guia de campanhas

em ligeia
por Dinho Reis
 Guia de Campanhas em Ligeia

Criado e Escrit o por: Dinho Reis

Jogadores e Co-criadores: Leandro Manara, Raulley Giles e Átila Gregório, Eduardo Espíndola, William
Alves, Diogo Alves, Rogério Carlos e Rafael Pontes, Geilson Alves, Jean Pereira, Eugênio Bravin e Natanael de
Souza, Miguel Messias, Gabriel Fernandes, Alecksander de Souza, Gustavo Cunha, Marlon Oliveira, Elioenai
Brandão, Fung Nan Hui, Carlos Weber, Lucas Ugioni, Guilherme Reis, Lucas Lima, Thiago Alves, Daniel
Nascimento, Franklyn Varzon, Ronaldo Silva, Bruna Felipus, Andrei Lacerda, Octavio Augusto, Vitor Fajin,
Lorenzo Scaramussa, Lucas Fulli, Vinicius Moes e Lívia Guedes.

Apoiadores do Catarse: Carlos Weber, Franklyn Varzon, Gabriel Fernandes, Lucas Ledur, Gabriel Agra de
Sá, Nikos Elefthérios, Gustavo Cunha, João Carlos, Cleiton dos Santos Silva, Caroline Pereira, Giovane Fonseca,
Michael Capelletti, Octavio Augusto, Marlon Oliveira, Daniel Nascimento, Eduardo Espíndola, Diogo Alves,
Eduardo Cardoso, Pedro Faria, Igor Eufrásio, Guilherme Reis, Vitor Fajin e Lívia Guedes.

Publicação: Playtest Publicado por Dinho Reis em ???

Versão: Playtest v0.1

Licenciamento: Este livro é de autoria de Alcides Reis e está licenciado com uma Licença Creative Commons -
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 Introdução

Bem-vindo a um mundo repleto de desafios, uma terra que já fora morada dos deuses, onde resquícios
de guerras divinas se enraizaram nos corações dos mortais. Ligeia é um continente marcado por conflitos
raciais, forças malignas que tentaram mergulhar o continente nas trevas e guerras entre deuses novos e
antigos lutando pela supremacia.

Não faz muito tempo que a região fora subjugada por Lennor, um terrível conquistador que tentou trazer
os deuses primordiais de volta ao mundo, mergulhando o continente em desgraça e submissão. Conquistar
a liberdade só foi possível graças aos Atemporais, heróis antigos que se tornaram imunes a passagem do
tempo, como seres imortais. Ligeia agora luta para se restabelecer, antes que outras forças possam tentar
subjugá-la.

Poucos anos após a guerra, o anjo caído do Abismo, Azrael, libertou-se de sua prisão
no plano inferior e tentou afundar os reinos de Casa Norn e Leão Dourado em pragas
e caos, arrastando muitos consigo para os seus domínios. A batalha fora vencida
graças aos heróis que desceram até o plano corrupto para enfrentar sua essência
arriscando suas próprias. Esses heróis ficaram conhecidos como os Retornados do
Abismo, heróis que sofreram os horrores do plano inferior e resgataram vidas que
viriam a subumbir naquele lugar, se não fosse pelo sacrifício dos heróis.

Depois de enfrentar tantas guerras, as Terras Centrais, um reino que já fora

um dia um império no continente, agora volta a prosperar. O azul começa a
retornar do céu, conforme o céu cinzento formado pelas forjas de guerra são
levadas pelos ventos. Depois de terem se adaptado a essas bruscas mudanças,
as pessoas se acostumaram a viver assim. O novo regente, August Braham
Havenlock, acompanhado do Conselho dos Seis, investe em incentivos ao
retorno da agricultura e da pecuária.

O Reino de Leão Dourado é um dos poucos reinos que ainda

produzia suprimentos, vendidos por altos valores para Othera, na
época, incapaz de produzir ela mesma. Sua capital, Valória, é uma
metrópole teocrática, cuja religião central é o culto a Válor, o deus
das civilizações. Seus sacerdotes aplicam uma rígida interpretação
de seus dogmas, mantendo a população sob controle.

Sei Yang é um reino isolado no oriente do continente, onde

grande parte das terras ainda sofrem com os rastros da
guerra. Sua capital, Seiken fora fundada por foragidos
do continente em guerra. Seiken vive basicamente da
pesca e plantação de arroz. Seu governo é feudal e
seus senhores tem como base das leis, o Livro
dos Doze Espíritos, um livro antigo, repleto
de códigos de conduta e resoluções
extremas para problemas cotidianos.

Faen Oeste é um dos reinos mais

prósperos e desenvolvidos
do continente.
Sendo ocupada em
sua maioria pelos
engenhosos gnomos,
sua capital segue uma
ordem magocrática,
onde o mago regente
incentiva o uso cada vez
maior das grandes invenções, a pólvora e a mecânica.
Em conjunto com a magia, esses dois elementos
movem tudo o que existe na cidade, dando a ela o
apelido de cidade mágica.

Ceifera é um reino extremamente militar e que mesmo

encarando muitos problemas se mantém firme.
Houve um tempo em que seu antigo regente, Ceif,
fortaleceu o reino e guarneceu a capital, apesar de
seu punho tirano. Quando Ceif deixou a monarquia
para lutar nas guerras, as famílias que se uniram para
reger a cidade sofreram um golpe de estado, sendo
agora governada por Edgard Strelaumbra, um novo
tirano. A cidade tem resistido sob regras rígidas e a
população tem vivido oprimida desde então.

Al D’asin é a cidade das areias, a capital de Dunas do

Norte, fundada por sobreviventes da antiga Ehloniel.
Uma cidade, que apesar de ter sido fundada em torno
de vários oásis, tem a água como bem mais precioso.
É a maior comerciante de joias preciosas e a sede da
maior escola de astrologia de Ligeia.

Rúffio é um reino recém reeguido após a guerra

contra Lennor. Sendo povoado em sua maioria por
pequeninos, a sua capital, Lago Verde, agora prospera
novamente. A cidade é autossuficiente, vivendo de
agricultura e da pesca no Lago Verde, um lago de
extensões kilométricas que deu o nome a capital.

Eldad, a capital do reino de Sael, é a mais antiga

cidade do continente ainda existente e ao mesmo
tempo a maior escola de magia de Ligeia. Eldad
anteriormente existia no pico de uma das Montanhas
Caen, mas enfrentou uma guerra contra orcs vindos
dos subterrâneos das montanhas e seu mestre
realizou um ritual teletransportando a cidade para
um subplano que ele mesmo criou. No lugar onde
existia a cidade, ele deixou um portão mágico que
leva até a mesma.

Cidade Ponte é literalmente uma cidade sobre uma

ponte, a capital de Faen Leste. Uma enorme ponte
que liga a região montanhosa a Floresta das Fadas,
com cerca de quinhentos metros de largura e dois
quilômetros de comprimento. Possui os comerciantes
mais ricos de Ligeia e os artesãos mais hábeis.

Vale Aurora é uma cidade no extremo norte de Ligeia,

fundada nas Terras dos Vales, tendo sua economia
totalmente baseada na caça e agricultura. Surgiu
à partir de uma tribo antiga de selvagens vindos
da Floresta das Fadas e, apesar de ter alcançado a
civilização, ainda possui muitos costumes tribais.

