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Planejamento
e
Controle
de
Manutenção
9. EMPRESA_________________________________________ 19
12.3. Tag_______________________________________________________ 34
12.3.1. Tag de unidade __________________________________________________ 34
12.3.2. Tag de posição ___________________________________________________ 34
12.3.3. Ligação entre tags ________________________________________________ 35
12.3.3.1. Identificação hierárquica ________________________________________ 35
12.3.3.2. Identificação cruzada ___________________________________________ 35
O que é MANUTENÇÃO...?
É a ação de manter, sustentar, conservar ou consertar alguma coisa ou algo (Diretriz Empresa).
Nota 1: Para a Diretriz de Manutenção da Empresa, manutenção é o conjunto de atividades aplicadas e realizadas de
forma organizada e registrada em ativos (equipamentos ou instalações).
Atividade coordenada de uma organização para obter valor a partir dos seus ativos (Definição de “Gestão
de Ativos” da NBR 55.000 tópico 3.3.1).
A manutenção (ou gestão de ativos conforme a NBR 55.000) tem por objetivo principal, conservar as
condições básicas de funcionamento, capabilidade e disponibilidade dos ativos (equipamentos e instalações),
estando estes sempre aptos para desempenhar as suas funções básicas (Diretriz Empresa).
Resumo
Pouco mecanizada
Equipamentos simples e super dimensionados
Produtividade era prioritária
Manutenção não era sistematizada
Registros manuais de serviços e controles apontados
Serviços de limpeza, lubrificação e reparos corretivos executados após a quebra
Serviços já focados na redução dos custos e aumento da produtividade, surge a manutenção PREVENTIVA.
A partir da década de 70
Tendência de se utilizar
As intervenções devem ser reduzidas ao máximo, evitando gastos, tempo, pessoal e desvio da
produtividade. Reforça-se o conceito de manutenção PREDITIVA.
A partir da década de 90
Estrutura onde o time de executantes da manutenção não fica ligado diretamente a uma ou mais áreas
específicas da planta, ou seja, atuam somente sob demanda específica conforme planejamento ou necessidade,
e ao fim do planejamento ou necessidade, estão livres para o próximo planejamento ou necessidade.
Vantagens
o Menor efetivo necessário
o Melhor aproveitamento da equipe, oficina e ferramentas
o Estrutura de supervisão mais enxuta
Desvantagens
o Maior deslocamento da equipe
o Menor cooperação entre operação e manutenção
o Menor conhecimento técnico específico dos equipamentos
Vantagens
o Menor deslocamento da equipe
o Maior cooperação entre operação e manutenção
o Maior conhecimento técnico específico dos equipamentos
Desvantagens
o Maior efetivo necessário
o Menor aproveitamento da equipe, oficina e ferramentas (quantidade)
o Estrutura de supervisão mais ampla
A manutenção mista une o melhor das duas estruturas de manutenção reduzindo as desvantagens em
ambas as estruturas, pois ela mantém um time fixo dentro de cada fábrica ou área para um pronto atendimento
mais rápido e eficaz, e na necessidade de grandes intervenções, o time da estrutura centralizada atua para apoiar
as atividades esporádicas.
3. CONCEITOS DE MANUTENÇÃO
Atividade de manutenção que ocorre quando um ativo ou componente perde total ou parcialmente a sua
função requerida.
4. ATIVIDADES DA MANUTENÇÃO
Manutenção planejada é uma atividade que consiste em detectar e tratar as anomalias dos ativos ANTES
que elas possam produzir defeito, perdas ou qualquer tipo de impacto indesejado ao sistema.
4.2.1. Preventiva
Manutenção preventiva é uma atividade que consiste na execução de um serviço baseado ou troca de
componentes em intervalos fixos de tempo medidos por um calendário fixo ou através de um calendário baseado
em consumo.
4.2.1.1. Inspeção
Inspeção é uma atividade que consiste na execução de uma análise da condição de degradação de um
ativo ou componente, sendo esta realizada por meios sensitivos (Ser humano) ou por meios tecnológicos
(Instrumentos).
4.2.1.2. Lubrificação
Lubrificação é o processo ou técnica utilizada na aplicação de uma camada chamada lubrificante com a
finalidade de reduzir o atrito e o desgaste entre duas superfícies sólidas em movimento relativo separando-as
parcialmente ou completamente.
4.2.1.3. Sistemática
Sistemática é uma atividade que consiste na troca de componentes desgastados ou em final de vida útil
de maneira sistêmica, independente do estado ou condição do componente.
4.2.2. Preditiva
Manutenção preditiva é uma atividade realizada com base nas condições do ativo ou componente, ou
seja, através de uma inspeção* nas variações apresentadas pelo ativo ou componente durante o seu ciclo de
vida.
Nota 1: Para algumas literaturas, a manutenção preditiva também é classificada como um tipo de inspeção, sendo
esta separada através da metodologia de execução conforme abaixo...:
4.2.4. Melhoria
Manutenção por melhoria é uma atividade realizada na qual se tem por objetivo principal a melhora em
condições específicas do ativo, seja essa focada em qualquer uma das faces de atuação do ativo ou componente,
ou seja, ganhos em segurança, qualidade, produtividade, redução de custos, etc.
4.2.5. Calibração
Calibração é o nome dado ao conjunto de operações que estabelecem, sob condições especificadas, a
relação entre os valores indicados por um instrumento (calibrador) ou sistema de medição e os valores
representados por uma medida materializada ou um material de referência, ou os correspondentes das grandezas
estabelecidas por padrões.
Manutenção corretiva é uma atividade realizada na qual se tem por objetivo a recuperação das condições
funcionais básicas de operação do ativo ou componente, através da eliminação da anomalia apresentada
anteriormente.
Manutenção não planejada é uma atividade realizada onde não há tempo hábil para preparativos e/ou
planejamento.
Manutenção corretiva emergencial é uma atividade realizada após a ocorrência de uma quebra/falha e a
mesma reduz a zero a capacidade do ativo ou componente de realizar a sua função básica.
Manutenção realizada quando é atingida uma condição específica e não regular (sem gatilho em relação
a frequência).
Manutenção realizada utilizando oportunidades de paradas dos ativos para outras finalidades, e nessas
paradas as atividades de manutenção são realizadas.
8.1.1. Década de 20
Entre a revolução industrial e a primeira guerra mundial, a manutenção era executada pelos próprios
operadores, sem qualificação ou conhecimento específico. Após a primeira guerra mundial e com a popularização
da produção em série, as indústrias começaram os primeiros programas de manutenção.
8.1.2. Décadas de 30 e 40
Nas décadas de 30 e 40, com a escalada para a segunda guerra mundial, com o aumento da demanda
de produção e com o conseqüente aumento do número de máquinas, a manutenção passou a ocupar uma posição
mais importante nas organizações.
