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Introdução

Teias alimentares: Fluxos de matéria e energia através


de múltiplas interações tróficas entre organismos.
Teias alimentares: Fluxos de matéria e energia através
de múltiplas interações tróficas entre organismos.
Cascatas Tróficas
Progressão de efeitos indiretos
Cascatas Tróficas
Progressão de efeitos indiretos
Cascatas Tróficas
Subsídios: Materiais tais como presas, detritos e nutrientes que cruzam
os limites dos ecossistemas potencialmente alterando as dinâmicas
consumidor-recurso nos ecossistemas receptores.
Polis et al. 1997

Zonas ripárias
- Áreas de encontro entre
ecossistema aquático e terrestre
- Razão P/A

Richardson et al. 2010


Subsídios: Materiais tais como presas, detritos e nutrientes que cruzam
os limites dos ecossistemas potencialmente alterando as dinâmicas
consumidor-recurso nos ecossistemas receptores.
Polis et al. 1997

Entrada passiva
- Detritos terrestres (Eggert e Wallace 2007)
- Insetos terrestres (Nakano e Murakami 2001)
Subsídios: Materiais tais como presas, detritos e nutrientes que cruzam
os limites dos ecossistemas potencialmente alterando as dinâmicas
consumidor-recurso nos ecossistemas receptores.
Polis et al. 1997

Entrada passiva
- Detritos terrestres (Eggert e Wallace 2007)
- Insetos terrestres (Nakano e Murakami 2001)
http://www.tecnologiablog.com/tag/insectos

Nunu Rizani
Subsídios: Materiais tais como presas, detritos e nutrientes que cruzam
os limites dos ecossistemas potencialmente alterando as dinâmicas
consumidor-recurso nos ecossistemas receptores.
Polis et al. 1997

Entrada ativa
- Peixes anádromos predados por ursos (Hilderbrand 1999)
- Peixes predados por aves (Anderson e Polis 1999)
- Insetos aquáticos emergentes (Muehlbauer et al. 2014)

http://losgaviriasdesopetran.blogspot.com.br/2012/09/el-rincon-de-los-animales.html
Subsídios: Materiais tais como presas, detritos e nutrientes que cruzam
os limites dos ecossistemas potencialmente alterando as dinâmicas
consumidor-recurso nos ecossistemas receptores.
Polis et al. 1997

Entrada ativa
- Peixes anádromos predados por ursos (Hilderbrand 1999)
- Peixes predados por aves (Anderson e Polis 1999)
- Insetos aquáticos emergentes (Muehlbauer et al. 2014)

Charlie Hamilton James. National Geographic


Subsídios: Materiais tais como presas, detritos e nutrientes que cruzam
os limites dos ecossistemas potencialmente alterando as dinâmicas
consumidor-recurso nos ecossistemas receptores.
Polis et al. 1997

Entrada ativa
- Peixes anádromos predados por ursos (Hilderbrand 1999)
- Peixes predados por aves (Anderson e Polis 1999)
- Insetos aquáticos emergentes (Muehlbauer et al. 2014)

http://cauceslimpios.blogspot.com.br
INSETOS AQUÁTICOS EMERGENTES
INSETOS AQUÁTICOS EMERGENTES

Subsidiam predadores ripários.

Magnitude da entrada
Preferência pelos subsídios
Condições físicas do ecossistema receptor
Huxel e McCann 1998, Marczak et al. 2007, Muehlbauer et al. 2014
INSETOS AQUÁTICOS EMERGENTES

Efeitos indiretos sobre insetos


terrestres, presas dos predadores
subsidiados
PREDADOR

(-) (-)

PRESA 1 PRESA 2
PREDADOR PREDADOR

(-) (-)
PRESA 2

PRESA 1
PRESA 1

Chaneton e Bonsall 2000


Objetivo Geral

Investigar a importância dos insetos aquáticos


emergentes na dinâmica predador-presa em uma
floresta ripária tropical
Perguntas
Em uma floresta ripária tropical…

(i) A abundância e biomassa dos artrópodes predadores ripários diminui


por causa da exclusão dos insetos aquáticos emergentes?

(ii) Os insetos terrestres aumentam sua abundância e biomassa na exclusão


de insetos aquáticos emergentes?