Aqueles que desejam ter algum futuro em Ligeia

devem se armar e juntar-se a outros que tenham
determinação e coragem para desbravar um mundo
hostil e cheio de ameaças espreitando as ruínas. Na
busca de fama e riquezas, você deve estar também
preparado para a morte e a ruína. Você irá tentar a
sorte?
A criação, os Demiurgos e os
Primordiais
Antes de existir os multiversos e seus deuses e toda
a criação, antes da existência, havia apenas o vazio.
Então, houve o despertar de uma força infinita,
chamada Alef, que ao pronunciar uma única palavra
criou outras cinco grandes forças, os demiurgos,
aqueles que usaram o poder do Alef para criar tudo.
O primeiro a despertar foi Amser, o tempo, fazendo
com que as areias da ampulheta escorressem. O
seu relógio despertou todos os demais. O segundo
a despertar foi Bodolaeth, o espaço, espalhando-se
pelo vazio, e criando todo o multiverso. O terceiro a
despertar foi Aeon, a criação, preenchendo todas as
dimensões de Bodolaeth com coisas e seres. A esses
seres, Aeon deu o nome de Primus ou Primordiais. O
quarto a despertar tentou tragar o Alef para si. Então
esse fora trancado no vazio e esquecido para sempre.
O último a despertar foi Bás, a destruição, e destruiu
grande parte do que Aeon havia criado, dano início
a uma guerra. Aeon criava, Bás destruía. Era uma
renovação constante permitida apenas por Amser e
Bodolaeth, através do tempo e do espaço. A matéria se
fazia e se desfazia, para se fazer novamente.
Esse ciclo infinito deu vida a várias entidades, que se
erguiam e caíam através das dimensões, dos planos
de existência. Amser e Bodolaeth perceberam que
essa guerra estava fora de controle, quando veio o
caos. Criaturas guerreando através das dimensões,
destruindo mundos. Então, uniram forças para
aprisionar Aeon e Bás, trancando-os em uma dimensão
estelar infinita, um mar astral. Os dois foram limitados
a um fragmento de energia envolto de quatro reinos
elementais. Ali viviam quatro grandes primordiais.
Amser e Bodolaeth se tornaram passivos
contempladores das dimensões. Costumavam assistir
os primus que viviam no mar astral lutarem pelo poder
do fragmento onde estavam presos Aeon e Bás. Onde
os reinos elementais se encontravam, o Caos, era onde
ocorria a maior parte da guerra. Os primordiais que
governavam esses reinos representavam todas as
forças naturais destrutivas e regiam sobre essências
distintas.
Thir era o irredutível, senhor do elemento da terra;
Awel era quem comandava os ventos, primordial do
elemento do ar;
Kefnor, era intensa como as correntes marítimas e rega
sobre o elemento da água;
Than, o destruidor, regia sobre o elemento do fogo.
Os primordiais travavam batalhas constantemente
pela supremacia e o poder do fragmento, onde Aeon
e Bás estavam presos. Entre as guerras, eles fizeram
vínculos, dando vida a primordiais menores, os quais
eles chamavam de seus filhos:
Alanor-ialanar, divindade dos vulcões, fruto da união
entre Than e Thir;
Stor-Braanm, a divindade dos incêndios e da
conflagração, filho de Than e Awel;
Mual-tar, divindade dos raios e tempestades, filho de
Awel e Kefnor;
Kronnox, divindade das nevascas e nevoeiros, fruto do
elo também entre Awel e Kefnor;
Uru-haau, divindade da fauna e da flora, das criaturas
selvagens, fruto da união entre Kefnor e Thir.
Dos corpos dos elementais dos primordiais, nasciam
seus exércitos, criaturas elementais que lutavam
por seus senhores, alimentando constantemente a
guerra dos primordiais. Estes, lutavam e adormeciam,
criando um ciclo que só fora quebrado pela chegada
dos autodenominados altarim, entidades de outro
plano de existência.
Os Altarim e a Guerra Primordial
Os altarim vieram, primordiais de um outro plano, com
o objetivo de conquista. Eles lutaram e expulsaram os
primordiais do caos elemental e forjaram em torno do
fragmento, a partir da própria matéria dos elementos
que formavam o caos, o seu novo lar, o qual deram o
nome de Altar. Um dos altarim, chamada Krimmena, a
divindade dos segredos, criou um véu etéreo em torno
de Altar, separando os planos, dificultando o retorno
dos primordiais. No entanto, não era o suficiente para
detê-los. Os ataques dos primordiais continuavam
sendo constantes, reduzindo as forças e números
dos altarim cada vez mais, eles estavam perdendo a
guerra. Temendo o fim de seu povo, Khovar, um dos
altarim mais sábios, e Hipóferus, um dos altarim mais
fortes, exploraram as profundezas Altar até chegarem
ao fragmento. Os dois pretendiam usá-lo para obter
poder, uma vantagem na guerra. Quase esgotados,
os dois altarim destrancaram Aeon e Bás de dentro do
fragmento. Bás tocou Hipóferus transformando-o em
uma criatura bizarra e sedenta por destruição, fazendo
com que ele atacasse e destruísse o corpo de Khovar.
A divindade do fim, Bás, datou conforme a trama de
Amser e Bodolaeth, a morte de cada altarim, “Invasores,
se continuarem a lutar no mar astral, deixarão de
existir em breve.” Todos os altarim se voltaram para
Bás a fim de confrontá-lo. Aeon, intrigado com os
altarim, deu a Hyd, uma das mais inteligentes altarim,
os segredos das palavras que eles pronunciaram para
criar o multiverso. Com a ajuda de Scyss, a divindade
do conhecimento, e o mais poderoso entre os altarim,
Khovar e Hyd forjaram um fragmento, chamado Bás-
Sávinus, onde conseguem aprisionar Bás, para que os
altarim não mais fossem mortais. Essa guerra durou
o suficiente para que muitos altarim perecessem. Por
fim, com a ajuda de Hyd, Khovar, forja um novo corpo
para si. Os altarim mergulham o fragmento de Bás-
Sávinus nas profundezas do caos elemental, abaixo do
mar astral, o fragmento afundou, distorcendo a trama
de uma forma profana, separando-se do plano astral e
criando um abismo infinito. A prisão de Bás não duraria
por muito tempo, mas Aeon interveio convencendo
Amser de que Bás não era necessário. Amser então
colocou selos atemporais em torno de Bás-Sávinus e
enviou seus servos, os tênues, para guardar a prisão.
Embora o abismo continuasse a afundar, o tempo não
enfraqueceria o fragmento, mantendo Bás preso.
No entanto, para os altarim, ainda havia muito o que
lutar. As trevas de Bás-Sávinus havia se espalhado
por toda Altar e Hipóferus, depois de ter sido tocado
pelo deus da morte, estava sedento por destruição.
Lohanost, um dos deuses solares, usou sua luz e sua
chama para confrontar Hipóferus. Eles lutaram
através dos planos, atravessando o caos elemental
e, por fim, Lohanost aprisionou Hipóferus em um
subplano em meio ao mar astral, o Pandemônio, como
assim nomeou. Para deter as trevas que pairavam sobre
Altar, Sigh, uma deusa solar menor, irmã de Lohanost,
usou sua luz para absorver parte da escuridão,
tornando-se uma divindade sombria. Ela criou, com
suas últimas forças, um subplano onde manteria
toda a escuridão que absorveu longe de Altar. Com
isso, a luz de seu irmão, Lohanost, iluminava parte de
Altar novamente. Isso criou o dia e a noite em Altar.
Através desse sacrifício, Sigh se tornou uma divindade
completamente angustiada, de seus olhos escorreram
cinco lágrimas, que se tornaram poderosos artefatos
que caíram sobre o plano da Umbra. Ela escreveu suas
canções tristes em um livro, o Soneto de Lamúrias,
outro grandioso artefato.
Gobel, Umberham e Caled
Com o poder da criação e das palavras arcanas dadas a
Hyd por Aeon, os altarim decidiram criar um exército
para confrontar os primordiais. Eles precisavam de um
poder como o de Bás, no entanto era arriscado demais
negociar com o deus da morte. Então eles decidiram
usar o sangue de Hipóferus, que tinha parte do poder
do demiurgo. A partir do sangue de Hipóferus,
eles criaram os gobel, um exército monstruoso,
sanguinário e sedento por destruição. Eles enviaram
os gobel para lutar contra os primordiais, mas foram
quase todos destruídos, restando apenas três deles.
Por sua selvageria e pelo poder maligno de Bás que
corria em suas veias, foram trancados no Pandemônio
junto a Hipóferus.
Os altarim ainda precisavam de um exército. Eles
continuavam perdendo a guerra. Então, Hyd pediu a
ajuda de Rhyfel, divindade da guerra, para que desse
de seu próprio sangue para ajudar a criar um novo
exército. Eles criaram então os umberham, criaturas
cheias de força bruta, feitas para a guerra.
O novo exército era resistente e forte, mas ficou fora de
controle e escaparam para os subterrâneos de Altar
temendo serem destruídos pelos seus criadores.
