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CADEIAS PRODUTIVAS: CAFÉ, SOJA,
MILHO E PRODUTOS ORGÂNICOS
PROF. GUSTAVO GUERREIRO
SUMÁRIO
AULA 01 HISTÓRICO 04
AULA 1
HISTÓRICO
1.1 Origens
Fonte: https://wahooart.com/Art.nsf/O/9DG6QS/$File/Amadeo+Preziosi-A+Coffee+House%2C+Constantinople).
Da Amazônia, veio para o Rio de Janeiro por volta de 1760, quando algumas mudas
foram plantadas por frades capuchinhos na rua dos Borbonas de onde saíram as
sementes que formaram novas culturas nos arredores da cidade do Rio de Janeiro,
Jacarepaguá, Campo Grande, Guaratiba e Santa Cruz.
Disseminou-se rapidamente no estado do Rio e de São João Marcos e Resende, os
cafeeiros foram levados para São Paulo espalhando-se pelo vale do Paraíba.
Em 1797, o porto de Santos registrou a exportação para Portugal de 1.924 arrobas
de café.
Em Minas Gerais, atualmente principal estado produtor, as primeiras lavouras
surgiram no final do século XVIII.
Por volta de 1800, havia cafezais em número reduzido no Triângulo Mineiro em Araxá.
Entretanto, a Zona da Mata, pela sua maior proximidade com o Rio de Janeiro foi
onde mais se desenvolveu a cafeicultura.
Seguiu-se a região vizinha do vale do Paraíba e os municípios de Mar de Espanha,
Juiz de Fora, Leopoldina, Cataguases e Ubá, mais tarde centros cafeeiros da maior
importância, embora a lavoura marchasse com êxito para o sul e oeste de Minas pelo
vale do rio Preto, alcançando Goiás.
Em 1859 o Rio de Janeiro era a província responsável por quase 80% da produção
brasileira com São Paulo respondendo por 12%, Minas Gerais e demais 8%.
Com o fim da escravidão surgiram os primeiros trabalhadores assalariados nas
fazendas de café por iniciativa do Senador Nicolau Campos Vergueiro em 1848 e
1857 com colonos portugueses, alemães, suíços e belgas na sua fazenda Ibicaba
onde trabalharam ao lado dos escravos libertos.
Assim, o café foi se expandindo pelo vale do Paraíba com o exemplo sendo seguido
por outros fazendeiros levando São Paulo em 1860 a ser o principal produtor de café
do país.
A liderança econômica das velhas regiões agrícolas do Norte-Nordeste passa para
as mais recentes regiões cafeeiras do Centro-Sul com o ciclo do café.
Por ser agricultura extrativista tão logo se esgotava a fertilidade do solo, como
ocorrido na região fluminense, os cafezais deslocaram-se também do vale do Paraíba
para o planalto de São Paulo seguindo a ferrovia que ia cada dia mais em direção a
novas terras.
A ocorrência de “terras roxas” orientava a chamada “onda verde”, de Campinas
para o norte e o oeste do planalto.
Assim a região de Mogi Guaçu e Rio Pardo tiveram no final do século XIX a formação
de um centro produtor de cafés de alta qualidade.
Com o deslocamento do centro produtor para São Paulo o Rio de Janeiro que
até então controlava a economia cafeeira teve o porto de Santos como novo polo
exportador surgindo os Barões do Café.
Com isso e em 1880 o país se tornando o maior produtor mundial de café, São Paulo
tem um grande surto de crescimento e fortunas são acumuladas com o ciclo do café.
Em 1889, ano da proclamação da República, a produção atingiu 5,586 milhões de
sacas de 60 kg.
Ao iniciar-se o século XX, só as exportações do produto chegaram a 14,7 milhões de
sacas, segundo consta disponível em: http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/
primeira-republica/CAF%C3%89.pdf
Anote isso
O café diferente de outras plantas que tem sua produção definida num único
ano, precisa de 24 meses para completar seu ciclo fenológico.
Assim, o cafeeiro tem duas fases fenológicas do distintas envolvendo dois
anos fenológicos, iniciados em setembro na primavera ou retomada dos
ciclos vegetativos.
As fases são definidas como: 1a fase, vegetativa com sete meses de vegetação
de setembro a março todos com dias longos onde ocorre a formação das
gemas vegetativas; a 2a fase, também vegetativa de abril a agosto onde
com dias curtos ocorre a indução das gemas vegetativas dos nós; local onde
saem as folhas dos ramos, formados na 1a fase, para gemas reprodutivas
que irão florescer.
No final da 2a fase, em julho e agosto, as plantas entram em repouso com
formação de um ou dois pares de folhas pequenas, que aparecem entre os
dois anos fenológicos.
Fonte: https://www.google.com/search?q=caracteristicas+fenologicas%C3%B3gicas&rlz
A área destinada a essa produção, 1.885,5 mil hectares, apresenta crescimento de
4% e o volume a ser produzido entre 15,9% e 25,8% em relação à temporada passada.
1-1 Safra de arábica: produção estimada entre 43,2 milhões e 45,93 milhões de
sacas, representando aumento em comparação ao volume produzido na safra
passada, entre 26% e 34,1%, respectivamente.
1-2 Safra Conilon: produção estimada entre 13,95 milhões e 16,04 milhões de
sacas, representando redução de 7,1%, e crescimento de 6,8%, respectivamente,
em comparação ao volume produzido na safra passada.
1-3 Minas Gerais (30,71 a 32,08 milhões de sacas) Sul de Minas (Sul e Centro-
Oeste): perspectiva de ganho de área em produção e do rendimento médio da
cultura, refletindo assim em uma projeção também maior na produção final, quando
comparada à safra passada, devendo variar entre 17,03 milhões e 17,79 milhões
de sacas. Cerrado Mineiro (Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste).
1-4 Espírito Santo (13,02 milhões a 15,44 milhões de sacas): a primeira previsão
indica para a espécie conilon uma produção entre 9,01 e 10,67 milhões de sacas e
para a arábica entre 4,01 e 4,77 milhões de sacas, o que resulta em uma produção
total entre 13,02 milhões e 15,44 milhões de sacas.
1-5 São Paulo (5,71 a 6,1 milhões de sacas): com uma produção predominantemente
de café arábica e uma safra de bienalidade positiva, a previsão é de crescimento
em relação a 2019, devendo aumentar entre 31,6% e 40,5%.