8.1.3. Década de 50
Nas décadas de 50, com a evolução da aviação comercial e da eletrônica embarcada nos equipamentos,
identificou-se que o tempo em identificar uma falha era maior do que o tempo em solucioná-la. Dessa forma, foi
criada a equipe de assessoramento chamada de engenharia de manutenção.
A partir de meados da década de 60, com a evolução dos computadores e a sofisticação dos instrumentos
de medição, começou a serem criadas as equipes de planejamento e controle de manutenção (PCM).
a. Uma empresa é uma unidade econômica social, integrada por elementos humanos, materiais e
técnicos.
b. Uma empresa pode ser definida com um conjunto de pessoas e meios materiais, constituída
legalmente, capaz de gerar bens e serviços.
Para que uma empresa exista, ela depende de três principais fatores...:
Matéria prima...: Representada por tudo o que a natureza lhe oferece ou o que é adquirido em forma de
materiais e que são indispensáveis para o oferecimento dos produtos e serviço.
Subdivisão da empresa que tem uma função específica dentro da estrutura organizacional.
Ativo é um item, algo ou entidade que tem valor ou potencial para uma organização.
Nota 1: O valor pode ser tangível ou intangível, financeiro ou não financeiro, e inclui a consideração de riscos e
passivos. Ele pode ser positivo ou negativo, em diferentes estágios da vida do ativo.
Nota 2: Ativos físicos geralmente referem-se a equipamentos, estoques e propriedades de possa da organização. Ativos
físicos são o oposto de ativos intangíveis, que são ativos não físicos, como contratos de arrendamento, marcas, ativos digitais,
direitos de uso, licenças, direitos de propriedade intelectual, reputação ou acordos.
Nota 3: Um agrupamento de ativos referidos como um sistema de ativo também pode ser considerado um ativo.
É todo o período que compreende qualquer tipo de atividade empregada sobre o ativo, desde o seu
projeto até o seu descarte, e este pode ser dividido em 5 fases distintas...:
9.4.1. Projeto
9.4.2. Fabricação
Acompanhamento da fabricação garantirá que o que foi projetado será executado com a qualidade
necessária. Nesta fase desenvolve-se e aplica-se o plano de inspeções e testes, e entrega-se data book, contendo
todos os dados de fabricação, manuais de operação e manutenção e listas de peças sobressalentes.
9.4.3. Instalação
Esta etapa também garante a execução do que foi projetado. Nesta fase realiza-se o comissionamento
dos equipamentos ou sistemas, com a participação de fabricantes e montadores. Os erros durante a instalação
podem causar falhas crônicas ao longo de toda a vida útil do ativo.
9.4.4. Operação
Esta etapa visa à maior utilização possível do ativo, respeitando-se os limites impostos pelo seu projeto.
Os responsáveis por esta fase são os efetivos “donos” do ativo e devem garantir que a especificação feita na
etapa de projeto tenha sido feita de acordo com o uso previsto.
Esta etapa visa garantir a melhor vida útil possível do ativo, executando a sua função em sua plenitude.
Deve maximizar a disponibilidade e a confiabilidade do ativo enquanto executa sua função dentro dos parâmetros
pré-estabelecidos. Para isso deve executar o menor número de intervenções possíveis e garantindo o menor
número de falhas.
Relativamente ao Brasil podemos também constatar que as grades curriculares das escolas técnicas e de
engenharia eram predominantemente de projeto, fabricação e montagem de máquinas e equipamentos, porém,
pouca ou nenhuma formação das grades tratava especificamente de assuntos ligados a manutenção ou a
planejamento.
Passados mais de sessenta anos do final da 2ª guerra mundial, algumas perguntas ainda são necessárias
e rondam o ambiente das grandes empresas...:
- Será que as empresas têm um programa sistematizado de treinamento para planejadores de manutenção
adequados aos ativos de suas fábricas...?
- Será que os profissionais de planejamento de manutenção conhecem todos os processos de suas atividades e
suas interfaces com as outras atividades e áreas da fábrica...?
Com base na estrutura hierárquica da manutenção da Empresa, podemos dividir a área da manutenção
da Empresa em 3 principais grupos...:
Área com a finalidade de gerenciar as atividades planejadas da manutenção, sendo esta responsável
por...:
Gerir e garantir a utilização do sistema informatizado de manutenção (SAP.PM), sendo este o ÚNICO e
OFICIAL software de gestão da manutenção dentro da Empresa
Cadastrar e atualizar planos de manutenção no sistema de manutenção;
Planejar, programar, controlar e acompanhar as manutenções preventivas e preditivas, conciliando com
o plano de produção da unidade fabril;
Atualizar cronograma anual de manutenções preventivas e preditivas;
Especificar materiais através de manuais, catálogos e contatos com fornecedores;
Planejar e solicitar a compra de materiais e serviços, realizando follow up dos mesmos;
Organizar e manter as informações atualizadas de catálogos, desenhos e manuais;
Gerar e atualizar os indicadores de manutenção;
Analisar os indicadores de manutenção junto à gerência;
Desenvolver o PO de manutenção preventiva junto à gerência;
Garantir o cumprimento do PO de manutenção preventiva;
Analisar os custos de manutenção da fábrica junto à gerência;
Discutir e assegurar o cumprimento dos contratos de manutenção;
Analisar junto à execução da manutenção e a gerência a quantidade de peças em estoque;
Garantir o atendimento às todas as normas e requisitos legais aplicáveis;
Apoiar a implementação do pilar de gestão de ativos;
Apoiar os técnicos na elaboração das análises de falhas das ocorrências.
Desenvolver novos fornecedores em parceria com suprimentos;
Desenvolver novos projetos e/ou processos em parceria com outras áreas.
Nota 1: É possível e liberado a utilização de outros softwares para “apoio” ao SAP.PM (Excel para gráficos, MS-Project
para programação de paradas), porém, SOMENTE o SAP.PM deverá ser usado para a gestão ordens de serviço, planos de
manutenção, datas de execuções, planejamento de atividades, apontamentos, custos (via SAP.CO/FI) e todas as informações
pertinentes a gestão da manutenção de máquinas, equipamentos e instalações, incluindo atividades focadas em eficiência
energética.
Nota 2: O time de planejamento e controle de manutenção NÃO DEVE SER RESPONSÁVEL por dar atendimento nas
ocorrências de manutenções corretivas não planejadas ou corretivas emergenciais.
