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história no ensino
fundamental
Didática da História no
Ensino Fundamental
ISBN 978-85-8482-569-1
CDD 372.89
2017
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Nesse sentido, você é convidado a refletir, a princípio, sobre as bases teóricas que
fundamentam as discussões sobre a disciplina escolar História e sua relação com a
disciplina acadêmica. Posteriormente, sua trajetória histórica no Brasil é brevemente
traçada, a fim de que você compreenda suas especificidades, suas mudanças e
permanências ao longo de sua conformação.
1- Introdução
A discussão sobre o conceito de disciplina escolar não é uma tarefa simples, haja
vista que está relacionada a concepções sobre a escola e o saber que ela produz e
transmite.
A História como área escolar obrigatória surgiu com a criação do Colégio Pedro
II, em 1837, no Rio de Janeiro. No ano seguinte foi criado o Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro (IHGB). Enquanto a escola havia sido criada para formar
os filhos da nobreza da Corte e prepará-los para o exercício do poder, cabia ao
IHGB construir a genealogia nacional, no sentido de dar uma identidade à nação
brasileira (ABUD, 2008).
80).
O Clássico era voltado para alunos que iriam para o ensino superior. O Científico,
por sua vez, destinava-se a alunos interessados em trabalhar, sendo dividido em:
industrial, comercial e agrícola; vale lembrar que os alunos poderiam escolher
entre os dois cursos para fazer. No currículo, nenhum dos dois cursos tinha caráter
de especialização. Romanelli (1983) apresenta o currículo do ensino secundário: o
1º ciclo (ginásio) continha as seguintes disciplinas, distribuídas entre as 1ª, 2ª, 3ª e
4º séries: português – latim – francês – inglês – matemática – ciências naturais –
história geral – história do Brasil – geografia geral – geografia do Brasil – trabalhos
manuais – desenho – canto orfeônico. No 2º ciclo (curso Clássico), havia as
seguintes disciplinas, distribuídas entre as 1ª, 2ª e 3ª séries: português – latim – grego
(optativo) – francês (optativo), inglês (optativo) – espanhol – matemática – história
geral – história do Brasil – geografia geral – geografia do Brasil – física – química –
biologia – filosofia. O 2º ciclo (curso Científico) continha as seguintes disciplinas
das 1ª, 2ª e 3ªséries: português – francês – inglês – espanhol – matemática – física
– química – biologia – história geral – história do Brasil – geografia geral – geografia
do Brasil – desenho – filosofia.
Souza (2009) sustenta que a reforma Capanema pode ser considerada uma
vitória dos defensores do currículo humanista, o último reduto da língua latina
na educação secundária e da valorização da cultura geral como eixo central da
formação da juventude.
Sob o regime político ditatorial dos militares, foi sancionada a Lei n. 5.692, de
1971, em que o secundário foi dividido em dois níveis: o ginasial, que se tornou
uma continuidade do ensino primário (primeiro grau de oito anos); e o colegial,
que passou a ser denominado segundo grau. História e Geografia transformaram-
se em Estudos Sociais, o qual se tornou obrigatório e se estendeu para as oito
séries do antigo primeiro grau. Dessa forma, os conteúdos poderiam ser tratados
como atividades (1ª a 4ª séries sob o nome de Integração Social); áreas de estudo
(5ª a 8ª séries, sob o nome de Estudos Sociais); e disciplina (somente no 2º Grau).
Como se pode observar, o ensino de História, como disciplina isolada, ficou restrito
ao segundo grau.
No final dos anos 1970, com a crise do regime militar, com o processo de
redemocratização e com o advento de novas possibilidades de se pensar a
realidade brasileira, ficou patente a necessidade de se promoverem mudanças
no ensino de História. Esse processo foi iniciado no princípio dos anos 1980 em
alguns estados brasileiros, resultando na elaboração de novos programas e novas
propostas metodológicas a fim de abranger as transformações do público escolar
composto por vários grupos sociais.
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Este artigo apresenta um pouco sobre a história do Colégio Pedro II e sua influência
nos programas de história no século XIX.
Matéria que discute a trajetória do ensino de História no Brasil. Ao final, traz uma
entrevista com uma professora de História, a qual relata suas experiências e o
modo como mudou sua forma de ensinar.
Tempo: 01:10:38.
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
Leia a seguir o excerto do artigo do Prof. Dr. João do Prado Ferraz de Carvalho,
intitulado “Ensino de História e cultura escolar: resistências no contexto de uma
tradição inventada”1.
1
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/ensino-historia-cultura-escolar-
resistencias-contexto-tradicao-inventada-817807.shtml>. Acesso em: 11 maio 2015.