A terceira tentativa de criar um exército, fora a
primeira bem sucedida ou, ao menos, parte dela. O
terceiro exército criado foi chamado de caled, criaturas
de tamanhos variados, forjados por Lohanost da terra
e das rochas.
Os caled marcharam até os planos elementais para
lutar contra os primordiais, mas um dos líderes dos
exércitos caled, um gigante de nome Mihonir, traiu
seus criadores, levando seu exército para o lado dos
primordiais e fazendo um trato com os mesmos, para
obter poder. Ele recebeu o Piranoth, um coração forjado
a partir do corpo dos quatro grandes primordiais,
fazendo dele um fiel soldado a serviço deles. Mihonir
comandava metade dos caled, os caleds gigantes, ele
voltou sua parte do exército contra a de seu irmão
Pálim, dizimando o exército de seu irmão, deixando
apenas ele vivo, que voltou para Altar imediatamente
para reportar aos altarim sobre a traição e os perigos de
ter Mihonir como inimigo.
Ámidha e Kronox
Kronox adentrou o plano de Altar, atravessando
o véu, pronto para lançar uma tempestade de gelo
sobre todo o plano, mas se deparou com uma entidade
cheia de vida, uma altarim pela qual se apaixonou.
Ámidha, era a divindade das emoções. Ela dominou
o coração de Kronox para impedir o ataque. Kronox
apaixonado, forjou de seu próprio corpo, seis sirenes
para que cantassem para ela. Ámidha correspondeu
ao sentimento e juntos tiveram um filho, cujo o nome
jamais fora revelado para salvá-lo dos primordiais.
Kronox então retornou para seus líderes sem
completar sua missão.
Arsilar, a divindade altarim da trapaça, bate suas asas
até os planos dos primordiais e conta sobre a ligação
de Kronox e Ámidha para Than. O primordial do fogo,
parte com seu exército para Altar ao lado do deus dos
gigantes, Mihonir, o traidor, a fim de eliminar Ámidha
apenas para ferir Kronox. O ataque fora de surpresa.
Than partiu o corpo celeste de Ámidha em três. Duas
partes do corpo da deusa caíram sobre Altar como
meteoros, a terceira foi mastigada e cuspida para Altar
pelo próprio Than.
Mihonir enviou seis titãs para que destruíssem tudo
o que pudessem em Altar. Kronox cego por vingança
pela perda de sua amada, recolheu duas partes do
corpo de Ámidha e enviou suas seis sirenes para
combater os titãs. As sirenes cantaram, adormecendo
os gigantes e seus corpos formaram as planícies,
colinas e montanhas de Altar. Palim, desejando a
vingança contra Mihonir, forjou duas espadas para
Kronox, feitas a partir de duas partes do corpo de
Ámidha. Kronox então aceitou as duas espadas como
um elo de amizade entre ele e o caled. O primordial da
nevasca partiu para uma luta contra Than em meio a
Altar, enquanto Pálim partiu para uma luta final contra
Mihonir. Pálim obteve sucesso, partindo o coração do
deus dos gigantes em quatro e os escondendo em Altar.
No entanto, Kronox não teve a mesma sorte, lutando
até seus últimos esforços contra Than. Seu corpo celeste
fora abatido. Ele caiu ao sul de Altar congelando toda
a região. Kronox rastejou por Altar e seu sangue deu
origem aos oceanos, perecendo em seguida, ao norte
de Altar, congelando o corpo do gigante adormecido
pela sirene Partênope.
Cada continente nada mais é que um gigante
adormecido por uma das sirenes, recebendo o nome
da sirene que o derrotou: Ligeia, Partênope, Psinoe,
Telxínope, Aglaope e Leocosia.
Os altarim interviram, lutando contra o primordial do
fogo e assim o expulsaram de Altar.
A Criação dos Faérian
Para vingar Than, Stor-braanm invadiu em Altar
acompanhado de Alanor-ialanar e Uru-haau. Stor-
braanm, lançou sua ira sobre algumas áreas de Altar,
criando os desertos, Alanor-ialanar explodiu a terra,
criando vários vulcões. Uru-haau viu que seus irmãos
primordiais estavam destruindo tudo o que fora criado
– e que ela considerava tão belo - e se voltou contra
eles, criando um subplano coexistente que regenerou
Altar, fazendo crescer florestas e pântanos para que o
solo voltasse a ter vida. Os altarim a acompanharam
na luta, enfrentando os dois primordiais do fogo. Eles
receberam Uru-haau como uma aliada e a protegeram
de Than e os outros primordiais.
Uru-haau, primordial da natureza, criou um novo
exército a partir de seus frutos, para enfrentar os
primordiais. Ela os nomeou de faérian, criaturas de
sangue mágico extremamente ligadas a natureza,
para proteger e lutar por Altar, para que o fragmento
de poder em seu centro continuasse protegido. No
entanto, dos subterrâneos de Altar, surgiram os
exércitos de umberham, liderados por Grumbar. Os
umberham e os faérian iniciaram uma guerra por Altar
e quase todos os faérian foram destruídos. Uru-haau,
porém, ordenou todos os seus servos, espíritos da
natureza e feras místicas a lutarem ao lado dos faérian,
destruindo grande parte dos filhos de Grumbar,
fazendo com que o único umberham sobrevivente
retornasse para os subterrâneos.
Anjos e Aagns
Lohanost, deus do sol, vendo que o plano de Altar
estava à beira do declínio, decidiu combater os
primordiais, criando um exército a partir de seu sangue,
os anjos. Dentre eles, doze se destacavam como os mais
poderosos, os quais Lohanost os ordenou generais
celestiais, arcanjos liderando as castas angelicais.
Eram eles Azrael, o mais belo dos anjos, Metatron,
a mais benevolente, Asmael, o mais forte, Balael, os
que tinha as maiores asas, AF, o mais gentil, Baraqiel,
o iluminado, Israfel, a voz mais melodiosa, Hasmed,
o mais impulsivo, Raziel, o mais observador, Simikiel,
o cego, Penemue, o mais obediente e Gevurah, o mais
poderoso. Eles entraram em uma guerra terrível com
os primordiais e essa guerra durou eternidades.
Depois de uma longa batalha, Metatron, Asmael,
AF, Baraqiel, Penemue, Hasmed, Raziel, Simikiel e
Gevurah presentearam Lohanost com a expulsão de
metade dos primordiais. Lohanost exigiu então que
seus demais generais lhe dessem algo a altura dos
feitos dos outros anjos. Israfel cantou uma canção para
Lohanost, Azrael, criou cinco anéis ornamentados e
deu a Lohanost, Balael se sentiu angustiado por não
saber como agradar a divindade e Lohanost arrancou
suas asas e de todos os que estavam sob suas ordens,
os expulsou para Altar, para viver entre os mortais e
foram chamados de Aagn, que no idioma Altarano
significa "feridas nas costas".
Os anéis dados por Azrael absorveram parte da
centelha de Lohanost. Então, Azrael os pegou de volta
e tentou tomar o trono de Lohanost em Solária, um
plano externo onde o deus do sol e da justiça planejava
seus ataques contra os primordiais. Azrael fora
impedido e derrotado por Metatron e Gevurah. Ele
teve as asas e poderes tirados dele e fora aprisionado no
Abismo, a prisão de Bás-Sávinus. Metatron e Gevurah
se tornaram então os mais próximos de Lohanost,
sendo seu escudo e sua espada. Azrael tentou negociar
com os Aagn a sua vingança contra o deus da justiça.
Uma um grupo chamado de dragórian, os mais fortes
entre os anjos do arcanjo Balael, desejando vingança,
atenderam ao chamado de Azrael. Liderados pelo
próprio Balael, eles tinham um plano de roubar os
poderes da deusa da magia para usar contra Lohanost.
No entanto, mesmo em Solária, Raziel podia observar
tudo o que acontecia em Altar e fora avisar a Hyd sobre
a ameaça dos dragórian.
Hyd os castigou os dragórian, transformando-os em
criaturas bizarras de aparência reptiliana, ordenando
que rastejassem por Altar. Estes se tornaram os deuses
dragões.
Balael urrou em ódio dos deuses altarim clamando
por vingança. Então Bás-Sávinus o ouviu de dentro
do abismo, e lhe fez uma proposta, de se juntar a ele.
Os demais dragórian , em seu orgulho, recusaram-
se a juntar-se ao deus do fim e metade dos dragórian
clamaram a Hyd e Lohanost por perdão. Hyd então
os banhou com minerais preciosos e seus corpos
reluziram. Os dragões banhados se tornaram os deuses
dos dragões metálicos.
Balael se ajoelhou a Bás-Sávinus por poder e se tornou
um dracolich, deus dos mortos-vivos, passando a
se chamar Balaur. Haviam demais aagns que não
seguiram os passos de Balaur e iniciaram uma forma
de se provarem dignos a Lohanost e os demais altarim.
AF tentou convencer Lohanost a aceitar os aagns
remanescentes de volta a Solária. Lohanost aceitou
o pedido com a condição de que o próprio AF os
purificasse. AF absorveu toda a ira dos aagns restantes,
tornando-se um arcanjo que guarda dentro de si, toda a
ira e ódio dos destituídos.
Temendo que Balaur tentasse libertar Azrael de
