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JÉSSICA RAMOS DA SILVA DANTAS

DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA

TEXTO RESENHADO:
“ENSINO DE HISTÓRIA E A PRÁTICA EDUCATIVA:
PROJETOS INTERDISCIPLINARES”. SCHEIMER, Maria
Delfina Teixeira. Caxias do Sul – RS: Congresso Internacional de Filosofia
e Educação, Rio Grande do Sul - 2010.

Tema: AS TRANSFORMAÇÕES A PARTIR DO ENSINO DA


HISTÓRIA

Rio de Janeiro, 06 de Abril de 2017.


No texto “Ensino da História e a prática Educativa: Projetos
Interdisciplinares” de autoria da professora Maria Delfina Teixeira Scheimar,
traz uma discussão a respeito do ensino da história e a prática educativa em
relação à interdisciplinaridade. Trata sobre essa temática e a inclusão da
disciplina no cotidiano dos alunos, tendo como resultado o interesse e
principalmente conscientizando este alunado no saber sobre a sua história em
meios culturais, sociais e políticos. Também trata sobre como o professor que
trabalha essa temática pode estar apto, principalmente no trabalho
interdisciplinar que é aonde vemos mais resultados, porque a
interdisciplinaridade ajuda no desenvolver de vários saberes e na inclusão do
cotidiano dos alunos.
A professora traz várias perguntas de como ser ensinada a História, em
meio um Brasil multicultural, a qual a diversidade cultural é notória e vivenciada
em nosso país. Questiona o lidar com essas diferenças e principalmente de
qual forma o professor consegue tratar de toda essa história, apenas
formulando um currículo a ser seguido, como, por exemplo, seria necessária
uma unificação desta história?
O mundo passa por constantes transformações, com novidades
tecnológicas, como vemos essas mudanças. Assim, traz a discussão de como
devemos acompanhar essas mudanças e trabalhar com essas questões na
escola. A História muitas vezes é contada mediante pontos de vista em que
autores determinam sua visão interpretativa dos fatos, porém não podemos
fazer com que nossos alunos sejam apenas reproduções de pensamentos
estabelecidos, mas temos que transformá-los em seres pensantes e críticos,
que consigam produzir através de suas próprias interpretações. O professor
tem que saber lidar e trabalhar com a heterogeneidade e com a realidade dos
cotidianos, com tantas mudanças a quebra de um modelo estabelecido para o
ensino de qualquer disciplina. A forma de ensinar História não pode mais ser
mecânica, mas com um vasto conhecimento onde a interdisciplinaridade é o
ideal.
Ao passar dos séculos a educação vem sofrendo grandes
transformações, em uma determinada época ela era propriedade e
principalmente vinculada às religiões, na qual quem tinha o acesso, eram
líderes e integrantes religiosos. Porém, isso vai sendo modificado, segundo a
autora, na Grécia clássica essa mudança é nítida, na qual não mais
predominava a religião substituída a ideia de que o conhecimento só vinha
através do divino. Dando assim prioridade aos pensamentos críticos e a
capacidade do ser humano, estabelecendo leis humanas na qual se precisa
então de pessoas sábias, inteligentes, de seres pensantes com análise crítica
que trouxessem liberdade de pensar e criticar.
Porém, ainda essa era uma educação limitada onde a educação
intelectual não era ainda o que predominava, era uma educação onde o
homem tinha o conhecimento de si. Existia uma formalidade para essa
educação, durante vários momentos de nossa História a formalidade e a
limitação da educação eram visíveis, onde alguns tinham acesso, porém este
acesso era limitado. A educação vai sofrendo mudanças até os dias atuais,
onde não há mais limites para a educação, onde todos têm esse direito ao
conhecimento.
É necessário que o professor de história esteja sempre se atualizando,
com as novas tecnologias e as mudanças no conceito de educar, do
ensino/aprendizagem, são constantes. O professor de História tem que deixar
de lado seus discursos narrativos e serem abertos a uma aula no qual os
alunos tenham oportunidade de serem reflexivos, abrir debates sobre aquela
disciplina. Assim estes alunos passam a ter uma visão geral de sua formação,
o professor terá resultados muito melhores, com o crescimento que vai além do
conhecimento básico e limitado, transformando esse alunado em autônomos
em seu aprendizado.
A professora Maria Delfina traz uma reflexão e cita vários aspectos que
podem, sim, influenciar as mudanças no ensino da História, sendo eles sociais,
culturais, revolução científica. O professor ou profissional em história tem
sempre que analisar e modificar seus conceitos e formas de educar e transmitir
os estudos da História, sendo baseados através do tempo e do espaço, a
História é reflexiva e trabalhada principalmente sobre estes dois aspectos.
O grande problema que o professor de História enfrenta, muitas vezes, é
a falta de compreensão dos alunos ao aprender História. Muitas vezes para
eles é algo chato que nada tem a ver com sua realidade, é aí que o professor
trabalha essa disciplina de forma que traga aquela realidade para o cotidiano
dos alunos, mantendo-os interessados por um assunto que pareça atual
conforme a realidade em que eles vivem.
Mesmo com as dificuldades, com a educação muitas vezes sem muitos
amparos para o profissional, o educador tem que estar atualizando e trazendo
com a interdisciplinaridade o amparo para o ensino da História. O profissional
hoje precisa da interação da comunidade escolar, sem o trabalho em conjunto
fica difícil para os professores manterem a educação sozinhos e sem respaldo
e amparo de toda a comunidade escolar e principalmente do poder público.
O professor tem, sim, que se atualizar e fazer o seu papel de agente
transformador, porém a estrutura escolar, o poder público tem que dar a esse
profissional, condição, porque é o que faz toda a diferença. Tudo isso se trata
da valorização deste profissional e principalmente da melhoria da educação.
Todos trabalhando em conjunto para essa transformação ser efetiva: pais,
escola, poder público e professores.
A professora Maria Delfina conclui dizendo que “o papel desempenhado
pelo professor é algo confuso”, ela trata de que todo um modelo pré-
estabelecido para o professor, por exemplo, como deve atuar ou tem dever de
atuar não está só nas mãos deste profissional. Porém, ele como um agente
transformador tem o papel principal, o que não tira a responsabilidade dos
demais, sendo estes os pais, alunos e a comunidade escolar, em geral. Ela
enfatiza a importância da disciplina de História, que quando ensinada e
debatida é sim essencial na formação de seres pensantes, críticos e que
saibam interpretar o mundo através da História.

Bibliografia:

SCHEIMER, Maria Delfina Teixeira. “Ensino De História E A Prática


Educativa: Projetos Interdisciplinares”. Caxias do Sul – RS: Congresso
Internacional de Filosofia e Educação V CINF, 2010 – Brasil – ISSN 2177-
644X.

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