Após a leitura, aponte traços de permanência, citados pelo autor, que podemos
identificar em nossa experiência com o ensino da disciplina escolar História atual.
Questão 2
a) apenas na proposição I.
Questão 3
e) Apenas a partir dos anos 1990 surgiram diversas propostas de reformulação dos
conteúdos e métodos do ensino de História.
Questão 4
Questão 5
A partir dos anos 1980, vieram à tona inúmeros questionamentos sobre o ensino
de História até então, resultando na elaboração de novos programas e novas
propostas metodológicas. Explique ao menos duas influências nessa discussão e
suas consequências nas reformulações dos programas.
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
FARIA FILHO, Luciano M.; GONCALVES, Irlen; VIDAL, Diana G.; PAULILO, André.
A cultura escolar como categoria de análise e como campo de investigação na
história da educação brasileira. Educação e Pesquisa (USP. Impresso), São Paulo, v.
30, n. 1, p. 139-160, 2004.
MARTINS, Ana Rita. O que ensinar em História. Revista Nova Escola, 2008.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/passado-presente-
juntos-ensinar-428266.shtml?page=0>. Acesso em: 11 maio 2015.
GLOSSÁRIO
O Ensino de História
A prática de ensino que tem como finalidade promover a análise do acervo dos
museus tem o privilégio de contar com a assessoria de uma equipe preparada, que
facilita o entendimento da disposição dos objetos que em seu conjunto formam o
discurso a ser transmitido. Sabendo-se que o Brasil dispõe de uma série de museus
que possuem departamentos de educação ou de ação educativa, a proposta
Destarte, propor um trabalho na seção indígena do MAE, com um projeto que vise
compreender as formas de organização social; a divisão das atividades de trabalho;
a relação com a natureza; os rituais religiosos; primando pelo estabelecimento de
relações com a nossa organização social, contribui para que o aluno identifique o
surgimento de determinados costumes provenientes de uma cultura com a qual
a priori ele não se identifica. Da mesma forma ocorre com outras etnias, como as
africanas, europeias e asiáticas.
O primeiro diz respeito a uma visita prévia para estabelecer uma familiaridade
com a disposição do espaço e organização da exposição, o segundo refere-se
ao planejamento de um roteiro de estudos que dialogue com o recorte temporal
estabelecido pela exposição, verificando a disponibilidade de uso das atividades
educativas do museu. Como próximo passo, é interessante que haja um preparo
dos alunos através de exercícios de observação, estudo de conteúdos e conceitos.
Na visita, é importante que o professor acompanhe o monitoramento da exposição
e crie possibilidades de continuidade dos estudos em sala de aula.
Assim, a ideia não é criar um receituário que deve ser seguido, mas uma
possibilidade de trabalho com a história indígena de maneira diferenciada, situando
as formas de organização social em diferentes temporalidades, questionando se
houve mudanças de hábitos e costumes e compreendendo qual a condição de
existência na sociedade contemporânea. Portanto, nesse tópico, o objetivo foi
aclarar uma possibilidade de trabalho com fontes diferenciadas na construção do
ensino. Agora é a sua vez de traçar novos métodos de estudos. Bom trabalho!
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Leia este artigo que procura discutir o ensino de História e a prática educativa, através
de exemplos de projetos interdisciplinares, cujo objetivo é despertar nos alunos o
gosto pelo ensino de História. Dessa forma, pode-se contribuir significativamente
para tornar a escola um lugar de descoberta e de significado, sinônimo de novo,
onde o educador não leve um conhecimento de fora para dentro, mas sim desperte
no aluno o que ele já sabe, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes,
sujeitos da história capazes de compreender seu cotidiano.
Assista a este vídeo do programa Salto para o Futuro, da TV Escola, com Circe
Bittencourt, Marta Abreu e Helena Araújo. As professoras debatem sobre o ensino
de história da cultura afro nas escolas e nos diferentes espaços educativos.
Problematizam e viabilizam uma reflexão em torno da noção histórica da cultura
africana que vai para além do entendimento da dinâmica econômica e política do
continente. Discorrem sobre a importância da fomentação de debates nas escolas
e nos diferentes espaços educativos sobre a cultura afro-brasileira partindo-se
de diferentes temporalidades e focando nas relações sociais entre as diferentes
culturas. Defendem tais ações no sentido de viabilizar a reflexão como instrumento
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
CABRINI, Conceição et al. Ensino de História: revisão urgente. 3. ed. São Paulo:
Educ, 2005.
