Especial de Física II para EEAR 2024.1 - Prof.

Toni Burgatto
Especial de Física II para
EEAR 2024.1
Física
Prof. Toni Burgatto

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Termometria e
Dilatometria
Física
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 Escalas termométricas
Um termômetro é um instrumento capaz de medir a temperatura de um sistema, e que
se utiliza da lei zero da termodinâmica para fazê-lo por comparação.

Para a criação de uma escala termométrica, é necessário que sejam escolhidos pontos
térmicos arbitrários, e a esses pontos sejam atribuídas temperaturas, logo, no fundo todas
as escalas são arbitrárias.

Dividiremos as escalas termométricas dentre absolutas, relativas e arbitrárias, durante

o nosso estudo, e aprenderemos a fazer as devidas conversões decorando o mínimo
possível.

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 Escalas absolutas
Teoricamente não existe uma temperatura máxima limitante, contudo, existe, de
acordo com as principais teorias aceitas atualmente, uma temperatura mínima, na qual
todos os movimentos atômicos cessam.

As escalas ditas absolutas partem do zero absoluto, ou seja, seu zero é propositalmente
escolhido conforme o zero absoluto.

As escalas absolutas atribuem valor zero ao estado de agitação molecular mais baixo.

As escalas absolutas mais comuns são a Kelvin K e a Rankine Ra . Sendo a Kelvin a

mais importante e definida a partir do ponto triplo da água.

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 Escalas relativas
A escala Celsius (antigamente chamada de escala centígrada) é a mais usada em quase
todos os países do mundo que adotam o Sistema Internacional de unidades.
Essa escala tem seu zero definido no ponto de congelamento da água, e o ponto de
ebulição desse líquido marca 100 ℃.
É importante que você se lembre que a escala Celsius se relaciona com a escala Kelvin,
de forma que a variação de um grau Celsius equivale à variação de um Kelvin, ou, de forma
matemática:
∆℃ = ∆𝐊
A variação de 𝟏 ℃ equivale à variação de 𝟏 𝐊

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 Escalas relativas
A escala Fahrenheit é usada em países que ainda adotam o Sistema Imperial de
unidades, como os EUA e alguns outros países que adotam o idioma inglês.
Essa escala também tem o ponto de congelamento da água definido como 32 ℉, e o de
ebulição desse líquido a 212 ℉.
A escala Fahrenheit se relaciona com a escala absoluta Rankine, de modo que a
variação de um grau Fahrenheit equivale a variação de um Rankine.
∆℉ = ∆𝐑𝐚
A variação de 𝟏 ℉ equivale à variação de 𝟏 𝐑𝐚

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 Escalas relativas
Conversões entre escalas absolutas e relativas
A conversão mais comum se dá entre a escala Kelvin e a Celsius. Sendo a variação de um
grau Celsius equivalente à de um Kelvin, podemos simplesmente relacionar as duas escalas a
partir do zero absoluto. Esse vale 0 K, e − 273,15 ℃, daí podemos escrever:
𝜽℃ = 𝜽𝑲 − 𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓
Conversão de Kelvin em graus Celsius
Algumas pessoas acham mais intuitivo conhecer a relação tomando a temperatura em Kelvin
como objetivo isolado:
𝜽𝑲 = 𝜽℃ + 𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓
Conversão de graus Celsius em Kelvin
É bastante usual que os avaliadores, para fins de simplificação, adotem a conversão com a
soma de 273, sem a parte decimal. Algo parecido acontece entre as escalas Fahrenheit e Rankine:
𝜽𝑹𝒂 = 𝜽℉ + 𝟒𝟓𝟗, 𝟔𝟕
Conversão de graus Fahrenheit em Rankine
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 Escalas relativas
Conversões entre escalas relativas
A conversão mais importante se dá entre a escala Celsius e a escala Fahrenheit. Para
montar a relação entre as duas, basta conhecer alguns valores de correspondência:

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 Escalas relativas
Conversões entre escalas relativas

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 Dilatação
• Dilatação: Um corpo varia de tamanho se variarmos a temperatura:
𝐿 = 𝐿0 (1 + 𝛼ΔT)
𝐴 = 𝐴0 1 + 𝛽 Δ𝑇
𝑉 = 𝑉0 1 + 𝛾Δ𝑇

𝛾 = 3𝛼
𝛽 = 2𝛼

• A água líquida entre as temperatura de 0 e de 4 graus Celsius tem coeficiente de dilatação

negativo (diminui o seu volume).

