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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA

PALESTRA
SIDERÚRGICA AVB
AÇO VERDE BRASIL
CARBONO NEUTRO

Disciplina: Siderurgia

Turma: Processos Metalúrgicos – 3º Semestre

Docente: Nasareno das Neves

Discente: Fernando de Souza Rossi

Sorocaba, 2023
Comente e explique:

1- A usina é Integrada? Justifique.

2- Contabilidade da Emissão de Carbono.

3- Certificação de Carbono Neutro.

4- Vantagens e Desvantagens do uso do Carvão Vegetal na Siderurgia.

5- Preparação do Minério de Ferro.

6- Logística do Carvão Vegeta.

7- Balanço de Energia da Usina.

8- Impactos ambientais.

9- Sinterização.

10- Balanço de Massa.

11- Compare Coque Mineral Vs Carvão Vegetal.

12- Comente o uso de Briquetes.

13- Comente o nível de impurezas de Fósforo (P) e Enxofre (S) no Carvão Vegetal.

14- Tecnologia de Produção de Carvão Vegetal.

15- Qual a importância das propriedades mecânicas dos Briquetes?


1- A usina é Integrada? Justifique.

Sim, a usina da AVB é integrada, pois sua planta consiste de:

A) Alto Forno;
B) Convertedor LD;
C) Forno Panela;
D) Lingotamento;
E) Forno de Reaquecimento;
F) Acabador – Intermediário – Desbaste;
G) Produto Final: Bloco Tarugo, Fio Máquina e Vergalhões;
H) Tratamento Térmico.

2- Contabilidade da Emissão de Carbono.

A Contabilidade e Controle é feita através de dados adquiridos em campo e


inseridos em uma planilha Excel de cálculo de inventário de CO2 World Steel.
3- Certificação de Carbono Neutro.

- Pontos importantes que a AVB implementou para a obtenção do certificado


Carbono Neutro:

1ª Utilização do Carvão Vegetal no processo de fabricação do Aço, substituindo o


Carvão Mineral outro qualquer outro combustível fóssil.

2ª Utilização do Forno de Reaquecimento de Produto Semiacabado (Utilizando


Tecnologia Regenerativa), onde utiliza-se 100% do Gás de Alto Forno sem a
necessidade de complemento com combustíveis fosseis.

3ª Práticas sustentáveis: Reutilização de subprodutos gerados no processo


produtivo, investimentos em reflorestamento de Eucalipto, em recursos naturais e
os 100% da água consumida 95% são tratadas e reutilizada.
4- Vantagens e Desvantagens do uso do Carvão Vegetal na Siderurgia.

Vantagens: É uma fonte de energia renovável, assim sua produção contribui para
a preservação do meio ambiente e evita o agravamento do efeito estufa.

Desvantagens: Apesar de ser fonte renovável de energia, boa parte do carvão


vegetal ainda é feita de maneira rudimentar e utilizando vegetação nativa e não de
reflorestamento, agravando o desmatamento.

5- Preparação do Minério de Ferro.

Para o processo da ABV é utilizado o minério e Ferro 100% granulado.

Quanto ao fornecimento, o minério fornecido é da serra dos Carajás, que fica


aproximadamente 370km de Açailândia.

6- Logística do Carvão Vegetal.

A matéria – prima no caso o Eucalipto e plantado em área de propriedade da AVB,


próximo a Siderúrgica.

Para isso, a empresa desenvolve uma série de projetos de longo prazo. Entre
eles, a iniciativa de produzir carvão vegetal utilizando um novo tipo de forno
industrial, de patente e de engenharia própria.

7- Balanço de Energia da Usina.

Siderúrgica AVB por meio de duas grandes linhas de ação: a substituição de


fontes energéticas e a melhoria da eficiência energética. Na primeira linha, foram
abordadas a substituição do coque por carvão vegetal e do GLP por gás natural.

A segunda linha contemplou a implantação de projetos de eficiência para os


vários energéticos utilizados na empresa e o desenvolvimento de um projeto piloto
para economia de energia elétrica, utilizando o recurso da Lei de Eficiência
Energética.

Com a conclusão dos trabalhos, a Empresa Siderúrgica passou a ter o maior


alto-forno a carvão vegetal do mundo e uma das matrizes energéticas mais limpas
do setor, além de promover uma grande redução das emissões de CO2 e
aumentar significativamente sua competitividade. A substituição do coque por
carvão vegetal na Empresa Siderúrgica, que é uma tecnologia limpa e mais
favorável ao equilíbrio ambiental, promoveu a redução de aproximadamente
500.000 toneladas de CO2 por ano e aumentou a competitividade, através da
redução de 21,5% no custo com a matriz energética.
Na Empresa Siderúrgica AVB, a substituição do GLP por gás natural gerou um
expressivo benefício em termos de redução do custo unitário com energia, da
ordem de 30%, contribuindo também para um aumento de competividade da
empresa. Além deste, outros benefícios relacionados à redução de custos em todo
o processo de recebimento, manuseio e distribuição do gás também foram
alcançados.