Área com finalidade de realizar de maneira constante a análise do todos os processos, fluxos e atividades
da manutenção, sempre na busca por melhorias. Estas melhorias podem ser focadas em...:
Implementar projetos, estudos e programas como o SIM (Sistema Integrado de Manufatura), excelência
de manutenção, projetos de eficiência energética, redução de custos;
Participar e melhorar os procedimentos de operação das áreas de utilidades e execução das tarefas de
manutenção;
Apoiar os pilares de gestão e produtividade, qualidade, planejamento, pessoas, Adm/Financeiro e SSMA
nas interfaces com a área de manutenção (pilar gestão de ativos);
Avaliar e construir planos de ação referente às melhorias propostas, participando das reuniões nas
unidades quando necessário;
Avaliar estoque de peças e partes de manutenção, participando da definição e avaliação contínua dos
itens de estoque, quantidades, pontos de reposição e fornecedores, bem como avaliação de sua
nacionalização;
Criticar e aprimorar os planos de manutenção preventivas e preditivas das unidades fabris com base nos
dados de catálogo, no histórico do sistema informatizado de manutenção, melhores práticas e melhorias
ou adequações implementadas;
Desenvolver as metodologias de análise de falhas dentro da área de manutenção, buscando a melhoria
constante de equipamentos e processos, solução de problemas e quebras/falhas de gravidade alta;
Buscar e homologar novas tecnologias e fornecedores, qualificando, padronizando os fornecimentos
através de conhecimentos técnicos e procedimentos;
Participar da elaboração e na realização de treinamentos das áreas de manutenção e produtivas.
Nota 1: A engenharia de manutenção pode ser uma ÁREA dentro da manutenção e sujeita a gerência de manutenção,
com funcionários e equipe específica para as suas atividades atuando com foco específico. Outra possibilidade é a de que os
funcionários das áreas de planejamento e execução realizem estas atividades dentro das suas próprias rotinas, sendo estas
consideradas atividades de engenharia de manutenção.
Nota 1: A área de execução NÃO É SUBORDINADA a área de planejamento, contudo, esta deve trabalhar em conjunto
com a mesma, sempre na busca do mesmo objetivo determinado pela fábrica.
A área do PCM pode ser considerada como o cérebro da manutenção, tendo este uma função vital para o
perfeito funcionamento da manutenção como um todo, entendendo, analisando e tratando as demandas
originadas de diversas fontes e as traduzindo de maneira consistente em ações planejadas e alinhadas com os
objetivos e as diretrizes da Empresa.
Em resumo...:
Embora possa parecer óbvia, é importante fixar de início a razão de ser do núcleo de planejamento e
controle da manutenção. Esse núcleo engloba o conjunto de atividades da manutenção relacionadas ao
planejamento, aprovisionamento de materiais e sobressalentes, programação, coordenação e controle dos
serviços.
Este por sua vez deve estar integrado ao modelo de gestão de manutenção de classe mundial e participar
de modo orientado dos projetos em que as diretrizes são desdobradas para o atendimento das metas.
Olhando para um cenário onde uma área de PCM esteja devidamente implementada, estas condições
abaixo podem ser consideradas como básicas para o seu funcionamento...:
Entradas podem ser classificadas como os 3 principais grupos de informações que o PCM deve ter
conhecimento para poder processá-los a fim de buscar as saídas desejadas.
11.2.1. Ativos
Relação de todos os ativos (equipamentos e instalações) do qual a área do PCM deve manter em condições
normais de operação e utilização.
Estes por sua vez devem estar devidamente registrados no CMMS (SAP.PM), de forma hierárquica,
tagueado (tag de posição, individual ou ambos) e com a criticidade ABC devidamente realizada (a fim de auxiliar
a tomada de decisão).
Equipe responsável pela execução das atividades de manutenção, podendo esta ser própria, terceirizada
ou mista, variando conforme o grau de tecnologia da fábrica ou conforme estratégia de manutenção da Empresa.
Esta equipe deve estar devidamente dividida entre as competências técnicas para a execução das
atividades de manutenção, sendo geralmente dividias em...:
Mecânica
Elétrica
Instrumentação (contemplando calibração)
Civil (contemplando hidráulica)
Existe também a possibilidade de se mesclar as competências técnicas a fim de se obter maior agilidade
na execução das atividades, eliminando dessa forma a necessidade de 2 técnicos distintos para a execução de
uma única atividade.
11.2.3. Materiais
Todo e qualquer material físico que seja necessário para se realizar a atividade de manutenção no ativo
(equipamento ou instalações).
Almoxarifado técnico
Área dentro da fábrica destinada ao estoque de peças reservas (com reposição automática ou manual)
com o objetivo de agilizar a execução das atividades de manutenção.
Compra direta
Solicitação pontual da aquisição do material através da necessidade existente de substituição.
Em ambos os casos, a atuação do PCM é de extrema importância, seja na identificação das peças que
são necessárias uma quantidade definida em estoque, seja no planejamento da compra do material mediante a
necessidade pontual.
Todo e qualquer evento ou atividade de manutenção que se destine a restabelecer uma condição básica
de funcionamento ou estado do ativo ou a manter a sua condição atual.
Em resumo, as necessidades são propriamente as atividades de manutenção que devem ser realizadas,
ou seja...:
11.3. Processos
Processos podem ser classificados como as atividades de responsabilidade direta da área do PCM sobre
as entradas, atividades estas onde ele desempenhará as suas funções com foco exclusivo nas metas e objetivos
de saída.
É através desses processos que o PCM irá contribuir com a sua parcela para a construção da elevação da
DISPONIBILIDADE e da CONFIABILIDADE dos ativos da empresa.
11.3.1. Planejar
O ato de planejar com foco na área do PCM consiste na análise das necessidades futuras para a realização
das atividades de manutenção (planos de manutenção) ou nas atividades originadas de outros meios (melhorias
e correções programadas), e na obtenção de forma planejadas dessas necessidades.
Planejar pode também ser considerado como a fase onde se procura conseguir todos os meios necessários
para a realização das atividades de manutenção, ou seja...:
o Aquisição de materiais
o Disponibilidade de mão de obra para a execução
o Disponibilidade do ativo para a realização*
* Análise prévia do plano produtivo do equipamento
11.3.2. Programar
O ato de programar com foco no PCM consiste no devido agendamento da execução da atividade de
manutenção a ser realizada, ou seja, programar é definir...:
O ato de coordenar com foco no PCM consiste no devido acompanhamento das atividades de manutenção
que estão programadas e no suporte ao time de execução em eventuais barreiras que impeçam a devida
execução, ou seja...:
11.3.4. Controlar
O ato de controlar com foco no PCM consiste no gerenciamento das informações referentes às execuções
das atividades de manutenção e todas as suas interfaces, ou seja...:
O indicador de meio como o próprio nome sugere, são indicadores que refletem as condições de processos
intermediários, condições estas que influenciam diretamente os números que compõem os resultados finais
esperados para a eficácia do PCM, ou seja, são através deles que é possível realizar uma análise mais apurada
dos motivos que influenciam os indicadores de fim.
