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Celestino Florindo Dalabane

Experiência Química sobre a obtenção do Dioxiodo de Carbono ( ) e Verificação das


suas propriedades

(Licenciatura em Ensino de Quimica)

Universidade Rovuma
Lichinga
2023
Índice
Experiência química sobre a obtenção do dióxido de carbono (co2) e a verificação das suas
propriedades................................................................................................................................ 3

Objectivos ................................................................................................................................... 3

Fundamentação teórica ............................................................................................................... 3

Dióxido de Carbono ................................................................................................................... 3

Características ............................................................................................................................. 4

Identificação de perigos .............................................................................................................. 4

Primeiros socorros ...................................................................................................................... 5

Em contacto com a Pele: ............................................................................................................ 5

Identificação de perigos .............................................................................................................. 6

Medidas de primeiros socorros ................................................................................................... 6

Materiais e Reagentes ................................................................................................................. 6

Procedimento para obtenção do ......................................................................................... 7

Etapa II: Verificação das propriedades do dióxido de Carbono (CO2) ...................................... 7

Procedimentos ............................................................................................................................ 7

Observações ................................................................................................................................ 7

Discussão dos resultados ............................................................................................................ 7

Conclusão ................................................................................................................................... 8

Anexos e apêndice ...................................................................................................................... 9

Resposta das questões colocadas ................................................................................................ 9

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 10


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1.0.Experiência química sobre a obtenção do dióxido de carbono (co2) e a verificação das


suas propriedades
1.1.1. Objectivos
 Obter o dióxido de carbono;
 Verificar as propriedades do dióxido de carbono obtido no laboratório.
2.0.Fundamentação teórica
2.1.1. Dióxido de Carbono
Descoberto em 1638 por Jan-Baptist Van Helmont, o dióxido de carbono é produzido pela
reacção entre o oxigénio e o carbono durante a respiração e combustão de produtos orgânicos.
A reacção química de formação do CO2 é simples e ocorre da seguinte forma:

O dióxido de carbono também conhecido como anidrido carbónico, ou mais comummente por
gás carbónico é uma molécula formada pela ligação covalente entre átomos de C e O 2. Cuja
fórmula molecular é CO2. As interacções intermoleculares são muito fracas, por isso, à
temperatura ambiente ele se encontra na forma de gás (Camuendo, et al., 2006).
O dióxido de carbono (CO2) é um gás incolor, inodoro, insípido, mais denso que o ar, pouco
solúvel em água, que não alimenta as combustões e que se liquefaz com facilidade. Tem
aplicações em extintores, na gaseificação de bebidas, na produção de soda e gelo seco.
No laboratório o dióxido de carbono é obtido pela acção do ácido clorídrico sobre o
Carbonato de cálcio/calcário:

2HCI (aq) + CaCO3 (S) — CaCl2 (s) + H2O (l) + CO2 (g)

O carbonato de cálcio. Quando adicionado em solução ácida, ocorre efervescência


(Desenvolvimento de bolhas dentro de um líquido; ebulição, fervura) Os íons carbonato
reagem com os íons H+ da solução ácida para formar o ácido carbónico. Este, por sua vez, se
transforma em gás carbónico e água.
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2.1.2. Características
O gás carbónico é incolor, inodoro e mais pesado que o ar, sendo de difícil detecção no
ambiente, pois não apresenta cheiro ou sabor
O ácido clorídrico De acordo com Barros (2010), é uma solução aquosa de cloreto de
hidrogénio (HCl), um gás incolor ou levemente amarelado, não inflamável e tóxico, obtido
como subproduto da cloração do benzeno ou de outros hidrocarbonetos.
Segundo a teoria de Arrhenius, um ácido é toda substância que em solução aquosa libera
como único cátion o hidrogénio (H+) ou, mais correctamente, que forma o cátion hidrónio
(H3O+). Assim, conforme mostrado no texto “Ácidos”, é isso o que ocorre com o HCl em
solução aquosa.
Esse gás é um composto covalente formado pelo compartilhamento de um par de electrões
entre o hidrogénio e o cloro. O cloro é mais electronegativo que o hidrogénio e, por isso, atrai
os electrões mais fortemente para si, criando um dipolo eléctrico na molécula.

HCl(aq) → H+(aq) + Cl-(aq)

O ácido clorídrico possui alto grau de ionização (α = 92,5% a 18ºC), por isso ele é um ácido
forte e corrosivo.
3.0.Identificação de perigos
 O ácido clorídrico não é inflamável
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 Pode causar queimaduras graves na pele, olhos e mucosas.