GLOSSÁRIO
1.1 - Histórico
De acordo com Apple (1982), a educação deve ser vista como uma seleção
e organização de todo o conhecimento social disponível em determinada
época. Uma vez que essa seleção é organizada, traz opções sociais e ideológicas
conscientes e inconscientes. Ao preservarem e distribuírem o que é considerado
“conhecimento legítimo” – o conhecimento que “todos devemos ter” –, as escolas
conferem legitimação cultural ao conhecimento de grupos específicos. Assim, é
preciso atentar para os interesses sociais e políticos orientadores da seleção e da
organização do currículo.
No que diz respeito aos PCNs de História, o documento está dividido da seguinte
forma: 1) Apresentação; 2) 1ª parte: 2.1) Caracterização da área de História, 2.2)
Objetivos gerais de História, 2.3) Conteúdos de História: critérios de seleção e
organização; 3) 2ª parte: 3.1) Terceiro ciclo, 3.2) Quarto ciclo; 3.3) Orientações e
métodos didáticos; 4) Bibliografia.
O tema gerador ou eixo temático não pode limitar o conteúdo, mas deve
servir para estabelecer e ordenar outros temas (ou subtemas), que precisam ser
abrangentes tanto no tempo quanto no espaço. Cada eixo temático é indicativo
para o estudo de cada série ou ciclo e pressupõe a delimitação dos conceitos
básicos. Os conteúdos, desse modo, decorrem do eixo temático com flexibilidade
para as diferentes situações escolares, sendo garantido, nesse processo, o domínio
dos conceitos fundamentais a serem estudados.
Assim, para o terceiro ciclo, propõe-se o eixo temático História das relações
sociais, da cultura e do trabalho, e, para o quarto ciclo, História das representações
e das relações de poder.
Os temas de ensino de História propostos pelos PCNs são, por outro lado,
articulados aos temas transversais: meio ambiente, ética, pluralidade cultural, saúde,
educação sexual, trabalho e consumo. Essa proposta de temas interdisciplinares
gera novos desafios para o ensino de História. Um deles é articular os conteúdos
tradicionais, como os de uma história política ou econômica, com conteúdos
característicos de outras disciplinas, como é o caso do meio ambiente ou questões
de saúde.
Trata-se de uma escolha didática para que os alunos distingam suas vivências
pessoais dos hábitos de outras épocas e relativizem, em parte, os padrões de
comportamento do seu próprio tempo.
Desse modo, para o terceiro ciclo é proposto o eixo temático História das
relações sociais, da cultura e do trabalho, que se desdobra nos dois subtemas As
relações sociais e a natureza e As relações de trabalho.
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Tempo: 3:03:37.
A ciência do currículo
Artigo de Beatriz Boclin Marques dos Santos e Thiago Rodrigues Nascimento, que
retoma algumas propostas curriculares anteriores para a disciplina de História,
além de discutir as tendências atuais.
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
Explique as críticas aos PCNs feitas pela pesquisadora e responda como essas
críticas podem ser contrapostas em relação aos próprios objetivos explicitados no
documento.
Questão 2
Questão 3
Questão 4
Questão 5
FINALIZANDO
Os PCNs para a disciplina de História, conforme foi discutido neste tema, foram
tributários de diversas discussões acerca do conhecimento desenvolvido na escola,
como a democratização do acesso à escola e a diversidade cultural. Ademais,
debates acadêmicos sobre a teoria, o currículo e seus saberes selecionados
também influenciaram a discussão sobre quais conteúdos deveriam constar no
documento, optando-se por não explicitar uma lista de conteúdos, mas apenas
fazer sugestões, respeitando, assim, a autonomia do professor, bem como sua
realidade regional e escolar.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Margarida Maria Dias de. O direito ao passado (uma discussão necessária
à formação do profissional de História). Tese (Doutorado em História) Centro de
Filosofia e Ciências Humanas - Universidade Federal de Pernambuco, 2003.
RICO, Rosi. Paula Louzano fala sobre modelos curriculares no Brasil e no mundo.
Revista Gestão Escolar, 2014.
GLOSSÁRIO
Planejamento,
problematização e critérios de
seleção de conteúdo
1. Introdução
Apesar das críticas, a abordagem tradicional ainda tem grande adesão nas
escolas brasileiras, por questões didáticas. Sua permanência se deve à facilidade
de concepções, métodos e práticas já assimiladas na cultura escolar e no senso
comum. Além disso, muitos livros didáticos ainda se pautam por essa abordagem
para organizar seus conteúdos.