1-6 Bahia (3,6 a 4,1 milhões de sacas) Cerrado: crescimento de área em produção
e expectativa de produção maior que 2019, podendo variar entre 440 mil sacas a
470 mil sacas. Planalto: previsão de aumento de área em produção de 13,6% em
comparação à safra passada, além de expectativa de rendimento médio superior
àquela verificada em 2018. Atlântico: região que sinaliza para incremento de área
em produção nesta safra, cerca de 6,1%), e de 16,55% na produtividade média
esperada, acarretando uma projeção de crescimento na produção final.
1-8 Rio de Janeiro (316 a 350 mil sacas): com a área semelhante à cultivada em
2019 e incremento substancial na produtividade, estima-se uma produção entre
316 e 350 mil sacas.
1-9 Goiás (265,2 a 276 mil sacas) Estimativa de redução de 8,5% na área em
produção e ganhos na produtividade, assim, a produção deverá atingir um volume
entre 265,2 e 276 mil sacas, crescimento entre 6,4% e 10,7%. Vale lembrar que as
lavouras de café em Goiás são irrigadas.
1-10 Mato Grosso (159 a 168,8 mil sacas): com crescimento de 17,6% na área
em produção e expectativa de ganhos entre 11,4% e 18,3% na produtividade, a
produção ficará entre 159 mil sacas e 168,8 mil sacas.
AULA 2
ESPÉCIES E REGIÕES DE CAFÉ
PRODUZIDOS NO BRASIL
O café foi descrito, primeiramente, no século XVIII pelo botânico sueco, Carolus
Linneaus, que descreveu também o gênero Coffea arábica em Species Plantarum
em 1753. É um arbusto da família Rubiácea da qual se conhecem 103 espécies.
Dessas a arábica e canéfora (conilon) são as mais cultivadas devido às características
descritas abaixo.
Fonte: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/grao-sagrado/noticia/arabica-x-conilon
Fonte: www.graogourmet.com
Os cafés do Cerrado de Minas Gerais são caracterizados pela bebida fina, corpo
forte e excelente aroma e doçura. São produzidos em altitudes entre 800m e 1.200m.
Com estações bem definidas sendo verões quentes e chuvosos seguidos por invernos
secos e frios, a cafeicultura de cafés arábica encontrou aí neste clima de savanas o
clima ideal para o cultivo de cafés naturais de alta qualidade.
Esse padrão climático do Cerrado é singular e ajuda a produzir excelente café
Arábico processado por via natural, secos ao sol que será abordado mais à frente.
A florada concentrada pela ausência de chuvas na fase de preparação, favorece
florada única e concentrada com amadurecimento uniforme, em época seca e
acompanhada por bastante luminosidade, ajudando a fixar aroma e doçura tornando
um dos melhores cafés do mundo. Produção 100% arábica.
2.2.3 Mogiana
Tradicional região produtora de cafés especiais com altitudes entre 900 e 1000
metros produz cafés de sabor suave, encorpado e adocicado.
Essa região produz na sua totalidade cafés arábicas e é uma região de temperaturas
mais amenas ao redor de 20 graus .
2.2.4 Paraná
2.2.5 Bahia
Uma das mais novas fronteiras agrícolas da cafeicultura tem nas grandes fazendas
irrigadas a base da sua cafeicultura.
Na região do planalto e de cerrado é necessária a irrigação por pivot central para
a produção devido ausência de chuvas em grande parte do ano.
A região produz bebida com sabor suave, levemente achocolatado, pouco corpo
e com notável acidez.
Na região Litorânea o Robusta e Conilon tem sua maior expressão de áreas plantadas .
Grandes empresas vêm transformando o oeste baiano em cidades como Luís
Eduardo Magalhães plantando café irrigado, contribuindo para a consolidação do
estado como o quinto maior produtor do país.
(Disponível em: https://www.clubecafe.net.br/regioes-produtoras-de-cafe-arabica-
no-brasil).
2.2.7 Rondônia
Rondônia, estado reconhecido como fronteira agrícola tem no café conilon seu
maior expoente, alcançando produtividade muito superior do que o Espírito Santo
maior produtor de conilon.
Novas cultivares criadas pela Embrapa e áreas com terras novas fazem o estado
o sexto produtor do país e o segundo produtor de conilon.
Cafés arábicas
Fonte: https://img.olx.com.br/images/41/416902087191416.jpg
Café robusta
Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/ccd0686e47e5cfd718420f67ce51536e.jpg
AULA 3
ANÁLISE CADEIA PRODUTIVA DO
CAFÉ
Tabela COB
Fonte: https://i.imgur.com/hofoTTC.jpg
Tabela SCAA
Fonte: http://www.thecoffeetraveler.net/
O café verde (cru) aqui precisa ficar claro que se trata do grão sem torrar e não
o grão imaturo, uma vez produzido nas propriedades pode seguir vários rumos, ser
exportado em grão diretamente pelo produtor, através de corretores, das cooperativas
ou associações que fazem parte ou diretamente ao consumidor final pronto para
consumo ou par industrializar.
Se não for exportado, o grão poderá passar por processamentos diversos nas
indústrias de torrefação e moagem ou pelas indústrias de café solúvel elo importante
da cadeia onde se pode agregar valor ao grão cru.
O problema está na legislação que permite a torra e moagem de grãos defeituosos
imperfeitos os PVA, pretos verdes e ardidos.
Algumas até misturam milho, cevada soja em concentrações permitidas por
legislação brasileira.
Nessas torrefadoras os grãos de qualidade às vezes são misturados a esses
prejudicando as características finais do produto quanto às características
organolépticas sem, contudo, configurar fraude ou riscos a saúde humana.
O café é torrado, moído e posteriormente vendido ao consumidor final no mercado
interno ou externo, aí sim, com maiores exigências quanto à pureza e qualidade, sendo
torrados apenas grãos selecionados. Barreiras tarifárias dificultam a exportação de
café torrado e moído.
A indústria de cafés solúvel tem sua produção voltada ao mercado externo devido
a pouca aceitação do produto pelo consumidor brasileiro acostumado no café torrado
e moído.
