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TGA – Tecnologia
Gráfica
TGA - Tecnologia Gráfica
SENAI-SP, 2003
SENAI –SP
E-mail senaigrafica@sp.senai.br
Sumário
Introdução 05
Campo de atuação 09
Formas offset 10
Suportes 16
Tintas para impressão offset 18
A máquina de Impressão Offset 21
Produtos de limpeza 25
Instrumentos de medição 26
Controle de processo 29
Equilíbrio entre água e tinta 34
Higiene e segurança no trabalho 36
Atos inseguros 38
Condições inseguras 40
EPI – Equipamentos de Proteção Individual 41
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva 42
Bibliografia 43
Introdução
No processo “usava-se” uma pedra porosa, onde as letras ou figuras eram marcadas a
lápis ou pincel, aplicava-se graxa ou óleo de linhaça sobre as imagens e depois a
pedra era umedecida.
A água aderia-se às partes não cobertas pela graxa e óleo, protegendo essas partes
de modo a impedir que a tinta se espalhasse por toda a pedra quando aplicada.
Isso é possível porque a área de imagem (grafismo) é Lipófila e a área sem imagem
(contra-grafismo) é Hidrófila.
Água
Imagem / Tinta
Mais tarde, esse processo de impressão foi aperfeiçoado e foram inventadas máquinas
cada vez mais rápidas. O último aperfeiçoamento da impressão Litográfica ocorreu
com a utilização da matriz de zinco ao invés da pedra passando ao processo OFFSET.
Hoje em dia a Litografia não é mais usada em escala industrial, somente usado por
Artistas, devido às facilidades da Impressão, que é muito mais rápida e oferece melhor
qualidade dos trabalhos.
Impressão offset
Campo de atuação
Formas offset
Foi uma fase intermediária entre a forma de zinco (que também era feita pelo processo
convencional e as atuais pré-sensibilizadas, sendo que a partir dela passou-se a
utilizar o alumínio, que possui as seguintes características):
• Mais leve e maleável;
• Permite grana mais fina;
• Melhor reprodução dos pontos de retícula;
• Melhor afinidade com a água;
• Resistência à tensão e dobra é menor.
É importante saber que pelo fato da melhor afinidade com a água, é possível reduzir a
quantidade de água durante a impressão, o que favorece uma maior intensidade de
cor e reduz a deformação do papel durante a impressão (variação dimensional).
CONVENCIONAL PRÉ-SENSIBILIZADA
A matéria prima inicial para a fabricação das formas pré-sensibilizadas de offset são
grandes rolos de alumínio pesando entre 1 e 5 toneladas. Este alumínio passa pelos
seguintes estágios.
Inspeção: É uma fase do processo onde a chapa é examinada para verificar se não
houve alguma falha, como alguma impureza, deficiência na aplicação da camada
fotossensível, etc.
Nas formas pré-sensibilizadas temos dois processos diferentes de formação das áreas
de contra grafismo (a grana), que são tratamentos feitos na superfície do alumínio.
• 1° Processo: É um processo de rugorização onde o alumínio é escovado
(mecanicamente) durante um tempo determinado até formar as granas da forma,
responsáveis pela retenção da água. As escovas podem ser de aço ou nylon. Obs.
Este é o processo de formas pré-sensibilizadas não anodizadas.
• 2° Processo: (Alumínio anodizado). Altas correntes elétricas atuam em banhos de
composição especial sobre o alumínio, removendo-se metal da superfície metálica,
criando-se uma estrutura superficial microporosa bem definida.
O alumínio ainda é sensível contra influências mecânicas (riscos). Então ele passa
para outra etapa do método eletroquímico: a anodização propriamente dita. Nesta fase
em banhos especiais, se sobrepõe sobre a superfície uma camada de óxido de
alumínio.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Áreas lipófilas - tem afinidade com substâncias gordurosas e por isso retém a tinta e
repele a água.
lipo = gordura
filia = afinidade
Áreas hidrófilas - são áreas que tem afinidade com água, por isso, retém água nas
áreas de contra-grafismo e consequentemente repelem a gordura (tinta).
hidro = água
filia = afinidade
GRAFISMO CONTRA-GRAFISMO
Forma offset
Goma arábica
A forma uma vez revelada, teoricamente está pronta para imprimir, no entanto por
razões de ordem prática e técnica este procedimento não é utilizado.
