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Livros Históricos Prova 2

Livro de Juízes
1. Título do Livro
• Latim: Liber Judicum
• A natureza do trabalho dos “juízes” (Jz 2:16; 11:27)

2. Data e Autoria
• Tradição rabínica: Samuel (Talmude Babilônico, Baba Bathra 14b, 15a).
• Dificuldade: "Naqueles dias não havia rei em Israel e cada um fazia o que achava
mais reto" (17:6; 21:25).
• Escrito após a instituição da monarquia.
• Antes da conquista de Jerusalém por Davi (Jz 1:21).

3. Esboço e Estrutura literária


A Introdução I (1:1-25)
B Introdução II (2:6 - 3:6)
C Otniel (3:7 - 11)
D Eúde (3:12 - 31)
E Débora - Baraque (4:1 - 5:31)
F Gideão (6:1 - 8:32)
E' Abimeleque (8:33 - 10:5)
D' Jefté (10:6 - 12:15)
C' Sansão (13:1 - 16:31)
B' Epílogo I (17:1 - 18:31)
A' Epílogo II (19:1 - 21:25)

Juízes MAIORES
• Otniel: um parente do valente Calebe, é apresentado com traços muito positivos.
Nenhuma falha sua é mencionada (Jz 3:7-11).
• Eúde: um valente guerreiro canhoto da tribo de Benjamim, é apresentado sob uma
ótica muito positiva (Jz 3:12-30).
• Débora-Baraque: são apresentados em luz positiva a exceto pela hesitação de
Baraque o que lhe privou da honra de capturar o comandante inimigo em combate
(Jz 4-5).

• Gideão: personagem mais complexo. Condição espiritual mais deteriorada.


• A falhas de Gideão:
• Desapontamento com Deus (6:13)
• Relutância em aceitar o chamado (6:15)
• Exigência de um sinal (6:17)
• Ação noturna (6:27)
• Falta de fé (6:36,34)
• Medidas extremas de vingança (8:6-17)
• Idolatria (8:27)
• Aspiração real (8:23- 31)

• Abimeleque: Abimeleque não é apresentado como um juiz a exemplo dos demais.


A narrativa desenvolve um assunto crucial levantado na narrativa de Gideão: a
realeza dinástica (8:23-31). A narrativa de Abimeleque mostra o mal que que pode
resultar quando o poder está nas mãos de um mau rei.
• Jefté: Era o abandonado filho de uma prostituta, líder de um bando de malfeitores.
Suas negociações com os anciãos de Gileade mostram seu caráter oportunista e
ambicioso. A nação havia descido mais profundamente em sua apostasia (10:13-
14).
• Sansão: Sansão foi o clímax desta queda na qualidade dos juízes. Casou-se com
uma mulher filistéia, teve um caso com uma prostituta e se apaixonou por outra
mulher filistéia, Dalila. Tudo isto estava em agudo contraste com seu voto de
nazireu. Sansão não libertou Israel dos inimigos, apenas causou danos isolados
aos filisteus. Na realidade o povo de Israel nunca o seguiu na batalha. Quanto
mais o povo descia na apostasia, piores eram seus líderes.

Juízes Menores
• Sangar (3:31; 5:6);
• Tola (10:1–2);
• Jair (10:3–5);
• Ibsã (12:8–10);
• Elom (12:11–12);
• Abdom (12:13–15).

Juízes fora do Livro

• Eli (1 Sm 1:1–4:22);
• Samuel (1 Sm 7:6–17; 12:11);
• Bedam (1 Sm 12:11 LEB
Temas teológicos
Josué e Juízes: dois lados de uma moeda
1. Josué demonstra que vitória, sucesso e progresso resultam quando o povo confia
e obedece a Deus. Juízes, por outro lado, mostra que derrota, fracasso e retrocesso
acontecem quando o povo falha em confiar e obedecer a Deus.

2. Enquanto Josué revela a fidelidade de Deus em dar a Israel a terra prometida,


Juízes enfatiza a infidelidade de Israel em subjugar a terra. Em Josué se destaca o
ódio de Deus pelo pecado. Juízes exalta a graça de Deus para com os pecadores.

A infidelidade de Israel em subjugar a terra (Jz 1:8-10)

• Falha no legado para a próxima geração (Jz 2:10; 3:7; 8:34);


• Lutas internas (Jz 12:1-7): xibolete ou sibolete;
• Idolatria resultante: tolerância, admiração e adoração (Jz 17, 18);
• Aliança com os canaanitas (2:1-2);
• Sincretismo

• Frutos amargos da apostasia:


1. Instabilidade política e falta de unidade;
2. Caos social;
3. Imoralidade;
4. Anarquia: "cada um fazia o que achava mais reto aos seus próprios olhos"
(17:6; 21:25);
5. Movimento pro-monarquia;

• Razão: falha em subjugar os canaanitas.

