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Impressão Offset

TGA – Tecnologia
Gráfica
TGA - Tecnologia Gráfica

 SENAI-SP, 2003

Trabalho desenvolvido na Escola SENAI Theobaldo De Nigris

Sob orientação da Divisão de Recursos Didáticos da Diretoria de Educação do Departamento Regional do

SENAI –SP

2ª edição, revista e aumentada.

Coordenação João Duchnicky

Elaboração Rogério Alberti

Rogério Aquino da Costa

Revisão Manoel Carlos de Andrade

Pedro Augusto Casotti

Editoração Cleidson Gonçalves

Ilustração Cleidson Gonçalves

Colaboração Poliana Moreira Castro

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Departamento Regional de São Paulo

Escola SENAI Theobaldo De Nigris

Rua Bresser, 2315 – Mooca

Cep 03162-030 – São Paulo - SP

Telefone (0XX11) 6097-6333

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Impressão Offset – TGA - Tecnologia Gráfica

Sumário

Introdução 05
Campo de atuação 09
Formas offset 10
Suportes 16
Tintas para impressão offset 18
A máquina de Impressão Offset 21
Produtos de limpeza 25
Instrumentos de medição 26
Controle de processo 29
Equilíbrio entre água e tinta 34
Higiene e segurança no trabalho 36
Atos inseguros 38
Condições inseguras 40
EPI – Equipamentos de Proteção Individual 41
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva 42
Bibliografia 43

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Introdução

A Impressão Offset originou-se da evolução do sistema de impressão Litográfica, que


foi “inventada” por Alois Senefelder no ano de 1796, na cidade de Munique na
Alemanha.

O termo Litografia origina-se do grego:


Onde: Litho = pedra
Grafia =escrita

No processo “usava-se” uma pedra porosa, onde as letras ou figuras eram marcadas a
lápis ou pincel, aplicava-se graxa ou óleo de linhaça sobre as imagens e depois a
pedra era umedecida.

A água aderia-se às partes não cobertas pela graxa e óleo, protegendo essas partes
de modo a impedir que a tinta se espalhasse por toda a pedra quando aplicada.

Em seguida colocava-se a folha de papel sobre a pedra decalcando a imagem


(impressão direta).

Isso é possível porque a área de imagem (grafismo) é Lipófila e a área sem imagem
(contra-grafismo) é Hidrófila.

- Hidrofilia: afinidade que certos materiais tem com a água.


- Lipofilia: afinidade que certos materiais tem com corpos gordurosos.

Com o tempo a impressão começou a necessitar de métodos que agilizassem o


processo e melhorassem a qualidade de impressão, e uma das mudanças foi à
aplicação de um cilindro de pressão ao sistema, conforme ilustração abaixo.

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Água
Imagem / Tinta

Evolução do processo litográfico

Mais tarde, esse processo de impressão foi aperfeiçoado e foram inventadas máquinas
cada vez mais rápidas. O último aperfeiçoamento da impressão Litográfica ocorreu
com a utilização da matriz de zinco ao invés da pedra passando ao processo OFFSET.

Hoje em dia a Litografia não é mais usada em escala industrial, somente usado por
Artistas, devido às facilidades da Impressão, que é muito mais rápida e oferece melhor
qualidade dos trabalhos.

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Da litografia a impressão offset – Uma viagem através do tempo

IMPRESSÃO DIRETA (PLANO/PLANO) 1800 PRELO

IMPRESSÃO DIRETA (PLANO/CILINDRO) 1860 MÁQUINA LITOGRÁFICA

IMPRESSÃO INDIRETA (PLANO/CILINDRO) 1875-80 MÁQUINA METALGRÁFICA PRELO

IMPRESSÃO DIRETA (CILINDRO/CILINDRO) 1860 MÁQUINA ROTATIVA LITOGRÁFICA

IMPRESSÃO INDIRETA (CILINDRO/CILINDRO) 1900 MÁQUINA OFFSET

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Impressão offset

A impressão offset é a impressão litográfica aperfeiçoada e automatizada, porém há


um fator importante: a impressão offset é indireta.

Comparando os dois sistemas:

Impressão Direta (LITOGÁFICA) Impressão Indireta (OFFSET)

Cilindro Porta Forma (imagem)

Cilindro Porta Blanqueta

Papel Cilindro de Pressão Suporte a ser impresso

Cilindro Contra Pressão

Pedra com a imagem

Na impressão litográfica, o papel recebe a imagem diretamente da pedra pressionado


através de um cilindro de pressão.

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Campo de atuação

• Editorial: jornais, revistas, livros, guias, listas telefônicas.


