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Em relação a família de número 1, não se pode afirmar que todos os

haitianos vieram em busca de facilidades e uma boa vida. Afinal, seu local de
origem também é de extrema pobreza e muitos se submeteram a essa troca de
localidade com esperança de lutar por uma vida melhor e de proporcionar o
mínimo de dignidade para seus filhos. Outro ponto que não deveria entrar em
questão é a quantidade de filhos que a família possui, isso porque pode vir a se
tratar da ausência de conhecimento sobre métodos contraceptivos ou ainda, ser
um preceito religioso que os impedem de limitar a reprodução, por exemplo.
Sobre o relacionamento do casal, afirmar que o homem bate em sua esposa sem
provas é passível de processo criminal e o ideal é que nos limitemos a orientá-
la caso ela mesma solicite nosso auxílio. No que se refere a criança, o ideal é
que apenas o Conselho Tutelar possa identificar se a família fornece todas as
condições que a criança precisa para se desenvolver de forma adequada,
somente eles possuem conhecimento para avaliar e conduzir essa situação.

Acerca da família 2, se vale do mesmo ponto no que diz respeito a


quantidade de filhos, pode estar relacionada a falta de conhecimento dos
métodos contraceptivos, ou até mesmo questões religiosas e decisões pessoais.
O julgamento feito perante a diferença paternal, não passa de um estereótipo
baseado exclusivamente no estado civil da mulher e é completamente
irrelevante. Sobre os filhos, a sexualidade, raça ou deficiência existente na
família, as falas são preconceituosas e de cunho hostil, estigmatizados por
conceitos próprios de normalidade. Isso quer dizer que, não foi a sociedade que
determinou a anormalidade, mas sim, um conceito individual que não pressupõe
verdade.

De modo geral, presumir irresponsabilidade da família ou fazer juízos de


valores por meio de estigmas de características físicas/deformidades corporais,
raça, nação e religião, ou ainda culpa de caráter não é a maneira correta de
enxergar e lidar com a situação. De forma inconsciente, estaríamos
condicionando-os ao processo de exclusão social a partir de valores e padrões
de vivência social.

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