11.4. Saídas
Saídas podem ser classificadas como todos os resultados originados dos processos ocorridos dentro do
PCM sobre as entradas.
Estas saídas ou resultados devem estar devidamente descritos e alinhados com as diretrizes da Empresa,
pois dessa forma será possível comparar o planejado x realizado dos objetivos e metas do PCM, e dessa forma,
obter a eficácia do PCM.
A eficácia do PCM pode ser classificada como a relação entre os objetivos e metas planejados para o PCM
e os seus respectivos resultados obtidos. Os objetivos e as metas aplicadas ao PCM devem estar em linha com
os objetivos e metas das diretrizes da Empresa.
Uma das principais formas de analisar a eficácia do PCM é através da analise dos indicadores de fim da
manutenção, ou seja...:
o Volume de produção
o % de Disponibilidade dos ativos
o % de Confiabilidade dos ativos
o % de Eficiência mecânica dos ativos ou % de Ineficiência de manutenção
o Custos líquidos de manutenção
o Custos de manutenção por produção
Os itens de verificação são estabelecidos sobre as medidas (causas), que por sua vez tem influência direta nos
itens de controle, ou seja, a meta (efeito).
11.7.1. Entradas
11.7.2. Planejamento
11.7.4. Coordenação
11.7.6. Controle
Todo ativo deve estar registrado dentro de um sistema informatizado de gerenciamento da manutenção
(CMMS), porém, esse registro deve seguir algumas premissas a fim de aprimorar o cadastro em si, além também
de facilitar a tomada de decisão no caso de conflito de interesses no momento das execuções das atividades de
manutenção.
12.2. Hierarquia
A hierarquia consiste na ordenação de elementos por ordem de importância, sendo esta importância
definida conforme a necessidade ou o modelo de gestão da manutenção.
Dentro da Empresa do modelo de gestão da manutenção para a hierarquia ficou definida da seguinte
forma...:
12.3. Tag
Tag é uma palavra-chave, termo associado a uma informação ou um código identificador de um objeto
dentro de um sistema de gerenciamento (CMMS). Esse tag pode apresentar 2 classificações distintas...:
Nota 1: Tag é uma palavra da língua inglesa que pode ser traduzida como etiqueta.
Tag de unidade é uma identificação ÚNICA atribuído a um objeto ÚNICO, nunca havendo duplicidade de
identificação para qualquer tag de objeto.
Exemplos...:
Obs...: A identificação não é referenciada aos detalhes técnicos e construtivos dos objetos, mas sim ao objeto físico
existente, a peça, a unidade, ao item.
Tag de posição é uma identificação ÚNICA atribuída a uma POSIÇÃO dentro da estrutura do processo
produtivo. O tag de posição é único, porém, vários tags de unidade podem ser atribuídos para o mesmo tag
posição.
Exemplo...:
Existem diversas formas de realizar a ligação entre os tipos de identificações dentro do sistema de
gerenciamento de informações, porém as 2 mais utilizadas são...:
Nesse formato o tag de unidade é um sub nível ligado hierarquicamente logo abaixo do tag de posição.
A utilização desse formato consiste criação dessa estrutura adicional na hierarquia de identificação dos
objetos. O modo de gerenciamento consiste na modificação do tag de unidade abaixo do tag de posição a cada
troca de equipamento.
Nesse formato o tag de posição e o tag de unidade estão informados dentro do MESMO OBJETO no sistema
de gerenciamento.
A utilização desse formato consiste na criação de um campo adicional dentro dos dados mestres do
cadastro do objeto dentro do sistema de gerenciamento, dessa forma, as duas identificações estarão disponíveis
para o mesmo objeto em todas as utilizações. O modo de gerenciamento consiste na modificação do tag de
posição dentro do cadastro do tag de unidade a cada troca de equipamento.
12.4. Criticidade
Criticidade também pode ser definida para os conceitos de manutenção no grau de impacto que poderá
ocorrer caso o ativo em questão venha a sofrer algum tipo de anomalia ou quebra/falha, seja esse impacto em
qualquer uma das áreas (faces) que compõem a matriz de criticidade conforme abaixo...:
A – Criticidade Alta
Ativos com ALTO IMPACTO para a fábrica caso o mesmo venha a deixar de funcionar, seja na segurança
dos colaboradores, agressões ao meio ambiente, impacto em produtividade, tempo de reparo ou custos de
reparos emergenciais.
B – Criticidade Média
Equipamentos com MÉDIO IMPACTO para a fábrica caso o mesmo venha a deixar de funcionar, seja na
segurança dos colaboradores, agressões ao meio ambiente, impacto em produtividade, tempo de reparo ou custos
de reparos emergenciais.
C – Criticidade Baixa
Equipamentos com BAIXO IMPACTO para a fábrica caso o mesmo venha a deixar de funcionar, seja na
segurança dos colaboradores, agressões ao meio ambiente, impacto em produtividade, tempo de reparo ou custos
de reparos emergenciais.
Lista de ativos (equipamentos, conjuntos e subconjuntos) da unidade fabril onde é descriminado o grau
de criticidade e o impacto de cada ativo dentro do processo, baseando-se na ocorrência de uma possível
quebra/falha.
A matriz de criticidade da Empresa analisa os impactos em: Segurança, meio ambiente, mantenabilidade,
qualidade, produtividade e custos.
Este por sua vez é formada por uma estrutura de perguntas e respostas, no qual cada resposta está
classificada segundo um nível de impacto, e a cada resposta é atribuído um valor que varia entre 1, 3 ou 5, sendo
1 menos crítico e 5 mais crítico.
A análise de criticidade do ativo é originada através da somatória de todos os pontos atribuídos e as suas
respostas, construindo um número final, número esse que corresponde a criticidade final do ativo dentro da
matriz.
O intervalo de criticidade da matriz da Empresa que especifica a criticidade final do ativo nos 3 níveis
definidos não é fixa, ou seja, não tem um valor previamente definido. Os valores das faixas de criticidade cariam
em função da porcentagem (%) de ativos da fábrica respeitando os níveis abaixo...:
Da mesma forma que a matriz de criticidade é composta por áreas (faces) distintas, a sua aplicação no
momento das perguntas e respostas também deve ser feita através de um fórum constituído por pessoas
responsáveis por cada área (face), dessa forma, a construção das respostas será avaliada por todos e o resultado
final será o real para cada ativo criticado.
