UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

IZABELA GONÇALVES PEREIRA

MARIA EDUARDA NOUMANN
THIAGO DAL COL DE QUADROS

O PROFESSOR DE HISTÓRIA NOS DIAS ATUAIS

PONTA GROSSA
2022
 IZABELA GONÇALVES PEREIRA
MARIA EDUARDA NOUMANN
THIAGO DAL COL DE QUADROS

O PROFESSOR DE HISTÓRIA NOS DIAS ATUAIS

Trabalho a ser apresentado à disciplina de Oficina de História I

Professora Janaína de Paula do Espírito Santo

PONTA GROSSA
2022
As demandas sociais, as normas educacionais, os contextos escolares, as
particularidades cognitivas e culturais dos estudantes são fatores que influenciam no
que é ser professor de história nos dias de hoje.
As dificuldades e perguntas de como abranger todos esses fatos na sala de aula e
ainda tornar a disciplina interessante para os jovens, encontram respostas escassas
devido a pluralidade de questões e conflitos encontrada nas escolas.
Segundo alguns postulados de Prats (2006; 2007), a história possui um papel
formativo, possuindo muita importância na formação de pessoas criteriosas e
críticas, além disso, ela também pode auxiliar na compreensão do presente; na
preparação dos alunos para a vida adulta de modo que, estudando história, esses
alunos acabam conhecendo os problemas sociais; no interesse em conhecer o
passado; na contribuição para adquirir conhecimento sobre outras culturas e
costumes e, dessa forma, formar crianças e jovens mais tolerantes e respeitosos; no
desenvolvimento da formação de opiniões críticas e racionais e na capacidade de
analisar, problematizar, debater e compreender questões; e por fim, auxilia também
no enriquecimento do currículo, já que a história pode contribuir para um melhor
conhecimento sobre variados temas e conteúdos.

Nas últimas décadas, com os processos de transformações sociais e educacionais,

o desempenho de docentes se tornou cada vez mais complexo, exige-se do
professor competência para trabalhar de forma integrada com as demais disciplinas,
além disso, também é necessário que esses profissionais possuam ampla
capacidade disciplinar, a fim de não oferecer apenas respostas prontas, e sim
desenvolver essas questões de acordo com a pluralidade dos alunos.
As reformas educativas estabelecidas no Brasil nos anos de 1990 e 2000 trazem
demandas específicas aos professores de história, como a incorporação de novos
conteúdos no currículo; a aproximação dos estudantes no aprendizado, os tornando
cada vez mais protagonistas na sala de aula; a atenção às diversidades étnicas e
culturais desses sujeitos e o trabalho com fontes históricas, fazendo com que os
alunos tenham maior contato com o ofício de historiador.
Apesar das exigências, essas mudanças não se incorporaram completamente no
ensino de história devido a vários fatores, como, por exemplo, a diminuição da carga
horária e a falta de subsídio na formação essencial dos professores.
No texto O que precisa saber um professor de história, de Flávia Eloisa Caimi, a
autora cita três aspectos importantes para um professor: os saberes a ensinar, ou
seja, a história, a historiografia e a epistemologia; os saberes para ensinar, a
docência, o currículo escolar, a didática e a psicologia da aprendizagem; e, por fim,
os saberes do aprender, que se refere ao aluno e as suas capacidades cognitivas e
particulares.
O primeiro ponto refere-se ao domínio dos saberes e do conteúdo, já que, todo
professor de história, para poder ensinar, deve saber história. Na segunda
perspectiva, o professor deve ter propriedade de conhecimentos pedagógicos que
lhe permitam transformar os conhecimentos científicos em conhecimentos
ensináveis e que façam sentido àqueles que estão aprendendo. Por fim, os saberes
do aprender se baseiam em entender as dificuldades e facilidades dos alunos e
reconhecer as diferentes particularidades de cada um.

Com isso podemos ver que os saberes que os professores precisam dominar nas
situações didáticas e pedagógicas vão além do conhecimento da história, pois
necessita-se de manejo para lidar com as questões presentes diariamente na
realidade das salas de aula.