A graça de Deus para com os pecadores

• A promessa à Abraão e a manutenção de Israel como nação (Gn 12:3)


• Manifestações da graça em Juízes:
1. Advertências (2:1-4; 6:7-10; 10:10-14);
2. Livramento dos opressores: apostasia - servidão - súplica - salvação;
3. O chamado de Juízes;
4. A manifestação do Espírito de Deus;
5. Disciplina como bênção disfarçada.

Livro de Reis
➢ Nenhum protagonista pode ser apontado - 400 anos de história
➢ Influência da LXX: espaço necessário
DATA E AUTOR
➢ A natureza do livro dos Reis: compilação de materiais selecionados.
➢ História em perspectiva profundamente religiosa.
➢ As fontes:
• As crônicas de Salomão (1Rs 11:41);
• As crônicas dos reis de Judá (2 Rs 14:18);
• As crônicas dos reis de Israel (2 Rs 14:28).
➢ Unidade
• Forma fixa na narrativa dos vários reinos
• Julgamento
• Comparação
• Ex: 1Re 22:52-54
➢ Data de composição
• Escopo: Salomão ascende ao trono (970 a.C.) – a restituição de Joaquim
no cativeiro (2Re 25) (560 a.C.)
• A frase “até este dia:” 1 Re 8:8
• Fontes mencionadas
• Talmude: Jeremias
AUTORIA MÚLTIPLA OU ÚNICA
➢ Múltipla autoria
• Dois editores: A. Kuenen, J. Wellhausen, J. Skinner; Eissfeldt (JE e L); A.
Jepsen (sacerdotal e profético)
• Três editores: R. Smend (sacerdotal, profético, legal)
➢ Única autoria
➢ S. R. Driver, C. F. Keil, M. Noth (1943), R. K. Harrison, Paul House
➢ Argumentos para única autoria
• Melhor explica a unidade;
• Melhor explica a diversidade (uso de fontes);
• Melhor se adequa à natureza da historiografia antiga;
• Evita as dificuldades das teorias de múltiplo autor.

LUGAR NO CÂNON
Conclusão da história de Israel que começa em Gênesis
ESBOÇO
A Monarquia Salomão/Unida (1Re 1:1-11-25)
B Jeroboão/Roboão; divisão do reino (1Re 11:26-14:31)
C Reis de Judá/Israel (1Re 15:1-16:22)
D Dinastia Omride; ascensão e queda do culto de Baal em Israel e Judá
C' reis de Judá/Israel (2Re 13-16)
B' queda do Reino do Norte (2Re 17)
A' reino de Judá (2Re 18-25)

A CRONOLOGIA DOS REIS DE JUDÁ


➢ Base: ascensão e duração dos reis (1Re 16:29)
➢ Discrepâncias
➢ Razões:
• Contagem inclusiva e exclusiva do ano da ascensão
• O começo do calendário hebraico

CONTEXTO HISTÓRICO
➢ Monarquia Unida
➢ Monarquia Dividida
➢ Egito
➢ Aram (Síria)
➢ Assíria
➢ Babilônia

TEXTO DE REIS
➢ TM VERSUS LXX
• Certos detalhes sobre as proezas administrativas de Salomão são
reorganizados, e a LXX mostra Salomão terminando o templo antes de
terminar seu palácio.
• 1 Reis 20 e 21 são transpostos para mostrar que Acabe foi rapidamente punido
por matar Nabote.
• A LXX faz Jeroboão I, o primeiro rei do norte, parecer muito pior do que o
MT, pois a LXX afirma que sua mãe era uma prostituta e que nenhum profeta
previu sua ascensão ao poder.
• A ordem e os detalhes das histórias de Jeroboão.
GÊNERO LITERÁRIO
➢ Literatura narrativa (Robert Alter=ficção);
➢ Narrativa histórica (DeVries);
➢ Narrativa teológica (J. Skinner);
➢ Narrativa profética (Paul House)

TEOLOGIA DE REIS
➢ Esperanças frustradas: a relação entre Samuel e Reis
• 926 a.C. - divisão entre norte e sul
• 722 a.C. - queda de Samaria (Salmanasar V)
• 586 a.C - queda de Jerusalém
• Templo, Terra e Monarquia
➢ Onde está Deus?
➢ Monoteísmo X idolatria
➢ Adoração central X lugares altos
➢ Lealdade à aliança X rebelião espiritual
➢ Verdadeira X falsa profecia
➢ Aliança com Davi X desintegração dinástica
➢ Soberania divina X orgulho humano
Os livros dos Reis, escritos durante o exílio na Babilônia, em torno do ano 560 a.C., são
a história filosóficoteológica do reino de Israel, de 965 a 560 a.C.. É uma filosofia da
história enquanto o autor procura apontar as causas fundamentais para a queda do reino.
É uma teologia da história porque são religiosas as causas fundamentais apresentadas:
Falharam os reis não guardando fidelidade ao monoteísmo exigido por Deus na aliança
do Sinai e houve os perigos resultantes da não manutenção de um único santuário, o de
Jerusalém.
➢ Juízo desfavorável
➢ Exortação ao arrependimento

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