• Comercial: folhetos, cartazes, encartes, folder, pôsteres, envelopes, catálogos,
tablóides.
• Impressos de segurança: dinheiro, passes escolares, selos, cheques, vale-refeição.
• Embalagem: impressos em papel cartão (ex: caixas), display.
• Metalgrafia: impressos em flandres, (ex: lata de óleo).
• Suportes especiais: PVC (cartão magnético), papel transfer, formulário contínuo,
plástico, (ex: baralho), cartão telefônico, papel adesivo, etiquetas, tecidos, rótulos.

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Formas offset

As formas são matrizes utilizadas para reprodução de imagens, em pequenas, médias


ou grandes tiragens, confeccionadas em alguns tipos especiais em papel tratado
quimicamente ou alguns tipos especiais de plásticos, e outra para média e grande
tiragem confeccionada em metal (alumínio).

Formas convencionais de alumínio

Foi uma fase intermediária entre a forma de zinco (que também era feita pelo processo
convencional e as atuais pré-sensibilizadas, sendo que a partir dela passou-se a
utilizar o alumínio, que possui as seguintes características):
• Mais leve e maleável;
• Permite grana mais fina;
• Melhor reprodução dos pontos de retícula;
• Melhor afinidade com a água;
• Resistência à tensão e dobra é menor.

É importante saber que pelo fato da melhor afinidade com a água, é possível reduzir a
quantidade de água durante a impressão, o que favorece uma maior intensidade de
cor e reduz a deformação do papel durante a impressão (variação dimensional).

As formas de zinco e de alumínio convencional foram amplamente utilizadas por


muitos anos, mas aos poucos foram substituídas pelas formas de alumínio pré-
sensibilizadas. Veja abaixo um paralelo entre estes dois tipos de formas:

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CONVENCIONAL PRÉ-SENSIBILIZADA

• reaproveitável • fabricação industrial

• processo de preparação • pronta para utilizar

mais demorado • menor tempo de preparação

• maior tiragem • melhor reprodução de detalhes

• positiva / negativa • positiva / negativa

Fabricação de formas pré-sensibilizadas

A matéria prima inicial para a fabricação das formas pré-sensibilizadas de offset são
grandes rolos de alumínio pesando entre 1 e 5 toneladas. Este alumínio passa pelos
seguintes estágios.

Desengraxamento: é a primeira. As fitas de alumínio são liberadas de eventuais


impurezas existentes na superfície da forma. Sem a completa limpeza colocar-se-ia em
duvida a qualidade do produto final.

Rugorização: É onde, na superfície do alumínio cria-se uma estrutura superficial


microporosa que vai ser responsável pela retenção da água (zonas hidrófilas).

Observação: Esta estrutura é conhecida como granulação.

Aplicação da Camada: Nesta fase é aplicada a camada fotossensível sobre a


superfície da forma. Esta camada contém substâncias de atuação fotoquímica, resinas,
corantes e outros complementos.

Observação: fotossensível = sensível à luz.

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Inspeção: É uma fase do processo onde a chapa é examinada para verificar se não
houve alguma falha, como alguma impureza, deficiência na aplicação da camada
fotossensível, etc.

Corte: A fita de alumínio, agora na etapa de corte, é dividida longitudinalmente e


transversalmente nos formatos indicados, com precisão de aproximadamente 0,5 mm,
e para ângulo com precisão de 1 mm de diferença.

Embalagem: Na fase de embalagem as formas são examinadas para descartar


eventuais defeitos de fabricação. A seguir são protegidas com papel especial e
embaladas em caixas.

Nas formas pré-sensibilizadas temos dois processos diferentes de formação das áreas
de contra grafismo (a grana), que são tratamentos feitos na superfície do alumínio.
• 1° Processo: É um processo de rugorização onde o alumínio é escovado
(mecanicamente) durante um tempo determinado até formar as granas da forma,
responsáveis pela retenção da água. As escovas podem ser de aço ou nylon. Obs.
Este é o processo de formas pré-sensibilizadas não anodizadas.
• 2° Processo: (Alumínio anodizado). Altas correntes elétricas atuam em banhos de
composição especial sobre o alumínio, removendo-se metal da superfície metálica,
criando-se uma estrutura superficial microporosa bem definida.

O alumínio ainda é sensível contra influências mecânicas (riscos). Então ele passa
para outra etapa do método eletroquímico: a anodização propriamente dita. Nesta fase
em banhos especiais, se sobrepõe sobre a superfície uma camada de óxido de
alumínio.

Resumindo: Anodização é um processo eletroquímico que confere ao contra grafismo


uma estrutura de porosidade mais fina e resistente.

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VANTAGENS DESVANTAGENS

• Elimina praticamente toda oxidação • Não possui resistência a solução ácida


• Aumenta a hidrofilia • Sensibilidade a sujeiras (devido à
• Maior fixação da camada fotossensível granulação mais fina)

A forma offset tem duas áreas distintas: grafismo e contra-grafismo.