sua prisão, Metatron enviou seus irmãos Hasmed e
Asmael para que guardassem o obelisco onde Azrael
estava preso. Asmael era um arcanjo da ordem, mas
o tempo no abismo profanou seu senso de ordem em
algo maligno. Ele e seus subordinados passaram a
atacar qualquer um que se aproximasse do obelisco.
Ele atacou Hasmed e quase o destruiu. Então Metatron
e Gevurah interviram e aprisionaram seu irmão ja
corrompido em uma nova prisão, o que mais tarde fora
chamado de Inferno, o domínio de Asmael, agora auto-
proclamado Asmodeus. E então, Lohanost aprisionou
Asmael em um plano chamado Inferno, onde hoje
ele governa com o nome de Asmodeus. Alguns livros
muito antigos afirmam que após a guerra, Lohanost
entrou em um estado de repouso, deixando seus
afazeres aos cuidados de Metatron e Gevurah. Sob
as ordens deles, estão AF, Baraqiel, Israfel, Hasmed,
Raziel e Simikiel. Penemue está desaparecido desde o
princípio do repouso de seu mestre.
A Dor de Sigh
Após da guerra entre anjos e primordiais e o
surgimento de demônios e diabos, anjos caídos de
Azrael e Asmodeus, Sigh ficou enfraquecida sem a
presença de seu irmão, Lohanost, e a Umbra fica fora
de controle, criando um eclipse medonho em Altar.
A Umbra afetou várias criaturas, absorvendo suas
almas para o plano das sombras. Foram os anões, filhos
de Palim, os salvadores dos que foram afetados pela
Umbra. Eles descobriram que o ferro poderia manter
suas almas presas a seus corpos. E então passaram a
implantar detalhes em ferro em seus corpos para
permanecerem no plano físico. Estes foram chamados
de sombrios ou marcados pela umbra.
Uru-haau, vendo a dor da deusa da noite, se
compadeceu e usou parte de seu poder para afastar as
trevas de Altar. Ela deixou dois de seus filhos faérian
como guardiões do plano das sombras, Kalael, o
cinzento e Mizra, a branca. No entanto, Mizra se
aproximou demais das trevas, se deixou corromper e
tentou assassinar Sigh para tomar o plano da Umbra.
A deusa da noite a amaldiçoou, lançando-a nas
profundezas de Altar, sua pele se tornou negra como
a noite e seus olhos, vermelhos como o sangue, seus
cabelos se tornaram grisalhos como as cinzas de sua
glória, ela e seus filhos passaram a viver sujeitos a
escuridão, pois a luz os rejeitava, eles se tornaram os
elfos das profundezas.
Altar, o Mundo dos Mortais
Cada prole das divindades menores se tornou uma das
raças que povoaram Altar:
Dos gobel vieram os goblinóides;
De Grumbar, vieram os orcs;
De Mihonir, vieram os gigantes;
De Palim, vieram os anões;
Dos faérian, vieram os elfos e gnomos;
Dos aagn vieram os humanos e pequeninos;
Dos dragorian, vieram os dragões.
Apesar dos conflitos raciais, Altar prosperava, sob
a benção dos deuses altarim. Isso até os primordiais
maiores despertarem novamente para a guerra e uma
nova batalha se iniciar. A diferença é que os altarim
agora estavam preparados e fizeram alianças até
mesmo com inimigos de outrora.
Nesta guerra, as raças sofreram muitas mudanças, e
muitas evoluíram traçando uma linhagem mesclada
para sobreviver. Dentre os mortais, dois humanos
gêmeos foram capazes de empunhar Irídia e Elodia,
as espadas forjadas a partir de partes de Ámidha, com
a qual lutaram contra os primordiais, aprisionando-
os no caos elemental. As primeiras grandes cidades
humanas e élficas surgiram após essa guerra.
Em Partênope, a grande Tyrland se ergue nos ermos
boreais, desafiando o frio e as montanhas, onde os
primeiros humanos iniciaram o reinado da família
Edda.
Em Leocosia, a cidade de Sarunn é fundada sob um
tratado de elfos e humanos, unidos para se livrar dos
orcs da região.
Em Psinoe, a cidade de Mistanni, ergue-se
esplendorosa com a união de elfos e humanos que
receberam dons psíquicos dos fragmentais.
Em Telxínope, a cidade da Saméria prospera sob a
supremacia élfica do continente. Em Aglaope não
acontece o mesmo. A cidade humana de Mégallon e a
cidade élfica de Vento Ártico entram em conflito pela
dominação do continente.
Em Ligeia, os elfos ergueram as cidades de Ehloniel
e Evictus, enquanto alguns permaneceram reclusos
na Ilha Hasbru, enquanto os humanos de Aisengard
dominaram o sul do continente.
As Terras de Beoven
O povo que viria fundar a cidade de Aisengard, sempre
teve uma vida dura nas terras glaciais do sul. Em 246
A.F. (Antes da Fundação de Othera), guiados pela
tribo de Beoven e Aisen, os povos do sul travaram uma
de suas maiores batalhas, a luta no Labirinto de Gelo,
onde acreditava-se terem erradicado os minotauros
do sul. Isso tornou possível a fundação de Aisengard,
numa planície onde os dois últimos filhos da tribo
Aisen foram sepultados em 228 AF, considerada
a primeira cidade humana de Ligeia, enquanto os
filhos de Beoven permaneceram em cidades menores
espalhadas pelo sul do continente.
No entanto, mesmo com a fundação de Aisengard,
a vida ainda era árdua quando o inverno chegava.
Muitos morriam de fome caso a colheita anterior ao
inverno não fosse boa, e os que permaneciam de pé
sonhavam com terras quentes e de fácil plantio.
Em 153 A.F., uma raça meio homem, meio hiena,
começou a atacar os assentamentos que viviam
próximos a Aisengard. Isso não amendrontou os povos
sulistas. Eles criaram um exército e partiram em uma
cruzada de destruição aos gnolls. No entanto, as tribos
jaziam espalhadas por todo sul do continente e com o
tempo, se tornaram algo com o qual os aisengardianos
passaram a conviver.
Em 107 A.F., os minotauros retornam sob o comando
de Olho Rubro, um minotauro escolhido de Mantyr,
o deus dos minotauros. Eles destruíram grande parte
dos gnolls, salvando assentamentos humanos, para
tempos depois tentarem tomar Aisengard.
Ultir, o homem sem memória, o maior guerreiro de
Aisengard já visto, destruiu sozinho um exército
inteiro de minotauros e teve sua batalha final contra
Olho Rubro. Enquanto isso acontecia, parte dos
aisengardianos rumava para o norte, juntamente da
esposa e filha de Ultir.
Nos últimos momentos da batalha, Ultir relembrou
sua vida passada, despertando seus poderes divinos
de outrora. Ele se lembrou de que era Iperon, o deus da
força. Ele destrói Olho Rubro, apenas para ser levado
para planos divinos por seu irmão Válor.
Aisengard passou a ser disputada por tribos bárbaras,
descendente dos Filhos de Beoven. Essa disputa durou
muito tempo.
Uma jornada se iniciou no sul de Ligeia no mesmo
ano em que Olho Rubro atacou Aisengard. Isabelle
Garra de Rapina, esposa de Ultir, e sua filha Othera,
acompanhadas de Cronus Priston e Merzus Priston,
dois aliados fiéis de Ultir, partiram em uma caravana
para o norte, como último desejo de Ultir. No caminho,
grande parte da caravana foi morta ao encontrar com
mortos de caravanas antigas que haviam se tornado
carniçais e zumbis, ao tentar atravessar as Montanhas
Sem Retorno.
Ficaram perdidos por vários anos, até acamparem, em
73 A.F., num local estratégico, guiados pelas visões de
Othera, onde era fácil avistarem aproximação inimiga
e construir barricadas eficientes. Ficaram ali por
muitos anos. Isabelle deu ao lugar o nome de Réia, o
nome que havia escolhido para Othera, revelando que
o nome de Othera fora escolhido pelos deuses.
Neste acampamento, no ano de 68 A.F., Othera uniu-
se a Eliot Priston, filho de Merzus Priston. Ela teve um
filho e a criança recebeu o nome de Haggen Priston.
No ano de 67 A.F., Isabelle Garra de Rapina, mão de
Othera, faleceu por causas naturais.
Eles permaneceram acampados ali por tanto tempo,
que o acampamento cresceu e se tornou um vilarejo.
Os populares fundaram a primeira igreja de Válor,
mantida por Merzus Priston. No entanto, Othera ainda
queria cumprir o último desejo do pai. No ano de 58
A.F., um terço da população deixou o Vilarejo de Réia
para continuar ao lado de Othera, Eliot e Haggen.
As Terras Centrais
A população estava quase alcançando o que viria a
se chamar mais tarde de Estreito da Caveira, quando,
em 55 A.F., foram atacados por gigantes e quase toda a
caravana foi morta. Eliot Priston morreu nesse ataque
e seu corpo fora sepultado com seus pertences no
mesmo local.
Apesar das perdas e outras adversidades, eles
continuaram viajando por mais seis anos, alcançando
as tão almejadas terras quentes. As montanhas geladas
deram lugar a planícies verdes e quentes. O clima
tropical deixava a caravana doente constantemente.
Porém, esse estava longe de ser o maior problema.
A caravana alcançou as planícies onde hoje estão