A indústria do solúvel no Brasil é formada por empresas de grande porte numa
estrutura oligopolizada diferente da indústria de torrefação e moagem, amplamente
diversificada (Disponível em: https://www.clubecafe.net.br/regioes-produtoras-de-cafe-
arabica-no-brasil).
O mercado de café vem apresentando há tempos um desempenho diferente daquele
que ocorreu logo após a desregulamentação do setor, nos anos 1990.
A cadeia tornou-se mais exigente e os cafeicultores e técnicos passaram a buscar
atualização técnica por meio do investimento em pesquisa e desenvolvimento de
novos produtos visando atender uma classe consumidora exigente, que não busca
só preços, mas qualidade e segurança alimentar.
Esse comportamento configurou-se no que os especialistas denominam de Terceira
Onda do Café, onde o consumidor quer conhecer sobre o produto que está consumindo,
sua rastreabilidade, onde foi produzido, quais as técnicas adotadas, boas praticas
agrícolas, sustentabilidade social e ambiental em que a busca pela qualidade associada ao
desenvolvimento tecnológico são variáveis-chave para a concorrência do setor (Disponível
em: https://www.clubecafe.net.br/regioes-produtoras-de-cafe-arabica-no-brasil).
Com a melhoria das condições tecnológicas e a busca cada vez maior por qualidade
e rastreabilidade fizeram surgir a necessidade de exportar com maior valor agregado,
deixando de exportar o café cru, em grão, passando a agregar valor como ao café
torrado e moído, solúveis cada vez melhores, cápsulas para café expresso com preços
mais acessíveis para um mercado consumidor exigente e disposto a pagar mais por
qualidade e sustentabilidade.
Fonte: https://i.pinimg.com/originals/0a/73/32/0a73328d23e8b80602cf0acd340c25e5.jpg
Fonte: https://www.revistaespacios.com/a18v39n44/06-01.png
AULA 4
PROCESSAMENTO DO CAFÉ
Fonte: https://lh3.googleusercontent.com/proxy/Ye2gZ7XM6S8EGyToHaiSboPKnVsgs6xfGNmQAMoL2lYnhFw1MweCCzqPGyTSNy_
sBob7S9kZubsJNW6QbjDxpajRnjXr8vxJ7tm1p49jRpwhhf5Ln7GKh86UyQRKk29iZCCwv6jNjrU
Fonte: https://lh3.googleusercontent.com/proxy/RBnyHYhQvqDaxvinVpwhS0ZIVcyogatcdYymuo72kGoNFcieY-N1KK-jIZOT9fxB5r3aKYNFu6fBMgqezAzT7-
EZi7j5iBxMe9WkkP4ej1BE
AULA 5
AMBIENTE INSTITUCIONAL DA
CADEIA DO CAFÉ
As ações estabelecidas pelo homem disciplinam suas relações com seus semelhantes
e com o mundo, podendo também regulamentar outras instituições, definindo os
critérios que serão estabelecidos por meio das regras formais ou informais.
As instituições criam e delimitam o ambiente onde ocorrerá a transação e onde
as organizações irão atuar.
Assim, as instituições representam, ao longo da história, a manutenção da ordem
e a redução das incertezas nas sociedades.
As instituições com restrições econômicas definem o conjunto de alternativas e
oportunidades a que os agentes econômicos se sujeitam na sociedade, favorecendo,
ou não, a elevação dos custos de transação, transformação e lucratividade, existentes
no sistema econômico.
O ambiente institucional, formado por regras formais e restrições informais,
desempenha importante papel nas relações entre agentes econômicos, influenciando
na configuração dos arranjos institucionais.
Em cadeias produtivas, o ambiente institucional é um dos pilares para análise
de competitividade.
As “regras do jogo” variam de acordo com as regiões, as cadeias e os subsistemas
produtivos, dentre outros fatores.
Aqui podemos demonstrar como o Brasil, um país de dimensões continentais,
com uma das cafeiculturas mais diferenciadas e diversificadas onde temos de
microprodutores, de 1 há a 2000 há, com diferentes sistemas de produção, mas
regidos pelas mesmas regras e leis.
No caso do café, diferenças no ambiente institucional na produção de cafés commodity
e no setor de cafés especiais, precisam promover diferentes arranjos institucionais
entre produtores e compradores no Brasil para que o café especial com custo maior
fique a mercê dos preços de commodity e quem ganha é o comprador final que paga
por commodity, mas leva um café diferenciado.
Observam-se diferenças importantes no ambiente institucional para os cafés
commodity e os cafés especiais gerando divergências entre os agentes da cadeia,
especialmente ao se considerar transações de venda de café por produtores inseridos
nos dois sistemas, pois todo produtor pode ter os dois cafés para venda.
Ao se considerar o ambiente institucional, as regras formais e restrições informais
são importantes para definir a interação entre os agentes econômicos presentes na
cadeia do café.
Assim, o uso correto do solo e das águas, a observação da lei 12.651 de 25/05/2012,
estabelece as normas e diretrizes para proteção da vegetação nativa em áreas de
preservação permanente de acordo com legislação vigente, composição ou proteção
de reserva legal em 20% da área.
Na constituição federal de 1988 existem vários dispositivos e leis como a lei 6.938/81
sobre política nacional de meio ambiente que rege quais são os licenciamentos
ambientais a que a cadeia está submetida.
Nossa legislação em relação à cafeicultura e a cadeia como um todo é bem exigente
e a necessidade de licenciamento para execução de atividades de acordo com resolução
CONAMA 237/97 que engloba a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais e consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou causar degradação ambiental.
Assim, atividades como beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de
produtos alimentares.
Atividades consideradas pós-colheita como secagem onde se usa lenha ou gás glp,
o descasque e despolpamento antes da secagem são potencias poluidoras e então
precisam se adequar a legislação evitando multas e suspensão da atividade.
Estas leis já estão sendo cumpridas em alguns estados inclusive aumentando
a exigência da lei federal enquanto outros ainda não o fizeram por falta de órgão
competente para aplicação.
O uso de água para irrigação das lavouras cafeeiras também exige licenciamento
ambiental especifico, resolução n. 284 (CONAMA, 2001), que dispõe sobre uso de água
em projetos de irrigação, conhecido como outorga ou autorização, segundo critérios
técnicos, de acordo com bacia hidrográfica da localização de consumo
Recentemente, as entidades de representação do agronegócio brasileiro apoiaram
a alteração da lei 7.802/89, que regula e normatiza o setor de defensivos agrícolas
para que ocorressem inovações, mas é fundamental esclarecer que estas mudanças
não excluem o rigor científico e a transparência no processo de registros, essenciais
para a segurança e o desenvolvimento da indústria nacional.