• Grafismo: são áreas que possuem afinidade com a matéria gordurosa. São
denominadas áreas lipófilas.
• Contra-grafismo: são áreas que possuem afinidade com a água que em sua
presença repelem materiais gordurosos. São denominadas áreas hidrófilas.

Áreas lipófilas - tem afinidade com substâncias gordurosas e por isso retém a tinta e
repele a água.

lipo = gordura
filia = afinidade

Áreas hidrófilas - são áreas que tem afinidade com água, por isso, retém água nas
áreas de contra-grafismo e consequentemente repelem a gordura (tinta).

hidro = água
filia = afinidade

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GRAFISMO CONTRA-GRAFISMO

Áreas lipófilas Áreas


camada hidrófilas

Forma offset

Fluxo para confecção da forma offset

Para confeccionar a forma de Impressão Offset, basicamente são executadas as


seguintes operações, que são:
• Análise e limpeza do fotolito;
• Posicionamento do fotolito;
• Cópia;
• Revelação;
• Retoque;
• Tratamento das áreas de grafismo e contra-grafismo;
• Thermoendurecimento.

Goma arábica

A forma uma vez revelada, teoricamente está pronta para imprimir, no entanto por
razões de ordem prática e técnica este procedimento não é utilizado.

A goma arábica vai proteger o contra grafismo da ação do ambiente, que pode causar
oxidações, e também de possível engorduramento do contra grafismo (principalmente
em formas anodizadas) e de possíveis arranhões.

Tratamento de formas anodizadas após a impressão

• Retirar a tinta da forma utilizando pano com água e solvente;

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• Retirar o excesso de solvente, utilizando outro pano com água;


• Caso a forma apresentar manchas nas áreas de contra-grafismo, removê-las
utilizando esponja com “limpador de chapas”;
• Aplique goma arábica na formas;

Após secar a goma, prenda com fita adesiva uma folha do impresso realizado em cima
da forma.

Classificação das formas

Pré-sensibilizada:
É uma forma reprodutora de imagens, normalmente tendo como base alumínio tratado,
que contém a camada fotossensível, podendo ser positivas ou negativas. Formas para
médias e grandes tiragens.

Plast Plate
São formas confeccionadas em papel especial, quimicamente tratado, normalmente
utilizadas em impressoras de pequeno porte. Formas para pequenas tiragens,
normalmente utilizadas em gráficas rápidas.

Fotopolímero
São utilizadas em impressos de segurança, reservas para vernizes e outros fins. Estas
formas têm uma base de metal e as áreas de grafismo são formadas em relevo, pela
camada de nylon. Neste caso não há necessidade de se utilizar solução de molhagem.

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Suportes

Em Artes Gráficas, suporte é tudo que serve como base para uma impressão. Existem
vários tipos de suporte que vão desde o mais comum que é o papel, passando pelo
pvc, cartão, até a folha de flandres (lata). Para resolver o problema da qualidade,
(referente às matérias primas utilizadas), foram desenvolvidos os mais diferentes tipos
de papéis, cada tipo apresenta certos grupos de qualidade bem definidos, atendendo a
um certo número de especificações. Abrange desde os papéis produzidos em grandes
quantidades (de produção) como o sulfite, offset, imprensa, etc., até as chamadas
linhas especiais, papéis revestidos com suas qualidades bem definidas (couché), os de
baixa produção, como o carbono, heliográfico, os específicos (papel moeda) etc.

Formatos fabricados

No Brasil os formatos de papel são utilizados em grandes variedades e quantidades,


em função do parque gráfico que possui, em função das máquinas importadas de
diversos países, havendo a necessidade de uma gama maior de formatos. Os formatos
de papel mais usados nas impressoras offset são:
660mm x 960 mm
760mm x 1120mm (formato germânico)

Tipos de papéis e outros suportes mais utilizados na impressão

Papel offset
Utilizado para folhetos, cartazes, livros, impressos em geral, possui uma colagem
superficial.

Papel couché
Indicado para trabalhos que requeiram uma qualidade superior, em geral é utilizado
para impressão de catálogos, revistas, portfólios, etc.

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Papel jornal
Papel que possui pouca colagem interna, sendo muito absorvente e utilizados para
impressão de jornais e livros baratos, devido ao seu baixo custo de fabricação.

Papel apergaminhado
É indicado para a impressão de duplicatas, notas fiscais, boletos, faturas, recibos, etc.,
é fabricado com trapos e pasta química.

Papel cartão
Muito utilizado em embalagens de alimentos, farmácia, higiene, perfumaria e outros
fins. Este suporte possui duas ou três camadas de papel, sendo a superfície com
acabamento.

Plástico
Produto derivado do petróleo, tendo características próprias para a impressão,
utilizando normalmente tintas ou líquidos altamente voláteis, para facilitar a secagem
da impressão.