localizadas as Ruínas de Amastácia e permaneceu ali
por mais quatro anos. Como ocorrido em Réia, parte da
caravana ficou, fundando Amastácia, a antiga cidade
das artes, em 45 A.F. O restante continuou com Haggen
e Othera, rumando para o norte.
Continuando a viagem, a caravana de Othera seguiu
em direção ao norte, acompanhando o Rio Evictus,
ainda sendo guiados por suas visões, até alcançarem
um ponto definitivo em 38 A.F. Eles acampam em
uma planície alta, às margens do rio. O acampamento
prosperou por alguns dias, até começarem a sofrer
ataques de orcs durante a noite. Determinado a
defender os ideais de sua mãe, Haggen reuniu os
poucos homens que tinha ao seu lado e eliminou a
ameaça.
Em 35 A.F., Réia foi atacada por um exército vindo do
sul, liderado por Olho Rubro. Aqueles que só tinham
ouvido falar do rei dos minotauros somente através
de histórias, assistiram incrédulos o arauto de Mantyr,
deus dos minotauros, realizar um ataque massivo
contra as muralhas fortificadas da cidade. A guarda
era um número muito inferior em relação aos bárbaros,
mas seu armamento de defesa havia se aperfeiçoado
ao longo dos anos. Sob o comando do líder da
cidade, Helgard Latherion, os inimigos tiveram que
recuar, pois não conseguiam penetrar a cidade e
não sobreviveriam as nevascas das montanhas caso
continuassem o cerco.
Quanto Othera alcançou seus setenta e seis anos,
o acampamento já havia crescido o suficiente para
ser chamado de cidade. Seu filho Haggen já havia
se tornado um comandante astuto, um combatente
habilidoso e um servo fiel. Então, em seu leito de
morte, Krimmena, a deusa dos segredos, tornou-a sua
escolhida e veio buscá-la para que vivessem em seus
domínios pela eternidade. Haggen realizou um funeral
em respeito à sua mãe, neste dia toda a população da
Cidade da Clareira – nome dado popularmente fez
silêncio até o anoitecer. Esta data ficou marcada como o
Dia do Silêncio e se repete a cada ano na cidade.
No ano de 28 A.F., cinco famílias partiram para o norte
para explorar o continente, em busca de mais terra
fértil. Duas das famílias entrariam mais tarde para a
história do continente, as famílias Warner e Valcrist.
No ano de 18 A.F., Haggen Priston recebeu um presente
vindo de Amastácia, um quadro com um retrato de sua
juventude, feito por uma amiga de outrora, chamada
Alísia Heinrelm. O quadro acompanhava uma carta
que dizia o quanto Amastácia havia crescido e que
ela havia se tornado a regente da cidade. Em carta,
ela solicitou uma reunião com Haggen para falar de
negócios.
Haggen Priston estabeleceu em 7 A.F., uma rota de
comércio entre Cidade da Clareira e Amastácia. A rota
tornou fácil o acesso entre as cidades, fortalecendo
comercialização de mercadorias entre ambas. A rota
de comércio era guarnecida por postos de vigia.
Com o fortalecimento e crescimento da cidade,
Haggen fora nomeado, no ano zero, pelos anciões
e comerciantes da cidade como seu regente,
estabelecendo um governo e uma série de leis, sendo
auxiliado por um conselho de seis membros, sendo
estes, figuras importantes do comércio, religião e clãs
locais. Haggen fundou o governo da cidade de Othera
– nome dado a cidade por ele, em homenagem a sua
falecida mãe, quem guiou os povos do sul até a planície
onde se situa hoje a cidade.
Vindos do Oriente
Quatro anos depois da fundação, Haggen recebeu
um emissário de estrangeiros do leste do continente.
Foi uma surpresa para ele e o conselho. Havia outros
humanos vivendo nas terras quentes. A carta era
hostil, o imperador de Sei Yang, Mitch Taiga, líder
do clã Taiga, fez uma proposta de rendição a Othera.
A carta dizia que caso não aceitassem se curvarem
ao império, teriam suas fazendas ao redor da cidade
todas queimadas, juntamente com seus fazendeiros.
Haggen, obstinado em manter a honra de sua mãe,
recusou-se a se curvar. Ele arrancou um dos olhos do
emissário, envolveu-o na própria carta e deu nas mãos
do emissário, agora caolho, para que entregasse ao
Imperador Taiga.
Haggen manteve sua confiança quanto a ter que
enfrentar Sei Yang. No entanto, o tempo se passou
e a ameaça fora deixada de lado. Dois meses após
o encontro com o emissário, a cidade fora cercada
por um exército de cinco mil homens armados e
montados. Atacaram suas fazendas ao redor da cidade
como haviam prometido. Em seguida, cercaram a
cidade. Haggen, juntou todos os homens que podiam
combater, mas não passavam de setecentos homens,
um número muito inferior a se comparar. Para evitar
as perdas de mais vidas inocentes, Haggen ordenou
que hasteassem uma bandeira branca no ponto mais
alto da cidade. Othera foi rendida.
Enquanto Othera era subjugada pelos inimigos do
oriente. A caravana que rumou para o norte fundou
a cidadela de Valória, depois da Selva de Evictus.
O nome fora dado em homenagem a Válor, deus
da civilizações. O braço direito de Haggen, Pallis
Havenlock, cruzou a selva de Evictus para solicitar
ajuda de Valória. Seu regente, Ballim Warner, ao
saber que Othera estava sob domínios de um inimigo,
enviou uma carta a Amastácia, solicitando união de
forças para libertar Othera. Amastácia imediatamente
atendera ao chamado e ambas as cidades iniciaram a
preparação para uma guerra.
Em 16 D.F., a Ordem dos Cavaleiros de Valória, unida
aos combatentes de Amastácia, entrou em Othera
derrotando as forças de Sei Yang que sitiavam a cidade.
Com esse conflito, muitas pessoas morreram. Houve
muitas perdas e sacrifícios por parte do povo de
Othera, mas os sobreviventes voltaram a ter liberdade.
O conflito durou doze anos, terminando com Haggen
morrendo em guerra e deixando o trono de Othera
para seu amigo Pallis.
Ascensão de Othera, Fundação
de Rúffio e Batalhas na Arena
Onix
Pallis tinha uma personalidade muito mais
expansionista que seu falecido aliado. Ele buscou
expandir os tratados de comércio, fortaleceu as defesas
da cidade e formou aliados. No ano de 38 D.F., ele
enviou aventureiros para as Montanhas de Durathor
a oeste, para fazer negócios com a capital dos anões,
Guinnar. O patrono da cidade anã, um jovem de nome
Flint Almadamante fecha um acordo com Othera
e Valória, traçando rotas de comércio entre elas e
Guinnar. Os minerais refinados das Montanhas de
Guinnar melhoraram os armamentos de guerra das
três capitais, enquanto Guinnar recebia carne, grãos e
peles de boa qualidade.
Guiados por um pequenino de nome Guilt Boatranca,
uma caravana partiu de Valória, em 42 D.F.,
atravessando o Rio Evictus e alcançando as colinas
próximas as Montanhas de Guinnar. O pequenino e
sua família, criaram um posto de vigia da rota no local
em torno de um lago, o qual nomearam de Lago Verde,
devido a sua cor. Em poucos anos o posto avançado se
tornou um vilarejo de agricultores e recebeu o nome
de Lago Verde. Eles estabeleceram uma regência e
nomearam suas terras como Rúffio, em homenagem
a Ruff, divindade patrona dos pequeninos. Valória
estava mesmo determinada em expandir suas terras.
No ano de 49 D.F., a cidade enviou mais uma caravana,
desta vez em direção a uma floresta no norte, mas foram
rechaçados pelo ataque de um enorme império élfico,
situado dentro da floresta e poucos sobreviveram para
relatar este fato.
Visando melhorar a economia da cidade, Pallis
Havenlock projeta com ajuda de vários trabalhadores
interessados, uma arena de batalhas. No ano de 49 D.F.,
a arena é inaugurada com o nome de Arena Onyx. As
batalhas que ocorriam na arena, reuniu gladiadores de
todos os cantos de Ligeia. E era sustentada pelos altos
valores de apostas de quem tentava fazer dinheiro nas
mesmas.
Com o movimento da arena, a cidade cresceu
economicamente em poucos anos. Em 55 D.F., a arena
alcançou seu auge, quando David Warner, filho do
regente de Valória, Ballim Warner, lutou na arena,
buscando a fama e se tornou o tri-campeão invicto dos
festivais oficiais.
O Tratado do Oriente
Othera cresceu tão poderosa que até mesmo Sei Yang
sugeriu um tratado de paz. O acordo não foi fácil,
Pallis Havenlock carregava o rancor de ter perdido
seu amigo na guerra contra a cidade do oriente. No
entanto, segundo o Conselho dos Seis, este era o melhor
caminho para um reino crescente. Então, após muita
relutância, Pallis aceitou o acordo com o a Família
Taiga. A cerimônia de paz foi de um clima pesado
em grande parte de sua duração, ocorrida na própria
Othera. O atual representante de Sei Yang, líder do