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Calorimetria

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 Calorimetria
• Calor sensível: Calor necessário para aquecer um corpo se não há mudança de estado

𝑄 = 𝑚𝑐Δ𝑇 = 𝐶Δ𝑇

• Calor latente: Calor necessário para fazer um corpo mudar de estado com temperatura
constante

𝑄 = 𝑚𝐿

• Uma caloria é a energia necessária para se aumentar uma grama de água num intervalo de 1
grau celsius de 14,5°C para 15,5°C.

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Mudança de estado

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Transformações gasosas

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 Gases
• Equação do Gás Ideal (Clapeyron):
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇

• T é medido em Kelvin!

• Se a quantidade de gás é constante, em qualquer momento temos:

𝑃𝑉
= 𝑐𝑡𝑒.
𝑇

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A figura a seguir representa dois recipientes Sabe-se que 𝑃𝐵 = 2𝑃𝐴 , 𝑉𝐵 = 𝑉𝐴 /3 e 𝑇𝐵 =
com gases ideais A e B. 2𝑇𝐴 . Sem haver perdas, mistura-se os gases
em um único recipiente, cujo volume 𝑉𝑚 =
𝑉𝐴 /2 e a temperatura da mistura é 1,5𝑇𝐴 .
Dessa forma, a pressão 𝑃𝑚 na mistura é de:

[A] 1,5𝑃𝐴 [B] 2𝑃𝐴 [C] 3𝑃𝐴

[D] 4𝑃𝐴 [E] 5𝑃𝐴

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Termodinâmica

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 Leis da Termodinâmica
• Lei Zero da Termodinâmica: O calor sempre flui espontaneamente de um corpo mais quente para
um corpo mais frio

• Primeira Lei da Termodinâmica (considerando W como o trabalho feito PELO GÁS):

𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊

• Segunda Lei da Termodinâmica

1. A entropia do universo sempre aumenta
2. O ciclo de Carnot tem rendimento máximo
3. É impossível transformar integralmente calor em trabalho em um ciclo (Kelvin-Planck)
4. É impossível fluir calor do corpo frio para o quente sem a realização de trabalho (Clausius)

• Terceira Lei da Termodinâmica

1. É impossível chegar em 0K
2. A entropia de um cristal perfeito a 0K é nula
3. A entropia de outras substâncias a 0K é constante
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Leis da Termodinâmica

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Leis da Termodinâmica

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Leis da Termodinâmica
Em uma certa quantidade de gás ideal é realizado um trabalho de 250 𝐽, recebendo 100 𝐽
de uma fonte de calor. Qual a variação na energia interna do gás?

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 Calor específico
• Calor específico molar a volume constante: graus de liberdade multiplicado por R/2
• Calor específico molar a pressão constante: 𝐶𝑃 = 𝐶𝑉 + 𝑅
• Coeficiente de Laplace: 𝛾 = 𝐶𝑃 /𝐶𝑉

Gás 𝑪𝑽 𝑪𝑷 𝜸
Monoatômico 3𝑅/2 5𝑅/2 5/3
Poliatômico apolar 5𝑅/2 7𝑅/2 7/5
Poliatômico polar 3𝑅 4𝑅 4/3

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Transformações
• O que sempre vale?

𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊

Δ𝑈 = 𝑛𝐶𝑣 Δ𝑇

𝑊 = න 𝑃𝑑𝑉 (á𝑟𝑒𝑎)

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 Isovolumétrica/Isocórica
• Isovolumétrica/Isocórica: Volume constante

𝑊=0

Δ𝑈 = 𝑛𝐶𝑉 Δ𝑇

𝑄 = 𝑛𝐶𝑉 Δ𝑇

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 9. Isobárica
• Transformação isobárica: Pressão constante

𝑊 = 𝑃Δ𝑉 = 𝑛𝑅Δ𝑇
Δ𝑈 = 𝑛𝐶𝑉 Δ𝑇

𝑄 = W + Δ𝑈 = 𝑛 𝐶𝑉 + 𝑅 Δ𝑇 = 𝑛𝐶𝑃 Δ𝑇

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 Isotérmica
Transformação isotérmica: Temperatura constante