 O vapor produzido é irritante.
 Polui rios e corpos d água alterando o pH.
 Afecta a flora e a fauna que tiver contacto com ácido.
 Corrosivo para metais
 Reacção violenta com risco de explosão em contacto com alcalis concentrados e
metais alcalinos, e alcalinos terrosos.
3.1.1. Primeiros socorros
 Em contacto com os Olhos:
Lavar imediata e continuamente os olhos com água corrente por 15 minutos no mínimo.
Durante a lavagem, manter as pálpebras bem abertas para garantir a irrigação dos olhos e dos
tecidos oculares. Providenciar socorro médico imediatamente.
Em contacto com a Pele:
Remover as roupas e calçados contaminados e colocar a pessoa sob o chuveiro de emergência
ou outra fonte de água limpa abundante. Não tente neutralizar com soluções alcalinas.
Providenciar socorro médico imediatamente.
 Inalação
Remover as roupas e calçados contaminados e colocar a pessoa sob o chuveiro de emergência
ou outra fonte de água limpa abundante. Não tente neutralizar com soluções alcalinas.
Providenciar socorro médico imediatamente.
 Ingestão:
Não provocar vómito. Fazer a diluição imediatamente, fornecendo à pessoa
grandes quantidades de água. Se ocorrer vómito espontâneo, fornecer água adicional e manter
a vítima em local com ar fresco. Não dê nada por via oral a uma pessoa inconsciente.
Providenciar socorro médico imediatamente
3.1.2. Carbonato de cálcio ( )
É um dos sais mais espalhados na crosta terrestre. Existem muitos terrenos calcários, isto é,
ricos em . O que acontece quando adicionamos um pouco de carbonato de cálcio
( ) em ácido clorídrico (HCl) concentrado. A reacção entre estes dois é marcada pela
formação de um gás, o dióxido de carbono ( ). Que é rápida o suficiente para quase
impedir a visualização dentro do líquido do pó de cor branca que é o carbonato de cálcio.

A reacção entre o ácido clorídrico e o carbonato de cálcio ocorre a formação de cloreto de


cálcio, à liberação de gás (dióxido de carbono) e água (Camuendo, et al., 2006).
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3.1.3. Identificação de perigos


O carbonato de cálcio é um produto não classificado como perigoso.
 Efeitos Adversos à Saúde Humana
A principal via de absorção é a inalação. Todavia este produto não é considerado
tóxico, insalubre e não apresenta nenhum ingrediente perigos em sua composição. A
inalação da poeira pode produzir irritação temporária do nariz e da garganta.
 Efeitos do Produto ao Meio Ambiente
O Carbonato de Cálcio não é um produto agressivo ou venenoso ao meio ambiente,
mas por ser de fácil diluição, deve-se evitar sua entrada em cursos de águas naturais.
3.1.4. Medidas de primeiros socorros
 Procedimentos em Caso Inalação
Remova a vítima da área contaminada, mantendo-a deitada. Manter as vias
respiratórias livre e ministrar respiração artificial, se necessário. Administrar oxigénio
e manobras de ressuscitação se necessário. Encaminhar a vítima ao médico.
 Em contacto com a Pele
Remover roupas contaminadas. Não apalpar nem friccionar as partes atingidas. Lavar
com água corrente abundante por 15 minutos (mínimo). Avaliar a necessidade de
encaminhar ao médico.
 Em contacto com os olhos
Lavar com água corrente no mínimo por 15 minutos. Remova lentes de contacto, se
tiver. Avaliar a necessidade de encaminhar ao médico.
 Em casos de Ingestão
Não provoque vómito e nem tente neutralizar com outras substâncias, procure
atendimento médico imediatamente, levando o rótulo do produto ou esta ficha.
4.0.Materiais e Reagentes
 Erlenmeyer de 100 mL;
 Uma espátula;
 Um balão de festas;
 Um funil;
 Pipeta graduada;
 Três pedaços de vela;
 Uma caixa de fósforos;
 Carbonato de cálcio/calcária em pó (CaCO3);
 Ácido clorídrico (HCI).
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4.1.1. Procedimento para obtenção do


