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ANO LETIVO 2022 / 23

ESCOLA SECUNDÁRIA DE SEIA


12 º ANO TURMA: B
GRUPO de TRABALHO: QUÍMICA
D2JS
NOME Daniel Carvalho, Dinis Madeira, João Santos
CLASSIFICAÇÃO valores
Samuel Coelho
E-mail daniel.carvalho.14697@aeseia.org
dinis.madeira.14712@aeseia.org
O PROFESSOR
joao.santos.16291@aeseia.org
samuel.coelho.14714@aeseia.org
Nº 5
7
9
DATA 04 / 12 / 2022
19

TRABALHO LABORATORIAL A.L. 1

TITULO: O ciclo do cobre

 Objectivo(s) do trabalho
O objetivo desta atividade laboratorial é compreender como reciclar um metal usando
processos químicos.

Os objectivos propostos no programa para esta atividade laboratorial são:

 Reconhecer a importância da reciclagem do cobre e as potencialidades da


reciclagem dos metais em geral;
 Observar uma série de reacções onde o produto inicial e final é o cobre,
que se designa por “ciclo de cobre”;
 Conhecer as espécies químicas envolvidas e eliminadas neste processo;
 Averiguar a possibilidade de se reciclar um material recorrendo a
processos químicos com um rendimento de 100%;
 Averiguar a viabilidade da reciclagem do cobre.
.

 Introdução teórica

Na Tabela Periódica cerca de 66% dos elementos são metais, dos quais, possuem propriedades
características como a sua elevada maleabilidade, ductilidade, durabilidade, resistência
mecânica e estrutural e a sua alta condutividade elétrica e térmica que lhes conferem uma
grande funcionalidade e utilidade nas tarefas do nosso dia-a-dia.

As propriedades mencionadas anteriormente devem-se essencialmente às propriedades


químicas dos metais, como por exemplo, a sua característica baixa energia de ionização, o
que resulta numa maior facilidade e tendência para ceder eletrões (é necessário fornecer
menos energia para remover o eletrão da nuvem eletrónica). Isto resulta na formação
frequente de catiões metálicos (reações de oxidação). É por esta razão que os metais
assumem o papel de redutores nas reações químicas.
Quanto maior for a tendência para ceder eletrões, maior é a reatividade do elemento
metálico, e maior será o seu poder redutor. Os metais alcalinos e alcalinoterrosos são
redutores fortes, uma vez que têm 1 e 2 eletrões de valência, respetivamente, o que explica a
sua elevada reatividade. Assim sendo, como a energia de ionização, ou seja, a dificuldade em
remover eletrões aumenta ao longo do período, podemos concluir também que, na tabela
periódica, a reatividade e o caráter redutor dos metais diminui ao longo do período e aumenta
ao longo do grupo.
O cobre é um elemento químico de símbolo Cu, e tem número atómico 29. É considerado
um metal de transição estando localizado no grupo 11, 4º período, bloco d da tabela
periódica.
É um dos metais mais importantes industrialmente e á temperatura ambiente encontra-se
no estado sólido. Tem uma coloração avermelhada, é dúctil, maleável e bom condutor de
electricidade. Tal como os outros metais, o cobre apresenta uma baixa energia de ionização,
logo um elevado poder redutor.
Atualmente é utilizado essencialmente para a produção de materiais condutores de
electricidade, como fios e cabos, e em ligas metálicas, como latão e bronze.

O Ciclo do cobre é um conjunto de reações que começam numa liga de cobre para formar
cobre puro, que possa ser utilizado novamente. É, por isso um processo de reciclagem de
cobre. O Ciclo do Cobre é assim designado uma vez que todas as reações que o constituem
têm como reagente inicial e produto final o elemento cobre. Este ciclo mostra que o cobre
metálico, tal como outros metais, pode ser reciclado várias vezes por processos químicos.