A goma arábica vai proteger o contra grafismo da ação do ambiente, que pode causar
oxidações, e também de possível engorduramento do contra grafismo (principalmente
em formas anodizadas) e de possíveis arranhões.
Após secar a goma, prenda com fita adesiva uma folha do impresso realizado em cima
da forma.
Pré-sensibilizada:
É uma forma reprodutora de imagens, normalmente tendo como base alumínio tratado,
que contém a camada fotossensível, podendo ser positivas ou negativas. Formas para
médias e grandes tiragens.
Plast Plate
São formas confeccionadas em papel especial, quimicamente tratado, normalmente
utilizadas em impressoras de pequeno porte. Formas para pequenas tiragens,
normalmente utilizadas em gráficas rápidas.
Fotopolímero
São utilizadas em impressos de segurança, reservas para vernizes e outros fins. Estas
formas têm uma base de metal e as áreas de grafismo são formadas em relevo, pela
camada de nylon. Neste caso não há necessidade de se utilizar solução de molhagem.
Suportes
Em Artes Gráficas, suporte é tudo que serve como base para uma impressão. Existem
vários tipos de suporte que vão desde o mais comum que é o papel, passando pelo
pvc, cartão, até a folha de flandres (lata). Para resolver o problema da qualidade,
(referente às matérias primas utilizadas), foram desenvolvidos os mais diferentes tipos
de papéis, cada tipo apresenta certos grupos de qualidade bem definidos, atendendo a
um certo número de especificações. Abrange desde os papéis produzidos em grandes
quantidades (de produção) como o sulfite, offset, imprensa, etc., até as chamadas
linhas especiais, papéis revestidos com suas qualidades bem definidas (couché), os de
baixa produção, como o carbono, heliográfico, os específicos (papel moeda) etc.
Formatos fabricados
Papel offset
Utilizado para folhetos, cartazes, livros, impressos em geral, possui uma colagem
superficial.
Papel couché
Indicado para trabalhos que requeiram uma qualidade superior, em geral é utilizado
para impressão de catálogos, revistas, portfólios, etc.
Papel jornal
Papel que possui pouca colagem interna, sendo muito absorvente e utilizados para
impressão de jornais e livros baratos, devido ao seu baixo custo de fabricação.
Papel apergaminhado
É indicado para a impressão de duplicatas, notas fiscais, boletos, faturas, recibos, etc.,
é fabricado com trapos e pasta química.
Papel cartão
Muito utilizado em embalagens de alimentos, farmácia, higiene, perfumaria e outros
fins. Este suporte possui duas ou três camadas de papel, sendo a superfície com
acabamento.
Plástico
Produto derivado do petróleo, tendo características próprias para a impressão,
utilizando normalmente tintas ou líquidos altamente voláteis, para facilitar a secagem
da impressão.
Folha de flandres
São lâminas finas de aço normalmente revestidas de estanho, que servem como
embalagem de alimentos ou líquidos.
Lâminados / Metalizados
São folhas mistas compostas de uma base de papel, que é colado a uma finíssima
folha de alumínio, ou o alumínio é aplicado por sublimação sobre a base de papel.
• Pigmento
• Verniz (veículo)
• Aditivos
Pigmentos
São substâncias responsáveis pelas cores e possuem formas de cristais muitos finos.
Eles podem ser de origem orgânica ou inorgânica. Podendo ser solúveis ou insolúveis.
Inorgânico - são compostos químicos que tem alto peso molecular e baixo poder
corante, ou seja, é necessário ter uma tinta mais concentrada, ex. óxido de ferro, etc.
Orgânico - são partículas mais finas que as inorgânicas, possuem alto poder corante e
alto brilho, características estas que os fazem mais utilizados na impressão offset.
Veículos
Os veículos utilizados nas tintas para offset geralmente são fabricados com dois ou
mais produtos básicos que constituem a parte sólida (resinas) e a parte líquida (óleos)
que atuam como solventes na mesma.
Função
a) Ligar os pigmentos insolúveis na tinta de maneira que formem um conjunto
homogêneo.
b) Permitir o transporte dos pigmentos do tinteiro ao suporte.
c) Desenvolver uma ação filmogênea quando a tinta entra em contato com o suporte.