O gás natural se mostrou ainda vantajoso quando foram analisados outros


aspectos como 244 segurança, qualidade, controle, faturamento e meio ambiente.
Neste último aspecto, a introdução do gás natural no lugar do GLP gerou um
potencial de redução anual de 24.818 t de emissões de CO2.
Uma marcante melhoria na qualidade de aquecimento dos produtos nos
principais processos siderúrgicos envolvidos foi ainda detectada. Finalmente, a
introdução desta nova forma de energia na Empresa Siderúrgica tornou sua matriz
energética mais flexível.

O trabalho desenvolvido permitiu a implantação de um projeto de eficiência


energética, que servirá de referência, abrindo portas para aplicação da
metodologia apresentada na melhoria da eficiência energética do ponto de vista
da eletricidade em outros equipamentos e processos da planta.
Através deste tipo de projeto, as oportunidades de utilização de recursos
disponibilizados através da Lei de Eficiência Energética podem ser aproveitadas.
No caso do projeto piloto escolhido, a solução técnica adotada propiciou um
aumento de rendimento do processo da ordem de 60%, gerando um potencial de
economia anual superior a 800.000 kWh.

Além deste, outros ganhos secundários foram identificados, como, por


exemplo, a melhoria das condições ambientes da sala elétrica, redução de
obsolescência e custos com manutenção, e a redução da emissão de CO2 da
ordem de 400 t/ano. O resultado final foi o aumento da participação de fontes de
energia renovável na matriz energética da empresa, passando de 64% em 2008
para 88% em 2011; redução das emissões de CO2 em aproximadamente 50%
representando 550.000 toneladas por ano e aumento da competitividade com a
redução de custos com energéticos em 30%.
8- Impactos ambientais.

O processo de reutilização de materiais e subprodutos do processo, vai além de


manter o ambiente sem resíduos, a AVB agrega o seu maior valor em
compreender que é a partir de resíduos, que pode-se ser sustentável.

Ser sustentável é saber triar todas as vantagens dos resíduos, através de


resíduos economizamos recursos naturais que veem desde materiais essenciais
para produção, até a energia que se é utilizada no processo que teve o resíduo.

O valor que ninguém vê está em valorizar os recursos naturais que tiveram os


resíduos, visando este princípio que incentivamos a fomentação da utilização de
sucatas e escorias. Reutilização de escorias no processo de fabricação de Gusa e
Reaproveitamento de sucata no processo de fabricação de aço, os diversos
objetos composto por ferro sem utilização, é utilizado para criação de novos
produtos, através da fabricação do tarugo de aço.

Nos processo de fabricação, são instalados sistemas modernos de tratamento


de água e efluentes industriais que consistem em manter 95% da água
direcionada ao consumo industrial, tratada e reutilizada, as percas são
representadas por evaporação.

A AVB também possui complexos sistemas de despoeiramentos, que são


responsáveis pela qualidade do ar, captando todas as partículas solidas geradas
nos processos de fabricação do aço, assim como sistema de armazenamento e
reaproveitamento de Gás do Alto forno em diversos processos.

9- Sinterização.

Na usina AVB não utiliza-se o Sínter e sim 100% do Minério de Ferro granulado.

Não se utiliza o processo de Sinterização, pois é mais um processo emissor de


CO2.
10- Balanço de Massa.
11- Compare Coque Mineral Vs Carvão Vegetal.

Coque Mineral

O carvão mineral é uma mistura de hidrocarbonetos formada pela


decomposição de matéria orgânica durante milhões de anos, sob determinadas
condições de temperatura e pressão.

De acordo com o Atlas da Energia Elétrica do Brasil (ANEEL, 2005), esse


combustível fóssil é classificado, conforme sua qualidade, em: • Turfa, de baixo
conteúdo carbonífero, que constitui um dos primeiros estágios do carvão, com teor
de carbono na ordem de 45%.

• Linhito, que apresenta teor de carbono que varia de 60% a 75%. É


empregado na siderurgia, como redutor, graças a sua capacidade de ceder
oxigênio para a combustão como matéria-prima na carboquímica.

