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Atividade Online – AO 03 - Formulário para treino

Curso: Programa de Ensino e Aprendizagem em Rede - PEAR


Professor(a): Gercinair Silvério Gandara
Nome da disciplina: Metodologia e Prática de Ensino de História III
Discente: Isadora Ribeiro da Silva Pires

Produção Textual: Envio de tarefa


Produção Textual:
Disserte textualmente sobre Ensino de História identificando as principais ideias apontadas pelos
autores dos textos. Dialogue com os autores e explique como se deve ensinar o Ensino de História
2,0 pontos

Resposta

O percurso do ensino de História no Brasil a partir de sua inserção nos currículos das
Humanidades propostas para uma educação escolar nos países católicos ocidentais. A
trajetória da História como disciplina escolar é apresentada em meio aos confrontos sobre
seus objetivos para a formação de uma elite política e econômica caracterizada por uma
prática de exclusão dos diferentes grupos sociais dos sistemas de ensino dos séculos XIX
ao XXI. O ensino de História é apresentado pelas determinações das políticas
educacionais e práticas dos professores no processo de criação de conteúdos e métodos
nos currículos das Humanidades clássicas ao científico pelo qual constituíram conceitos
de História da Civilização, História Sagrada, História do Brasil, História das Sociedades.
As recentes transformações da História têm sido constatadas por pesquisas recentes, 1 e
enfrentam constantes desafios para se efetivarem, como a inclusão da história da África e
da cultura afro-brasileira, da história dos povos indígenas ou das mulheres. As
transformações do ensino de História têm proporcionado debates importantes
relacionados aos problemas epistemológicas e historiográficos, mas também quanto ao
significado de sua inserção e rejeição em projetos curriculares nacionais e internacionais
(Monteiro, 2014; Bittencourt, 2018. As inovações e ampliação dos conteúdos e as novas
divisões da História, incorporando a Idade Contemporânea, no entanto, não provocaram
mudanças metodológicas no ensino, apesar de debates entre educadores sobre métodos
intuitivos, analógicos e ativos que, aparentemente, se limitaram aos cursos primários e
Escolas Normais em toda a primeira metade do século XX. As propostas curriculares e os
manuais escolares que se difundiam nas primeiras décadas republicanas mantinham, em
essência, o método catequético do humanismo clássico com as práticas do “aprender de
cor” as causas e os efeitos dos diferentes acontecimentos realizados sempre pelos
poderosos representantes do Estado, da Igreja ou do poder dos grandes proprietários. A
consolidação de um ensino de História da Civilização se fez pelas determinações da
Reforma de Francisco Campos de 1931 que uniformizou o currículo em escala nacional.
Embora houvesse indicações de mudanças metodológicas estas não se concretizaram,
dentre outras razões, pelo crescente número de alunos que ingressaram no ginasial ao se
tornar uma etapa obrigatória para alunos que desejassem cursar as Faculdades.
(Bittencourt, 1990).
Uma das principais finalidades da aprendizagem histórica é a formação da consciência
histórica. Esse pressuposto põe em relevo o fato de que o ensino de história deve ter por
objetivo a formação de uma consciência que supere formas tradicionais e exemplares da
consciência histórica, responsáveis pela consolidação de narrativas baseadas em
organizações lineares do tempo, bem como as visões de que a história é a mestra da
vida. Ao mesmo tempo busca-se também evitar a formação de consciências críticas
pautadas em narrativas que rompem com qualquer possibilidade de rever o passado. O
objetivo é uma consciência crítico genética, cuja relação presente-passado seja
fundamentada em narrativas mais complexas, que se prestem a uma orientação temporal
para a vida presente, baseadas em alguns princípios, como liberdade, democracia e
direitos humanos, fundamentos de uma formação para a cidadania (SCHIMIDT;
CAINELLI, 2009, p. 69). A noção de consciência histórica que tenta ser trazida no texto é
a de Jörn Rusen e a formulação inicial “Uma das principais finalidades da aprendizagem
histórica é a formação da consciência histórica” possibilita as seguintes questões: é
possível conscientizar historicamente as pessoas? A aprendizagem histórica é de fato
capaz de fazer com que as pessoas superem as formas tradicionais, exemplares e
críticas da consciência histórica atingindo por final a consciência histórica genética ou
uma consciência histórica crítico-genética? Algumas reflexões e pesquisas realizadas no
âmbito do Grupo de Estudos em Didática da História (GEDHI) sediado na UEPG podem
jogar alguma luz sobre as questões levantadas acima.

Como ressalta Bezerra (2007), enquanto o aluno estiver ciente de que os conhecimentos
são provisórios ele terá condições de exercitar os procedimentos da História, na sua
problematização das questões propostas, delimitação do objeto, exame e o estado das
fontes, analise dos grupos sociais e indivíduos que estão envolvidos na história, levantar
hipóteses sobre os fenômenos estudados. Com o conhecimento da complexidade do
objeto estudado é possível incentivar a prática interdisciplinar.
Ao defender essa ideia Bezerra (2007) deixa bem claro essa proposta não é para
formação de pequenos historiadores; mas, sim a organização dos conteúdos para as
estratégias de trabalhar com os alunos o conhecimento histórico, evitando, transmitir os
conhecimentos históricos como únicos e acabados.
Ao finalizar a abordagem e inserir suas considerações sobre o conteúdo e o conceito, e
definir uma base Bezerra (2007) conclui que suas ideias não têm intenções de fazer
emergir novos conteúdos, e sim aplicar aquilo que está mais firme na área de história e a
necessidade de estabelecer uma seleção,além de sugerir suporte segundo suas
considerações para debates construtivos para que surjam novaspossibilidades
relacionadas ao tema exposto

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