Por fim, os cursos superiores de História estão organizados em sua maior parte
sob o viés linear e tradicional. Trata-se, contudo, de uma opção didática, visando
selecionar e abordar conteúdos diversos de forma com que façam sentido ao
aluno, sem que haja perda do conceito de processo histórico.
Cerri (2009) aponta que em muitos livros os assuntos de história geral são
desenvolvidos ao largo dos de história nacional: há uma preocupação em primeiro
“acabar o assunto” na primeira e depois recuar no tempo e narrar os eventos
da história do Brasil, o que em nada contribui para que o aluno compreenda o
conceito de tempo histórico (e também contribui com a ideia equivocada de que a
história tem um sentido, uma lógica, que ocorre primeiro na história geral e depois
na história do Brasil, que decorre da primeira e segue sua lógica).
Por fim, entre os principais problemas para a História temática a que se deve
atentar é a discussão ainda aberta sobre que conhecimentos/conteúdos são
essenciais e indispensáveis para a educação histórica, e quais os parâmetros e
limites para a escolha ou eliminação de conteúdos históricos.
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Relato de prática da professora Maria Thereza Didier que propõe discutir conteúdos
históricos a partir de temas do presente.
Entrevista com o professor Amilcar Araujo Pereira (UFRJ) em que ele discute os
conteúdos históricos trabalhados nas escolas brasileiras, principalmente aqueles
referentes à temática de cultura e história afro-brasileira e indígena.
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
Leia o fragmento da entrevista com o professor Amilcar Araujo Pereira (UFRJ) sobre
os conteúdos históricos ensinados nas escolas do Brasil:
Questão 2
a) 3 – 3 – 1 – 1 – 2.
b) 1 – 1 – 2 – 3 – 3.
c) 2 – 3 – 1 – 3 – 1.
d) 3 – 2 – 1 – 3 – 1.
e) 3 – 1 – 2 – 3 – 1.
Questão 3
Questão 4
Com base nos elementos dados pelo relato da professora, aponte qual forma de
seleção e organização de conteúdo a professora adota e discorra brevemente
sobre suas principais características, suas vantagens e limites.
Questão 5
FINALIZANDO
Apesar de ser uma tarefa árdua, não há como escapar dela. Cabe ao professor,
a partir de seus estudos, de suas reflexões e das próprias experiências, ir trilhando
uma trajetória própria, com acertos e erros. Os momentos de planejamento, desse
modo, devem ser valorizados e aproveitados. Além disso, o diálogo com colegas
professores e a participação em cursos e seminários de formação continuada de
professores a fim de trocar experiências são necessários para fazer dessa tarefa uma
construção permanente e não um ato cristalizado que é repetido mecanicamente.
REFERÊNCIAS
ARIÈS, Philippe, e outros. A História - uma paixão nova. (Mesa Redonda). In: LE
GOFF, Jacques; LADURIE, Emmanuel Le Roy; DUBY, George e outros. A Nova
História. Coimbra: Almedina, 1990.
GREGORIO, Rafael. História negra, escola branca (Entrevista com o Prof. Dr.
Amilcar Araujo Pereira). Revista Carta na Escola, 2013. Disponível em: <http://www.
cartanaescola.com.br/single/show/246>. Acesso em: 1 jan. 2015.
GLOSSÁRIO
Conceitos norteadores no
ensino de história
O autor argumenta que esse tipo de prática traz consequências à análise histórica
dos documentos, pois deixa de estimular no aluno a reflexão sobre a produção
da memória histórica, a ação do sujeito no tempo e no espaço, e a condução da
construção do pensamento histórico de um momento em específico. Esses vícios da
prática docente devem ser evitados em função do desentendimento do aluno sobre
os processos de intersecção entre a sua história, a de sua comunidade, cidade, estado
e país.
Para finalizar nossa reflexão em torno da temática estudada, a proposta que por ora
se apresenta é a da interdisciplinaridade voltada à prática de ensino da história ambiental.
Sabendo que comumente as questões do meio ambiente são trabalhadas pelas
Ciências da Natureza (Biologia, Química, Física, Geologia) e que quando trabalhadas
nas Ciências Humanas geralmente ficam ao encargo da Geografia assumir a frente
de tais estudos, Bittencourt (2008) em sua obra Ensino de História: fundamentos e
métodos apresenta sugestões de trabalho com a interdisciplinaridade abrangendo o
leque da análise histórica com questões voltadas ao meio ambiente.