(iii) Em que proporção os insetos aquáticos emergentes contribuem para a


dieta dos predadores ripários?
Predições

Abundância
Biomassa

Abundância
Biomassa
Material e Métodos
Local de estudo
- Serra do Japí, Municipio de Jundiaí, São Paulo
- Mata Atlântica, Floresta semidecídua
- 4 Blocos aleatorizados, 90m
- 2 tratamentos aleatorizados = Exclusão
(fechado), Controle (aberto)
- 2 parcelas por tratamento, 5x3 m

Thais Postali

Postali 2009
Thais Postali
- 4 Blocos aleatorizados, 90m
- 2 tratamentos aleatorizados = Exclusão
(fechado), Controle (aberto)
- 2 parcelas por tratamento, 5x3 m

Thais Postali

Thais Postali
- 4 Blocos aleatorizados, 90m
- 2 tratamentos aleatorizados = Exclusão
(fechado), Controle (aberto)
- 2 parcelas por tratamento, 5x3 m

Thais Postali

vegetação

solo Thais Postali


- 4 Blocos aleatorizados, 90m
- 2 tratamentos aleatorizados = Exclusão
(fechado), Controle (aberto)
- 2 parcelas por tratamento, 5x3 m

Thais Postali

Thais Postali
- 4 Blocos aleatorizados, 90m
- 2 tratamentos aleatorizados = Exclusão
(fechado), Controle (aberto)
- 2 parcelas por tratamento, 5x3 m

Thais Postali

Thais Postali
Identificacão até família

Guildas tróficas = predadores (Pred), fitófagos (Fit), detritvívoros (Det), onívoros (Oniv)

Analises isotópicas δ13C e δ 15N


13
𝐶:12𝐶𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
δ13C = 13 − 1 . 1000
𝐶:12𝐶𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜

𝟏𝟓
𝑵:𝟏4𝑁𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
δ15N = 15 − 1 . 1000
𝑁:14𝑁𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
Análises estatísticas

- Variável preditora: tratamentos (exclusão, controle)


- Variáveis dependentes: Abundância e biomassa de guildas tróficas e δ13C e
δ15N
- PERMANOVA
- ANOVA, GLMM
- SIAR
- SIBER = Elipses padrão = Área do nicho isotópico

Nicho isotópico Nicho trófico Uso de recursos


Resultados e Discussão

ANOVA
F(1,12) = 21,57
p < 0,001

Média ± EP
* Diferença significativa
ns Diferença não significativa
25 táxons de 62 táxons de 5 táxons de insetos
predadores insetos terrestres aquáticos emergentes

Mais do 80% aranhas Fitófagos responderam


(19 táxons) à exclusão

Anyphaenidae, Araneidae e
Theridiidae responderam à
exclusão
VEGETAÇÃO Média ± EP SOLO
* Dif. significativa
Coleta Noturna ns Dif. não significativa
Coleta Noturna
A B
80 80
controle
* exclusão
(No. indivíduos/40 min)

(No. indivíduos/20 min)


Abundância média

Abundância média
60 60

40 40

*
ns
20 20
ns
ns
ns ns
ns
0 0
Pred Fit Oniv Det Pred Fit Oniv Det
PERMANOVA GLMM PERMANOVA GLMM
R2 = 0,22 z = -3,84 R2 = 0,12 z = -2,37
p = 0.044 p < 0,001 p = 0.328 p < 0,018
VEGETAÇÃO
Coleta Noturna
A
80
controle
* exclusão
(No. indivíduos/40 min)
Abundância média

60 A
40
* Controle

(No. indivíduos/40 min)


Exclusão

Abundância média
40
30

20 20
ns
ns *
ns 10
0 *
Pred Fit Oniv Det ns

0
PERMANOVA GLMM Any Ara Spa The
R2 = 0,22 z = -3,84
GLMM GLMM GLMM
p = 0.044 p < 0,001
z = -1,97 z = -1,97 z = -2,13
p = 0.048 p = 0.048 p = 0.033
VEGETAÇÃO Média ± EP VEGETAÇÃO
Coleta Noturna * Dif. significativa Coleta Diurna
ns Dif. não significativa
A C

(mg indivíduos/kg folhagem)


1500 1000
Controle
*
Biomassa média (mg/40 min)

ns
Exclusão

Biomassa média
800

1000
600

ns
*
400
500

200 ns
ns ns
ns
0 0
Pred Fit Oniv Det Pred Fit Oniv Det
PERMANOVA GLMMpredadores GLMMfitófagos PERMANOVA GLMMfitófagos
R2 = 0,12 z = -2,23 z = -1,90 R2 = 0,15 z = 3,66
p = 0.118 p = 0.025 p = 0.058 p = 0.023 p < 0,001
DUAS VEZES
VEGETAÇÃO
Coleta Noturna
A
1500
Controle
Biomassa média (mg/40 min)

A
Exclusão 500
Controle

Biomassa média (mg/40 min)


Exclusão
1000 400 *

ns 300
*
500
200

ns 100
ns
0 ns ns *
Pred Fit Oniv Det 0
GLMMfitófagos
Any Ara Spa The
PERMANOVA GLMMpredadores
R2 = 0,12 z = -2,23 z = -1,90 GLMM GLMM
p = 0.118 p = 0.025 p = 0.058 z = -2,58 z = -2,66
DUAS VEZES p = 0.010 p = 0.008
Controle Exclusão

PREDADOR PREDADOR

(-) (+)