Clã Tora, Mitch, agora velhor, tinha uma perspectiva
muito diferente de quando as duas nações guerrearam.
Mitch, discursou um pedido de perdão pelos erros
da cidade oriental, afirmando ele mesmo que nada
pagaria as perdas de Othera. Ainda na cerimônia, o
representante de Sei Yang presenteou Pallis com um
artefato que fora de seu falecido pai, a Sol Nascente,
uma espada oriental de poderes sagrados, digna de
um herói de guerra, como Pallis, segundo Mitch.
Mitch durante a cerimônia, falou de seu passado, que
perdera sua família ainda jovem, devido a conflitos
internos da própria nação onde vivera – o Clã Tora e
o Clã Sasori eram inimigos de longa data. Então Mitch
cresceu carregando o propósito de mudar Sei Yang e,
para isso, chegar a se tornar o líder do Clã Tora foi o
primeiro passo, o segundo foi estabelecer este tratado
de paz.
Dessa forma, Othera e Sei Yang selaram um acordo.
A história de Mitch tocou os presentes na cerimônia e
isso acalmou os ânimos daqueles que ainda queriam
vingança.
Quando Mitch retorna para casa, ele encontrou parte
de seu povo morto pelo Clã Sasori e então, sedento
por vingança, iniciou a destruição do clã inimigo. No
ano de 57 D.F., o clã Sasori havia sido completamente
destruído e os poucos inocentes que restaram, foram
expulsos para o sul.
Tratado de Réia e a Ira dos
Dragões
Em seu antigo governo, Réia se viu mergulhada em
meio ao caos. A cidade cresceu desenfreada em meio
as montanhas e, com ela, a criminalidade. Com o
governo sendo assumido por Ethos Belstorm em 59
D.F., criminosos foram exilados da cidade. Um grupo
de mais de cem criminosos foram expulsos da cidade
para as montanhas. Eles vagaram até a costa oeste e
acamparam. Um ano depois, os criminosos já tinham
um acampamento organizado, construíram barcos e
navegaram até um arquipélago de três ilhas a sudoeste
do continente. O regente Ethos então fechou um
tratado comercial com Othera, Amastácia e Guinnar, e
juntos criam uma rota comercial para o sul.
No norte de Ligeia, tribos de orcs exilados das
profundezas montaram acampamento no deserto de
Ehloniel. A cada dois meses, Ehloniel era atacada por
grupos de orcs. Viajar no deserto se tornou perigoso
para os elfos da grande cidade. No entanto, para
Ehloniel, este foi o menor dos problemas. No mesmo
ano em que os orcs começaram a atacar os viajantes
e os arredores da cidade, Andruil, um dragão azul,
atacou a cidade de forma devastadora. Alguns
poucos sobreviventes vagaram no deserto por muito
tempo, sobrevivendo aos ataques dos orcs, até que
aprenderam a se guiar pelas estrelas e encontraram um
oásis onde se estabeleceram.
No ano de 63 D.F., aceitando a barganha dos
remanescentes do Clã Sasori, auto denominados
Vingadores Escarlate, Aldor, um dragão vermelho,
realiza um ataque a Sei Yang, onde o foco foi o Clã Tora.
Mitch Taiga lutou para defender sua honra e seu clã,
mas fora morto pelo dragão, deixando sua esposa,
Yumi Taiga, e seu filho, Howaito Taiga, desamparados.
Aldor tomou sua esposa como prêmio de combate,
assumindo uma forma humanoide e a estuprando.
Yumi ficou grávida do dragão e pensou muitas vezes
em cometer suicídio, mas recebeu uma visita divina
que a fez continuar firme.
Um ano após a grande fatalidade sofrida pelo Clã Tora,
Yumi dá a luz ao filho de Aldor, uma criatura bizarra,
com escamas de dragão, olhos vermelhos como brasa
e uma força inumana. Howaito presenciou sua mãe
morrer no parto daquela criatura. Alguns boatos da
época diziam que Yumi, assim como Othera, fora
levada para os planos divinos pela deusa dos segredos.
Howaito ficou órfão e, ainda criança, se torna o novo
líder do Clã Tora. Mas, intrigas ocorreram em Sei Yang
e logo uma conspiração do Clã Ryu tirou o garoto do
trono, colocando um infiltrado no governo do Clã
Tora. Howaito fora encontrado boiando em um rio,
quase morto, cuidado e criado por camponeses. Seu
novo nome, Taito, foi dado por seus novos pais, uma
junção de Taiga e Howaito. Taito cresceu como um
camponês enquanto aprendia as técnicas de luta com
espadas em segredo. Entrou para as fileiras do exército
do Clã Tora sem ser reconhecido e lá ele aprendeu as
artes da lâmina oriental. Quando adulto, partiu para
Othera, almejando poder para que um dia pudesse se
vingar.
Aliança de Ligeia e a Onda de Aço
No ano de 64 D.F., Pallis Havenlock expandiu ainda
mais a influência de Othera nas demais cidades. Em
uma reunião com Lael Salladyn, líder do Reino de Sael,
nas montanhas do norte, juntamente com seu filho, Zell
Salladyn, fecharam um acordo sobre a criação de uma
nova rota comercial, ligando o reino do Leão Dourado
e Sael. Pallis falava em nome do Leão Dourado, pois
Ballim, regente da mesma, estava ocupado em uma
viagem para o norte, estabelecendo um tratado de
paz com a nação élfica de Álvora. Os tratados com as
cidades élficas possibilitaram a exploração do norte do
continente.
Um ano depois de realizados os tratados e tendo a
ciência de que os ataques de dragões às cidades haviam
se tornado cada vez mais frequentes, Pallis reunido
com os reis de Leão Dourado, Rúffio, Amastácia, Sei
Yang, Sael, Réia, Álvora e Durathor, firmaram um
tratado chamado de Aliança de Ligeia, visando um
apoio mútuo entre as partes em caso de ameaças a
qualquer uma das cidades. Com a aliança, veio a criação
da Onda de Aço, um grupo de elite de combatentes
responsáveis pela proteção do continente. A Onda
de Aço era formada por David Warner, filho do rei de
Valória em Leão Dourado e campeão invicto da Arena
Onyx, Shisuy Honori, assassino lendário do Clã Hebi,
de Sei Yang, Zell Salladyn, filho do rei de Eldad em Sael
e pertencente a Escola Carmesim, a maior escola de
magia de todo o continente, Mikaias Shinoe, um elfo
lutador, da nação de Álvora e Arn Green, um militar
da cidade de Réia nas Montanhas Sem Retorno. A
Onda de Aço enfrentou várias ameaças viajando pelo
continente e suas histórias eram contadas por bardos
de todos os cantos de Ligeia. Eles criaram um forte
vínculo com Pallis, que os honrou como heróis de
Othera, nas Terras Centrais.
Em 67 D.F., Pallis Havenlock morreu por causas
misteriosas e seu filho, Pallis Havenlock II, assumiu
o governo. A Onda de Aço tentou iniciar uma
investigação, mas Pallis II os colocou em uma situação
complicada e os declarou traidores de Othera, pondo
suas cabeças a prêmio. O exército de Othera, liderado
por Shinny Braham, iniciou uma caçada aos membros
da Onda de Aço. Durante a fuga, a Onda fez novos
membros, que eram contra o novo governante, como
Keyhall, um patrulheiro vindo de Álvora, e Dim
Braham, elfo cinzento, irmão gêmeo e inimigo do líder
do exército, Shinny Braham. Durante a fuga, Shisuy
Honori foi morto, deixando a situação ainda mais
séria. A Onda tentou enviar uma mensagem as demais
cidades e rumou para Valória, em Leão Dourado. Lá,
eles permaneceram sob proteção de Ballim por dois
anos, até Valória ser cercada pelos exércitos de Othera.
Shinny pediu que a cidade entregasse os membros
da Onda e afirmou que negar esse pedido seria
considerado declaração de guerra. Tentando evitar
que mais sangue fosse derramado, a própria Onda de
Aço deixou as muralhas de Valória e lutou contra um
exército inteiro.
Numa luta final, Dim enfrentou Shinny, fazendo
com que o líder do exército repensasse tudo o que
estava acontecendo. Shinny por fim abandonou a
luta, deixando os sobreviventes da Onda livres. Dim
Braham, Zell Salladyn, Keyhall, Mikaias Shinoe e
David Warner voltaram para Othera para destruir
Pallis II. Eles enfrentaram a guarda pessoal do regente
e chegaram aos seus aposentos, nesta invasão Keyhall
e David foram mortos. Dim, Zell e Mikaias deram um
ultimato no regente e depois foram cercados e presos
por reforços da guarda da cidade.
As relações se estreitaram entre as Terras Centrais
e as demais nações. Leão Dourado declarou guerra
às Terras Centrais pela morte de David Warner. Sael
exigiu que Zell fosse liberto, mas o Conselho dos Seis
se recusou a libertá-lo. Sael se uniu a Leão Dourado e
desferiram um ataque agressivo às Terras Centrais. Os
exércitos da cidade pereceram diante da magia e arte
da cavalaria combinadas. Othera perdeu a guerra.
Quando o Norte Sangrou
Devido ao resultado da guerra e a ausência de um
líder, pois Pallis Havenlock III ainda era muito jovem,
a economia de Othera começou a ir mal em 70 D.F. O
conselho começou a buscar medidas para estabilizar
a queda econômica e fez um tratado com Porto Kalli,