Segurança
Meio ambiente
Qualidade
Produção
Manutenção
Com essa informação bem definida com base nos resultados da matriz, a manutenção poderá escolher
quais as atividades de manutenção deverão ser aplicadas a cada ativo, a fim de utilizar de forma estruturada e
organizada os recursos da manutenção (R$ e mão de obra)
As atividades de manutenção que deverão ser aplicadas a cada ativo conforme a sua criticidade foi
definida no fórum da Empresa e constam na política de criticidade ABC da Empresa que seguem...:
Inspeção de Rotas
Planos de manutenção de inspeção de rotas, onde pontos chaves do equipamento serão analisados a fim
de detectar qualquer variação na condição normal ou pré-estabelecida e padronizada.
Lubrificação
Planos de manutenção de lubrificação, onde as partes móveis dos equipamentos, fluidos de lubrificação
e pontos de contato deverão ser lubrificados com periodicidades definidas, caso o equipamento em questão seja
passivo de aplicação dessa lubrificação.
Manutenção Autônoma
Check List de inspeção autônoma realizada pelos operadores do equipamento com periodicidades
definidas.
Nota 1: Esta atividade de manutenção está ligada ao cronograma de implementação do produto MANUTENÇÃO
AUTÔNOMA dentro do Pilar Gestão de Ativos, etapa de Auto Suficiência. O cronograma de implementação ainda está em fase
de construção.
Manutenção Preditiva
Planos de manutenção aplicando técnicas preditivas como análises diversas da qualidade do óleo, análise
de vibração e termografia, com padrões definidos de máximos e mínimos conforme a técnica utilizada e com
periodicidades definidas.
Revisão Preventiva
Planos de manutenção onde serão revisados os equipamentos em nível de subconjunto a fim de detectar
possíveis desgastes e/ou problemas, sendo estes corrigidos dentro da atividade ou programados as suas
respectivas correções conforme fluxos do PCM. Os componentes que apresentarem estados de conservação
dentro da normalidade serão remontados e analisados novamente no próximo intervalo de manutenção.
Manutenção Preventiva
Planos de manutenção onde haverá a troca de peças baseado em tempo corrido, seja este contado a
partir de intervalo de dias, semanas, meses ou anos ou através de tempo de utilização, baseado em horímetros
ou repetição de ciclos de utilização ou ciclos de trabalho. A condição ou estado de desgaste ou degradação dos
conjuntos, peças ou componentes não terá impacto na decisão de troca, somente o tempo de trabalho do
conjunto, peça ou componente.
Fabricante ou marca
Ano de fabricação ou construção
Modelo e nº de série
Capacidade nominal de produção ou trabalho
Potência, utilização, aplicação, peso, dimensões, endereçamento, etc...
Ao se analisar a gama de opções possíveis de registros dos ativos com foco nos seus níveis (conjuntos,
subconjuntos e componentes) ou com foco na quantidade mínima ou máxima de posições da sua hierarquia, é
necessário ter uma estratégia definida para essa opção de cadastramento no CMMS ou não, porém, não existe
uma regra clara e objetiva sobre isso, e um dos principais fatores que determinarão se o ativo deverá ter um
registro ou não é a decisão com base na experiência do time do PCM e da engª de manutenção com base em
alguns fatores.
A utilização de um software para a gestão da manutenção de forma mais direcionada começou por volta
dos anos 70, antes dessa iniciativa, outros softwares de gestão de informações eram utilizados de formas
adaptadas às necessidades de manutenção, não atendendo plenamente as rotinas e necessidades de informações
para uma boa gestão de informações da manutenção.
Devido a grande complexidade das informações da manutenção, a grande gama de indústrias e modelos
de gestão diferenciados da manutenção, não há no mercado um software direcionado a 100% das necessidades
de qualquer empresa, e em função disso, sempre será necessário 2 adaptações...:
Um software de manutenção deve contemplar uma gama de funções fundamentais voltadas para o
modelo de gerenciamento da manutenção, e algumas dessas informações são...:
Programação
o Atribuir executante e data de execução as ordens
o Atribuir componentes e procedimentos as ordens
o Nivelamento das ordens de serviço
o Divisão de atividade por especialidade
Controle
o Gerar relatórios gerenciais
o Históricos de atividades realizadas
o Custos das atividades de manutenção
o Custos dos componentes e serviços utilizados nas ordens
Dentre as atividades da área do planejamento com base no CMMS, 2 merecem um destaque por serem
as mais utilizadas...:
Plano de Manutenção
Ordem de serviço
É o objeto responsável por realizar o acompanhamento dos prazos ou das frequências de execução das
atividades de manutenção, e dessa forma gerar as ordens de serviço de forma planejada conforme as
especificações e detalhamentos técnicos descritos.
Dentre as inúmeras possibilidades de informações que são atribuídas a um plano de manutenção, seguem
as principais para a construção de um plano funcional...:
Tipo de plano
o Inspeção, lubrificação, preditiva, preventiva, predial, moldes
Texto principal do plano
Objeto de aplicação das atividades de manutenção
o Local de instalação, equipamento, conjunto ou subconjunto
Tipo de ordem de serviço a ser criada
o Inspeção, lubrificação, preditiva, preventiva, revisão
Atividades a serem realizadas
o O que deve ser feito
o Como deve ser feito
o Tempo de execução
o Quantidade de executantes
o Sequência de execução
o Ferramentas, materiais e dispositivos necessários
Especialidade responsável pela execução das atividades
o Elétrica, calibração, mecânica, civil, predial, hidráulica
Frequência de execução
o Diária, semanal, mensal, bimestral, semestral, anual, bianual
Horizonte de abertura da ordem de serviço
o 10%, 30%, 50%, 90%
O plano de manutenção é o objeto com ligação direta com a ordem de serviço, pois todas as informações
ligadas ao planejamento da ordem de serviço nascem das informações do plano, ficando a cargo da ordem de
serviço as informações referentes a programação da mesma, além das informações de retroalimentação das
execuções das atividades.
É o objeto principal responsável por organizar, detalhar, quantificar e registrar as atividades focadas em
manutenção (conservação, correção ou melhoria) de áreas, linhas ou ativos. Devido a sua natureza, ordem de
serviço também pode ser classificada como o objeto ligação do custo a atividade de manutenção.
A utilização da ordem de serviço se faz necessária para que 100% de todas as atividades de manutenção
sejam devidamente registradas, com os devidos agrupamentos de informações de forma separada e organizada.
É através das ordens de serviço que o detalhamento das execuções são informados, os meios e recursos
como materiais, mão de obra e disponibilidades são programados, as informações de custos são atreladas e todo
o histórico de execução é registrado.
Assim como o plano de manutenção necessita obrigatoriamente de uma estrutura mínima de informações,
a ordem também divida boa parte dessa plataforma de informações básicas com o plano, porém, a ordem de
serviço além das informações básicas de planejamento, necessita também das informações de programação e
posteriormente de execução.
