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ESCALA DE PERCEPÇÃO DE FLUÊNCIA LEITORA

Luciana Mendonça Alves1


Letícia Correa Celeste2

Resumo
O presente artigo se propõe a apresentar uma escala brasileira de avaliação dos parâmetros de
fluência leitora, denominada Escala de Percepção de Fluência Leitora. O propósito da escala é
avaliar os principais domínios relacionados a fluência leitora, de forma a direcionar os
avaliadores para um melhor entendimento do funcionamento de tal habilidade. A escala é
aplicável em ambientes escolares e clínicos e independe da presença de queixa de dificuldades
de leitura, uma vez que deve ser utilizada como instrumento de avaliação e monitoramento do
desempenho em fluência leitora por escolares do Ensino Fundamental I e II. A Escala de
Percepção de Fluência Leitora possibilita a avaliação perceptiva dos principais domínios
relacionados a fluência leitora, a saber: fluidez, pausas, velocidade, entonação e
expressividade. É uma Escala de domínio público, ou seja, aberta e disponível para uso livre,
desde que respeitados os direitos autorais.
Palavras-chave: Escala. Fluência de leitura. Avaliação.

Introdução

A leitura é uma das habilidades mais importantes para o desenvolvimento da


aprendizagem e consequentemente do potencial produtivo no contexto atual. Ao contrário da
linguagem oral, que é aprendida a partir da exposição ao idioma, a linguagem escrita ocorre
por instrução dirigida. Em línguas como o Português é essencial a compreensão do sistema
alfabético da língua para que tal aprendizado ocorra. Segundo o National Reading Panel

1
Pós Doutora em Linguística pelo Laboratoire Parole et Langage (LPL) – França, Doutora e Mestre em
Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Especialista em Linguagem e Fonoaudiologia
Educacional pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), Professora Adjunta do Departamento de
Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG. E-mail: lumendoncaalves@gmail.com
2
Pós Doutora em Psicanálise pela Université Paris Diderôt (Paris VII) – França, Doutora e Mestre em
Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Especialista em psicopedagogia, Professora
Adjunta do curso de Fonoaudiologia e docente permanente da Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação da
Universidade de Brasília (UnB). E-mail: leticiacceleste@gmail.com

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(2000), as áreas cruciais para a aprendizagem da leitura são a consciência fonológica, a


instrução fônica, a fluência leitora, o vocabulário e a compreensão dos textos lidos.

Dentre os tópicos citados, a fluência leitora é a que menos recebe atenção nos estudos
científicos e práticas pedagógicas no Brasil. Tanto a avaliação da fluência como a instrução
desta habilidade são escassamente exploradas nos currículos de leitura de nossas escolas. No
entanto, os relatórios e painéis de orientações de várias localidades com altos índices de
desenvolvimento recomendam o tópico nos currículos de formação de professores (REPORT
OF THE NATIONAL READING PANEL, 2006; SNOW, 1998; US NATIONAL
INSTITUTE OF CHILD HEALTH AND HUMAN DEVELOPMENT, 2000; NATIONAL
INQUIRY INTO THE TEACHING OF LITERACY, 2005; ROSE REPORT (UNITED
KINGDOM), 2006; UNITED KINGDOM PRIMARY NATIONAL STRATEGY, 2006).

Fluência leitora é a capacidade de ler com precisão, rapidez e expressividade


(CARNINE et al., 2006). Quando uma leitura é realizada com fluência, normalmente os
recursos cognitivos estão liberados para que o leitor se concentre no conteúdo lido, facilitando
o acesso ao significado. A relação entre fluência leitora e compreensão de textos tem sido
comprovada por várias pesquisas nas últimas décadas (SCHWANENFLUGEL et al., 2004;
MILLER; SCHWANENFLUGEL, 2006; PAIGE et al., 2014; ALVES; REIS; PINHEIRO,
2015; MACHADO et al., 2019; MARTINS; CAPPELINI, 2019).

Avaliações tanto padronizadas quanto informais da fluência de leitura oral são


recomendadas pelas estratégias educacionais de várias localidades, como Reino Unido,
Estados Unidos e Austrália. Atualmente duas escalas de avaliação tem sido as mais utilizadas
nas práticas educacionais e pesquisas sobre o assunto. São elas a NAEP (National Assessment
of Educational Progress) - Avaliação Nacional do Progresso Educacional e a MDFS (Multi-
Dimensional Fluency Scale) - Escala de Fluência Multidimensional. As escalas apresentam as
habilidades importantes para a fluência leitora e o avaliador (professor ou profissional clínico)
devem assinalar aquelas correspondentes a leitura oral do escolar avaliado. Enquanto a NAEP
apresenta quatro níveis de leitura em que o avaliador deve, pelas características presentes em
cada um, assinalar aquele correspondente ao nível do avaliado, a MDFS apresenta quatro
áreas (domínios da leitura fluente) nas quais o avaliador deve pontuar o desempenho do
escolar, sendo a pontuação final indicativa do bom desenvolvimento ou alerta (ZUTELL;
RASINSKI, 1991; UNITED STATES OF AMERICA’s DEPARTMENT OF EDUCATION,

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2002; SMITH; PAIGE, 2019). Tais escalas foram desenhadas pensando-se nos padrões de
fluência da língua Inglesa.