Folha de flandres
São lâminas finas de aço normalmente revestidas de estanho, que servem como
embalagem de alimentos ou líquidos.

Lâminados / Metalizados
São folhas mistas compostas de uma base de papel, que é colado a uma finíssima
folha de alumínio, ou o alumínio é aplicado por sublimação sobre a base de papel.

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Tintas para impressão offset

São substâncias químicas constituídas basicamente de um agente aglutinante (sólido


+ líquido), que se converte em película sólida após aplicação em fina camada sobre
um suporte. As tintas podem ser pastosas ou líquidas. Na impressão offset são
utilizadas tintas pastosas.

Composição básica das tintas offset

• Pigmento
• Verniz (veículo)
• Aditivos

Pigmentos
São substâncias responsáveis pelas cores e possuem formas de cristais muitos finos.
Eles podem ser de origem orgânica ou inorgânica. Podendo ser solúveis ou insolúveis.

Inorgânico - são compostos químicos que tem alto peso molecular e baixo poder
corante, ou seja, é necessário ter uma tinta mais concentrada, ex. óxido de ferro, etc.

Orgânico - são partículas mais finas que as inorgânicas, possuem alto poder corante e
alto brilho, características estas que os fazem mais utilizados na impressão offset.

Veículos
Os veículos utilizados nas tintas para offset geralmente são fabricados com dois ou
mais produtos básicos que constituem a parte sólida (resinas) e a parte líquida (óleos)
que atuam como solventes na mesma.

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Função
a) Ligar os pigmentos insolúveis na tinta de maneira que formem um conjunto
homogêneo.
b) Permitir o transporte dos pigmentos do tinteiro ao suporte.
c) Desenvolver uma ação filmogênea quando a tinta entra em contato com o suporte.

Principais Influências do veículo na tinta


• Brilho
• Dureza e resistência ao atrito
• Secagem
• Transporte em máquina
• Viscosidade

Aditivos
São componentes adicionados as tintas com o intuito de auxiliar na alteração de
algumas características específicas, tais como: secagem, viscosidade e alteração do
tack. Normalmente quando se trabalha com a tinta para offset, o ideal é utilizar a tinta
“pura”, ou seja, sem nenhum aditivo para evitar mudança em suas características
iniciais. Porém há uma série de fatores que podem influenciar diretamente na tinta,
fazendo com que a mesma tenha alterado as suas propriedades iniciais, tais como:
temperatura, tipo de suporte, tipo de máquina impressora, tipo de acabamento, etc.

Segue abaixo alguns aditivos mais utilizados na impressão offset:


• Diluente mineral: reduz a viscosidade e consequentemente o tack da tinta.
• Verniz mordente: aumenta o tack e a viscosidade da tinta. É fabricado com um
verniz similar ao da tinta, porém mais concentrado e espesso.
• Secantes: acelera o processo de secagem das tintas. Os secantes são fabricados
à base de sais de metais pesados como cobalto, chumbo e manganês, em veículos
à base de óleos minerais.

Reologia das tintas offset

É o estudo das características físico-químicas de uma tinta, tack, viscosidade, rigidez e


tixotropia.

Tack
É a resistência que uma tinta oferece ao dividir-se em duas partes.

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• Tack é responsável pela definição do ponto, nitidez e presença de detalhes na


imagem.
• Em máquinas com mais de um conjunto de impressão o tack da tinta deve ser
decrescente, para evitar contaminação da rolaria.

Viscosidade
É a resistência à fluidez (ou fricção interna) de uma substância, ou a capacidade da
tinta se escoar. Sua unidade de medida é o poise.

• Viscosidade da água a 20 °C = 0,01 poises.


• Viscosidade da glicerina a 20 °C = 15 poises.
• Para uma variação de 1 °C a viscosidade de uma tinta pode variar
aproximadamente 10%.

Viscosidade de algumas tintas:

Tintas Viscosidade (poise)


Offset a folha 250 a 400
Rotativas offset 170 a 280
Rotativas p/ jornal 5 a 40

Rigidez
É a resistência que a tinta oferece ao ser manipulada.

Tixotropia
É a rigidez aparente das tintas quando em repouso.

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A máquina de impressão
offset

As impressoras Offset são constituídas em duas famílias distintas. As impressoras


alimentadas por bobinas ou folhas. Rotativas com alimentação a bobina (fita de papel),
fazem impressão contínua e normalmente imprimem frente e verso ao mesmo tempo,
enquanto as Planas que utilizam folhas, trabalham com o papel cortado e podem
imprimir só frente ou tombar a folha e imprimir frente e verso simultaneamente.