Planejamento
Objeto de aplicação das atividades de manutenção
o Local de instalação, equipamento, conjunto ou subconjunto
Tipo de ordem de serviço a ser criada
o Inspeção, lubrificação, preditiva, preventiva, revisão
Características da ordem
o Criticidade e prioridade
o Centro de custo
Atividades a serem realizadas
o O que deve ser feito e como deve ser feito
o Tempo de execução
o Quantidade de executantes
o Sequência de execução
o Ferramentas, materiais e dispositivos necessários
Especialidade responsável pela execução das atividades
o Elétrica, calibração, mecânica, civil, predial, hidráulica
Programação
Agendamento
o Data e hora de execução
Executantes e especialidades
o Mecânica (mecânico A); elétrica (eletricista 3)
Atividades anteriores e posteriores
o Ordem 1234 (Desmontagem geral); ordem 1236 (Montagem geral)
Seqüenciamento das atividades
o Desmontar, limpar, revisar, lubrificar, montar, testar, liberar
Controle
Retroalimentação das execuções
o O que foi feito, como foi feito, quem realizou as atividades
Datas de execução
o Data início, hora início, data fim, hora fim
Status geral da ordem
o Concluída totalmente, concluída parcialmente, não concluída
Custo geral da ordem
o Peças, serviço, mão de obra
A atividade de planejamento pode ser considerada umas das mais importantes etapas dentro do ciclo
completo de planejamento, controle, coordenação e controle da manutenção, pois ela é a etapa inicial que
alimenta ou disponibiliza todos os recursos para as demais etapas do ciclo.
Um planejamento bem realizado, organizado e estruturado será fundamental pra o perfeito andamento
da gestão da manutenção como um todo, onde todo o sistema será beneficiado.
Para que um planejamento possa ocorrer de maneira satisfatória, algumas premissas devem estar bem
claras e definidas com as principais áreas de apoio da manutenção.
Com base nas necessidades originadas pelo planejamento, podemos citar as interfaces mais importantes
e as suas respectivas áreas...:
A interface de manutenção x suprimentos é a com maior troca de informações, pois a manutenção tem
alta dependência das atividades realizadas pela área de suprimentos, seja na contratação de serviços, seja na
compra de peças emergenciais.
Como qualquer área dentro da Empresa, a área de suprimentos possui suas próprias regras e normas, e
cabe a manutenção procurar atender essas regras dentro da melhor relação custo x benefício para ambas as
áreas.
A base para início do processo de aquisição de materiais ou serviços dentro da Empresa começa com a
criação da requisição de compra por parte da manutenção, porém, uma base de informações mínimas deve estar
devidamente alinhada com suprimentos, para que dessa forma, o fluxo de troca de informações desnecessárias
ocorra durante o processo.
A aquisição de materiais planejados deve começar um passo antes de a atividade chegar ao processo de
suprimentos, e essa etapa é o cadastramento do material com todas as informações mínimas necessárias para
que a área de suprimentos possa realizar as cotações e buscas no mercado da melhor maneira possível, e assim
alinhar a melhor relação custo benefício para a Empresa e para a manutenção.
Descrição resumida
Descrição completa
Categoria
Unidade de compra
Classe de avaliação e conta contábil de débito
Fabricantes homologados
Código do fabricante em caso de componente específico
Partindo do princípio que o cadastro do material possui essas informações claras e definidas, as atividades
da área de suprimentos serão facilitadas, e por conseqüência, a possibilidade de compra de material irregular
será reduzida a zero.
Materiais de compra direta são todos os demais materiais que devido à análise de consumo, não foram
classificados como itens necessários para inclusão no estoque, portanto, estes materiais deverão ser requisitados
somente sob demanda do PCM.
Olhando para um planejamento de médio e longo prazo, todos esses demais componentes e materiais
deverão estar sob a visão do PCM sendo atribuídos aos planos de manutenção, que por sua vez, deverão ser
gerados com um horizonte de criação de ordem de serviço com um prazo maior que o tempo total do processo
de compra, para que dessa forma ele possa estar dentro da fábrica antes do prazo de realização das atividades
de manutenção.
Com base no gráfico abaixo, a iniciativa de criação da necessidade de compra do material ou componente
por parte do PCM deve compreender as 3 principais etapas desse processo...:
Criação da necessidade
Tratativa da necessidade
Tempo de entrega
Após o recebimento do devido material, cabe agora ao planejamento decidir sobre um procedimento
adequado para a separação desse material, podendo ele ficar aos cuidados do almoxarifado ou, será requisitado
e guardado num lugar próprio, com a devida identificação da ordem de serviço no qual será utilizado, e se
possível, data de utilização com base no planejamento de realização da atividade.
Utilizando o gráfico acima, a área de planejamento deverá aplicar o tempo total do processo de compra
na criação dos planos de manutenção, pois será com base no tempo total do processo que a data de criação da
ordem de serviço deverá ser estipulada.
12.7.1.1.4. Serviços
Para a contratação de serviço a lógica de informações deve continuar no mesmo sentido, e em alguns
casos, dependendo da complexidade da atividade a ser realizada, muitos outros fatores deverão ser levados em
consideração para que uma contratação de serviços possa transcorrer de maneira tranqüila e bem organizada.
12.7.1.2. Almoxarifado
A interface manutenção x almoxarifado diferentemente da interface com suprimentos, ela possui uma
carga de atividades mais elevada nos primeiros contatos, onde será necessário criar as bases de todos os
materiais que deverão estar presentes no estoque.
Após o correto cadastramento dos materiais que serão utilizados nas atividades de manutenção, será
necessário partir para a segunda etapa, que por sua vez é tão importante quanto à primeira.
Essa etapa é a análise de consumo que é feita em parceria com a área de suprimentos e almoxarifado,
atividade que definirá quais materiais devem estar em estoque e quais materiais serão comprados sob demanda
da área de PCM.
Uma vez feita à análise, cabe agora a área de manutenção avaliar junto à área de suprimentos qual é o
tempo médio de entrega do material por conta do fornecedor, ou seja, o lead time, termo que se referencia a
esse tempo de entrega.
Ponto máximo
Ponto mínimo ou ponto de reposição
Ponto de segurança
Lote máximo
Lote mínimo
Tipo de MRP
Uma vez definidos todos estes parâmetros dentro do sistema de gerenciamento de materiais, o trabalho
decorrente será somente a rotina de entrega e reposição mediante consumo.
De tempos em tempos conforme a média dos consumos de cada material, estes valores deverão ser
revistos e reajustados para que as quantidades das peças de reposição dentro da fábrica estejam dentro uma
boa relação custo x benefício para a empresa.
A via de regra é comum que a gestão do estoque no que diz respeito ao gerenciamento das entregas,
solicitações, requisições, armazenamentos e inventários devem ficar a cargo da área do almoxarifado,
subordinado a área do PCP, que por sua vez responde ao gerente fabril.