• Carvão betuminoso (hulha), mais utilizado como combustível. Contém entre


75% e 85% de carbono. São compostos de carbono, restos vegetais parcialmente
conservados, elementos voláteis, detritos minerais e água. É empregado tanto
como combustível quanto como redutor de óxidos de ferro e, graças a suas
impurezas, na síntese de inúmeras substâncias de uso industrial.

• Antracito, o mais puro dos carvões, que apresenta um conteúdo carbonífero


superior a 90%. Última variedade de carvão surgida no processo de carbonização
caracteriza-se pelo alto teor de carbono fixo, baixo teor de compostos voláteis, cor
negra brilhante, rigidez e dificuldade com que se queima dada sua pobreza de
elementos inflamáveis. É usado como redutor em metalurgia, na fabricação de
eletrodos e de grafita artificial. Uma de suas principais vantagens consiste em
proporcionar chama pura, sem nenhuma fuligem.

Carvão Vegetal

Segundo o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE, 2010) a


utilização de carvão vegetal é conhecida pela humanidade desde as mais remotas
eras e vem sendo ampliada, no espectro que varia desde a sua propriedade
comburente até medicamentosa, dia a dia.

Historicamente, o carvão vegetal foi usado na metalurgia, na fusão do cobre,


entre os anos 6000 a 5500 AC, período ao qual se atribui o início do seu emprego
como fonte de energia.

Na siderurgia, depois da invenção do alto forno, aproximadamente em 1400


da era atual, o carvão vegetal foi usado intensivamente em todas as regiões da
atual União Européia. No século 18, a exaustão das florestas, resultante do seu
uso desordenado, impôs a busca por combustível alternativo, o que levou ao
desenvolvimento do coque, produzido a 60 partir de carvões minerais.

Observa-se, nesse fato, que existe uma razão inquestionável para se


considerar o modelo de produção do carvão vegetal além da utilização dos
potenciais madeireiros naturais. Mais do que tudo, serve como um alerta, haja
vista que se trata de um potencial renovável e que, por isto, deve ser tratado de
forma própria quando submetido ao conceito de utilização.

12- Comente o uso de Briquetes.

O uso destes briquetes reduzirá o consumo de minério de Ferro e Carvão


Vegetal em 10% e consequentemente as emissões de CO2, bem como
eliminará também os resíduos sólidos gerados nos processos produtivos.
13- Comente o nível de impurezas de Fósforo (P) e Enxofre (S) no Carvão
Vegetal.

Se o carvão vegetal tiver nível altos de Fósforo e Enxofre estas impurezas


aparecerá no Ferro Gusa.

Na AVB os níveis de Fósforo e Enxofre no Gusa é 2 a 10 ppm para o Fósoro


(P) e de 8ppm para o Enxofre (S).

14- Tecnologia de Produção de Carvão Vegetal.

É notória a evolução do setor em relação à compreensão das variáveis da


madeira, do processo de carbonização e do próprio carvão vegetal. O conhecimento
atual, adquirido através dos anos de utilização dos sistemas de alvenaria
tradicionais, fornece a base tecnológica na busca pela inovação.

Nesse contexto, novas tecnologias de produção surgiram, e, junto a elas, vieram


os desafios de viabilidade técnica e econômica, o que levou ao insucesso de várias
propostas.

Qualquer tecnologia de produção de carvão vegetal, atualmente, deve ser


pautada na redução das emissões de gases de efeito estufa, como CH 4 e CO. Na
tecnologia, por se tratar de um processo totalmente fechado, onde os subprodutos
são devidamente aproveitados, as emissões atmosféricas estão restritas ao CO2 e
ao vapor de água.

A quebra de paradigmas com as novas florestas, não apenas produtivas, mas


que também apresentem características tecnológicas adequadas à produção de
carvão vegetal, aliada à utilização de tecnologias que visam à maximização da
qualidade, múltiplos produtos e sustentabilidade ambiental, reescreverá a
utilização dos produtos da carbonização, garantindo aos processos metalúrgicos
subsequentes novos patamares de produtividade.

Essa é a contribuição do setor florestal para a manutenção da sustentabilidade


da nossa siderurgia e da metalurgia nacional.
15- Qual a importância das propriedades mecânicas dos Briquetes?

A importância da propriedade mecânica do briquete influencia a temperatura de


carbonização.
Testes laboratoriais em vários Mix de composições para briquetes foram feitos.

O Mix que teve o melhor resultado foi o de composição de: Lama de Alto Forno,
Pó de Balão de exaustão, rebarba ou carepa de aço e como liga cimento.
Este Mix foi muito bem visto pois é redutor e esfurificante.

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