Assim, uma das abordagens expostas em sua obra merece atenção. Ressaltando
a importância das pesquisas no âmbito acadêmico e escolar para a modificação da
prática docente, a autora retrata que existem poucos trabalhos que objetivam estudar
o meio ambiente sob a perspectiva da análise crítica do relacionamento da sociedade
com a natureza. Mesmo hoje, com o crescente ritmo de publicações sobre o assunto,
ainda são raras as atividades interdisciplinares elaboradas no campo da História que
prevê o diálogo com o meio ambiente.
Dito isso, um bom exemplo que promove a integração das diferentes disciplinas
é o estudo dos alimentos. Apesar de ser considerado objeto de estudo da biologia,
a história pode promover uma abordagem que privilegia, além dos conteúdos
inerentes à sua área, questões relacionadas ao meio ambiente. Assim, ao se estudar
a colonização portuguesa na América, o professor tem a possibilidade de explorar
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Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1:
Questão 2:
Questão 3:
Questão 4:
Questão 5:
FINALIZANDO
Como foi abordado neste tema, pensar sobre o cotidiano escolar e os desafios
que os professores encontram em suas práticas de ensino na sala de aula implica
em construir uma postura reflexiva frente às demandas sociais da comunidade
na qual se trabalha. Dessa maneira, o trabalho com a interdisciplinaridade e com
os temas transversais devem ser construídos para tais fins. Como ressaltado por
Fonseca (2007):
REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
Ainda hoje, como reflexo de tais proposituras, o que se pode notar é a existência
de uma variada gama de propostas que objetivam “um ensino de história mais
significativo para a geração do mundo tecnológico” (BITTENCOURT, 2008, p. 99)
contemplando os ritmos diversos de apreensão do presente e da simultaneidade
no consumo de informações.
No que diz respeito ao uso das tecnologias como recurso didático, essas também
têm sido alvo para a elaboração de novas propostas para o ensino. Levando-se
em consideração que a tecnologia tem afetado todas as formas de comunicação,
introduzindo novos referenciais para a produção do conhecimento, a escola como
reflexo das demandas sociais também deverá atuar na formulação de métodos que
contemplem a chamada geração das novas mídias. Nesse sentido, as proposições dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para os ciclos finais do ensino fundamental,
e na disciplina de história, delimitaram em seus objetivos a necessidade do professor
de “saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir
e construir conhecimentos” (BRASIL, 1998).
Vale lembrar que o professor ao trabalhar com o cinema, deverá primar por
um planejamento que articule os temas inerentes à disciplina de história com as
temáticas abordadas pelos filmes. Nessa linha, Bittencourt (2008) ao refletir sobre
as propostas pedagógicas com o uso de filmes atenta-se aos cuidados quanto ao
método desenvolvido, ressaltando a importância da análise crítica que vai para
além da interpretação do conteúdo cinematográfico. Assim, desenvolve:
Assim, ensinar história tendo como base da ação docente, realizando a articulação
entre os diferentes elementos da realidade do aluno no respeito à historicidade
dos acontecimentos quando efetuado o cotejamento entre temporalidades, é um
grande passo para a formação integral do ser humano. Nesse sentido, o propósito
deste tema foi criar as condições para que você em sua prática docente venha a
buscar novas formas de aperfeiçoamento e aprimoramento de suas atividades.
A ideia aqui não foi criar um receituário que deva ser seguido com rigor, mas
divulgar ideias que fazem parte de um movimento pela ressignificação da atividade
docente em meio a tantos desafios de nossa prática.
Assim, nossa prática deve ser direcionada por tais princípios. Nesse interim,
algumas ideias foram dadas, caberá a você trilhar um caminho. Bom trabalho!
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Este vídeo desenvolve uma discussão sobre como todos os processos tecnológicos
(Programa Salto para o Futuro com os Prof. Alberto Tornaghi, Profa. Adrea Ramal
e Profa. Rosália Procasko Lacerda)
O presente trabalho tem por objetivo discutir de que maneira o uso de tecnologias
aplicadas à educação, especialmente os laboratórios de informática e a internet, podem
potencializar o ensino de história a fim de contribuir com a aprendizagem histórica dos
alunos. Parte-se da premissa de que no Brasil há um movimento bastante forte de
inserção de tecnologias na educação básica, através de programas de incentivo como
o Proinfo, que se constitui no programa federal que tem como objetivo promover o
uso pedagógico de informática na rede pública de ensino no país.
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
Questão 2
(IFETC- RN) Segundo Belloni (2009, p. 12), o objetivo da educação para as mídias
é “a formação do usuário ativo, crítico e criativo de todas as tecnologias de
informação e comunicação”. Assinale a opção que apresenta a noção de mídia-
educação coerente com essa afirmativa de Belloni.
Questão 3
IV. O uso das TICs não garante a qualificação da prática docente mediadora,
podendo até mesmo ser um obstáculo a essa realização.