Máquina Rotativa
Suporte

Máquina Plana

Suporte

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Princípios de construção de máquinas

Rotativas com alimentação à bobina


Em rotativas existem dois sistemas, onde um imprime frente e verso ao mesmo tempo
(rotativas à bobina) e o outro imprime um lado de cada vez (rotativas de formulários
contínuos).

Rotativa à bobina Rotativa p/ formulário


contínuo e máquinas planas

Máquinas com alimentação à folha


Em máquinas à folha ou planas como são normalmente conhecidas existem também
dois conceitos de construção.

1) As unidades de impressão com três cilindros são colocadas uma após a outra e
dependendo do número de cores que o equipamento tenha, são repetidas
sucessivamente.

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Porta forma

Porta
Blanqueta

Contra pressão

2) Com cinco cilindros, onde o contra pressão é comum a duas cores e imprime
consequentemente duas cores por unidade.

Contra pressão
Porta forma

Blanqueta

Porta forma Blanqueta

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Classificação por quantidade de cores

• Monocolor (uma unidade de impressão)


• Bicolor (duas unidades de impressão)
• Pluricolor (mais de duas unidades de impressão)

Monocolor Bicolor

Pluricolores

Todas as unidades de impressão possuem sistemas de entintagem e molhagem,


dependendo do tipo de construção da máquina, possui sistemas de alimentação
automática de papel ou outro suporte.

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Produtos de limpeza

Limpador de forma (chapas)


Produto utilizado para a remoção de gorduras e oxidação que se fixaram na forma.
São fornecidos por empresas especializadas.

Restaurador de blanquetas
É utilizado para revitalizar áreas amassadas da superfície da blanqueta. Esse produto
é volátil devendo ser utilizado somente em último caso, devido ao seu alto grau de
toxidades e agressão ao meio ambiente e principalmente por diminuir o tempo de
utilização das blanquetas (borracha).

Solvente de limpeza
Produtos utilizados para a limpeza do sistema de entintagem, blanquetas, formas e
tinteiros. Normalmente devem ser utilizados produtos atóxicos, e que sejam diluídos
em água.

Panos
Podem ser laváveis ou descartáveis, conforme a opção da empresa. O ideal seria que
o pano não solte fiapos evitando a contaminação da tinta. Normalmente depois de
usados, as empresas que fornecem retiram para descarte ecológico.

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Instrumento de medição
(micrômetro)

Finalidade

O micrômetro é um instrumento muito utilizado nas oficinas de impressão offset. Com o


micrômetro podemos medir os calços que vão calibrar a medida correta das formas e
das blanquetas, medidas estas que são especificadas pelos fabricantes das máquinas
impressoras e devem ser seguidas para se obter uma pressão correta. O micrômetro é
usado para medir de milímetros (1mm) a milésimos de milímetro (0,001 mm). Na
impressão offset os mais utilizados possuem precisão de centésimos de milímetro e
suas medidas vão de 0 a 25 mm.

Princípio de funcionamento

O princípio de funcionamento é o sistema de parafuso e porca. Desta forma a cada


giro do parafuso (haste), haverá um avanço de distância igual ao passo de um fio de
rosca. A cada volta completa haverá uma marca indicando a medida na luva (bainha).
O parafuso é fixado ao tambor por sistemas de catraca ou fricção e nele estão
marcadas as escalas que vão dividir a volta do parafuso em diversas medidas
conforme o micrômetro seja ele polegada ou milímetro.

Componentes do micrômetro

1) Arco - feito em aço, com isolante térmico, para que não sofra tensões ou dilatações
pelo calor das mãos.
2) Faces de medição - feito em aço, sendo um fixo e outro móvel que dará o contato
para leitura.

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3) Batentes - são as áreas que entram em contato com material a ser medido,
possuem pontas de metal duro para resistir ao desgaste.
4) Fuso - feito em aço movido pela catraca para encosto.
5) Bainha - luva externa graduada para medir os passos de rosca.
6) Bucha interna - luva interna que faz parte da bainha internamente.
7) Porca de ajuste - recurso do micrômetro utilizado para ajustar a medida quando a
mesma estiver errada.
8) Catraca com fricção - é o lugar correto para se efetuar a medida e não ter excesso
ou falta de pressão, devido as diferença de aperto existente entre as pessoas.
9) Tambor graduado - escala que divide o passo de rosca da haste e onde se obtém a
precisão do instrumento.
10) Linha de referência - é o lugar correto para se efetuar a calibragem do zero do
micrômetro e facilitar leitura do centésimo.
11) Fixador ou trava - trava a medida para ser efetuada a leitura.
12) Isolante térmico - feito em baquelite isolando o metal do calor das mãos.

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Cuidados para a conservação do micrômetro

• Mantenha-o sempre limpo de lubrificado.