O setor busca modernizar a legislação incluindo critérios objetivos na avaliação,
porém respeitando metodologias científicas, que assegurem a segurança do aplicador,
do meio ambiente e do consumidor final.
É muito importante que os trabalhadores rurais, aplicadores e manipuladores utilizem
os defensivos com cuidado seguindo as normas que regulamentam a atividade.
AULA 6
CERTIFICAÇÕES DA PRODUÇÃO
A certificação não garante a qualidade do grão, mas que os processos estão sendo
empenhados, assim fica mais fácil produzir um café especial que possa ser avaliado
sensorialmente e quanto ao tipo, cor, aspectos seguindo para avaliação de torra e
moído com bebida limpa, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto remanescente e um
balanço geral nunca podendo zerar um quesito.
Nos cafés especiais, destaca-se a Specialty Coffee Association (SCA), entidade
formada a partir da união da Specialty Coffee Association of America (SCAA) e da
Specialty Coffee Association of Europe (SCAE).
A SCA apresenta protocolos para classificação de cafés especiais, o que envolve
a classificação física do grão, quantidade de defeitos e avaliação sensorial da bebida
por provadores certificados (Q-graders), avaliador Q, certificação mundial dada a
profissionais de classificação e degustação de cafés após série de exames práticos
desenvolvidos pelo Instituto de qualidade do café CQI sigla em inglês para o Q GRADER .
Tais protocolos são adotados mundialmente para compra e venda de cafés especiais.
Pela metodologia SCA, a classificação da qualidade da bebida envolve uma pontuação
(de 60 a 100 pontos), a partir de 10 critérios distintos e a definição do perfil sensorial
da bebida como frutado, floral, nozes, chocolate, entre outros caracterizados numa
roda de sabores.
Assim como regras foram criadas formas diferentes para classificar café commodity
e cafés especiais.
Fonte: https://s24937.pcdn.co/wp-content/uploads/2017/08/Roda-da-SCAA-1995.jpg
Dentro da cadeia existem muitos torrefadores e que embalam café torrado e moído
ou só torrado em grãos para espresso.
No caso de cafés já processados; torrado e moído, para comercializar cafés como
superiores, os produtores precisam controlar os cafés que utilizam, pois podem
alterar a condição final do produto não atendendo a características físicas e químicas
estabelecidas por resolução específica.
O crescente consumo per capita no Brasil estão à frente de países como Itália e
França, porém muito atrás dos países nórdicos com 13 kg/ano com a resolução de
fevereiro de 2010 estabeleceu um padrão oficial de classificação do café torrado em
grão e moído.
O esforço para qualificação do café industrializado brasileiro começou coma criação
do selo de pureza ABIC que em 1989 buscando a pureza, ou seja, torrar e moer café,
não impurezas ou mesmo resíduos de café.
O entendimento do ambiente institucional da cadeia produtiva do café é fundamental
para desenvolver padrões de competitividade do produto e manter as pretensões
nacionais de fornecimento de café para os mercados internos e internacionais.
Os grãos commodities continuam sendo um padrão para definir as cotações dos
produtos no mercado de futuros contribuindo para o equilíbrio do comércio.
Porém, as transformações ocorridas na economia globalizada criaram um
consumidor de estilo mais apurado, que definem as características dos produtos
que pretendem consumir.
Dessa forma, novos consumidores demonstram a preocupação com as condições
da produção do café, em aspectos que variam entre o impacto social e ambiental do
cultivo até a elevação do padrão de qualidade.
Na cadeia do café, estes produtos passaram a ser denominados de cafés especiais.
A flutuação de preços da commodity é mais um fator a levar o produtor a buscar
mercados mais consistentes e dispostos a pagar pelo serviço prestado de alguma
forma, seja social ou ambientalmente.
Ao oferecer para o consumidor diversidade de produtos para sua livre escolha, os
atores do mercado de café passam a ter a oportunidade de comercializar produtos
com maior valor agregado, cuja rentabilidade é superiores a do café tradicional.
Cada vez mais o consumidor passa a ter percepção das diferenças entre a
diversidade de cafés oferecidos, sobretudo, quando atrelados à marca da torrefadora
e a rastreabilidade do produto.
AULA 7
TIPOS DE CAFÉS PRODUZIDOS
NO BRASIL
São cafés que tem seu mercado voltado a exportação através da bolsa de valores,
em geral sua classificação é feita através da tabela COB, onde são determinados
o tipo, pela quantidade de defeitos e a bebida em Mole, dura, riada e rio em ordem
decrescente de qualidade.
A grande maioria do café brasileiro é assim trabalhado e exportado ou torrado e
moído nos país, segundo maior consumidor de café.
São cafés compostos por grãos igualmente diferenciados por atributos de qualidade,
cultivados em fazendas que têm rastreabilidade com boas práticas agrícolas e social
e bebidas é inferior a 80 pontos na escala americana de cafés especiais, SCAA.
Com o surgimento do interesse pela qualidade e novas formas de extração da
bebida surgiram as grandes redes de cafeterias que passaram a agregar valor ao
São cafés como os cafés superiores em toda a fase de produção, mas lotes que
atingem, mas com pontuações acima de 80 pontos na escala SCAA e com alguns
atributos regionais que os diferenciam dos demais.
Mais recentemente uma terceira onda deu início a uma nova etapa de consumo com
valorização de origens onde os cafés são produzidos, sua rastreabilidade, sustentabilidade.
Como vinhos, regiões através de modos diferenciados de pós-colheita acentuam
atributos sensoriais e têm na certificação com UTZ e Rain forest hoje unidas, a
confirmação da qualidade e das boas práticas agrícolas.
Ocorre uma valorização das qualidades regionais, um Terroir, palavra francesa que
concebe o nascimento de um tipo único com as características somente daquele local,
exemplo, Serra do Caparaó, Cerrado, planalto paulista e outras.
Nesta fase ou onda ocorre uma valorização da extração mais artesanal, como o
coador e outas formas onde o barista, profissional que prepara a bebida buscando tirar
desde a torra até a extração o melhor que cada grão tem em sua região de origem.
