soft starters. O tempo predefinido para a aceleração em rampa pode
ser de alguns segundos a 120 segundos ou mais, dependendo das capacidades da unidade.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
A quantidade e os tipos de entradas e saídas variam com a complexidade do inversor de
frequência (unidade de acionamento) e servem como um meio de comparação entre os
fabricantes de VFDs. As entradas e saídas de inversores de frequência são sinais digitais
ou analógicos. As entradas e saídas digitais têm dois estados (ligado ou desligado), enquanto
as entradas e saídas analógicas têm muitos estados que variam em um intervalo de valores.
Entradas Digitais
Saídas Digital/Relé
As saídas digital/relé são sinais de duas posições (on/off), enviados pelo inversor de
frequência a dispositivos como lâmpadas piloto, alarmes, relés auxiliares, solenoides e
módulos de entrada digital de CLPs. As saídas digitais têm uma tensão (por exemplo, 24 V
CC) que vem a partir delas. As saídas de relés, conhecidas como contatos “secos”, comutam
alguma coisa externa, fechando ou abrindo outro potencial. As saídas de relés são
normalmente especificadas para tensões CA ou CC.
Entradas Analógicas
As entradas analógicas são usadas para fazer a interface do inversor de frequência com um
sinal externo de 0 a 10 V CC ou 4 a 20 mA, por exemplo, um ponto de ajuste de velocidade
de um potenciômetro de controle de velocidade externo.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
Saídas Analógicas
As saídas analógicas são sinais de modulação enviados pelo inversor de frequência, para um
dispositivo, como um medidor, que poderia exibir a velocidade ou corrente.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
A maioria dos fabricantes oferece fatores de redução de potência, quando a unidade opera
fora da temperatura, tensão e altitude especificadas. Como exemplo, a redução de potência
deve ser considerada quando a unidade está instalada em uma altitude elevada, superior a
1000 metros. O efeito de arrefecimento da unidade é deteriorado devido à densidade reduzida
do ar em grandes altitudes.
A Figura 8.26 mostra um circuito simplificado de um inversor do tipo fonte de tensão (VSI -
Voltage Source Inverter), também chamado inversor de tensão variável (VVI - Variable-
Voltage Inverter). Este inversor utiliza uma ponte conversora com retificador controlado de
silício (SCR - Silicon-Controlled Rectifier) para converter a tensão CA de entrada em CC.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
Esses inversores de frequência, empregam um sistema em malha fechada que monitora a
velocidade real do motor e a compara com a velocidade de referência predefinida, criando um
sinal de erro que é usado para aumentar ou diminuir a corrente do motor.
A Figura 18.27 mostra o circuito simplificado de um inversor do tipo fonte de corrente (CSI -
Current-Source Inverter). O conversor é conectado ao inversor por um indutor de alta
indutância em série. Este indutor se opõe a qualquer mudança na corrente, e tem um valor de
indutância suficientemente elevado, que a corrente contínua é forçada a ser quase constante.
Como resultado, a saída produzida é quase
uma onda quadrada de corrente. Os
inversores do tipo fonte de corrente, são
utilizados para acionamentos de grandes
capacidades (cerca de 200 hp), por causa de
sua simplicidade, capacidade de frenagem
regenerativa, confiabilidade e baixo custo.
Visto que os inversores do tipo fonte de
corrente monitoram a velocidade real do
motor, eles servem para controlar apenas um
único motor correspondente com as Figura 8.27 Circuito simplificado de um inversor tipo fonte
de corrente (CSI).
características que combinam com aquele
inversor (unidade de acionamento).
A maioria das aplicações de inversores de frequência, exige que o motor CA gire em uma
velocidade específica, conforme ajustada pelo teclado, pelo potenciômetro de velocidade ou
pela entrada analógica. Alguns inversores oferecem uma opção alternativa que permite um
acionamento de processo preciso, por meio de um controlador de setpoint (valor de
referência), ou modo PID (Proportional-Integral-Derivative) de operação.
Muitos inversores de frequência vêm equipados com esses controladores, proporcional-
integral-derivativo (PID). A malha PID é usada para manter uma variável de processo, como,
por exemplo, a velocidade, conforme ilustra a Figura 8.28.
Este sinal de erro é a entrada para o controlador PID. Os termos proporcional, integral e
derivativo, descrevem três funções matemáticas básicas que são então aplicadas ao sinal de
erro. A saída PID reage ao erro e emite uma frequência para tentar reduzir o valor de erro a
zero. A função do controlador é ajustar a velocidade de forma rápida, com um mínimo de
sobressinal (overshoot) ou oscilações.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
A sintonia do controlador PID envolve ajustes de tempo e ganho, dimensionados para
melhorar o desempenho e resulta em uma resposta rápida, com um mínimo de sobressinal,
permitindo que o motor se estabeleça rapidamente na nova velocidade. Algumas unidades de
acionamento têm uma função PID com sintonia automática (auto tune) projetada para facilitar
o processo de sintonia.
Nota:
Efeitos das ações PID em uma malha fechada - Para podermos entender melhor como
funciona cada etapa do controle PID, será mostrado a seguir o efeito que cada etapa propicia
no processo (*):
𝑆 = 𝐺 . (𝑃𝑉 − 𝑆𝑃) + 𝑆
Onde:
𝑆 − 𝑆𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟
𝐺 − 𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟
𝑃𝑉 − 𝑉𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜
𝑆𝑃 − 𝑆𝑒𝑡 𝑝𝑜𝑖𝑛𝑡 𝑜𝑢 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑆 − 𝑂𝑓𝑓𝑠𝑒𝑡 𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑜 𝑒𝑟𝑟𝑜 é 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 𝑧𝑒𝑟𝑜
𝐴 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 (𝑃𝑉 − 𝑆𝑃) 𝑡𝑎𝑚𝑏é𝑚 é 𝑐𝑜𝑛ℎ𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝒆𝒓𝒓𝒐.
Nota-se que, quando existe o erro (𝑃𝑉 ≠ 𝑆𝑃), existe atuação do controlador sobre a saída.
Caso não exista o erro na saída (𝑃𝑉 = 𝑆𝑃), teremos a saída do controlador apenas como
sendo o sinal de offset (𝑆 ).
(*) Consultar itens 4-3, 4-4 e 4-5 do livro INDUSTRIAL AUTOMATED SYSTEMS INSTRUMENTATION AND MOTION CONTROL - 2011
Delmar, Cengage Learning, 2011, para uma melhor compreensão.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
Os parâmetros fornecem um grau de configuração, de forma que o usuário pode personalizar
a unidade de acionamento para adequar os requisitos do motor específico e do equipamento
acionado. O número de parâmetros pode variar de 50 para as unidades de acionamento de
pequenas capacidades, até mais de 200 para as mais complexas e de maior capacidade.
Alguns inversores de frequência fornecem capacidades de upload/download e de cópia de
parâmetros. Entre os parâmetros de configuração mais comuns estão:
• Velocidades pré-programadas.
• Velocidades mínima e máxima.
• Taxas de aceleração e desaceleração.
• Modos de acionamento remoto a dois e três fios.
• Modos de parada: rampa, inércia e injeção CC.
• Aumento automático de torque.
• Limite de corrente.
• Entrada pulsar configurável.
• Configurações V/Hz.
• Frequência portadora.
• Senha de programa.
Os inversores de frequência vêm com configurações padrão de fábrica para a maioria dos
parâmetros, que são mais moderados por natureza. As configurações de valor padrão
simplificam o procedimento de partida. No entanto, os parâmetros para os dados de
identificação do motor, não são ajustados pela fábrica (a menos que a unidade de
acionamento tenha sido adquirida junto com o motor) e devem ser inseridos no campo. Em
geral existem três tipos de parâmetros para os dados de identificação do motor:
P-00 velocidade mínima - Use este parâmetro para definir a Figura 8.29 Teclado integral com
um display de LED utilizado para
menor frequência que o inversor produzirá. A configuração
programar e operar localmente
padrão é 0. uma unidade de acionamento
(drive) de pequena capacidade.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
P-01 velocidade máxima - Use este parâmetro para definir a maior frequência que o inversor
produzirá. A configuração padrão é 60 Hz.
P-02 corrente de sobrecarga do motor - Ajuste este parâmetro conforme a especificação de
corrente a plena carga na placa de identificação do motor. A configuração padrão é 100% da
corrente nominal do inversor.
P-30 tempo de aceleração - Utilize este parâmetro para definir o tempo que o inversor levará
para ir de 0 Hz à velocidade máxima. A configuração padrão é 5,0 segundos.
• Pare o inversor.
• Desconecte, sinalize e bloqueie a alimentação CA antes de trabalhar no inversor.
• Certifique-se de que não há tensão presente nos terminais de entrada da alimentação CA
(Figura 8.30). É importante lembrar que os capacitores do barramento CC retêm perigosas
tensões depois de a alimentação de entrada ser desconectada. Portanto, aguarde 5 minutos
para os capacitores do barramento CC se descarregarem, uma vez desligada a alimentação.
Verifique a tensão com um voltímetro, para garantir que os capacitores estão descarregados
antes de tocar qualquer dos componentes internos.
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CAPÍTULO 8 – INVERSORES DE FREQUÊNCIA
8.2 Instalação de um Inversor de Frequência e Parâmetros de Programação
Os alarmes não configuráveis alertam o operador sobre condições causadas por
programação incorreta e evitam a partida do inversor, até que o problema seja resolvido. Estes
alarmes não podem ser desativados.
Uma lista completa com todos os tipos de falhas e as ações corretivas apropriadas, em geral,
é encontrada no manual do operador de um determinado inversor de frequência. No quadro a
seguir, são apresentados exemplos de códigos de falha típicos e ações corretivas:
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Referências Bibliográficas
[2] Refrigeration and Air Conditioning Technology, Eighth Edition, dos autores John A.
Tomczyk, Eugene Silberstein, William C. Whitman, William M. Johnson, editado pela
CENGAGE Learning - 2017.
(50.13 Sistemas de Fluxo de Refrigerante Variável (VRF) (Pg. 1615/1589))
[3] Motores Elétricos e Acionamentos - Frank D. Petruzella - Porto Alegre: AMGH, 2013.
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