• Nunca o deixe em lugares sujeitos a altas temperaturas, pois podem prejudicar a
precisão do instrumento.
• Sempre limpe as faces de medição com um papel macio.
• Quando for ajustar (calibrar) o micrômetro, use sempre a chave que vem junto com
o instrumento.
• Quando for medir, sempre utilize a catraca ou botão de fricção para realizar o
aperto.
• Proteja o micrômetro contra quedas ou pancadas, deixando-o em seu estojo.
• Guarde-o em lugar seco e limpo.
• Deixe-o sempre ligeiramente aberto.

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Controle do processo

As partes principais de uma impressora offset são: mesa de alimentação, mesa de


margeação, grupo impressor e mesa de recepção.

Mesa de alimentação

É responsável em conter as folhas (suportes) a serem impressas, sendo que quando


acionada retira uma folha de cada vez e de forma constante da “pilha” de suporte que
foi previamente formada.

A sua composição é basicamente: bombas de ar (que realizam através de sopros o


desfolhamento do suporte e através de sucção promove a retirada do suporte da pilha,
mandando-o para a mesa de margeação), de aparadores frontais e laterais para
manter o suporte sempre alinhado, além de palhetas e escovas para auxiliar no
desfolhamento e apalpador de nível (pézinho), que regula a altura da pilha.

Sistema de alimentação

O sistema de alimentação é de fundamental importância para obtermos uma boa


impressão, enviando uma quantidade constante do suporte, facilitando o equilíbrio
entre água e tinta e mantendo constante a qualidade de impressão.

Sendo assim o impressor terá que dominar, em primeiro lugar, a passagem do suporte,
para que a mesma seja perfeita e constante. E para realizar essa passagem o
impressor tem que conhecer o equipamento e seus recursos.

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Em geral os tipos de aparelhos alimentadores não variam muito de fabricante para


fabricante, sendo que quando o impressor tiver domínio em um tipo de aparelho se
adaptará facilmente a outros aparelhos.

Existem basicamente dois tipos distintos de aparelho em relação ao modo de retirada


do suporte da mesa de alimentação:

Aparelho com aspiração anterior (folha a folha)

São aparelhos usados geralmente em máquinas de pequeno porte e com velocidades


menores. Nesse sistema o suporte é elevado pelo lado dianteiro, por meio de uma
barra de aspiração com vários aspiradores que podem ser abertos ou fechados
conforme o formato a ser utilizado.

Esta barra possui regulagem que é inclinada em função da espessura e tipo de


suporte.

Para possibilitar um bom desfolhamento, foram desenvolvidos na parte anterior da


pilha do papel, orifícios que emitem sopro, formando um colchão de ar separando as
folhas.

Uma haste horizontal controla a altura da mesa comandando o mecanismo de subida


que deve ser controlado para evitar a falha e prevenir a pegada de duas folhas. Esse
sistema é também conhecido como “folha a folha”.

Esse sistema pode ser observado nas máquinas: Hamada, TOK e GTO.

SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO FOLHA A FOLHA

Aspirador
pegada anterior

ENTRADA
SAÍDA

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Aparelho com aspiração anterior (escama)

São aparelhos usados geralmente em máquinas de médio e grande porte e com


velocidades maiores. Nesse sistema o suporte é elevado pelo lado traseiro, por meio
de aspiradores elevadores e direcionados para a mesa de margeação pelos
aspiradores transportadores. Estes aspiradores possuem regulagem que os inclinam
em função da espessura do suporte.

Para possibilitar um bom desfolhamento, foram desenvolvidos na parte posterior da


pilha do papel, sopradores e apalpador de nível (pezinho) que formam um colchão de
ar separando as folhas.

As folhas são conduzidas para a mesa de margeação através das roldanas de impulso.

Para evitar que os aspiradores peguem mais de uma folha por vez existe o
“espessímetro” que é regulado para realizar este controle.

Esse sistema é também conhecido como “escama”, em função de uma folha ficar em
cima da outra até a entrada para a impressão.

Esse sistema pode ser observado em máquinas estilo “Roland” e “Heidelberg",


máquinas "SpeedMaster”.

SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO ESCAMA

Aspirador
pegada posterior

ENTRADA
SAÍDA

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Mesa de margeação

Na mesa temos a margeação frontal e lateral das folhas a serem impressas, ou seja,
fazer com que todas as folhas entrem exatamente na mesma posição no grupo
impressor para não ter variação no encaixe das cores e nem variação na hora do corte
de acabamento.

É composta basicamente por: roldanas de entrada, espessímetro, roldanas, cadarços


(guias), garras ou cintas pneumáticas que conduzem o suporte até o esquadro frontal,
onde o mesmo será margeado frontalmente e por um esquadro lateral que realizará a
margeação no sentido lateral.