Apesar de ser um mercado pequeno aqui é valorizado o selo FAIRTRADE, comércio
justo e utilizada a comercialização direct trade onde as empresas negociam diretamente
com o produtor.
As vantagens para o produtor, de comercializar cafés especiais e diferenciados, está
na agregação de valor que muitos grãos commodity apesar de serem especiais não o
são assim vendidos pela ausência de certificação e rastreabilidade. Para o produtor, a
vantagem advém da formação de uma marca reconhecida pela qualidade do produto
e para os que revendem o café a marca atesta a qualidade do produto.
O consumidor através de um código QR code pode, na embalagem, rastrear todo
o processo de produção, industrialização e venda.
Fonte: https://cptstatic.s3.amazonaws.com/imagens/enviadas/materias/materia10552/
Tabela_%20Silvana_Cafe.jpg
AULA 8
MERCADO DO CAFÉ
com diminuição de 3,9% nos arábicas, 96,37 milhões de sacas e aumento de 3,7%
nos robustas, 72,5 milhões de sacas.
O consumo mundial estimado em 169,34 milhões em 2019/2020 será de 0,7 % superior
a 2018/2019 gerando um déficit de 0,48 milhão de sacas na relação consumo/produção.
Apesar de o Brasil sinalizar uma super safra em 2020, os preços se mantiveram
razoáveis e janeiro as exportações mundiais totalizaram 10,29 milhões de sacas.
Nos quatro primeiros meses do ano-cafeeiro 2019-2020, que compreende o período
de outubro a janeiro, ano agrícola, as exportações diminuíram 5,8%, totalizando
39,53 milhões de sacas exportadas em comparação com as 41,95 milhões de sacas
exportadas no mesmo período do ano-cafeeiro anterior, 2018/2019.
Esses dados constam do Relatório sobre o mercado de Café – fevereiro 2020,
da Organização Internacional do Café – OIC. Para a Organização, o ano-cafeeiro
compreende o período de outubro a setembro, ano agrícola do cafeeiro.
Esse relatório da OIC encontra-se disponível na íntegra no Observatório do
Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. http://www.
consorciopesquisacafe.com.br/
Conforme o Relatório da Organização, nos quatro primeiros meses citados do
ano-cafeeiro 2019-2020, as exportações de Naturais Brasileiros diminuíram 11,8%,
ao atingirem 13,28 milhões de sacas, e os de outros suaves (especiais) diminuíram
6,6%, com 6,46 milhões de sacas vendidas ao exterior.
Com consumo recorde nos últimos anos o mercado de café tem se revelado uma
atividade sustentável e o país permanece como o maior produtor, maior exportador
e segundo mercado consumidor.
Com a terceira onda do café onde uma parcela considerável da população que não
ingeria a bebida com mudanças no modo de extração, delicatessens, cafés famosos como
Starbucks e outros, bebidas diferentes preparadas por baristas , o aumento de uso de
cápsulas para cafés na hora, máquinas em escritórios, lojas de conveniências onde o
café é preparado na hora e para tanto a qualidade e a sustentabilidade socioambiental
foi sendo um fator de agregaçaão de valor, o consumo aumentou entre jovens no mundo
todo inclusive com trabalhos científicos desmitificando que o café prejudique a saúde.
Há muito essa tendência vem sendo sentida e aproveitada pelo produtor brasileiro.
Não é de hoje que o cafezinho é uma maneira de sociabilizar encontros, degustado após
refeições, para repor energias em longas e cansativas jornadas e devido às propriedades
nutracêuticas; alimentos que promovem algum efeito benéfico no organismo.
O café sempre foi uma bebida acessível a todas classes sociais e recentemente
se sofisticou com as modernas cafeterias consolidando uma história de 300 anos.
O brasileiro está longe de consumir como americanos e europeus, mas em 2018
consumiu 21 milhões de sacas ou 6 kg de café cru ou 4,82 kg de torrado e moído.
Até o fim de 2019 estimava-se crescimento de 3,6 % ao ano.
Este ano nos quatro primeiros meses houve aumento de 30% mesmo com o
coronavírus ou pelo corona fazer do isolamento um motivo para um cafezinho.
1-Brasil
2-Vietna
3-Colombia
4-Indonésia
5-Etiopia
6-Honduras
7-India
8-Uganda
9-México
10-Peru
8.7.1 Competitividade
8.7.2 Sustentabilidade
8.7.3 Marketing
Um dos desafios da cadeia produtiva de café, pois embora o Brasil seja destaque
na produção de café, o marketing para conseguir mais valor agregado se iniciou
recentemente, e conseguir uma maneira de tornar isso possível é de vital importância
para que as certificações deem resultados.
Para uma maior produtividade e qualidade do café que tem relação direta com seu
preço, ou seja, uma maior produção de café numa mesma área e baseada na máxima
qualidade terá maior preço na venda.
Porém, a mão de obra utilizada é, por vezes, carente de qualificação, o que depende
de investimentos e são exigências da legislação trabalhista.
Nos últimos dez anos, a safra brasileira de café teve um crescimento de 56% atingindo
36% da produção mundial.
Saímos de 39,5 milhões de sacas em 2009 para 61,66 milhões de sacas em 2018
inclusive com diminuição de área plantada e da bienalidade devido variedades novas
e tratos fitossanitários eficientes.
Mesmo com aumento da mecanização a escassez de mão de obra qualificada,
principalmente no momento da colheita, é ainda um grande problema para o produtor.
Ter mão de obra em maior quantidade e com qualificação é um grande desafio
para a produção de café no Brasil, com o cafeicultor precisando investir para elevar
a sua produtividade e a qualidade dos grãos.
Assim como ocorre com todos os setores ligados à agricultura, a eficiência do
planejamento, principalmente quanto ao uso de mão de obra na produção de café,
representa a melhor medida que deve ser adotada pelo cafeicultor para superar seus
desafios. Deve existir, por parte dos produtores de café, uma atenção especial na
qualificação das pessoas. Os produtores devem investir em treinamentos específicos
para toda a equipe de trabalhadores.