Questão 4
Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, o mundo vem assistindo
a um vertiginoso avanço das tecnologias da informação e da comunicação com
sérias implicações para as sociedades. Discorra sobre as possíveis consequências
do uso excessivo de tais tecnologias para a sociedade.
Questão 5
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
CABRINI, C.; CIAMPI, H.; VIEIRA, M. P. A.; PEIXOTO, M. R. C.; BORGES, V. P. Ensino
de História: Revisão Urgente. 3. ed. São Paulo: PUC, 2005.
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Temas transversais
(verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo:
Midiamix Editora, 2002. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/
dicionario.asp?id=60>. Acesso em: 8 jun. 2015.
GLOSSÁRIO
Temas transversais: segundo o Ministério da Educação (MEC), “são temas que estão
voltados para a compreensão e para a construção da realidade social e dos direitos
e responsabilidades relacionados com a vida pessoal e coletiva e com a afirmação
do princípio da participação política. Isso significa que devem ser trabalhados, de
O uso frequente do livro didático pelo professor faz com que seja fácil identificá-lo
e distingui-lo dos demais livros. Não obstante, conforme sustenta Bittencourt (2008),
trata-se de uma obra extremamente complexa devido à interferência de diversos
sujeitos em sua produção, circulação e consumo.
dos anos 1980 e 1990, houve uma ampliação no número e no tipo de publicações de
livros paradidáticos.
Diante da política que estimula a oferta de livros didáticos, a escolha do livro torna-
se um tanto complexa. Apesar das resenhas presentes no Guia do Livro Didático, o
professor também deve atentar-se a outros aspectos presentes nos livros e estabelecer
seus próprios critérios.
Com relação aos conteúdos históricos escolares, faz-se necessário que o professor
identifique a concepção de História do autor do livro, a qual nem sempre está explícita.
Desse modo, a análise da bibliografia, assim como a seleção de documentos ou
excertos de determinadas obras historiográficas, auxilia na apreensão da tendência
historiográfica dominante. Ademais, o número de páginas, a extensão das frases, a
quantidade de conceitos a serem introduzidos ou reiterados também merecem
atenção.
Uma proposta para o uso diferenciado do livro didático deve começar pelo princípio
de leitura de uma obra. Desse modo, é importante fazer uma apresentação do livro
para os alunos. Além disso, sugere-se ensiná-los a usar o índice, para identificarem pelo
tema de estudo o capítulo a ser lido ou estudado. Trata-se, portanto, de uma forma de
conceber o livro didático não como guia a ser seguido, mas como um referencial para
a busca de informações e realização de pesquisas.
Por fim, a apreensão de que o livro didático não deve ser o único recurso didático é
fundamental para que o professor desenvolva e aprofunde suas práticas pedagógicas.
Nesse sentido, a utilização de documentos históricos, sugerida, aliás, nos PCNs, tem
sido de grande valia para a introdução do aluno no pensamento histórico, porém,
necessita de certos cuidados para não incidir em equívocos.
Os filmes têm sido cada vez mais utilizados com o objetivo de deixar as aulas mais
dinâmicas. É preciso, contudo, atentar para a especificidade da linguagem ficcional
dos filmes e para o equívoco de utilizá-los como ilustração de acontecimentos
históricos e não como uma interpretação de determinado período, dependendo,
assim, de inúmeros fatores, como o diretor, o roteirista e a mensagem que o filme quer
passar. Assim, é preciso fazer uma leitura interna do filme (conteúdo, personagens,
acontecimentos principais, cenários, etc.), da produção do filme (diretor, produtor,
músicas, etc.) e, posteriormente, a análise do contexto externo do filme (ano, país,
etc.). É importante, desse modo, que o professor problematize o filme, discutindo os
vários elementos que influenciaram sua produção.
Por fim, deve-se atentar para a escolha do filme a ser trabalhado: a apresentação
de um filme longo e monótono para um sexto ano, por exemplo, pode ter resultados
desastrosos. Verificar se o conteúdo é adequado para a faixa etária dos alunos também
é um detalhe importante a ser considerado.
uso de canções como mera ilustração ou recurso de motivação, mas pensá-las como
fontes históricas produzidas por sujeitos históricos em determinados tempos e lugares
(FONSECA, 2014).
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Circe Bittencourt: “O bom livro didático é aquele usado por um bom professor”
Entrevista com a Profa. Dra. Circe Bittencourt sobre os usos dos livros didáticos.
Site que apresenta informações sobre as ações educativas desenvolvidas pelo Museu
de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo, as quais incluem
cursos e empréstimo de materiais.