Grupo impressor

É o coração da impressora, o local onde ocorrerá a transferência da imagem para o


suporte (impressão), é um conjunto muito complexo com inúmeras regulagens, possui
uma precisão incrível. Existem diferenças entre cada fabricante, mas é composto
basicamente por cilindro porta forma, cilindro porta blanqueta e cilindro contra pressão.
Além do sistema de molhagem, que é responsável em umedecer a forma nas áreas
sem imagem (contra-grafismo) e do sistema de entintagem, que é responsável em
entintar as áreas de imagem (grafismo).

Sistema de recepção

É responsável em receber e manter alinhada o suporte após ser passado pelo grupo
impressor. É composto basicamente por guias e correntes que recebem o suporte das
pinças do contra-pressão e transportam até a mesa de recepção, que possui
aparadores frontais e laterais. Atualmente nas máquinas impressoras estas saídas
possuem sistemas de secagem da tinta, para não borrar ou decalcar o impresso.

Na figura abaixo é possível verificar as principais partes da máquina impressora:


• Alimentação
• Margeação
• Conjunto Impressor
• Recepção

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Sistema de Mesa de margeação


entintagem
Porta Alimentação
Forma Sistema de
Molhagem
Porta
Blanqueta

Comandos
ENTRADA
Mesa de
recepção
SAÍDA Contra
Pressão

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Equilíbrio entre água e tinta

Introdução

Desde o início da Impressão Offset quando ela foi inventada, Alois Senefelder já tinha
vários problemas relacionados ao equilíbrio água/tinta entre as áreas de contra-
grafismos, ocupadas pela água e as áreas de grafismos, ocupado pela tinta. No
processo de impressão offset a água é necessária como já vimos antes. A tinta aceita
uma quantidade razoável de água sem perder as características de printabilidade, que
é denominado de mistura de emulsionamento equilibrado.

Problemas

Quando é perdido o equilíbrio entre água e tinta, perdemos a qualidade da impressão,


ocasionando diversos problemas, entre eles:
• Aumento da viscosidade da tinta
• Diminuição do tack
• Transferência de tinta irregular
• Problemas de aceitação entre as tintas
• Aumento do ponto
• Diminuição do valor da densidade
• Perda de balanceamento cromático
• Acúmulo de tinta na rolaria da máquina.
• Perda do brilho da tinta.
• Velatura
• Decalque
• Secagem deficiente
• Impressão se torna “fosca”
• Fora de registro

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Para que haja perfeito equilíbrio entre água/tinta, é fundamental que a regulagem
esteja adequada entre os rolos molhadores e entintadores.

Emulsionamento

Este mal é absolutamente necessário no processo offset. Os pigmentos absorvem uma


pequena quantidade de água girando em torno dos 15%. Em uma porcentagem
elevada, digamos 30 %, por exemplo, os problemas surgirão causando problemas de
transferência, em primeiro plano apresentando uma pseudolubrificação entre os rolos,
deixando-os patinar entre si podendo criar abrasão excessiva da forma.

Por outro lado a impressão fica menos nítida e demora mais a secar. Neste caso, um
certo matiz criado pelas partículas de água fragmentada, provoca pequenos furos que
quebram a uniformidade da película superficial da tinta, de forma que a área impressa
é enfraquecida aparentando um aspecto sem força, conhecido como “impressão
lavada”.

Por causa deste fenômeno, insistimos sempre num balanceamento correto entre
água/tinta já que o excesso de solução umectante poderá reduzir em muito a qualidade
final do trabalho.

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Higiene e segurança no
trabalho

Higiene

A higiene pessoal, isto é, apresentar-se limpo, barbeado e trajado de forma agradável,


não só facilita o trato com colegas como também valoriza a própria pessoa. Este tipo
de higiene é tido como aparência individual, mas existe também a higiene do trabalho
e esta envolve:
• Não deixar detritos fora dos recipientes previstos;
• Limpar sempre os líquidos ou óleos derramados;
• Manter o lugar de trabalho sempre asseado, porque uma boa impressão se inicia
sempre pela limpeza.
• Manter as mãos limpas para não sujar objetos, máquinas e mesas.

O nosso local de trabalho representa via de regra nosso segundo lar e nossa
permanência de pelo menos oito horas por dia deve ser levada muito a sério, pois nós
sabemos o quanto é difícil viver bem com um colega que não respeita a limpeza dos
ambientes de uso comum espalhando detritos, como pedaços de papel e outros.