AULA 9
CADEIA PRODUTIVA, CAFÉ,
SOJA, MILHO E PRODUTOS
ORGÂNICOS
9.1 Conceitos
Não podemos esquecer que a busca de novas fronteiras agrícolas sempre foi um
anseio do homem e incentivado por governos para ocupar áreas ainda sem produção
ou ocupação no país.
Assim, técnicas como uso do fogo para limpeza de novas áreas devem ser trocadas
por uso sustentável das florestas ou dos cerrados.
A agricultura orgânica tem muitos desafios a serem vencidos e que serão
discutidos oportunamente.
9.2 Histórico
Até o século XIX a agricultura era feita de forma empírica, baseada nas experiências
dos cultivos, intuitivamente sem muitas informações científicas.
No século XIX com algumas descobertas científicas como a derrubada da teoria do
húmus na qual se acreditava que as plantas usassem o carbono proveniente do húmus
e não do ar atmosférico no processe de fotossíntese através de processos autotróficos,
da fixação do nitrogênio atmosférico e o surgimento das teorias agroquímicas com
início de uso de químicos na agricultura apoiados pela crescente industrialização.
O embasamento científico dessas descobertas conferiu credibilidade junto com os
incrementos de produção alcançados.
No início do século XX outras pesquisas em microbiologia dos solos mostraram a
importância da matéria orgânica nos solos.
Mesmo com a comprovação e dos benefícios de se usar orgânicos a indústria
química estava consolidada e os produtores aderiram a esta nova tecnologia devido
acréscimos de produção e facilidades de aplicação nos cultivos extrapolando os
meios científicos.
A segunda revolução agrícola com abandono de rotações de cultura e integração
das produções animal e vegetal selou de vez o tipo de agricultura mais orgânica
praticada até essa o fim do século XIX.
Também denominada de revolução verde, sua expansão foi muito rápida apoiada
por técnicos, governos, empresas produtoras de insumos, Banco Mundial, BID; Banco
interamericano de desenvolvimento, USAID, agência americana de desenvolvimento
internacional e FAO; agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação
entre outras.
Nos anos 1960 esse tipo de agricultura começava a dar sinais de cansaço devido
à grande degradação ambiental e contaminação de solos mananciais começando a
ocorrer necessidade de mudanças.
No início dos anos 1970 surge a International Federation on organic Agriculture,
IFOAM na França com a reunião de 400 entidades agroambientalistas para propor
uma diferente forma de agricultura alternativa.
Surgiam assim, as primeiras regras e informações para padronização de produtos
orgânicos através de troca de informações.
No Brasil José Lutzemberger, em 1976, publica o Manifesto ecológico Brasileiro:
fim do futuro? Que propunha uma agricultura mais ecológica.
Outros autores e pesquisadores como Ana Maria Primavesi, Adilson Paschoal, Luís
Carlos Machado foram importantes nessa mudança de conceito introduzida no Brasil.
Nos anos 1980 houve importantes encontros intitulados: Encontros brasileiros de
agricultura alternativa (EBAAS).
Após os dois primeiros, onde se privilegiou a crítica ao modelo de agricultura
praticado, no terceiro a preocupação com o social passou a ser mais importante.
A partir disso surgiram os ERAAs; encontros regionais de agricultura alternativa
onde a preocupação com o modelo econômico mais utilizado no mundo, o capitalismo
passou a ser a preocupação do momento.
Atualmente, alguns produtores têm restrições quanto ao modelo orgânico por
associá-lo com outras correntes políticas que não o capitalismo.
Difícil negar que existe uma parcela de produtores orgânicos ligados ao socialismo,
pensando mais no social do que no capital.
Começam a surgir ONGs voltadas para a agricultura, coordenadas pela REDE DE
TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS visando à união e a contestação do modelo agrícola.
Depois surgiu denominação agricultura ecológica, em substituição a tecnologias
alternativas e também pela identificação com a agroecologia.
Nos anos 1980 surgem os primeiros sinais no âmbito da ciência e tecnologia com
preocupações causadas pelo modelo agrícola convencional.
Surge a necessidade de mostrar cientificamente os benefícios não só para a
alimentação saudável, mas para a sustentabilidade do planeta para gerações futuras.
A produção agroecológica não é uma ciência nova, mas um novo campo para
estudos envolvendo não só a agronomia, mas a sociologia rural e seus efeitos, a
9.3.1 Trofobiose
A trofobiose é uma ciência onde os nutrientes no interior da planta têm relação direta
com a sanidade às pragas e doenças. Durante o crescimento e após a fotossíntese
as substâncias simples e aminoácidos na seiva das plantas são transformados em
moléculas mais complexas como proteínas, açúcares, lipídeos, vitaminas que servirão
de alimento e energia às células.
Caso a planta não esteja equilibrada, ou em solos com problemas, essa síntese
pode não ocorrer e esses aminoácidos permanecerem na seiva funcionando como
alimentos para insetos, nematoides e pragas que dificultam a produção agrícola.
A Trofobiose busca a resolução da causa do problema e não os seus sintomas.
A nutrição equilibrada, base da trofobiose, nutre a planta por completo não apenas
temporariamente pela ausência de determinados nutrientes.
O estilo de produção orgânico tem na trofobiose ótima relação, pois exige a verdadeira
nutrição das plantas, através de técnicas como o cultivo protegido, a adubação
orgânica e a presença de microrganismos no solo.
As estratégias de manejo, com síntese e decomposição da matéria orgânica
proporcionam uma maior e equilibrada absorção de nutrientes sem uso de qualquer
tipo de insumos agrícolas a não ser materiais orgânicos ou naturais.
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 53
CADEIAS PRODUTIVAS: CAFÉ, SOJA,
MILHO E PRODUTOS ORGÂNICOS
PROF. GUSTAVO GUERREIRO
8.3.3 Minhocultura
AULA 10
CADEIA PRODUTIVA
Fonte: https://www.google.com/search?q=cadeias+curtas+de+produtos+organicos
As feiras em número de mais de 600 são espaços educativos e de lazer que permitem
grande interação entre produtores e consumidores, oferecendo maior autonomia dos
agricultores com maior presença em regiões onde a agricultura familiar é mais presente.
Mais recente e comprovando o interesse na sustentabilidade do planeta surgiu uma
nova modalidade no Brasil que são os grupos de consumo responsável (GCR) e grupos
de consumidores conhecidos por CSA – (Comunidade que Sustenta a Agricultura)
que financiam a produção gerando cestas diversificadas para grupos organizados
de consumidores.