No que diz respeito às quantidades em estoque e ao valor do estoque, estes devem ser de
responsabilidade da manutenção, pois esta é a área cliente do almoxarifado e o principal consumidor destes
materiais estocados.
A interface manutenção x PCP (eng. industrial) possui um fluxo que segue os mesmos moldes das
definições do almoxarifado, onde as capacidades produtivas, tempos de carga, tempos de início e fim de ciclos,
duração e intervalos para de limpeza e conservação (operação), duração de set up (operação) e das atividades
de manutenção são estabelecidos no início dos fluxos de operação e produção, e com base nessas informações a
capacidade final de produção em função do tempo dos ativos será definida e utilizada como base zero.
Com o passar do tempo e os devidos ajustes dos processos de produção, qualidade e melhorias nos
equipamentos por parte da manutenção, esses valores tendem a sofrer alterações, e assim a capacidade
produtiva também será modificada a novos patamares de entrega.
As áreas de planejamento e controle de manutenção e produção (PCM e PCP) devem estar em constante
contato, com trocas de informações ativas, procedimentos claros e definidos e demandas cruzadas visíveis para
as 2 áreas, dessa forma, todos os ajustes necessários das datas de execução das atividades de manutenção que
são flexíveis, serão ajustadas conforme as necessidades de produção, e o PCP por sua vez realizará os seus
ajustes de volume com base das atividades de manutenção que não são flexíveis.
Uma das formas mais comuns para a realização formal desses ajustes em ambas as áreas é a realização
de reuniões periódicas entre PCM e PCP, e nessa reunião são levadas ambas as necessidade de produção e
manutenção, com horizontes predefinidos para análise das demandas, e assim a construção do cronograma de
paradas de manutenção conforme disponibilidade dos ativos com base nos volumes de produção.
12.7.2.1. Procedimentos
A interface entre manutenção e gestão e produtividade é um fator que tem impacto direto nos tempos
de indisponibilidade dos ativos através dos procedimentos alinhados entre ambas as áreas, em função disso,
esses procedimentos utilizados no momento das transições entre o final da operação e o início da manutenção,
e ao final da manutenção e o início da operação devem ser criados em parceria e respeitados por ambas as áreas,
diminuindo assim as ocorrências de desvios nos tempos planejados de manutenção ou operação.
A existência de padrões operacionais para os ativos é um fator determinante na criação dos ciclos e
intervalos de manutenção. A carga nominal dos ativos deve ser respeitada da mesma forma que os intervalos de
manutenção, e são esses intervalos que serão utilizados na construção dos cronogramas e horizontes de
planejamento.
A alteração da carga nominal de trabalho dos ativos sem a prévia alteração estrutural do ativo, ou
redimensionamento acarretará em intervalos mais curtos de paradas, ou seja, ocasionará uma maior
indisponibilidade do ativo ao longo prazo.
12.7.3.1. Procedimentos
A interface entre manutenção e qualidade é um fator que tem impacto direto na produtividade dos ativos,
pois a inexistência de procedimentos de entrega do ativos por parte da manutenção segundo normas, requisitos
ou procedimentos da qualidade, impactará diretamente na qualidade intermediária ou final dos produtos
acabados.
Os padrões operacionais voltados para a qualidade estão ligados diretamente a parte instrumental dos
ativos, onde estes por sua vez devem estar devidamente projetados para atender as demandas de variação dos
processos produtivos nos quais os ativos estão sujeitos.
Esses padrões operacionais terão impacto direto na aquisição de peças de reposição para os ativos, e
dessa forma, o desempenho produtivo dos ativos esteja perfeitamente alinhado com os padrões de qualidade
exigidos pela Empresa.
12.7.4.1. Capacitação
A interface manutenção x pessoas (RH) é mais voltada para a capacitação e treinamento da mão de obra
responsável pela execução das atividades de manutenção. Através de funcionários devidamente capacitados para
a execução de suas devidas responsabilidades, o planejamento destas atividades tende a ocorrer de maneira
correta e objetiva, sem a ocorrência de desvios diversos por falta de conhecimento técnico por parte dos
executantes.
12.7.5.1. Procedimentos
A interface manutenção x ADM/Financeiro é um fator com maior impacto no quesito entrada de materiais
e componentes ou na entrada e saída dos ativos ou de suas partes. A área de manutenção precisa se adaptar
aos procedimentos informados pela área no que dizem respeito ao cumprimento de leis e normas fiscais ou
tributárias, nos demais pontos que são procedimentos internos da Empresa, estes devem ser revistos e alinhados
de uma maneira a beneficiar ambas as áreas, buscando sempre o melhor resultado para a Empresa.
A interface manutenção x SSMA por sua vez tem uma ligação direta com os tempos de execução das
atividades de manutenção em função das regras, normas, NR´s e procedimentos necessários para que as
atividades de manutenção sejam efetuadas dentro dos padrões de segurança exigidos pela área de SSMA da
Empresa.
Com base nessas necessidades de atendimento é necessária a utilização das instruções de trabalho para
as atividades de manutenção.
Instrução de trabalho é um documento gerado pela manutenção onde são descritos de forma detalhada
todos os passos para a execução das atividades de manutenção, passos esses que devem ser seguidos
obrigatoriamente, e dessa forma, serão analisados todos os perigos e riscos das atividades, e com base nelas, as
contra medidas serão informadas pela área de SSMA para que estas atividades possam ser executadas de maneira
segura para os funcionários e todos os participantes envolvidos nas atividades.
Em resumo, as atividades de planejamento são responsáveis por grande parte de todas as rotinas da
manutenção, sendo assim, podemos resumir em...:
A atividade de programação é a etapa onde se concentra a maior parte das negociações para a realização
das atividades de manutenção, ou seja, onde realmente é decidido o que será feito e quando será feito.
Parte da negociação é feita na atividade de planejamento, porém, na etapa anterior as paradas para as
execuções das atividades são negociadas com um horizonte muito amplo, e isso geralmente sofre modificações
devido a vários fatores externos (demanda de mercado) ou internos (mudança de planejamento de produção).
Conforme a data de execução se aproxima, as variações dessas datas de programação devem ser
diminuídas até o ponto da confirmação final da data real de parada de produção para a realização das atividades
de manutenção.
Uma vez estabelecidas às datas reais de paradas, cabe ao programador a construção do seqüenciamento
das atividades de manutenção a serem realizadas, utilizando para isso as informações contidas dentro das ordens
de serviço e o conhecimento das atividades a serem realizadas para que o seqüenciamento obtenha a melhor
utilização das horas disponíveis.