Segurança

A conscientização, para atender ao item segurança, é muito lenta quando a enfocamos


em termos gerais. Felizmente o valor segurança está aumentando cada vez mais e
hoje não são poucas as empresas que orgulhosamente ostentam quadros de controle
onde todos os acidentes são classificados, analisados e catalogados numericamente a
fim de detectar a sua periodicidade e assim poder sanar eventuais falhas
administrativas. O empregado ao ser admitido deve lembrar-se, para atender aos itens
básicos de qualquer gráfica, dos seguintes procedimentos:
• Não tolerar ou praticar brincadeiras durante o trabalho;

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• Não usar calçados sem apoio para o calcanhar;


• Nunca movimentar uma máquina sem antes avisar aos colegas;
• Sempre limpar líquidos ou óleos derramados;
• Manter as ferramentas nos lugares previstos;
• Não usar ferramentas inadequadas;
• Não usar roupa solta;
• Não carregar objetos nos bolsos (especialmente nos da camisa);
• Nunca trocar o conteúdo de frascos sem previa identificação;
• Não usar adornos pessoais como anel, relógio ou correntes.

Respeitando estes pontos, dificilmente haverá um fator de risco para os colegas e o


quadro de baixas por acidente de trabalho da empresa se localizará sempre em torno
do zero por cento.

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Atos inseguros

Todas as pessoas se expõem a algum tipo de risco, podendo sofrer acidentes de


trabalho. Uma maneira de evitá-los é conhecer os perigos, observar e respeitar as
normas de segurança, ter ordem, cuidado e disciplina.

Acidentes de trabalho

Essa variedade pode representar uma seqüência de causas. A sucessão de falhas é


composta por quatro etapas:
• Antecedentes
• Atos e condições inseguras
• Acidente
• Lesão

Exemplo
Um operador pretende assistir a um jogo de futebol, logo após o expediente e está
ansioso para terminar o serviço (Antecedentes). Para não perder tempo, inicia a
limpeza dos cilindros de impressão em movimento (Ato inseguro), ao invés de parar a
máquina e proceder de maneira segura.

Em determinado momento, o pano foi puxado pelos cilindros, juntamente com suas
mãos e braços (Acidente) e, com isso ocorreram ferimentos graves (lesão).

Portanto, deve-se identificar os atos e as condições inseguras, para que seja evitado
descuidos e imprudência, eliminando assim os acidentes e principalmente evitando as
lesões.

Para facilitar segue abaixo uma série de cuidados necessários para evitar os atos a as
condições inseguras:

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Cuidados
• Ao efetuar a manutenção sempre desligar a chave geral da máquina e colocar um
aviso na porta do painel elétrico da máquina.
• Não efetuar limpeza, lubrificação ou regulagem com a máquina em movimento.
• Sempre inspecionar os dispositivos de segurança da máquina.
• Utilizar os EPI´s - Equipamento de Proteção Individual adequado
• Não usar roupas folgadas, anéis, relógios ou correntes.
• Treinar os operadores das máquinas.
• Manter postura adequada para realização de determinadas tarefas.
• Manter o respeito e colaboração com os colegas.

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Condições inseguras

Prevenção: na operação de máquina, certifique-se que as situações de risco de


acidentes foram eliminadas.

• Mantenha a ordem organização e limpeza do setor;


• Isole e armazene os líquidos inflamáveis;
• O ambiente deve estar bem ventilado e arejado;
• A iluminação deve ser adequada ao serviço executado;
• Reduzir os ruídos, na impossibilidade usar protetores auriculares;
• Cuidado com energia elétrica, os painéis e cabos devem estar protegidos e a
manutenção feita por especialista.

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EPI – Equipamento de
Proteção Individual

É o equipamento de uso pessoal cuja finalidade é neutralizar ou atenuar a ação dos


agentes agressivos existentes no meio ambiente de trabalho.

São exemplos de EPI´s:


• Óculos de segurança
• Protetor auricular
• Luva
• Máscara contra vapore
• Calçados de cour
• Creme de proteção para as mão
• Rede de proteção p/ cabelos

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EPC – Equipamento de
Proteção Coletiva

Em geral são medidas que são tomadas para se efetue uma proteção coletiva de um
ambiente ou máquina, sendo aplicados de três formas diferentes:
• Eliminando o risco - quando houver situação de risco deve ser uma atitude
prioritária da empresa, alterar o processo, substituindo matéria prima, etc.
• Neutralizando o risco - não podendo eliminar temporariamente ou definitivamente
um risco, deve-se buscar a neutralização do mesmo, protegendo, isolando ou
enclausurando o risco.
• Sinalizando o risco - neste caso é todo o recurso que se usa quando não há
alternativas que se apliquem às duas medidas anteriores. A sinalização deve ser
usada como alerta de determinados perigos e riscos.

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Bibliografia

Catálogo de instrução Roland do Brasil

Apostila Impressão Offset/SENAI

Gottardello C. Y., Impression offset

Guia de Higiene e segurança SINGRAFS/ ABCDMRP e Baixada Santista

Walter Gunter Thoma, OFFSET - Teoria e aplicação, Editores Associados Ltda.

Apostila de tecnologia de Impressão Offset/ SENAI

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