O presente artigo se propõe a apresentar uma escala brasileira de avaliação dos


parâmetros de fluência leitora, denominada Escala de Percepção de Fluência Leitora.

Escala de Percepção de Fluência Leitora

O propósito da Escala de Percepção de Fluência Leitora é avaliar os principais


domínios relacionados a fluência leitora, de forma a direcionar os avaliadores para um melhor
entendimento do funcionamento de tal habilidade junto ao avaliado.

Podem utilizar a Escala professores, demais profissionais da educação ou profissionais


da área clínica ligados aos cuidados de escolares com queixas de dificuldades escolares, como
fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros. A escala é
aplicável em ambientes escolares e clínicos e independe da presença de queixa de dificuldades
de leitura, uma vez que deve ser utilizada como instrumento de avaliação e monitoramento do
desempenho em fluência leitora por escolares do Ensino Fundamental I e II.

A Escala apresenta cinco domínios: fluidez, pausas, velocidade, entonação e


expressividade. Para cada domínio há uma frase de referência sobre a habilidade, e o
avaliador deve assinalar, em uma escala likert de 5 níveis, se tal habilidade não está
desenvolvida (1), se está pouco desenvolvida (2), em desenvolvimento (3), parcialmente
desenvolvida (4) ou totalmente desenvolvida (5). A escala apresenta as características típicas
do nível 1 (não desenvolvido), 3 (em desenvolvimento) e 5 (totalmente desenvolvido), de
forma que quando não se enquadrem no nível 1 ou 3, assinala-se o 2, e da mesma forma, entre
o 3 e o 5, assinala-se o 4.

Os domínios e características de cada nível de desenvolvimento foram construídos a


partir de pesquisas da literatura internacional, e, sobretudo, de estudos nacionais (CELESTE;
REIS, 2012; ALVES et al., 2015; COSTA; MARTINS-REIS; CELESTE, 2016; CELESTE et
al., 2018; ANDRADE; CELESTE; ALVES 2019; MARTINS; CAPELLINI, 2019) e das
práticas clínicas e educacionais das pesquisadoras que a desenvolveu. São cinco parâmetros, a
saber: fluidez, pausas, velocidade, entonação e expressividade.

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A fluidez na leitura diz respeito a sensação que o leitor transmite de que não há
quebras na pronúncia entre os sons. Segundo Chan et al. (2018), o correlato acústico dessa
sensação é o efeito da chamada coarticulação. Na prática, para que o leitor consiga ler e
pronunciar sua leitura em voz alta com o efeito da coarticulação é necessário que ele tenha um
bom domínio da rota lexical, ou seja, que tenha o reconhecimento automático das palavras, e
não faça a leitura via rota fonológica. A relevância da automaticidade no reconhecimento de
palavras para a fluência de leitura já é bastante consolidada na literatura, desde estudos sobre
desenvolvimento leitor (LABERGE; SAMUELS, 1974), como preditora de fluência
(ROEMBKE et al., 2019) e até estabilidade neural na leitura (LAM et al., 2017).

As pausas, segundo parâmetro da Escala, são os momentos de silêncio que ocorrem


durante a leitura. Em termos gramaticais, Viola e Madureira (2008) classificaram as pausas
em dois grupos: marca de fronteira de grupo entonacional e coincidente com fronteiras
sintáticas (dentro ou entre sentenças). Na leitura, é importante que as pausas sejam analisadas
em conjunto com os sinais de pontuações e unidades de informação. Isso porque o uso das
pausas em locais inapropriados pode marcar, educacionalmente e clinicamente, um momento
de quebra de fluência de leitura. O esquema abaixo apresenta a subdivisão.

Figura 1: Subdivisão das pausas na análise formal da fluência de leitura

Fonte: das autoras

A velocidade de leitura é o terceiro parâmetro da Escala e representa a rapidez com a


qual o leitor pronuncia as palavras. Foi bastante estudada na literatura, mostrando claramente
evolução da fluência com o passar dos anos escolares (CELESTE et al., 2018; ANDRADE et
al., 2019) ou apontando alguma dificuldade leitora (ALVES et al., 2015). O ideal, na prática

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escolar e clínica, é que o(a) estudante seja capaz de ler sem esforço, próximo à velocidade da
fala espontânea.