Aditivos
São componentes adicionados as tintas com o intuito de auxiliar na alteração de
algumas características específicas, tais como: secagem, viscosidade e alteração do
tack. Normalmente quando se trabalha com a tinta para offset, o ideal é utilizar a tinta
“pura”, ou seja, sem nenhum aditivo para evitar mudança em suas características
iniciais. Porém há uma série de fatores que podem influenciar diretamente na tinta,
fazendo com que a mesma tenha alterado as suas propriedades iniciais, tais como:
temperatura, tipo de suporte, tipo de máquina impressora, tipo de acabamento, etc.
Tack
É a resistência que uma tinta oferece ao dividir-se em duas partes.
Viscosidade
É a resistência à fluidez (ou fricção interna) de uma substância, ou a capacidade da
tinta se escoar. Sua unidade de medida é o poise.
Rigidez
É a resistência que a tinta oferece ao ser manipulada.
Tixotropia
É a rigidez aparente das tintas quando em repouso.
A máquina de impressão
offset
Máquina Rotativa
Suporte
Máquina Plana
Suporte
1) As unidades de impressão com três cilindros são colocadas uma após a outra e
dependendo do número de cores que o equipamento tenha, são repetidas
sucessivamente.
Porta forma
Porta
Blanqueta
Contra pressão
2) Com cinco cilindros, onde o contra pressão é comum a duas cores e imprime
consequentemente duas cores por unidade.
Contra pressão
Porta forma
Blanqueta
Monocolor Bicolor
Pluricolores
Produtos de limpeza
Restaurador de blanquetas
É utilizado para revitalizar áreas amassadas da superfície da blanqueta. Esse produto
é volátil devendo ser utilizado somente em último caso, devido ao seu alto grau de
toxidades e agressão ao meio ambiente e principalmente por diminuir o tempo de
utilização das blanquetas (borracha).
Solvente de limpeza
Produtos utilizados para a limpeza do sistema de entintagem, blanquetas, formas e
tinteiros. Normalmente devem ser utilizados produtos atóxicos, e que sejam diluídos
em água.
Panos
Podem ser laváveis ou descartáveis, conforme a opção da empresa. O ideal seria que
o pano não solte fiapos evitando a contaminação da tinta. Normalmente depois de
usados, as empresas que fornecem retiram para descarte ecológico.
Instrumento de medição
(micrômetro)
Finalidade
Princípio de funcionamento
Componentes do micrômetro
1) Arco - feito em aço, com isolante térmico, para que não sofra tensões ou dilatações
pelo calor das mãos.
2) Faces de medição - feito em aço, sendo um fixo e outro móvel que dará o contato
para leitura.
3) Batentes - são as áreas que entram em contato com material a ser medido,
possuem pontas de metal duro para resistir ao desgaste.
4) Fuso - feito em aço movido pela catraca para encosto.
5) Bainha - luva externa graduada para medir os passos de rosca.
6) Bucha interna - luva interna que faz parte da bainha internamente.
7) Porca de ajuste - recurso do micrômetro utilizado para ajustar a medida quando a
mesma estiver errada.
8) Catraca com fricção - é o lugar correto para se efetuar a medida e não ter excesso
ou falta de pressão, devido as diferença de aperto existente entre as pessoas.
9) Tambor graduado - escala que divide o passo de rosca da haste e onde se obtém a
precisão do instrumento.
10) Linha de referência - é o lugar correto para se efetuar a calibragem do zero do
micrômetro e facilitar leitura do centésimo.
11) Fixador ou trava - trava a medida para ser efetuada a leitura.
12) Isolante térmico - feito em baquelite isolando o metal do calor das mãos.
Controle do processo
Mesa de alimentação
Sistema de alimentação
Sendo assim o impressor terá que dominar, em primeiro lugar, a passagem do suporte,
para que a mesma seja perfeita e constante. E para realizar essa passagem o
impressor tem que conhecer o equipamento e seus recursos.
Esse sistema pode ser observado nas máquinas: Hamada, TOK e GTO.
Aspirador
pegada anterior
ENTRADA
SAÍDA
As folhas são conduzidas para a mesa de margeação através das roldanas de impulso.
Para evitar que os aspiradores peguem mais de uma folha por vez existe o
“espessímetro” que é regulado para realizar este controle.
Esse sistema é também conhecido como “escama”, em função de uma folha ficar em
cima da outra até a entrada para a impressão.
Aspirador
pegada posterior
ENTRADA
SAÍDA
Mesa de margeação
Na mesa temos a margeação frontal e lateral das folhas a serem impressas, ou seja,
fazer com que todas as folhas entrem exatamente na mesma posição no grupo
impressor para não ter variação no encaixe das cores e nem variação na hora do corte
de acabamento.