Em 2016 havia no Brasil mais de 100 grupos de consumidores organizados para
compras diretas de produtos ecológicos.
Podemos chamar de consumo consciente.
As lojas virtuais de produtos orgânicos/agroecológicos nem sempre representam
uma cadeia curta, mas nas regiões metropolitanas, pela facilidade de compra via
aplicativos de celulares e internet, comodidade nas entregas ao consumidor e com
preços inferiores aos supermercados vem crescendo inclusive com produções dentro
de grandes metrópoles atendendo às exigências da vida moderna.
Aqui se faz importante a certificação para garantir ao consumidor a segurança
alimentar procurada nos produtos orgânicos.
Os Qr-codes para leitura em celulares é importante ferramenta para essa divulgação
e certificação.
Todos esses modelos de comercialização em cadeia curta são importantes, mas
como já mencionamos se faz necessário o fortalecimento do mercado consumidor
e com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) o mercado institucional passou
em 2003 a atender o consumidor coletivo como instituições de assistência social,
hospitais, creches, escolas, numa cadeia curta e segura para o produtor comercializar
pela venda direta ao governo brasileiro.
Assim, os alimentos da agricultura familiar podem ser adquiridos pelo governo
diretamente dos agricultores, associações ou cooperativas de produtores chegando
até a população via entidades de assistência social do governo e nas escolas públicas.
Essas políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional se destacaram
na compra de produtos de base ecológica nos últimos anos sendo o Programa de
Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
os programas de maior apoio aos produtos da agricultura familiar que com certificação
orgânica recebem um prêmio de 30% em relação ao similar da agricultura convencional.
Dentro dessa dinâmica de mercado de cadeias curtas e da exigência cada vez maior do
consumidor, podemos elencar os gargalos e desafios da produção orgânica sustentável.
Segundo Riva (2018, p. 44), em Orgânicos: produção sustentável economicamente
viável, capítulo IV são:
10.4.3 Logística
10.4.7 Fraudes
AULA 11
CADEIA PRODUTIVA DE SOJA E
MILHO
Essa parte, em geral, está a cargo de grandes redes ou lojas que comercializam,
óleo, proteínas, texturizada, lecitinas.
11.2.6 Insumos
11.2.7 Produção
11.2.8 Comercialização
A indústria de carnes a nível mundial tem no farelo de soja para produção de ração
um dos itens mais importantes para essa cadeia tão importante agregada a da soja.
Óleos de altíssima qualidade e saudáveis para o ser humano.
Fonte: https://image.slidesharecdn.com/cadeiasoja-160520195847/95/cadeia-produtiva-da-
soja-12-638.jpg?cb=1463774393
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/8845621/26/images/4/Vis%C3%A3o+Sist%C3%AAmica+Prof.+Dr.+Jairo+Alfredo+Genz+Bolter.jpg
11.3 Ambientes
Fonte:https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4502599/mod_
resource/content/2/Aula_Cadeia.pdf
11.4.1 Norte-Nordeste
11.4.2 Centro-Oeste
11.4.3 Sudeste
11.4.4 Sul
AULA 12
ASPECTOS CONJUNTURAIS DA
CADEIA DA SOJA, COMOMODITY
Fonte: http://sistemafamato.org.br/portal/arquivos/03072015033509.pdf
Fonte: https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/safra-mundial-de-soja
Fonte: https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/safra-mundial-de-soja
12.3 Exportações
As exportações de soja dos EUA para 2019/20 foram revisadas para baixo em relação
ao mês de maio de 2020, caindo de 45,6 milhões para 44,9 milhões de toneladas,
devido a maior concorrência com a América do Sul.
Com isso, as vendas externas da oleaginosa devem ser 24,2% maiores em 2020/21.
Na safra 2019/20, as exportações de soja cresceram um milhão de toneladas
na Argentina e Brasil, sendo embasado no ritmo recente dos embarques, reflexo do
aumento das compras de soja pela China.
Já para a safra 2020/21, Brasil deve ter queda de 2,4% nos embarques e Argentina,
redução de 27,8%.
Fonte: https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/safra-mundial-de-soja
Fonte: https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/safra-mundial-de-soja
12.5.1Cotaçao do produto
Ampla rede de pesquisa que teve início com as novas variedades através de genética
de ponta e pesquisas para diminuição das pragas e uso de pesticidas.
Com a crescente procura por alimentos mais saudáveis ocorreu à troca da gordura
animal pela vegetal, os óleos de soja.
O crescimento das cadeias de suínos e aves elevou a demanda por farelo de soja
na ração para a produção alimentos.
AULA 13
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
O manejo adequado do solo e da vegetação deve ter como premissa básica a utilização
de métodos com o mínimo revolvimento do solo, assim como os sistemas de rotação/
sucessão de culturas que incluam plantas com alta produção de resíduos vegetais
(palhadas) e ainda plantas capazes de acumular nutrientes no solo, como a implantação
de leguminosas nos sistemas de produção, pela adoção da prática de plantio direto
sobre as palhadas soja, milho ou culturas próprias para a produção de massa.
No sistema de pastagem ou integração, lavoura, pecuária, floresta (sistema LPF),
deve-se realizar manejo adequado do solo e da forrageira, com intuito de sequestrar
C no solo e, por conseguinte, reduzir as emissões de GEE (gases do efeito estufa)
para a atmosfera.
Preservar as vegetações remanescentes bem como realizar plantios de
reflorestamento em larga escala, ou no sistema LPF, pois nesses ambientes estão
as maiores quantidades de C sequestradas no sistema solo-planta.
13.2.4 Agrotóxicos
Os últimos trinta anos foram marcados por duas grandes mudanças na cadeia
da soja.
A primeira ocorreu nos sistemas de produção que passaram a lastrear-se em
tecnologias sustentáveis, minimizando os impactos ambientais.
A segunda mudança foi a profissionalização da gestão da propriedade agrícola,
associada com legislação mais rígida e fiscalização mais intensa, melhorias sensíveis
foram observadas na condição do trabalhador.
A melhor governança também agregou valor na cadeia maximizando os lucros
do sojicultor.
E as duas mudanças propiciaram enormes ganhos de sustentabilidade para o Brasil,
associados com um potente surto de desenvolvimento social e econômico.