 Retirou-se uma espátula de carbonato de cálcio e com ajuda do funil adicionou-se no
balão de festa;
 Pipetou-se 10 ml do ácido clorídrico e adicionou-se no Erlenmeyer;
 Acoplou-se o balão e adicionou-se o carbonato de cálcio no Erlenmeyer;
 Anotou-se as observações;
5.0.Etapa II: Verificação das propriedades do dióxido de Carbono (CO2)
5.1.1. Procedimentos
 Enrolou-se o balão de festa e desprendeu-se do Erlenmeyer sem permitir a saída do
gás carbônico;
 Acendeu-se os três pedaços de vela;
 Aproximou-se e igualmente liberou-se lentamente o gás carbônico contido no balão
sobre as velas acesas;
 Anotou-se as observações.
5.1.2. Observações
Após acoplar-se o balão e adicionar-se o carbonato de cálcio sobre o ácido clorídrico,
verificou-se uma efervescência no interior do erlenmeyer e a libertação de gás em forma de
fumaça.
Quando o processo de efervescência cessou, verificou-se que a solução no interior do
erlenmeyer tomara a cor amarelada.
No final quando realizou-se o teste da chama, que consistia no estudo das propriedades do gás
obtido, observou-se que quando se aproximava o balão de festa que continha o dióxido de
carbono (CO2) a chama se apagava.
5.1.3. Discussão dos resultados
De acordo com Barros (2010), efervescência é a liberação de gás de uma solução líquida. O
termo é usado para descrever o espumejar (formação de bolhas) ou o estalido resultante da
liberação de gás. Em laboratório, um exemplo comum de efervescência é a adição de
carbonato de cálcio/calcário sobre o ácido clorídrico. E esse exemplo é representado pela
equação abaixo:

2HCI (aq) + CaCO3 (S) CaCl2 (s) + H2O (l) + CO2 (g)

De acordo com Camuendo, et al. (2006) & Barros (2010), afirmam que o dióxido de carbono
(CO2) é um gás incolor, portanto, conforme o ponto de vista dos autores acima citados pode
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afirmar-se que, o aparecimento da cor amarela no erlenmeyer onde continha o ácido clorídrico
e o carbonato de cálcio é o resultado da propriedade do cloro.
Pois, quando o ácido clorídrico reage com o carbonato de cálcio forma-se um precipitado, o
cloreto de cálcio, que é um precipitado pouco solúvel em água e o gás carbónico é libertado
(CO2). O dióxido de carbono (CO2) é usado nas indústrias no fabrico de extintores de
incêndio, por causa do seu poder de inibir ou apagar as chamas, isto é, é incomburente.
5.1.4. Conclusão
Portanto, o dióxido de carbono (CO2) também pode ser identificado pela sua reacção com cal
hidratada, Ca (OH)2 ou hidróxido de bário, Ba (OH)2, que formam um precipitado branco de
CaCO3 ou BaCO3 respectivamente. Passando uma quantidade maior de CO2 pela mistura,
entretanto, a turvação desaparece à medida que se formam os bicarbonatos solúveis.

Ca (OH)2 (aq) + CO2 (g) CaCO3 (S) + H2O (l)

CaCO3 (S) + CO2 (g) + H2O (l) + Ca (HCOH3)2 (aq)


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6.0.Anexos e apêndice
Resposta das questões colocadas
1. O que observou?
R: Observou-se uma efervescência no interior do erlenmeyer e a libertação de gás que de
seguida foi contido no balão de festa.
2. Quando adicionou-se o carbonato de cálcio sobre o ácido clorídrico verificou-se uma
efervescência.
a) O que é efervescência?
R: Efervescência é a liberação de gás de uma solução líquida. O termo é usado para descrever
o espumejar (formação de bolhas e ferver) ou o estalido resultante da liberação de gás Em
laboratório, um exemplo comum de efervescência é a adição de carbonato de cálcio/calcário
sobre o ácido clorídrico.
b) Explique porque verificou-se essa efervescência.
R: Verificou-se essa efervescência devido a reacção entre o carbonado de cálcio e o ácido
clorídrico, a reacção é violenta e forma os seguintes produtos: dicloreto de cálcio (CaCl2),
água (H2O) e o dióxido de carbono (CO2) que é o nosso gás libertado nessa reacção.
3. Quando se aproximou o balão de festa e se esvaziou lentamente o dióxido de carbono
contido nele, a chama se apagou, explique o fenômeno ocorrido?
R: a chama das Velas apagaram-se porque segundo a propriedade do dióxido de carbono, ele
é um inibidor de chama ou seja ele apaga a chama. Por ser comburente, ele é usado em
extintores de incêndio.
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7.0. Referências bibliográficas


Barros, J.A. P. de. (2010). Química 10ª Classe. Plural. Maputo.
Camuendo, A. P. et al. (2006). Módulo de experiências químicas da 10ª classe - Material para
professor. Universidade Pedagógica. Maputo.

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