As reacções observadas ao longo do ciclo do cobre são:

Reação A:

𝐶𝑢(𝑠) + 4𝐻𝑁𝑂3(𝑎𝑞) → 𝐶𝑢(𝑁𝑂3)2(𝑎𝑞) + 2𝐻2𝑂(𝑙) + 2𝑁𝑂2(𝑔)

Reação B:

𝐶𝑢(𝑁𝑂3)2(𝑎𝑞) + 2𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑎𝑞) → 𝐶𝑢(𝑂𝐻)2(𝑠) + 2𝑁𝑎𝑁𝑂3(𝑎𝑞)


 Forma-se um precipitado de hidróxido de cobre, de cor azul.

Reação C:

𝐶𝑢(𝑂𝐻)2 → 𝐶𝑢𝑂(𝑠) + 𝐻2𝑂(𝑙) (por aquecimento)


 Por aquecimento, o hidróxido de cobre, decompõe-
se originando óxido de cobre e água.

Reação D:

𝐶𝑢𝑂(𝑠) + H2𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 𝐶𝑢𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) + 𝐻2𝑂(𝑙)


 O óxido de cobre reage com ácido sulfúrico
originando um sal, sulfato de cobre cuja solução é de
cor azulada.

Reação E:
𝐶𝑢𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) + 𝑍𝑛(𝑠) → 𝐶𝑢(𝑠) + 𝑍𝑛𝑆𝑂4 (𝑎𝑞)

Um dos fatores a ter em conta na avaliação das vantagens da reciclagem é o


rendimento do processo. A massa de cobre obtida no final deveria ser igual à massa de
cobre inicialmente usada, de acordo com a Lei de Lavoisier. Mas é praticamente
impossível o rendimento de uma reação química ser 100%.

Este processo ao passar por várias etapas, a probabilidade de acontecer erros


acidentais e/ou sistemáticos, aumentam. E ainda o facto de poder ocorrer quase de
certeza reações laterais e o grau de pureza dos reagentes usados já não ser o indicado
nos rótulos.
Podemos ainda defender também que a pouca experiência dos operadores em
laboratório, poderá muito certamente condicionar o resultado.

O cálculo do rendimento, , é feito através da massa de cobre obtida na reação (E),


mobtida, e da massa prevista teoricamente pela estequiometria das reações químicas

envolvidas no processo, mteórica, usando a seguinte expressão:

massa obtida
η ( % )= × 100
massa teórica
1. / 2. / 3.

Material / equipamento Material de segurança Reagentes


____________________ ___________________ ____________________

● Vidro de relógio  Luvas de borracha  Água desionizada


● Gobelé  Bata  Ácido nítrico*
● Pipeta graduada  Ácido sulfúrico*
● Proveta 100ml  Ácido clorídrico*
diluído
● Pinça  Fio de cobre
● Pompete  Zinco em pó

● Vareta de vidro  Solução de


hidróxido de sódio*
● Balança  Álcool etílico^
● Hotte
● Centrifugadora
● Espátula de metal
● Funil
● Placa de aquecimento
● Balão Volumétrico
● Papel de Filtro

 Procedimento Experimental

Ponto de partida: cobre metálico, Cu(s)

1. Cortar um pedaço de fio de cobre, com uma massa aproximadamente igual a 0,1g.

2. Se o fio não estiver bem limpo e brilhante, mergulhá-lo numa solução de ácido
clorídrico, lavá-lo com álcool e secá-lo com papel de filtro.

3. Pesar a amostra de cobre, e registar o valor lido na balança.

4. Enrolar o fio e coloca-lo no fundo de um gobelé de 10mL.

Reação A:

1. Com o auxílio de uma pipeta e da respetiva pompete, adicionar 2ml de ácido nítrico
concentrado ao fio de cobre e agitar suavemente até a dissolução ficar completa.
Esta operação deverá ser realizada na Hotte.

2. Registar as alterações observadas.

3. Medir 2 ml de água desionizada com a proveta e adicionou-se à solução anterior.

Reação B:

1. Medir 10 ml de solução aquosa de hidróxido de sódio com a proveta e adicionar à


solução, agitando-se sempre com uma vareta de vidro, para provocar a precipitação
do hidróxido de cobre (II).