Fonte: https://image.slidesharecdn.com/gestodoagronegcio-ahoraeavezdosadministradores-110930130117-phpapp01/95/gesto-do-agronegcio-a-hora-e-a-vez-
dos-administradores-19-728.jpg?cb=1317387799
Fonte: https://www.google.com/search?q=destinos+e+usos+da+soja+brasileira
AULA 14
CADEIA PRODUTIVA DO MILHO:
HISTÓRICO
O consumo tem forte incremento com a colonização portuguesa com novos produtos
à base de milho incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros com o passar
das gerações.
Isso ocorreu quando os primeiros europeus descobriram sua existência depois
que exploradores falavam do grão que os nativos chamavam de milho, de bom sabor
quando cozido, seco ou como farinha.
Na América o milho é conhecido por diferentes nomes como, choclo, jojoto, corn,
maíz, elote.
Ocorrem diferenças no milho não só na cor, mas na forma do grão, como o dentado,
quanto a sua dureza; o duro, o macio ou farinhoso, ao paladar, como o doce e ao
muito apreciado milho pipoca.
Fonte: https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcQMvrmE406Ia5udpQnzj7IcWE9wD61Ben07Sw&usqp=CAU
Fonte: https://agronegociointerior.com.br/wp-content/uploads/2016/05/milho-transg%C3%AAnico.jpg
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcSwMJuOQGXzQiv1Q6cEUD-vyHq2DdRKLJhqOQ&usqp=CAU
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcS6S56ek-EdAvpSxpceIxhl--W_aPrBjVyXWg&usqp=CAU
Como nas fotos acima existem aproximadamente 150 espécies de milho, com
grande diversidade de cor e formato dos grãos.
Além de suas virtudes alimentícias podendo ser transformado em farinhas, flocos,
pastas e cangica o milho tem uso como ingrediente básico para diversos processos
industriais como amido, azeite, proteínas, bebidas alcoólicas, edulcorantes alimentícios
e biocombustível.
Apesar do consumo como alimento humano estar crescendo no Brasil, ainda está
longe de ser comparado a países como México, Caribe e Estados Unidos.
Tanto na safra de verão como na segunda safra, antiga safrinha, o uso de plantio
direto na palhada revolucionou a cultura do milho.
Aqui a demanda por rações prontas ou produzidas nas unidades produtoras das
cadeias de carne suína e avícola de corte e postura, determinam a distribuição podendo
ser regional ou se deslocando a grandes distâncias saindo de Mato grosso do sul e
chegando em São Paulo.
14.2.6 Insumos
14.2.7 Produção
14.2.8 Comercialização
14.2.10 Consumo
Fonte: https://www.google.com/search?q=cadeia+produtiva+do+milho
14.3 Ambientes
Fonte: https://tinyurl.com/yclpz2nb
Fonte: https://www.google.com/search?q=foto+de+um+grao+de+milho
Fonte: https://www.google.com/search?q=germen+do+milho
Fonte: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4502599/mod_resource/content/2/Aula_Cadeia.pdf
14.3.2.3 Universidades
14.5 Regiões produtoras
Basicamente as regiões produtoras de soja com destaque estão nas regiões sul
e centro oeste.
AULA 15
PRODUÇÃO DE MILHO
Fonte: http://www.farmnews.com.br/mercado/maiores-paises-produtores-de-milho/
Vale destacar que os Estados Unidos e a China produzem mais de 50% do total de
milho ou seja 54,6% ou 608,5 milhões de toneladas do cereal.
E se juntarmos ao Brasil a participação dos três países, sobe para 63,8% ou 709,5
milhões de toneladas.
Fonte: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/839#resultado
Fonte: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/839#resultado
O país deve produzir em 2020 251,9 milhões de toneladas de grãos, em razão das
boas condições climáticas em todas as regiões e do aumento das áreas de soja e milho.
O milho de primeira e segunda safra deverá alcançar mais de 100 milhões de
toneladas, com crescimento de 0,4% a mais que a safra passada, impulsionado pelas
cotações do cereal no mercado internacional devido à quebra de safra nos EUA.
Fonte: https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/safra-mundial-de-milho
15.6 Exportações
Fonte: https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/safra-mundial-de-milho
Os estoques caíram na grande maioria dos países, apenas Brasil que houve elevação
de 17%.
Fonte: https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/safra-mundial-de-milho
Ampla rede de pesquisa que teve início com as novas variedades através de genética
de ponta com sementes para milho primeira safra e milho segunda safra e pesquisas
para diminuição das pragas e uso de pesticida.
Com a crescente procura por alimentos mais saudáveis ocorreu a troca da gordura
animal pelo vegetal, os óleos de milho assim como o seu uso em mais de 3500 produtos.
O crescimento das cadeias de suínos e aves elevou a demanda por milho na ração
para a produção carnes e ovos.
AULA 16
CENÁRIOS DO MERCADO DO MILHO
Fonte: https://pt.slideshare.net/FabricioMartins/11-abimilho
Muito exigida pelos consumidores finais, seja do milho ou dos animais produzidos
em outras cadeias agregadas a do milho e da soja, a segurança alimentar deve ser
uma preocupação de toda a cadeia, do produtor, transportador, armazém e de quem
processa o cereal em qualquer um dos produtos já descritos.
Fonte: https://pt.slideshare.net/carlobb/abimilho-22-novembre?next_
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Sites:
http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/195075/1/Milho-
caracterizacao.pdf
https://feedfood.com.br/pt/noticias/mercado/milho-desafios-decorrem-da-
falta-de-boas-praticas
https://pt.slideshare.net/carlobb/abimilho-22-novembre?next_slideshow=2
https://www.agrolink.com.br/noticias/congresso-debate-seguranca-
alimentar-na-cadeia-do-milho
https://www.nutritime.com.br/arquivos_internos/artigos/ARTIGO256.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4502599/mod_resource/
content/2/Aula_Cadeia.pdf
https://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/safra-mundial-
de-soja
https://image.slidesharecdn.com/gestodoagronegcio-
ahoraeavezdosadministradores-110712091627-phpapp02/95/
gesto-do-agronegcio-a-hora-e-a-vez-dos-administradores-19-728.
jpg?cb=1310462408
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4502599/mod_resource/
content/2/AulaCadeia.pdf