capital do Arquipélago Pérola. A economia de Othera
começou a ser segurada por importação de jóias
trazidas de lá. Em 73 D.F., Othera recebeu um pedido de
ajuda de uma cidade no deserto de Ehloniel, chamada
Al D’asin. Eles afirmaram, em carta, estarem sofrendo
ataques de uma cidade de orcs crescente no deserto. O
emissário da cidade disse que Leão Dourado e Rúffio
se negaram a prestar ajuda. O Conselho viu nisso uma
oportunidade de fazer novos aliados e enviou um
exército para marchar até o norte do continente.
Os exércitos das Terras Centrais fortaleceram as
defesas de Al D’asin, fazendo com que o povo da
cidade voltasse a se sentirem seguros e retornando às
suas vidas normais.
Em 79 D.F., Eldad foi atacada por orcs vindos dos
subterrâneos das montanhas, o ataque fez com que
grande parte da população fosse morta. Os orcs vindos
do subterrâneo se espalharam por todo o norte do
continente, atacando Rúffio, as Dunas do Norte e Leão
Dourado.
Pallis Havenlock III, era como seu avô, e desde jovem
se mostrou apto a consertar os erros cometidos por seu
pai. Em uma reunião do Conselho dos Seis, o jovem
decidiu que estava na hora de assumir o poder e deu
ordens de enviar tropas para ajudar a defender todas
as cidades atacadas do norte. O conselho viu nesse
ato, uma forma de restabelecer a Aliança de Ligeia e
cumpriu as ordens do garoto prontamente.
Os exércitos das Terras Centrais foram cruciais para
que Lael concluísse seu plano de teleportar toda uma
cidade para outro plano que ele mesmo criara. Assim,
o único acesso a Eldad, capital de Sael, era através de
um portão mágico que foi criado pela magia no lugar
onde a cidade existia antes.
Um dos ex-alunos da Escola Carmesim de Eldad,
um necromente de nome Aluscaron Ariosto, chegou
as ruínas da cidade de Ehloniel e lá, ele realizou um
grande ritual trazendo de volta a vida os elfos mortos
como seu exército de mortos-vivos. Ele os guiou até
as montanhas para enfrentar os incontáveis orcs que
ameaçavam o norte.
Para fortalecer ainda mais os exércitos das Terras
Centrais que foram para a guerra, Pallis III reúniu
um grupo de combatentes poderosos e os nomeou
a Segunda Onda. O grupo era liderado por Angus
Punhoforte, um guerreiro vindo de Réia.
Os elfos da nação de Evictus uniram-se às forças das
outras nações na guerra contra os orcs. Logo a guerra
seria ganha, os orcs expulsos e o continente poderia
retornar a paz. No entanto, Andruiu, o dragão azul
que havia destruído a cidade de Ehloniel sobrevoou
o campo de batalha e destruiu ambos os lados. Foram
muito poucos os sobreviventes. Isso deu um fim à
guerra, mas as perdas foram incalculáveis para todas
as cidades envolvidas.
Um ano depois, uma batalha ainda mais terrível
ocorreu no norte. Andruil, o dragão que havia
dominado as montanhas no norte, foi caçado e morto
por por faérians, vindos de um outro plano – os
antecessores dos elfos, que acreditava-se não existirem
mais.
O Império de Othera e as Guerras
Épicas
Com a Aliança de Ligeia reestabelecida, novas nações,
antes desconhecidas, aderiram ao tratado: Faen Oeste,
um reino tecnocrático existente a leste das Montanhas
de Eldad, governada por uma família de gnomos;
Terras dos Vales, uma nação que se estabelecera em
um vale cercado pelas montanhas do extremo norte
do continente, que embora tenha se tornado uma
civilização, ainda conserva muitos de seus costumes
tribais; Faen Leste, um reino cuja capital é uma cidade
construída sobre uma gigantesca ponte que atravessa
o Rio Falendir.
Com o número crescente de ameaças no continente,
cresceu também o número de aventureiros, sob
promessas de glória e poder. No ano de 80 D.F., dois
grupos de aventureiros começaram a se destacar,
os Contestadores e o Sussurro. Os nomes mais
conhecidos dentre os Contestadores eram Valnias
Valcrist, humano guerreiro de Leão Dourado, James
Salazar, gnomo mago de Faen Oeste e Tsukin Taiko,
de Sei Yang. Os aventureiros mais notórios entre o
Sussurro eram Zabon Hawken, humano mago de Sael,
Galadriory, elfo cinzento ladino de Dunas do Norte,
e Osíris, humano ladino também de Dunas do Norte.
Apesar de serem dois grupos de aventureiros, algumas
de suas ações lhes deram famas que os diferem.
Um grupo de aventureiros cuja fama estremecia o
coração de quem ouvia suas atrocidades, eram os
Arautos. Os membros mais conhecidos dentre os
Arautos eram Chester Nurick, um humano clérigo de
Bás-Sávinus, Frost, um orc guerreiro vindo da cidade
de Baruk, em Dunas do Norte, e Ceif, um draconiano, a
criatura nascida de Yumi Taiga e filho do dragão Aldor.
Os Arautos viajavam por Ligeia deixando seu rastro de
sangue e destruição, em busca por poder.
Em 81 D.F., os Arautos atacaram a cidade de Evictus
e seu regente abriu um portal para a Selva Faérian,
invocando faérians para derrotar os Arautos. Uma
luta épica explodiu na floresta de Evictus e os Arautos
foram derrotados, batendo em retirada.
Um ano depois da derrota dos Arautos, os
Contestadores e o Sussurro se uniram para investigar
as ruínas de Ehloniel, descobrindo que o necromante
Aluscaron Ariosto mantinha um exército de mortos-
vivos com os quais planejava atacar Al D’asin. Os
dois grupos o derrotaram, destruindo o exército de
desmortos e Galadriory tomou as ruínas de Ehloniel
como sua fortaleza, impedindo que outro perigo se
apoderasse do local.
No ano de 84 D.F., os gigantes secretamente reuniram
partes do piranoth, o coração do deus dos gigantes,
trazendo seu deus, Mihonir, de volta ao plano de Altar.
Sabendo da possível destruição não só de Ligeia, mas
de todo o mundo de Altar, Palli III convocou o Sussurro,
os Contestadores e os Arautos, criando um novo grupo
de elite, a Terceira Onda. Até onde se sabe, a terceira
onda foi o maior grupo de aventureiros poderosos já
visto até os tempos de hoje. Graças a eles, as demais
cidades se curvaram às Terras Centrais, fazendo do
reino de Othera um império no continente de Ligeia.
A eles se juntaram Taito Magatsu, herdeiro dos Taiga
e Pandomar Hardchord, um humano bardo, vindo de
Amastácia.
Mihonir marchou com seus gigantes para Othera,
mas a Terceira Onda combateu à altura, destruindo
Mihonir, os gigantes e partindo o Piranoth em quatro
partes novamente. Tendo ouvido sobre os feitos da
companhia, o dragão Aldor procura pela terceira Onda
para comprovar que Ceif era mesmo seu filho. No
entanto, ele reconhece também Taito, pela semelhança
com Mitch e conta a história para o espadachim a fim
de provocá-lo. Mas Taito crescera muito mais forte
que seu pai e destruiu o dragão, indo de encontro,
em seguida, com Ceif, para destruí-lo. Os irmãos
travaram uma batalha de proporções que nenhum
outro mortal suportaria. Nenhum outro aventureiro
ousou interferir e nem mesmo o exército das Terras
Centrais pode pará-los. No fim do combate, os dois
permaneciam de pé. Taito havia aceitado seu passado,
Ceif havia decidido quem seria seu novo alvo. Ceif
desconfiava de que Aldor não havia atacado Sei Yang
por simples súplicas do Clã Sasori. Ceif então partiu
para o leste, a procura dos Vingadores Escarlates, em
busca de respostas. Taito seguiu para o Plano Prisão
– um outro plano de existência, onde se encontram
presos vários deuses malignos - em uma missão com a
Terceira Onda. No Plano Prisão, a Terceira Onda quase
destruiu por completo Blendor, deus dos dragões
azuis, responsável por enviar Andruil para destruir
Ehloniel. Essa foi a última missão cumprida pela
Terceira Onda antes que se dividissem. Depois disso,
Taito não fora mais visto por muito tempo.
No ano de 85 D.F., Ceif obteve informações dos
Vingadores escarlates de que Aldor cumpria ordens de
Melindraoch, deus dos dragões vermelhos. Então ceif
partiu com os Arautos até o Inferno – plano de existência
onde vivem criaturas malignas e almas condenadas – e
derrotaram Melindraoch, enfraquecendo suas forças.
Depois desse feito, Ceif não fora mais visto por um
longo tempo.
Depois das batalhas épicas de aventureiros que
entraram para a história, Ligeia prosperou por muitos
anos. Até que, no ano de 93 D.F., um profeta anunciou
que nasceria em Amastácia uma crianças que seria a
encarnação da deusa da noite em Altar e que ela traria
a Umbra – plano de existência onde reside a deusa da
noite – para o mundo. Foi então que um grupo liderado
por Miguel Grimhold, um bárbaro vindo de Vale
Aurora, partiu em missão de salvamento da criança,