2. Registar o que se observa.

Reação C:

1. Colocar o gobelé sobre a placa de aquecimento. Aquecer a solução quase até à


ebulição, agitando sempre para uniformizar o aquecimento da solução.

2. Retirar o gobelé da placa de aquecimento quando a reação estiver completa, isto é,


quando se formar o óxido de cobre (II), que é negro.

3. Continuar a agitar com a vareta de vidro por mais dois ou três minutos. Deixar
repousar o óxido de cobre (II) e decantar cuidadosamente o líquido, evitando as
perdas do sólido;

4. Medir 2 ml de água desionizada com a proveta e adicionar ao resíduo obtido no


passo (3 Reação C). Agitar e decantar novamente (repetir o processo 3x).

Reação D:

1. Medir 6 ml de ácido sulfúrico com uma pipeta graduada, e respetiva pompete.


2. Adicionar o ácido com a ajuda da pipeta e respetiva pompete, agitando enquanto a
adição do ácido se processa.

3. Registar as alterações observadas.

Reação E:

1. Na hotte adicionar de uma só vez 0,800g (12,23 mmol) de zinco em pó. Agitar até
que o líquido sobrenadante fique incolor.

2. Decantar o líquido e despejar no recipiente apropriado.

3. Se ainda houver zinco por reagir, adicionar com uma pipeta graduada, e respetiva
pompete 5mL de ácido clorídrico e aquecer ligeiramente, mantendo a agitação
constante.

4. Deixar o precipitado de cobre assentar, decantar e lavar o sólido 3 vezes com


porções de 2mL de água destilada. Decantar a solução entre lavagens.

5. Transferir o cobre, com a ajuda de uma pinça, para um vidro de relógio.

6. Deixar secar na estufa.

7. Medir a massa do conjunto obtido após a secagem.

8. Determinar a massa do cobre obtido.

 Registo de dados / observações

Cobre inicial (sem impurezas) m = 0,100g


Papel de filtro m = 0,830g

Papel de Filtro + Cobre Final m = 0,92g


Cobre final m = 0,92 – 0,83 = 0,09g

Reação em banho- Antes do processo Produto da última


Óxido de cobre(II)
maria de decantação reação
 Cálculos

Cálculo do rendimento:

Com estes dados é então possível calcular o rendimento, recorrendo-se


à fórmula:
0,09
η( %)= × 100=90 %
0,1

Conclui-se, então, que o rendimento da atividade prático-laboratorial


realizada é de, aproximadamente, 90%.

 Conclusão / Análise dos resultados / Crítica

Dada por concluída a experiência da atividade prático-laboratorial “um


ciclo de cobre” conclui-se que foi possível atingir os objetivos pretendidos ou,
pelo menos, a maioria deles, uma vez que o rendimento obtido foi bastante elevado, cerca de
90%.
Vários fatores influenciam o rendimento final. Tal fato deve-se a erros cometidos
durante o decorrer do processo tais como: erros de medição, má calibração das
balanças utilizadas, evaporação de algumas substâncias, perda de reagentes e
produtos de reação por aderência aos materiais de trabalho, ou possíveis erros
de paralaxe. No caso referido, o que mais influenciou o rendimento da experiência foi o
momento da decantação, no qual houve um grande extravio das substâncias.

Assim sendo, conclui-se que a reciclagem do cobre, recorrendo ao ciclo do


cobre, é bastante viável tendo em conta que, por norma, conseguem-se atingir rendimentos
bastante elevados – assim como foi o caso obtido durante a nossa atividade experimental -
gastando menor quantidade de energia do que se se extraísse o minério da matéria- prima,
sendo por isso, a reciclagem uma via economicamente mais viável.

 Bibliografia e Webgrafia:

Caderno de Actividades Laboratoriais - Jogo de


Partículas
Ficha formativa sobre o Ciclo do Cobre

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