A entonação na leitura diz respeito à variação melódica que o leitor utiliza na


expressão do texto. Na Escala aqui apresentada, correlaciona-a diretamente com sinais de
pontuação: um ponto final, que representada a modalidade declarativa da fala, exige uma
curva melódica descendente, enquanto um ponto de interrogação, modalidade interrogativa, é
expresso por uma curva ascendente (REIS et al., 2011).

Por fim, a expressividade na Escala representa a forma como o leitor interage com o
texto e se engaja no momento da leitura no sentido de expressar suas atitudes e emoções ao ler
o texto. É a união de todos os parâmetros aqui levantados, porém de forma organizada e
harmoniosa. Apesar de estudos envolvendo velocidade de fala e variação melódica na leitura
já terem sido realizados nacional e internacionalmente (LABERGE; SAMUELS, 1974;
ALVES et al., 2015; CELESTE et al., 2018; ANDRADE et al., 2019), pesquisas sobre ênfase,
ritmo e cadência na leitura são mais escassas.

Todos esses parâmetros devem ser assinalados individualmente na Escala para


posterior análise. Para a interpretação dos resultados obtidos, são apresentados critérios
numéricos de interpretação (entre pontuações baixas e altas), e também referências as cores
em que cada domínio foi assinalada, de forma a facilitar a sua compreensão.

Assim, conforme apontado, as habilidades que foram pontuadas em 4 e 5 (e marcadas


em tons de verde) são indicativas de bom desenvolvimento da fluência leitora. É um indício
de que o escolar progride bem. Aquelas assinaladas no número 3 (em amarelo) indicam
habilidade em desenvolvimento. Sugere-se observação ao desenvolvimento da leitura deste
escolar. E finalmente as habilidades marcadas em 1 ou 2 (em tons de vermelho) constituem as
fases iniciais do desenvolvimento da fluência de leitura, e, portanto, podem indicar alerta se
forem observadas em escolares que já não estão mais nos anos iniciais do ensino fundamental.
Neste caso, uma observação atenta ao desenvolvimento da leitura de tal escolar deve ser
conduzida periodicamente, orientações e estratégias educacionais para o desenvolvimento da
leitura devem ser realizadas, e no caso de não evolução após 6 meses dos sintomas e mediante
os ajustes realizados, tais escolares devem ser encaminhados para avaliação especializada.

A escala é apresentada a seguir (Figura 2).

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Figura 2: Escala de Percepção de Fluência Leitora

Fonte: das autoras

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Sugere-se, como pesquisas futuras, estudos para validação interna e externa da escala
apresentada, bem como a comparação dos resultados perceptivos com dados acústicos de
leitura de escolares.

Conclusão

A Escala de Percepção de Fluência Leitora possibilita a avaliação perceptiva dos


principais domínios relacionados a fluência leitora, a saber: fluidez, pausas, velocidade,
entonação e expressividade. É uma Escala de domínio público, ou seja, aberta e disponível
para uso livre, desde que respeitados os direitos autorais.

READING FLUENCE PERCEPTION SCALE


Abstract: This paper proposes to present a Brazilian scale for evaluation of reading fluency
parameters, called Reading Fluency Perception Scale. The purpose of the scale is to
evaluate the main domains related to reading fluency, in order to direct the evaluators to a
better understanding of the functioning of such ability. The scale is applicable in school and
clinical environment and it is independent of reading difficulties complaint, since it should be
used as a tool for elementary school students’ reading fluency performance assessment and
monitoring. The scale has five domains: fluidity, pauses, speed, intonation and
expressiveness.
Keywords: Scale. Reading fluency. Assessment.

ESCALA DE PERCEPCIÓN DE LA FLUENCIA LECTORA


Resumen
Este artículo presenta una escala brasileña para evaluar los parámetros de la fluencia lectora,
llamada Escala de percepción de la fluencia lectora. El propósito de la escala es evaluar los
dominios principales relacionados con la fluencia lectora, con el fin de proporcionar a los
evaluadores una mejor comprensión del funcionamiento de esta habilidad. La escala se aplica
en contextos escolares y clínicos, y es independiente de la presencia de dificultades de lectura,
ya que debe ser utilizada como un instrumento para la evaluación y el seguimiento del
rendimiento de la fluencia lectora de los estudiantes de primaria I y II. La Escala de
percepción de la fluencia lectora permite evaluar la percepción de los principales dominios
relacionados con la fluencia lectora, como: fluidez, pausas, velocidad, entonación y
expresividad. Es una Escala de dominio público, abierta y disponible para uso gratuito,
siempre que se respeten los derechos de autoría.
Palabras clave: Escala. Fluencia lectora. Evaluación.

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