Grupo impressor
Sistema de recepção
É responsável em receber e manter alinhada o suporte após ser passado pelo grupo
impressor. É composto basicamente por guias e correntes que recebem o suporte das
pinças do contra-pressão e transportam até a mesa de recepção, que possui
aparadores frontais e laterais. Atualmente nas máquinas impressoras estas saídas
possuem sistemas de secagem da tinta, para não borrar ou decalcar o impresso.
Comandos
ENTRADA
Mesa de
recepção
SAÍDA Contra
Pressão
Introdução
Desde o início da Impressão Offset quando ela foi inventada, Alois Senefelder já tinha
vários problemas relacionados ao equilíbrio água/tinta entre as áreas de contra-
grafismos, ocupadas pela água e as áreas de grafismos, ocupado pela tinta. No
processo de impressão offset a água é necessária como já vimos antes. A tinta aceita
uma quantidade razoável de água sem perder as características de printabilidade, que
é denominado de mistura de emulsionamento equilibrado.
Problemas
Para que haja perfeito equilíbrio entre água/tinta, é fundamental que a regulagem
esteja adequada entre os rolos molhadores e entintadores.
Emulsionamento
Por outro lado a impressão fica menos nítida e demora mais a secar. Neste caso, um
certo matiz criado pelas partículas de água fragmentada, provoca pequenos furos que
quebram a uniformidade da película superficial da tinta, de forma que a área impressa
é enfraquecida aparentando um aspecto sem força, conhecido como “impressão
lavada”.
Por causa deste fenômeno, insistimos sempre num balanceamento correto entre
água/tinta já que o excesso de solução umectante poderá reduzir em muito a qualidade
final do trabalho.
Higiene e segurança no
trabalho
Higiene
O nosso local de trabalho representa via de regra nosso segundo lar e nossa
permanência de pelo menos oito horas por dia deve ser levada muito a sério, pois nós
sabemos o quanto é difícil viver bem com um colega que não respeita a limpeza dos
ambientes de uso comum espalhando detritos, como pedaços de papel e outros.
Segurança
Atos inseguros
Acidentes de trabalho
Exemplo
Um operador pretende assistir a um jogo de futebol, logo após o expediente e está
ansioso para terminar o serviço (Antecedentes). Para não perder tempo, inicia a
limpeza dos cilindros de impressão em movimento (Ato inseguro), ao invés de parar a
máquina e proceder de maneira segura.
Em determinado momento, o pano foi puxado pelos cilindros, juntamente com suas
mãos e braços (Acidente) e, com isso ocorreram ferimentos graves (lesão).
Portanto, deve-se identificar os atos e as condições inseguras, para que seja evitado
descuidos e imprudência, eliminando assim os acidentes e principalmente evitando as
lesões.
Para facilitar segue abaixo uma série de cuidados necessários para evitar os atos a as
condições inseguras:
Cuidados
• Ao efetuar a manutenção sempre desligar a chave geral da máquina e colocar um
aviso na porta do painel elétrico da máquina.
• Não efetuar limpeza, lubrificação ou regulagem com a máquina em movimento.
• Sempre inspecionar os dispositivos de segurança da máquina.
• Utilizar os EPI´s - Equipamento de Proteção Individual adequado
• Não usar roupas folgadas, anéis, relógios ou correntes.
• Treinar os operadores das máquinas.
• Manter postura adequada para realização de determinadas tarefas.
• Manter o respeito e colaboração com os colegas.
Condições inseguras
EPI – Equipamento de
Proteção Individual
EPC – Equipamento de
Proteção Coletiva
Em geral são medidas que são tomadas para se efetue uma proteção coletiva de um
ambiente ou máquina, sendo aplicados de três formas diferentes:
• Eliminando o risco - quando houver situação de risco deve ser uma atitude
prioritária da empresa, alterar o processo, substituindo matéria prima, etc.
• Neutralizando o risco - não podendo eliminar temporariamente ou definitivamente
um risco, deve-se buscar a neutralização do mesmo, protegendo, isolando ou
enclausurando o risco.
• Sinalizando o risco - neste caso é todo o recurso que se usa quando não há
alternativas que se apliquem às duas medidas anteriores. A sinalização deve ser
usada como alerta de determinados perigos e riscos.
Bibliografia