Insetos
aquáticos
Insetos emergentes Insetos
terrestes terrestres aumentam biomassa

O risco de predação envolve uma mudança nas atividades dos fitófagos


sobre as plantas
Sendoya et al. 2009, Romero et al. 2011

Na exclusão de subsídios, o menor risco de predação aumenta o tempo de


forrageio dos fitófagos.
Aranhas da vegetação – Teias de Araneidae e Theridiidae dominantes.
Construção de teias facilita a captura de insetos emergentes
Aranhas do solo – Ambiente estruturalmente complexo
Castro e Wise 2010

Huxel e McCann 1998: Baixa entrada de recursos alóctones = Maior estabilidade


na teia alimentar (i.e., Cascatas tróficas fracas)

Marczak et al. 2007: O efeito do subsídio sobre o ecossistema receptor aumenta


com a razão “subsídios/presas autóctones”
“Green food web”

“Brown food web”

Insetos aquáticos – Chironomidae,


Culicidae, Tipulidae, Trichoptera. Sobre a
vegetação
Armitage 1995
8
Média ± EP

5
d15N

-1
-40 -35 -30 -25 -20
13
d C
Controle
Exclusão
Controle Exclusão

15% 44%

85% 56%

Terrestres

Aquáticos
Contribuição dos insetos aquáticos na dieta dos predadores

- Maior proporção de insetos aquáticos em áreas próximas às margens


dos riachos atrai predadores generalistas. Muehlbauer et al. 2014
- Fácil captura de insetos aquáticos emergentes pelas teias de aranha

- Na exclusão de subsídios, aranhas consomem mais insetos terrestres.

- Alguns táxons de predadores regulam sua biomassa de acordo com a


quantidade de insetos aquáticos emergentes
Anyphaenidae
Controle

54%
46%
Exclusão

49%

51%
Anyphaenidae
Controle

54%
46%
Exclusão

49%
Araneidae
51%
Controle

4%

96%
Exclusão

6%

94%
Anyphaenidae
Theridiidae
Controle
Controle

54%
54%
46%
46%
Exclusão
Exclusão

49%
Araneidae 71%

51%
Controle
29%
4%

96%
Exclusão

6%

94%
Anyphaenidae
Theridiidae
Controle
Controle

54%
54%
46%
46%
Exclusão
Exclusão

49%
Araneidae 71% Sparassidae
Controle Controle
51% 29%
4% 49%

96% 51%
Exclusão Exclusão

6% 44%

94% 56%
Nichos isotópicos
Predadores

Elipses = Área do nicho isotópico


Envoltória convexa = tamanho da amostra
Sobreposição = 98,5%
Nichos isotópicos
Araneidae

Elipses = Área do nicho isotópico


Envoltória convexa = tamanho da amostra
Sobreposição = 96%
Nichos isotópicos
Araneidae

Discussão

Preferência
por presas
aquáticas

Estabilidade
do nicho

Elipses = Área do nicho isotópico


Envoltória convexa = tamanho da amostra
Sobreposição = 96%
Nichos isotópicos
Anyphaenidae

Elipses = Área do nicho isotópico


Envoltória convexa = tamanho da amostra
Sobreposição = 44,4%
Nichos isotópicos
Sparassidae

Elipses = Área do nicho isotópico


Envoltória convexa = tamanho da amostra
Sobreposição = 82,8%
Nichos isotópicos
Theridiidae

Elipses = Área do nicho isotópico


Envoltória convexa = tamanho da amostra
Sobreposição = 42,7%
Discussão

Nichos tróficos

- Quanto maior variabilidade das presas (i.e., isotópica, taxonômica, níveis


tróficos), maior o nicho trófico. Bearhop et al. 2004

- Presas terrestres = 53 táxons, fitófagos, detritívoros, onívoros

- Alguns táxons com igual preferência tanto por presas aquáticas como
terrestres mudam seu nicho trófico devido a variabilidade isotópica das
presas terrestres
Considerações finais

- Insetos aquáticos emergentes subsidiam comunidade de predadores


ripários

- Porém, efeito fraco em florestas tropicais = alta produtividade secundária


(i.e, presas terrestres)

- “Green food webs” respondem mais fortemente à entrada ativa de


subsídios

- Nichos tróficos constantes em predadores com preferência aos subsídios


= Estabilidade

- Porém, apenas alguns táxons mudam seu nicho trófico = menor


preferência
A alta heterogeneidade dos ecossistemas tropicais
provavelmente dilui os efeitos dos subsídios sobre a
comunidade ripária total. Subsídios são menos abundantes
que recursos autóctones, portanto, apenas táxons com
preferência são afetados pela entrada de recursos alóctones
Agradecimentos
Camila
OEA

Tiago “Diabetico”

Sandra

Talha
Seba
Supertramp
Paula Financiamento

Maraísa

Babi

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