Conceitua-se como back log como sendo o volume de atividades de manutenção atrasadas dentro da
carteira total de atividades. Defini-se também atividades atrasadas como sendo aquelas com a data de execução
anteriores a data atual de análise.
Essas atividades em sua maioria deixaram de ser executadas por vários motivos que são intrínsecos as
atividades de planejamento de manutenção ou de produção, que podem ser...:
Em muitas empresas, o back log é tido como um indicador vital da manutenção e com a utilização dos
sistemas informatizados de manutenção (CMMS), passou-se a considerar back log toda a carga de serviço futura
já planejada, detalhada e colocada na memória do sistema.
É lógico que os serviços atrasados e não realizados (back log) vão ser transformados em serviços futuros
(e em alguns casos, até devem ter sua prioridade aumentada), portanto, que fique bem claro, o back log é uma
parcela da carga de trabalho futura, porém nem tudo que está planejado e detalhado no banco de ordens de
Serviço do CMMS é back log.
A análise da interligação das atividades se faz necessário para entender qual deverá ser a sequência
lógica ou sequência possível de execução das atividades, ou seja, analisar qual atividade deve ser executada
antes e qual deve ser executada depois, construindo assim, as interdependências das atividades de manutenção.
Atividades agrupadas
Esse procedimento deve ser repetido para todas as atividades a serem realizadas dentro do intervalo de
disponibilidade do ativo para a manutenção.
12.9. Coordenação
O responsável pela coordenação das atividades deverá ter o conhecimento prévio de todas as atividades
descritas na programação para poder realizar alteração no cronograma caso necessário, além de ter interface
com as áreas de apoio ou áreas produtivas para que essas modificações possam ser conduzidas de maneira
correta.
A etapa de controle da manutenção está ligada diretamente a gestão dos indicadores de desempenho,
onde através deles a área de manutenção pode ser medida de forma direta e indireta, com indicadores de meio
ou de fim, com base em produtividade, custos, segurança, atendimento, entrega, etc.
Uma das funções mais importantes da etapa de controle é servir como base para a tomada de decisões
em função desse desempenho mensurado nos indicadores, onde poderá ocorrer o redirecionamento das
atividades ou dos esforços, da aplicação dos recursos financeiros, do balanceamento produtivo, da priorização
das melhorias, etc.
A etapa de criação nada mais é do que a especificação de quais indicadores de desempenho a área de
manutenção definirá como sendo os seus principais, e uma vez definido esses indicadores, estes deverão estar
devidamente alinhados as diretrizes da Empresa, para que dessa forma a manutenção possa ser avaliada de
maneira clara e objetiva.
Indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação das
organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois estes lhe permitem acompanhar o alcance
das metas, identificar avanços, melhorias em processos, correção de desvios, necessidade de mudança, etc.
Os indicadores de meio são assim chamados por medirem etapas intermediárias de um processo, gerando
também valores intermediários da área de manutenção.
Os indicadores de fim são assim chamados por medirem desempenhos ou resultados finais dos processos,
gerando também valores finais da área de manutenção.
Os indicadores devem contribuir de forma explícita para o cumprimento dos objetivos estratégicos da
manutenção, respeitando também algumas premissas...:
As métricas de cálculos são as definições da parte matemática dos indicadores, onde são definidos os
valores iniciais do que será utilizado e como será utilizado dentro da construção dos cálculos dos indicadores.
As bases de consulta também devem ser contempladas na construção desses valores, pois somente dessa
forma os indicadores poderão ser utilizados como base comparativa.
13.1. FMEA
FMEA (Failure Mode and Effect Analysis – Modo de Falha e Análise de Efeito) é uma ferramenta usada
para aumentar a confiabilidade de um ativo durante a fase de projeto ou operação. A ferramenta consiste
basicamente em sistematizar um grupo de atividades para detectar possíveis falhas e avaliar os efeitos das
mesmas para o projeto ou operação.
A partir dessas possíveis falhas, identificam-se ações a serem tomadas para eliminar ou reduzir a
probabilidade de que as mesmas ocorram. Essas ações também podem objetivar aumentar a probabilidade de
detecção dessas falhas.
Deste modo é obtida uma lista de possíveis falhas, organizada por ordem do risco que elas representam
e com respectivas ações a serem tomadas para mitigá-las. Essa lista auxilia na escolha de projetos alternativos
com alta confiabilidade durante as etapas iniciais da fase de projeto ou fases operacionais, assim garante-se que
todas as possíveis falhas de um sejam consideradas e suas probabilidades de ocorrência minimizadas (quando
se fizer necessário).
Geralmente é aceito que existem quatro tipos de FMEAs, porém, etapas e a maneira de realização da
análise são as mesmas, diferenciando-se principalmente quanto ao objetivo final desejado na aplicação, desta
maneira, temos...:
São consideradas as falhas que poderão ocorrer com o produto dentro das especificações do projeto. O
objetivo desta análise é evitar falhas no produto ou no processo decorrente do projeto. É comumente denominada
também de FMEA de projeto ou produto.
São consideradas as falhas no planejamento e execução do processo, ou seja, o objetivo desta análise é
evitar falhas do processo, tendo como base as não conformidades do produto com as especificações do projeto.
São considerados sistemas e subsistemas nas fases conceituais e de projeto. O objetivo desta análise é
focalizar nos modos de falhas entre funções do sistema. São inclusas as interações entre sistemas e elementos
dos sistemas.
São analisados os serviços antes de eles atingirem o consumidor. É usado para identificar tarefas críticas
ou significantes para auxiliar a elaboração de planos de controle. Ajudam a eliminar gargalos nos processos e
tarefas.
Quando esse FMEA é realizado de forma consistente, a assertividade na criação dos planos de manutenção
são maiores, e por consequência os resultados das atividades de manutenção.
13.2. FTA
FTA (Fault Tree Analysis ou Análise da Árvore de Falhas) é um método de análise que consiste em partir
de uma falha conhecida e a partir dela, listar todas as causas potências para a ocorrência dessa falha.
Uma característica da FTA é a utilização da lógica booleana para a criação da estrutura de análise, a fim
de correlacionar a consequência dos resultados de diversos eventos independentes.
Durante a operação normal um Transportador de Correia parou sem alarme após atuação da sonda de
informação de silo cheio, não sinalizando anormalidade para a sala de controle. Neste momento, o operador da
sala de controle tentou religá-lo não obtendo sucesso.
Após a realização do FTA chegamos aos pontos onde serão necessárias as tomadas de decisão para a
criação das contra medidas para bloquear de maneira efetiva a causa raiz do problema.
O diagrama de decisão é uma ferramenta utilizada para auxiliar a escolha da melhor atividade de
manutenção a ser aplicada a um ativo através de regras definidas.
13.3.1. Parte 1
13.3.3. Parte 3
13.3.4. Parte 4