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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPOS UNIVERSITÁRIO DO MARAJÓ BREVES


FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
TURMA: PEDAGOGIA 2016 (NOTURNO)
DISCIPLINA: FTM DE HISTÓRIA
DOCENTE: PROFº CARLOS ÉLVIO

LÍLIA HELLEN DOS SANTOS RODRIGUES

DISSERTAÇÃO:
ENTRE NARRAR E PROBLEMATIZAR O CONHECIMENTO: QUESTÕES E
CONSEQUÊNCIAS PARA O ENSINO/ APRENDIZAGEM DE HISTÓRIA NA SALA DE
AULA
BREVES-PA
2021

LÍLIA HELLEN DOS SANTOS RODRIGUES


ENTRE NARRAR E PROBLEMATIZAR O CONHECIMENTO: QUESTÕES E
CONSEQUÊNCIAS PARA O ENSINO/ APRENDIZAGEM DE HISTÓRIA NA SALA DE
AULA

O ensino de História é essencial para construção de identidade do ser humano, possibilitando


compreender o presente por meio de uma reflexão histórica sobre os fatos passados. Pois
somos parte dos valores e padrões da sociedade na qual estamos inseridos. O conhecimento
histórico deve ser preservado nos diversos contextos sociais, principalmente na escola.
Portanto, a aula de História pode e deve ser preparada com base em metodologias concretas e
recursos distintos que viabilizem uma real aprendizagem dessa disciplina.
Mas o que vemos, é a divisão existente no ensino de História e o despreparo de professores
frente ao processo do conhecimento histórico. Os professores e toda a comunidade escolar,
podem e devem ser capazes, de analisar, refletir e compreender verdadeiramente, que o ensino
de História vai além de pequenos conhecimentos retirados dos livros didáticos, que muitas
vezes, os docentes ou a própria instituição de ensino oferece aos estudantes e que acabam por
limitar o ensino sobre determinado assunto.

professores que adotam livros didáticos sentem-se obrigados a seguir de cabo


a rabo seu conteúdo, pressionados por diretores, coordenadores e pais. Com o
número baixo de aulas de História oferecidas, quaisquer assuntos e discussões
que, embora importantes, “atrasariam a matéria”, são deixados de lado. O
resultado de tudo isso é a transformação do conhecimento histórico numa
maçaroca de informações desconectadas ou articuladas à força, mas sempre
desinteressantes e frequentemente inúteis. A medida disso é dada pela
dificuldade que muitos professores têm em responder à mais banal pergunta
dos alunos: “Professor, para que serve isso?” (PINSKY e PINSKY, 2010: 29).

Todas essas questões revelam a real situação da disciplina de História no ensino básico de
algumas escolas no Brasil, no qual, o professor sente-se atado aos conteúdos do livro didático.
“Mais do que livros, o professor precisa ter conteúdo. Cultura. Até um pouco de erudição não
faz mal algum. Sem estudar e saber a matéria não pode haver ensino. É inadmissível um
professor que quase não lê” (PINSKY & PINSKY, 2009, pg. 22). O professor precisa estudar, ler
livros, ser pesquisador e motivador, que tome as questões sociais e culturais, que faça o aluno
exercitar o senso crítico e faça sua voz ser ouvida.

Mas para facilitar essa tarefa, é necessário que os docentes desenvolvam o seu papel. Mas o
que vemos é que muitos docentes não se sentem seguros, ao colocar em prática o ensino de
História. Contudo, a insegurança dos professores, causa um impacto negativo na vida e no
conhecimento histórico dos discentes. Este é um dos motivos, do desinteresse dos alunos
pelas aulas de História. Há uma dificuldade em compreender a história e sua finalidade na
escola, pois o ensino, na maioria das vezes, não é crítico, não cativa, em muitos casos, não é
comparado com a vida dos estudantes.
Então, o fundamento central do conhecimento histórico que é a “compreensão dos processos e
dos sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se estabelecem entre os grupos
humanos em diferentes tempos e espaços” (BEZERRA, 2010) é deixado de lado, priorizando
na disciplina, somente a leitura do livro didático e a resolução de atividades. Com isso, a
disciplina de História é referida pelos alunos como sendo monótona e desinteressante.

É necessário, portanto, que o ensino de História seja revalorizado e que os


professores dessa disciplina conscientizem-se de sua responsabilidade social
perante os alunos, preocupando-se em ajudá-los a compreender e – esperamos
– a melhorar o mundo em que vivem. (PINSKY & PINSKY, 2010, pg. 29)

]E a grande missão é fazer que os alunos tenham interesse e motivação para estudar história. E
para isso é necessário, que o professor acompanhe o grupo de acordo as suas necessidades,
provocando a busca de conhecimento instigando o aluno a pensar e praticar. E para instigar o
aluno, é preciso investir em novas metodologias sem deixar de valorizar as antigas, mas
usando-as de forma correta. “E o pensamento crítico não se sustenta sem leitura, vício
silencioso, lento e profundo. Só depois de ter a mente e o espírito alimentados pela leitura é
que ilustrações computadorizadas ou filmadas podem fazer sentido.” (PINSKY & PINSKY,
2010, pg. 35)
E o primeiro passa para se fazer uma aula interessante e que traga sentido ao aluno, é fazer um
plano de curso onde o professor tenha que selecionar conteúdos. Estudando e pesquisando a
fundo e esmiuçando cada assunto a ser trabalhado, pois não se pode falar de algo, sem ter o
devido conhecimento sobre o assunto. É válido ainda, fazer recortes da história, ampliando o
tema a medida que houver necessidade para a maior compreensão do mesmo.
Portanto, é necessário que os professores reflitam sua maneira de ensinar, fazendo o possível
para contribuir para o aprendizado significativo do aluno. Pois o maior desafio do professor
de história é instruir o aluno a construção do conhecimento para a vida e a disciplina de
história é essencial para isso.

REFERÊNCIAS:
PINSKY, Jaime e PINSKY, Carla Bassanezi. Por uma história prazerosa e consequente. In:
KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2009).

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