livrando-a das garras de Asmodeus, que tentou
capturar a criança. Apesar de nada ter sido anunciado
por Pallis III, o grupo de Miguel ficou conhecido como
a Quarta Onda.
No ano de 98 D.F., o bardo heróico, Pandomar, ficou
enlouquecido, abdicando de todos os seus pertences e
vivendo como um mendigo nas ruas de Othera. Muitos
diziam que ele falava que um filho dos primordiais
viria ao mundo. A notícia correu o mundo todo. Logo,
arqueiros de uma nação antiga, já dizimada, vieram
para o continente e se instalaram como vigias. Eles
eram chamados de Os Arqueiros de Sarunn. A cidade
de Valória se tornou sede dos arqueiros, que nada
falavam sobre seus objetivos.
O maior acontecimento, desde então, foi a morte
de Pallis Havenlock III, que deixou seu legado para
Miguel Grimhold, o quarto a assumir o trono de
Othera, capital das Terras Centrais e a maior cidade de
Ligeia.
O Ataque de Lennor
***Em 167 D.F., os deuses altarim, notando que sua
mensagem, passada por Pandomar, não recebera
a devida atenção, enviaram Kovar, deus das
descobertas, para destruir a criança que veio mais
tarde a ser chamada de messias dos primordiais. Os
altarim usaram uma palavra arcana antiga para enviar
Kovar através do tempo, para evitar que a criança
nascesse. No entanto, quando o avatar de Kovar, o
ídolo de ouro, se materializou no continente de Ligeia
para matar a mãe da criança, o menino, cujo nome
era Lennor, já havia nascido. Ter sua mãe morta, foi o
que desencadeou no cumprimento da profecia, pois o
garoto passou a nutrir ódio pelos altarim.
A presença de Lennor, não conhecida pelos altarim
ainda, fortalecia a influência dos primordiais em Altar.
Mual-tar, que estava aprisionado por quatro elos de
um metal místico, no Caos Elemental, quebrou um
dos elos. Temendo sua vinda ao plano material, Pálim,
deus dos anões, convoca um grupo de aventureiros
para reunir o piranoth. Ele usaria as pedras que
compõem o coração do deus dos gigantes para forjar
um elo que manteria Mual-tar preso.
O grupo que recebera a missão de Pálim, era composto
por Blandy Alderich, nascido em Álvora, treinado
em Réia, recém escolhido como novo membro dos
Arqueiros de Sarunn; Jhon Storm, anão nascido
em Guinnar, que possuía fortes vínculos com os
espíritos da natureza; Rhéa Magus, uma bruxa que
manipulava a magia do fogo, Chiriham Di’zir, um
elfo das profundezas foragido de seu próprio reino;
Greyurus, um orc ex prisioneiro; Protágoras Hallgard,
um guerreiro humano, nascido e crescido em Othera
e Lennor Forjardente, a criança da profecia, filho de
ferreiro e dominador da magia da espada.
Conforme o tempo passava e o grupo recuperava
partes do piranoth, Lennor era impulsionado a cometer
coisas caóticas. Em seu egoísmo, quando o grupo já
havia reunido as quatro partes do piranoth, Lennor as
roubou e rumou para Necrópolis, a antiga cidade de
Ehloniel, na época governada por Galadriory. Lennor
fez um trato com Galadriory e o elfo mostrou suas forjas
para ele. Lennor tentou forjar para si, com as partes do
piranoth, uma arma que o tornasse um deus, mas algo
de errado ocorreu e o piranoth se fundiu ao peito de
Lennor. Fazendo com que ele ouvisse a voz de Mihonir
dentro de sua cabeça, impulsionando-o a destruir tudo
que fizesse menção aos altarim em Altar. Blandy e os
demais chegaram em Necrópolis junto ao próprio
Miguel Grimhold, regente de Othera. Eles derrotaram
Galadriory que escapou antes de ser morto, mas já era
tarde para deter Lennor.
Com o grupo em seu encalço, Lennor matou Miguel e
rumou para Baruk. Alcançando a cidade dos orcs do
deserto, ele forçou a população a segui-lo, matando
os demais e deixando a cidade em ruínas, em seguida,
rumando para Álvora, onde ele também destruiu a
cidade dos elfos. Ele fez o mesmo, em seu trajeto, com
Rúffio, Guinnar, Seiyang, Amastácia e por fim tentou
derrubar Othera. Mas Blandy e seu grupo já havia
chegado a cidade para detê-lo. Sabendo que seria
difícil derrota-lo e deter seu exército, Chirihan perde
parte de seu sangue em um ritual realizado por Rhéa
para fazer com que Blandy ascendesse. Uma batalha
foi travada pelo grupo e os exércitos de Lennor que
cercavam Othera, até que ambos os lados cessassem
temporariamente. A cidade permaneceu cercada por
muitos dias, até que a guerra iniciasse novamente.
No período em que a guerra cessou, o grupo rumou
para as montanhas de Guinnar para encontrar uma
espada lendária, conhecida como A Última Esperança.
No entanto, a espada era guardada por dragões
primordiais conhecido como as Calamidades. O grupo
teve muitas baixas para recuperar a espada. Por fim,
tendo derrotado as Calamidade, e em posse da espada,
o grupo retornou para Othera para enfrentar Lennor.
Em 178 D.F., quando a batalha recomeçou, era possível
ver Protágoras abrindo caminho em meio aos exércitos
de Lennor, enquanto os demais do grupo davam
cobertura. Quando Protágoras conseguiu se aproximar
de Lennor, os dois travaram uma batalha poderosa. No
fim, Lennor ficou gravemente ferido e Protágoras fora
morto. Lennor havia desistido de destruir Othera ao
menos por enquanto, rumando para Réia, e a tomando
como sede de seus exércitos. Protágoras fora enterrado
em Othera e honrado.
Em 184 D.F., Chirihan e Jhon Storm são escolhidos para
o Conselho dos Seis. Então, o conselho escolheu Rhéa
como regente. Jhon realizou um chamado às armas
para todas as cidades da Aliança de Ligeia, reunindo a
Resistência, um exército criado para derrotar as forças
de Lennor em Réia. Em 186 D.F., a cidade concluiu a
construção de uma de três muralhas ao seu redor.
As muralhas foram completamente construídas em
211 D.F. Com as muralhas construídas, as primeiras
expedições da resistência para o sul, com o objetivo
de reconhecimento, aconteceram. Muitos morreram,
outros retornaram contagiados por uma praga, a qual
deram o nome de Praga Elemental, uma nova arma de
Lennor.
Storm como único responsável pela Resistência.
Em 289 D.F., Erick Hallgard, filho de Protágoras,
uniu-se a um grupo da resistência e partiu para o sul
para confrontar Lennor. O grupo jamais fora visto
novamente. A expedição enviada para encontrá-los,
encontrou apenas a espada.
No ano de 296 D.F., Ceif e Taito retornaram para
Ligeia e aliaram-se a Avelian Alderich, regente de
Othera; Galadriory, senhor de Necrópolis; Van Auger,
um viajante de outro continente; Sahel Queen, um
pequenino assassino e Hiogonosuke, um monge
da antiga Seiyang. Alguns desses heróis já estavam
mortos, mas não se sabem quem os ressuscitou. Eles
se uniram e partiram para o sul alcançando Réia. Em
Réia, eles enfrentaram um exército de elementais,
gigantes e outras criaturas, alcançaram o trono de
Lennor e travaram a batalha mais mortal já travada em
toda Ligeia, nesta batalha Ceif fora abatido, mas eles
conseguiram derrotar Lennor, e separar o piranoth
em quatro partes novamente. Lennor em seu último
suspiro, ascendeu como um aagn e fora levado pelos
deuses para outro plano.
No ano de 300 D.F., Avelian deixou o governo e o
conselho votou por Olaf Priston, que afirma ser
descendente da própria Othera. Expedições de
aventureiros ao sul foram iniciadas a procura de
espólios de guerra e informações importantes. Estas
expedições receberam o nome de Corrida do Ouro.
Ano de 301 D.F.: Este é o ano atual.

No ano de 260 D.F., a Última Esperança foi recuperada

por uma expedição. O conselho tinha a esperança de
que um dos dois filhos deixados por Protágoras, fosse
capaz de empunhar a espada. No entanto, com planos
nefastos, a regente Rhéa envia uma das crianças para
outro continente para que nunca fosse encontrada.
Uma das crianças foi salva e os planos da bruxa foram
descobertos. No mesmo ano, Rhéa foi queimada na
fogueira por traição.

Com a dificuldade em sem manter cercada de muros,

Othera passou a necessitar de alimentos vindos de
outras cidades, tornando-se altamente dependente
de Valória e Grandía. Em 281 D.F., Com a escassez
de comida, a cidade sucumbiu à criminalidade.
Revoltados com as decisões do conselho sobre o novo
regente, Trion, filho de Blandy, aliou-se a um elfo das
profundezas e formaram uma guilda de assassinos
chamada de A Mão Invisível.

No ano de 282 D.F., o conselho escolheu Avelian

Alderich, filho de Blandy, gêmeo de Trion, como novo
regente de Othera. Avelian, de imediato escolheu
novos membros para o conselho e toma iniciativas
para melhorar a economia da cidade, deixando Jhon