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
Circe - O uso que se faz dele - e isso tem a ver com, entre outras muitas coisas,
fazer da publicação um dos recursos possíveis para os estudantes, não o único. É
possível trabalhar com fontes primárias de pesquisa, idas a campo e experimentos
e outros mais. O bom livro didático é aquele usado por um bom professor.
Questão 2
Questão 3
a) 1, 2, 1, 2, 2.
b) 1, 1, 2, 1, 1.
c) 1, 1, 2, 2, 1.
d) 2, 2, 1, 2, 1.
e) 2, 1, 2, 2, 1.
Questão 4
“No caso específico do livro didático, como se viu, ele envolve uma miríade de
pessoas que o realizam como mercadoria: autor, editor, chefe de arte, copidesque,
preparador de texto, revisor, diagramador, as várias categorias profissionais de
gráficos, divulgador, avaliador, diretor de escola, professor, aluno e pais, só para
mencionar as mais óbvias. A produção do livro didático serve certamente para
a acumulação do capital, mas onde há o capital, há também o trabalho, os
trabalhadores e suas práticas.” (MUNAKATA, 2012)
No trecho do artigo de Munakata (2012), o autor explora uma das inúmeras facetas
do livro didático. Desse modo, relacione o excerto com os cuidados que devem
ser tomados ao se escolher um livro didático.
Questão 5
FINALIZANDO
Por fim, a concepção de que exista um livro didático ideal deve ser refutada. O
livro didático possui limites, vantagens e desvantagens que precisam ser considerados.
A complementação com a utilização de outros materiais é recomendável para que
o professor desenvolva e aprofunde suas práticas pedagógicas. Nesse sentido, a
utilização de documentos históricos de naturezas diversas, como músicas e imagens,
a fim de introduzir o aluno no pensamento histórico, apresenta grandes possibilidades
pedagógicas. Contudo, é preciso apenas evitar utilizá-los com o objetivo de transformar
os alunos em “pequenos historiadores”, utilizando, assim, os documentos históricos
como ilustração ou reforço de uma ideia trabalhada pelo professor, além de fonte de
informação ou para introduzir o tema de estudo.
REFERÊNCIAS
ABUD, K. M.; ALVES, R. C.; SILVA, A. Ch. de M. Ensino de História. 1. ed. São Paulo:
Cengage Learning, 2010.
SALLA, Fernanda. O bom livro didático é aquele usado por um bom professor.
Revista Nova Escola, ed. 269, fev. 2014.
GLOSSÁRIO
A avaliação em história no
ensino fundamental
Estudos sobre avaliação, não obstante, têm debatido e proposto novas formas
de avaliar, a fim de superar essa concepção tradicional. Uma das concepções
frequentemente discutidas é a avaliação diagnóstica.
É neste sentido que uma avaliação formativa e qualitativa tem como intuito
identificar as carências e situar tanto o educador quanto o educando no processo
escolar. Possibilita, assim, o aperfeiçoamento do ensino, deixando de ser
meramente classificatória, tornando-se parte de uma trajetória de aprendizado dos
alunos.
O Enem, cuja primeira edição ocorreu em 1998, também tinha como objetivo
aferir o desempenho de estudantes no final da Educação Básica e, assim, promover
políticas de melhoria da qualidade da educação brasileira. Em 2009, o MEC
apresentou uma proposta de reformulação do Enem, que passou a ser utilizado
como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades
públicas federais, passando a ser chamado de Novo Enem (BERGAMIN, 2014).
A Avaliação em História
Deste modo, como atividade avaliativa, pode-se inserir uma obra representando o
rei Luís XIV e relacioná-la ao retrato de Domingos Jorge Velho. O aluno, ao compará-
las, deve verificar a semelhança na pose corporal e mesmo na indumentária. Uma
gravura feita por Belmonte e um texto relatando como os bandeirantes se vestiam
podem auxiliar o aluno a estabelecer um contraponto entre a representação dos
bandeirantes almejada e a situação em que se encontravam na época das entradas
e bandeiras. Assim, por meio da análise iconográfica, o aluno tem condições de
fazer uma reflexão que o leve a desconstruir a consagração dos bandeirantes
como heróis da história.
Fonte: Hyacinthe Rigaud. Luis XIV em armadura, 1694. Fonte: Benedito Calixto. Domingos Jorge Velho, 1903.