𝑉𝑓
𝑊 = 𝑛𝑅𝑇 ln
𝑉𝑖
Δ𝑈 = 𝑛𝐶𝑉 Δ𝑇 = 0

𝑉𝑓
𝑄 = Δ𝑈 + 𝑊 = 𝑛𝑅𝑇 ln
𝑉𝑖

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 Adiabática
• Transformação adiabática: Calor constante

Q=0

Δ𝑈 = 𝑛𝐶𝑉 Δ𝑇

𝑊 = 𝑄 − Δ𝑈 = −𝑛𝐶𝑉 Δ𝑇

• Importante: 𝑃𝑉 𝛾 = 𝑐𝑡𝑒.
𝑇𝑉 𝛾−1 = 𝑐𝑡𝑒.
𝑇 𝛾 𝑃1−𝛾 = 𝑐𝑡𝑒.
𝑃𝜌−𝛾 = 𝑐𝑡𝑒.

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 Expansão Livre
• Não há fronteira: 𝑊 = 0
• Sistema é isolado: 𝑄 = 0
• Primeira lei: Δ𝑈 = 0
• Consequentemente a temperatura é constante

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 Ciclos
• Motor: Consome calor da fonte quente, realiza um certo trabalho e ejeta parte do calor pra
fonte fria

• Rendimento: 𝜂 = 𝑊/𝑄𝑄

• Refrigerador: Tira calor da fonte fria, consome um certo trabalho e ejeta parte do calor pra
fonte quente

• Eficiência: 𝜖 = 𝑄𝐹 /𝑊

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Um gás ideal sofre uma expansão adiabática, realizando um trabalho de 600 J. Em relação
ao gás, ao final do processo, pode-se afirmar que:

[A] a energia interna do gás aumentou.

[B] o calor trocado é positivo.

[C] a pressão do gás diminui.

[D] a pressão do gás aumentou.

[E] a temperatura do gás aumentou.

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[A] INCORRETA. Pela primeira lei da termodinâmica,
como na adiabática 𝑑𝑄 = 0, logo Δ𝑈 = −𝜏. Como na
expansão o trabalho é positivo, então a variação de
energia interna é negativa, ou seja, a energia interna
diminuiu.

[B] INCORRETA. Não há calor trocado na adiabática.

[C] CORRETA. De fato, a pressão diminui conforme

mostrado no diagrama ou ainda pode ser visto por
𝛾 𝛾
𝑃1 𝑉1 = 𝑃2 𝑉2 . Se 𝑉2 > 𝑉1 (expansão), então 𝑃2 < 𝑃1 .

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[D] INCORRETA. Veja alternativa C.

[E] INCORRETA. Pelo diagrama fica claro ver que a

temperatura diminui, mas poderia ver também pelo
fato da energia interna ter diminuído. Como o gás é
perfeito, a energia interna é função da temperatura.

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Máquina de Carnot

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 Máquina de Carnot
• Ciclo de Carnot: Composto por duas
isotérmicas e duas adiabáticas
𝑄𝑄 → 𝑇𝑄
𝑄𝑄 → 𝑇𝐹
𝑊 → 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹

𝑊 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹
𝜂= =
𝑄𝑄 𝑇𝑄

𝑄𝐹 𝑇𝐹
𝜖= =
𝑊 𝑇𝑄 − 𝑇𝐹

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Considere as seguintes afirmações sobre uma máquina térmica operando segundo o ciclo de
Carnot, entre duas fontes de calor, uma a 27ºC e a outra a 57ºC.
( ) O rendimento dessa máquina é de aproximadamente 52% e esse rendimento é máximo,
ao menos que a temperatura da fonte fria seja zero.
( ) O rendimento dessa máquina é de aproximadamente 10% e, caso essa máquina receba
5000J de calor da fonte quente, rejeitará 1000J para a fonte fria.
( ) O rendimento dessa máquina é de aproximadamente 10% e, caso essa máquina receba
5000J da fonte quente, rejeitará4500J para a fonte fria.
( ) O rendimento dessa máquina irá aumentar se houver aumento da diferença de
temperatura entre as fontes de calor.
Atribuindo-se verdadeiro (V) ou falso (F) para cada uma das afirmações, assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta.
AV–F–V–F BV–V–V–F
CF–F–V–F DF–F–V–V
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OBRIGADO
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FALE CONOSCO

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Premonição CN
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