Por fim, o cotejamento com uma tabela que mostra a idade média de
falecimento para diferentes grupos sociais na década de 1840 corrobora para
que o aluno constate as péssimas condições em que o operariado vivia. Veja um
exemplo de proposta de atividade:
Texto 1
Fonte: Adaptação de: Capítulos na vida de um garoto de fábrica de Dundee. In: THOMPSON, E. P. Costumes em comum:
estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
Tabela 1 Idade média de falecimento para diferentes grupos sociais na década de 1840
Texto 2
Nosso turno era das cinco da manhã até nove ou dez da noite; e no sábado
até as onze; e às vezes até às doze horas da noite; e nos faziam vir no
domingo para limpar as máquinas. Não havia horário permitido para o
café da manhã, e não se podia sentar para o jantar e não havia tempo
para o chá. Chegávamos à fábrica às cinco da manhã e trabalhávamos até
aproximadamente oito ou nove quando nos traziam o café da manhã, que
consistia em mingau, panquecas e cebola para dar sabor. O jantar consistia
em panquecas cortadas em quadro pedaços e organizadas em duas
pilhas. Uma tinha manteiga e outra com melado. Ao lado das panquecas
havia canecas de leite. Nós bebíamos o leite e com a panqueca na mão
voltávamos a trabalhar, sem sentar.
Fonte: Depoimento de John Birley ao jornal The Ashton Chronicle, 19 de maio de 1849. Tradução livre. Disponível em: <http://
spartacus-educational.com/IRpunishments.htm>. Acesso em: 28 fev. 2015.
Essa proposta de atividade com fontes históricas pode parecer complexa para
o ensino fundamental a princípio. Contudo, nada impede que o professor auxilie
os alunos na realização da atividade. Isso não significa responder as questões pelos
alunos, mas apenas esclarecer os novos desafios colocados por elas por meio
de uma leitura coletiva. Por conseguinte, a atividade será um momento em que
o aluno poderá desenvolver os conceitos e conteúdos que estiver aprendendo,
refletindo sobre as fontes e construindo interpretações.
A análise dos resultados das avaliações deve ser observada pelos professores
de modo que este documento seja um reflexo também do seu desempenho. As
notas dos alunos, sejam bimestrais, trimestrais, semestrais ou anuais, devem ser
compostas durante todo o processo. Apenas uma avaliação no fim destes ciclos
não possibilita uma boa intervenção do professor no processo de aprendizagem no
decorrer dos anos. Em suma, é importante oferecer uma variedade de instrumentos
de avaliação para que o aluno tenha seu desenvolvimento intelectual avaliado de
diversas formas ao longo de sua formação.
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Entrevista com o professor Cipriano Luckesi, em que ele discute questões sobre
avaliação, como avaliação tradicional e avaliação diagnóstica.
Tempo: 23:35.
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1
Questão 2
Questão 3
mas como práticas diárias, que devem estar presentes nas várias
atividades propostas pelo professor e nas várias metodologias de
ensino. (NODA, 2005, p. 149)
III. Com relação aos tipos de avaliação que estão sendo utilizados no ensino de
História, é importante ter clareza de quando e como usá-los de forma coerente
com as premissas e os objetivos estabelecidos no planejamento.
a) Afirmativas I e II.
b) Afirmativas I e III.
c) Afirmativas II e III.
d) Todas as afirmativas.
Questão 4
Questão 5
Fonte: O Colosso de Rhodes de Cape Town a Cairo, Punch Magazine, 10 de dezembro de 1892.
FINALIZANDO
Contudo, o professor deve tomar cuidado para não restringir seus critérios
de avaliação e suas práticas educativas em História às demandas desses sistemas
avaliativos. Trata-se de um desafio, visto que os resultados desses exames muitas
vezes estão atrelados a políticas de remuneração dos professores, entre outras
medidas e ações que incidem diretamente no cotidiano escolar.
REFERÊNCIAS
FERRARI, Márcio. Entrevista com Cipriano Carlos Luckesi. Revista Nova Escola,
Edição 191, ABRIL, 2006.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem... mais uma vez. Revista ABC
EDUCATIO, n. 46, p. 28-29, junho de 2005.
GLOSSÁRIO
Enem: criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo
de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Podem
participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino
médio em anos anteriores. O Enem é utilizado como critério de seleção para os
estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade
para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado
do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja
complementando ou substituindo o vestibular.
Saresp: é uma prova aplicada anualmente, desde 1996, pela Secretaria da Educação
do Estado de São Paulo (SEE/SP) para avaliar o Ensino Básico na rede estadual. Em
2007, passou a utilizar a metodologia dos exames nacionais (SAEB e Prova Brasil),
o que permitiu a comparação de resultados, os quais são utilizados para calcular o
Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo).