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INTRODUÇÃO

A exploração de hidrocarbonetos, como o petróleo e o gás tem sido nos


últimos tempos, a nível mundial, uma das atividades que mais têm gerado lucros,
ajudando no alavancar da economia mundial, daí existir cada vez mais a procura
de novas reservas de hidrocarbonetos.

Reservatórios de petróleos podem assim ser definidos como locais, com


condições de geração e acumulo de fluidos nomeadamente, agua, óleo e claro
e claro o nosso objeto de estudo, gás.

Os reservatórios podem ser classificados de várias forma, segundo os


conhecimentos adquiridos ao longo dos anos ele podem ser, quanto a presença
de fluidos, neste caso, saturados ou insaturados, quanto ao tipo de formação
rochosa ou melhor dizendo, quanto ao tamanho dos grãos, que são calcários,
dolomíticos e carbonatados e por fim, quanto ao conteúdo que está preenchendo
os espaços porosos ou seja, o tipo de fluido.

Essa última classificação acaba por definir se o reservatório será de gás,


óleo ou água, é de salientar que um projeto de reservatório torna-se viável para
avançarmos com as operações de pesquisa e prospeção de hidrocarbonetos,
quando o mesmo não ultrapassa os 40% de quantidade (saturação) de água.

O foco primordial desse trabalho de final de curso começa por


primeiramente percebermos, o que é um reservatório de gás natural. Pode assim
ser definindo como um local onde podemos encontrar grandes concentrações de
gás, normalmente esses mesmos reservatórios encontram-se em grandes
profundidades no subsolo, esse mesmo gás pode se encontrar associado ao
óleo como não, assim a denominação de reservatório de gás associado ou
reservatório de gás não associado.

Assim como o petróleo, ele se forma a partir da decomposição da matéria


orgânica, como fósseis de animais e plantas de períodos longínquos, sendo
obtido por intermédio de perfurações de poços no mar como em terra (onshore
e offshore).

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A exploração de gás natural tal como a exploração do petróleo, também
ajuda no alavancar da economia de um país, mesmo não possuindo o mesmo
poder económico que o petróleo, o gás em alguns países consegue proporcionar
uma lufada de ar fresco em termos económicos.

Em Moçambique por exemplo, devido os conflitos, entre a Ucrânia e a


Rússia, aumentou em números consideráveis, refletindo assim na redução dos
preços para a obtenção do gás natural.

Angola também não pretende fugir dessa realidade, com a


implementação do projeto Angola LNG, que foi construído para criar
oportunidades e condições sustentáveis para várias famílias, por intermédio de
recursos de gás offshore, o mesmo é considerado como um dos maiores
investimentos de sempre no que tange as operações de petróleo e gás do
offshore angolano, o mesmo projeto visa alcançar grandes voos e quiçá, ajudar
no alavancamento da economia angolana.

Não podemos deixar de salientar quais podem ser os desafios que


podemos encontrar ao explorar o gás. Tal como o petróleo, as condições de
pressão e temperatura, devem ser favoráveis para que o mesmo chegue até a
superfície, bem mais a frente explicarei como é o processo de extração,
transporte, armazenamento e distribuição do gás. Para que essa tarefa essa
cumprida com êxito é primordial que alguns aspetos sejam levados em conta, o
objetivo desse trabalho é analisar que inconvenientes podiam suceder caso
tivéssemos queda de pressões no decorrer das operações.

Para então dar explicação nisso, o presente trabalho está dividido


em três partes, em que na primeira foi feita uma fundamentação teórica sobre
alguns conceitos básicos, e nas restantes partes foram abordados aspetos
aplicáveis concernente ao tema em estudo.

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Justificativa

Escolhi este tema, pois o mesma pode proporcionar soluções inovadoras


no que tange a angariar receitas, e ajudar na economia do pais, durante anos
temos vivido apenas daquilo que o petróleo pode nos proporcionar, e nos
esquecemos que o nosso país é rico, em muitos outros recursos, fala-se muito
hoje em dia na diversificação económica, e com a crescente procura e oferta do
mercado internacional por fontes energéticas alternativas, decidi desenvolver
este tema.

Metodologia

Para a realização deste trabalho foram precisos várias horas e dedicação


em pesquisas de informação, em artigos que as suas fontes foram devidamente
citadas, recorri também em livros que durante esses anos têm oferecido um
enorme contributo a Indústria por causa do conteúdo que eles disponibilizam, e
que ao longo dos anos tem servido de apoio ou guia para quem deseja se situar
no que tange a conhecimentos acerca da indústria.

E por fim, recolhi também depoimentos prestados por chefes de estados,


companhias que prestam serviços ligados a indústria, leis e decretos que nestes
anos tem ajudado a regular e fiscalizar de alguma forma as operações e
procedimentos existentes na indústria.

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Objetivos

GERAL

- Estudar os Parâmetros Envolvidos, na Queda de Pressão em


Reservatórios de Gás Natural.

ESPECIFICOS

- Explicar de modo amplo, o procedimento para que haja condições de


existência de reservatórios.

- Analisar sobre como o gás tem ganhado o seu espaço como umas das
maiores fontes de energia a nível mundial.

- Avaliar as causas que levam um reservatório a verificar perdas de


pressões ao longo da sua vida produtiva.

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1. CAPITULO – FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

A vida útil ou produtiva de um reservatório é analisada ao longo dos anos,


e com o passar do tempo, vamos verificando que o mesmo vai tendo queda de
pressões, que faz com que os fluidos abandonem o meio poroso, modificando o
equilíbrio e alterando as propriedades dos fluidos. Este fluxo em meio poroso é
um fenômeno bastante complexo que depende do tipo, de rocha, das interações
entre a rocha e os fluidos, quantidade e propriedades dos fluidos (AHMED e
MEEHAN, 2012).

A vida produtiva de um reservatório natural de petróleo é determinada


pelos mecanismos de produção que atuam sobre o reservatório. Os tais
mecanismos em certas bibliografias é dito que atuam, de forma separada, mas
segundo DONNEZ (2007) eles atuam de forma conjunta.

Quando os reservatórios sofrem intervenções, como por exemplo, uma


perfuração de um poço para produção de hidrocarbonetos, os mecanismos de
produção atuam. Donnez diz ainda que eles podem ser, mecanismo de
deslocamento gravitacional, expansão da rocha e fluidos e muitos outros.

Antes de aprofundarmos mais em relação ao nosso tema, importa referir


sobre como se dá o processo de existência de reservatórios de gás, será que
em Angola temos, como é a sua vida produtiva ao longo dos anos?

Para então esmiuçarmos em relação a existência de reservatórios


teremos então que recorrer em primeiro lugar a teoria de Wegener sobre a
origem dos continentes. Alfred Wegener no livro Entstehung der Kontinente,
enunciou que outrora existia um único continente e que, com o passar dos anos
o mesmo por causa das movimentações das placas tectónicas acabou por se
separar dando origem a vários continentes.

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As atividades tectónicas fizeram que houvesse a separação das placas,
que deu assim origem aos oceanos, e o sobreaquecimento do núcleo que expeliu
magma, que por sua vez resultou em cadeias montanhas. Como exemplos
dessas atividades tectónicas podemos observar no nosso país na zona de cabo
Ledo, as cadeias montanhosas como o Morro do moco, e muitos outros
exemplos.

A teoria de Alfred Wegener, é assim complementada se nós analisarmos


a teoria de Nicolau Steno sobre a sobreposição das camadas. Steno diz que as
placas após se separarem um das outras, deram origem a vários eventos, um
deles é denominado como princípio da sobreposição das camadas, que é um
evento que ocorre de forma cronológica em que as camadas vão se sobrepondo
umas em relação as outras fazendo com que haja compactação e sedimentação.

Figura 1.. Evolução dos continentes e oceanos, segundo a deriva continental (fonte: Larissa Mesquita
https://www.preparaenem.com/geografia/deriva-continental.htm)

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1.1. Ciclo das Rochas

Após analisarmos os contributos de Wegener e Nicolau Steno, já temos


noção de como se deu a origem das placas e consequentemente das rochas,
mas como deve ser o ciclo delas.

O mesmo é compreendido como o processo que transformações que as


rochas sofrem durante as movimentações das placas tectónicas, o mesmo ciclo
gira em torno de três grupos de rochas, que são as igneas ou também
conhecidas por magmáticas, metamórficas e as sedimentares.

Figura 1.1.1 origem e ciclo das rochas Escola Técnica Grão Duque-Henri 2021

Durante anos, vários foram os cientistas que deram o seu contributo


concernente ao assunto, como por exemplo James Hutton.

Hutton enunciou que as rochas obedecem um único ciclo e que não


sofrem evolução, em meados dos anos 60, houveram mudanças nas placas
tectónicas o que originou diversas mudanças evolutivas no ciclo das rochas
dando origem a existência de mais rochas, então o contributo de Hutton passou
a perder espaço, dando lugar ao contributo de J. Tuzo Wilson, que o ciclo das
rochas muda gradualmente em função a movimentação das placas, e claro
condições climatéricas do local onde está a decorrer o evento.

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Figura 1.1.2: Ciclo das Rochas 2007 fonte: WoudloperWoodwalker

Após analisar uma quantidade de contributos cheguei a conclusão que de


forma uniformizada as rochas obedecem o seguinte ciclo:

1.1.1 Magma: Mistura pastosa, mais ou menos fluida, de matérias


minerais em fusão, proveniente das zonas profundas da Terra, onde as rochas
foram submetidas a pressões e a temperaturas elevadíssimas (Myron G. Best,
1982).

Figura 1.1.1.1 magma fonte:Escola Técnica Grão Duque-Henri 2021

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1.1.2. Cristalização das rochas: Segundo Robert H. Perry (2008) a
cristalização é o processo pelo qual uma forma sólida é resultado de átomos ou
moléculas extremamente organizadas em uma estrutura conhecida como cristal.

Os cristais podem se formar simplesmente a partir da precipitação de uma


solução, do congelamento e, raramente, da deposição direta de um gás. Muitos
são os fatores entrelaçados ao processo de cristalização, tais como a
temperatura, pressão atmosférica e, no caso de cristais líquidos, do tempo de
evaporação do fluido.

1.1.3. Rochas ígneas ou magmáticas: Fase em que a lava que saiu do


núcleo até a superfície já solidificou e se transformou em rocha. Segundo Guerra
(2001) rochas magmáticas são rochas formadas pela consolidação do magma
do manto. Elas podem ser Intrusivas (consolidação no interior da crosta) ou
extrusivas (consolidação sobre a crosta).

Como exemplos de intrusivas, podemos citar o Granito e o Pegmatito


(com cristais grandes e de alto valor econômico). Quanto às extrusivas podemos
citar o Basalto e o Gabro;

1.1.4.Erosão: Segundo uma enciclopédia britânica, denomina-se como


erosão o processo de desgaste de uma rocha por intermédio dos agentes
metamórficos, como chuvas, eles vão causando alterações na textura da rocha
dando características diferentes das que a rocha possuía.

1.1.5.Sedimentação: Segundo Guerra (2001), é o processo de deposição


de detritos de outras rochas, ou seja para que haja sedimentação primeiro deve
existir a decomposição ou desagregação das primeiras rochas a serem
formadas, ou seja as igneas, que são resultado do arrefecimento do magma.

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Para que esse processo ocorra, é essencial que fatores como as
atividades tectónica, tipo de rocha, e clima estejam presentes porque eles
acabam por se tornar preponderantes, a partir daí dá-se o processo de formação
das rochas sedimentares.

1.1.6. Rochas sedimentares: São rochas formadas a partir da


compactação de fragmentos/ sedimentos de materiais (detritos de rochas ou de
matéria orgânica) preexistentes. Como exemplos, podemos citar o Arenito, o
Siltito, o Argilito (sedimentares clásticas), o Carvão Mineral e o Calcário
(sedimentares orgânicas. (GUERRA & GUERRA, 2001)

1.1.7.Metamorfismo: É definido como o processo de modificações


mineralógicas e estruturais de rochas, em seu estado sólido, em resposta a
condições físicas que diferem das condições prevalecentes durante sua
formação. As modificações que ocorrem dentro do domínio do intemperismo e
da diagênese são geralmente excluídas. (Winkler, 1977)

Figura 1.1.1 exemplo de metamorfismo fonte: Escola Técnica Grão Duque-Henri 2021

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Segundo BRANCO (2008) o metamorfismo está dividido em:

a) Metamorfismo de contato – o que surge pela ação de um magma sobre


as rochas vizinhas. Ocorre principalmente nas proximidades de rochas
plutônicas ácidas.

b) Metamorfismo regional – aquele que surge em massas de rocha que


são enterradas e submetidas a determinadas condições de pressão e
temperatura. Pode ser de baixo, médio ou alto grau. Afeta áreas com até
milhares de quilômetros quadrados e em grandes profundidades. Quando a
temperatura ultrapassa a faixa de 700-800 ºC, as rochas começam a se fundir,
produzindo magma.

c) Metamorfismo dinâmico ( ou cinemático) – aquele que ocorre em zonas


de deformação estreitas, com intenso deslocamento.

d) Metamorfismo de impacto – o que ocorre em decorrência do impacto


de um meteorito.

1.1.8.Rochas metamórficas: São rochas formadas através da


transformação de uma rocha preexistente no estado sólido. O processo
geológico de transformação se dá por aumento de pressão e/ou temperatura
sobre a rocha, sem que o ponto de fusão dos minerais seja atingido. Como
exemplos, podemos citar o Mármore, o Quartizito, a Ardózia e o Gnaisse
(GUERRA & GUERRA, 2001).

Figura 1.1.8.1. Mármore mississippiano de Big Cottonwood CanyonMark (fonte: A. Wilson (Department of
Geology, The College of Wooster

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1.2. Sistema petrolífero

Para entendermos com exatidão o que é sistema petrolífero, primeiro


tínhamos que entender acerca do ciclo das rochas, apenas a partir daí é que
podemos definir o mesmo, que é um esquema organizado que envolve todos os
elementos e processos geológicos que são necessários para que exista geração
e acumulação hidrocarboneto quer seja óleo e gás. Para assim ser denominado
é necessário que existam rochas geradoras, rochas-reservatório, rochas
selantes e trapas ou melhor dizendo armadilhas, sem esquecer de fenômenos
como migração e sincronismo.

Figura 1.2.1.Ilustração esquemática do sistema petrolífero atuante na Bacia de Campos (segundo Rangel & Martins,
1998).

Para que haja a geração de hidrocarbonetos é necessário que haja o


processo de decomposição da matéria orgânica, neste caso restos de animais,
e plantas ao longo de milhares de anos. Esses restos, procuram um local onde
possam se depositar, local esse que permite que a matéria se decomponha e
começa a dar origem aos hidrocarbonetos, esse local é assim denominado como
rocha geradora, que em seguida será definida.

1.2.1. Rocha Geradora: Pode assim ser definidas como todo o tipo de
rocha com capacidade para em primeiro lugar, os detritos de rochas e restos de
animais e plantas se depositem nela, e em seguida promover a geração e
acumulação de hidrocarboneto.

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Segundo (Silva, 2007) o processo de geração de hidrocarbonetos
resume-se nas seguintes etapas:

Figura 1.2.1.1: Transformação termoquímica da matéria orgânica e a geração do petróleo. Fonte: Adaptado
de Thomas (2004, p.16).

1.2.1.1 Diagênese: Neste estágio imaturo, o hidrocarboneto presente é


caracterizado estruturalmente ao gás metano de origem bioquímica. Inicialmente
são encontrados compostos orgânicos (ácidos, cetonas, aldeídos, etc.), além do
querogênio, oriundo da transformação da matéria orgânica, e que dará origem
ao óleo e o gás nas etapas subsequentes.

1.2.1.2. Catagênese: Esta etapa é o principal estágio de formação de


óleo, alcançando uma qualidade boa em torno de 70ºC. Conforme a temperatura
e pressão continuam aumentando, o óleo se torna pesado, de qualidade ruim.
Nessa fase gases condensados também são gerados, tais como butano,
propano e etano.

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1.2.1.3. Metagênese: Esta fase ocorre em altas temperaturas e pressão,
precedendo o processo de metamorfismo da rocha. Os últimos hidrocarbonetos,
gás metano termoquímico, são gerados.

1.3. Migração

Quando a matéria depositada na rocha geradora vai sofrendo


transformação até se transformar em petróleo e gás, o volume ocupado por estes
hidrocarbonetos são maiores em relação ao volume da matéria antes de se
decompor. Isto faz com que haja um aumento de pressão na rocha, causando
fraturamento da mesma, resultando assim no deslocamento dos hidrocarbonetos
em regiões de pressão mais baixa.

Este deslocamento dos hidrocarbonetos a partir da rocha geradora até um


local poroso de menor pressão, com características selantes onde o petróleo
será acumulado (rocha reservatório) denomina-se migração (Allen,FA e Allen,JR
2006)

Figura 1.3.1: Representação da migração do petróleo através das rochas. Fonte: (KETZER, 2009)

1.4. ROCHA RESERVATÓRIO

Segundo Thomas (2004) a pressão existente na rocha geradora faz com


que haja a migração dos hidrocarbonetos, que por sua vez irão migrar até as
zonas de menores pressões através de fraturas e rochas porosas.

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O processo de migração irá cessar no momento em que o óleo e o gás
encontrarem obstáculos estruturais, estratigráficos ou hidrodinâmico,
denominados trapas ou melhor dizendo armadilhas.

Com isso, o hidrocarboneto ficará acumulado em uma rocha porosa e


permeável, denominada de reservatório.

Figura 1.4.1: Acúmulo de hidrocarboneto em um reservatório Fonte: TEIXEIRA ET AL, 2000

1.5. Rochas Selantes

Uma vez que os hidrocarbonetos se deslocam para interior de uma trapa


ou armadilha, que são estruturas geológicas que os impedem que os mesmos
escapem, promovendo assim o aprisionamento dos mesmos normalmente eles
ficam acima das rochas reservatório.

Figura 1.5.1: armadilhas ou trapas fonte: eduardo césar sansone introdução à engenharia para a indústria mineral

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1.6. Sincronismo

Segundo a Revista Brasileira de Geofísica (2000) é o fenômeno que faz


com que as rochas geradoras, reservatórios, selantes, trapas e migração se
originem e se desenvolvam em uma escala de tempo adequada para a formação
de acumulações de petróleo. Assim sendo, uma vez iniciada a geração de
hidrocarbonetos dentro de uma bacia sedimentar, após um soterramento
adequado, o petróleo expulso da rocha geradora deve encontrar rotas de
migração já formadas, seja por deformação estrutural anterior ou por seu próprio
mecanismo de sobrepressão desenvolvido quando da geração.

Da mesma maneira, a trapa já deve estar formada para atrair os fluidos


migrantes, os reservatórios porosos já devem ter sido depositados, e não muito
soterrados para perderem suas características permo-porosas originais, e as
rochas selantes já devem estar presentes para impermeabilizar a armadilha.

1.7. Reservatórios

Após darmos uma revisão geral de alguns conceitos, chegamos


finalmente ao ponto onde realmente nos interessa. Para que existam
reservatórios de petróleo, é necessário que todos os processos anteriormente
mencionados estejam presentes e só assim poderemos estar diante de um
reservatório.

Para sabermos sobre como intervir num reservatório, precisamos obter


conhecimento acerca de engenharia de reservatórios, que segundo BLYTH
(1984), é o ramo das engenharias que se ocupa, de analisar o comportamento
do reservatório durante a sua vida produtiva, utilizando modelos que consideram
as propriedades de rocha e fluido, além do histórico de produção.

BLYTH ainda, mencionou que ao obtermos conhecimento sobre a


engenharia de reservatórios, estaremos a focar em aspetos como, modelagem
geológica, simulação de fluxo, propriedades das rochas, propriedades dos
fluidos, interação rocha-fluido, acoplamento poço reservatório, aquíferos
analíticos e estratégias de desenvolvimento.

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Os reservatórios podem ser: Reservatórios convencionais, que são
compostos por arenitos, que é o composto mais achado na composição das
rochas reservatórias por todo o mundo, além de possuírem uma estrutura
longitudinal estendendo para a lateral, este composto é estrategicamente poroso
com grandes fissuras, e calcários, e devido a estes materiais, apresentam ótima
porosidade e fácil penetração na exploração, facilitando a extração de fluidos
hidrocarbonetos, sendo líquidos, como petróleo, ou gasosos, como gás natural
(CARESTIATO, 2014).

E Reservatórios Não Convencionais, que são compostos por rochas mais


rígidas, tornando a exploração mais difícil, desta forma, necessitando de mais
investimento, tornando-a muitas vezes inviável economicamente.

Após os grandes desenvolvimentos tecnológicos para exploração de


reservas mais complexas, transformando as fontes mais caras em fontes
alternativas interessantes para o consumo após tratamento, mesmo que ainda
assim elevando os custos para obter o produto final (CARESTIATO, 2014).

1.7.1. Tipos de Reservatórios

Segundo os ensinamentos que me foram passados ao longo dos anos


existem três tipos de reservatórios, de óleo, reservatório de gás e reservatório
que possuem duas fases em equilíbrio (reservatório de gás húmido ou gás seco,
e reservatório de gás retrogrado), o nosso foco é estudarmos os reservatórios
de gás, suas propriedades, classificação e muitos outros aspetos que também
serão mencionados no desenvolver deste tema.

Figura 1.7.1.1: Bloco-diagrama mostrando um tipo de armadilha estrutural, fonte: Ana Alves 2007

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1.7.1.1. Reservatórios de Gás Natural

Tal como o petróleo, o gás natural é um de hidrocarboneto que se acumula


no interior das rochas, esse processo pode levar centenas ou até mesmo
milhares de anos abaixo da superfície da Terra ou seja no subsolo.

Segundo Ramos (2015) o gás natural é encontrado em reservatórios


associados ao óleo, ou então assume uma forma livre, passando assim a ser
denominado como gás não associado. Ramos ainda diz que, depois da
produção, o gás natural é processado para se remover as impurezas como,
águas, CO2 e claro o H2S.

O gás natural é primeiramente formado por metano (CH4), nele também


podemos encontrar outros componentes como, etano (C2H6) até ao butano
C4H10, nele também podemos encontrar também, elementos como o hélio,
néon, e muitos outas na sua forma pura, sendo que quando o mesmo possui
85% de metano o gás natural é considerado seco, do contrário, é considerado
húmido (Ramos, 2015).

Tal como o petróleo o gás também possui um grande valor económico,


podendo ajudar a impulsionar a economia de um país. Por ele ser também uma
grande fonte de energia, o mesmo consegue gerar inúmeros conflitos entre
países, como por exemplo a guerra na Ucrânia, muitos são os fatores que estão
na base deste conflitos e um deles é a partilha de fontes de energia como gás.

Devido ao conflito de interesses, Oleksiy Chernysh (2023) chegou a


conceder uma entrevista a cadeia televisiva Euronews, apelando que a comissão
europeia pare de utilizar o gás proveniente da Rússia sabendo ele das
implicâncias financeiras que isso poderá resultar. O mesmo ainda frisou que a
sua empresa, Naftogaz, pretende se tornar num dos mais importantes
exportadores de gás para toda a Europa. No seu discurso ele explicou...

"Estamos a planear produzir mais gás. A Naftogaz, enquanto maior


empresa de energia da Ucrânia, irá produzir mil milhões de metros cúbicos de

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gás adicionais. E isso poderá levar a uma situação em que a Ucrânia pode
satisfazer as suas próprias necessidades com a produção interna de gás".

"Devemos produzir mais, devemos consumir menos, devemos ser mais


eficientes em termos energéticos. E estamos a aproximar-nos dessa meta. A
Ucrânia, no que diz respeito à sua energia, pode tornar-se um centro energético
para a UE. Temos nos nossos armazéns de gás 31 mil milhões de metros
cúbicos de capacidade e planeamos utilizá-lo para as necessidades ucranianas,
bem como para os países europeus", afirmou.

Olhando para esta realidade, muitos países começaram a apostar nesta


fonte de energia, Moçambique por exemplo, anunciou por intermedio do seu
chefe de estado Filipe Nyusi.

"Hoje Moçambique entra para os anais da história mundial como um dos


países exportadores de gás natural liquefeit, que além de representar uma fonte
alternativa de fornecimento, contribui em larga medida para a segurança
energética dos países de maior consumo", assim falou o mesmo.

O mesmo ainda anunciou que anualmente serão produzidos 3,4 milhões


de toneladas de gás, num projeto liderado pela petrolífera italiana Eni.

Moçambique começou a despertar em 2022, já em Angola nós


começamos a ter essa visão bem mais cedo com o lançamento do projeto Angola
LNG. No dia 3 de Outubro de 2007 o conselho de ministros aprovou a
implementação do Projeto Angola LNG e definiu também o seu regime jurídico.

O mesmo ficou assim conhecido como Decreto-Lei nº 10/07 de 03 de


Outubro, o decreto menciona que, Considerando o aproveitamento económico
do potencial do gás natural existente em Angola, bem como a eliminação da
respetiva queima, seria de interesse de todos que se iniciassem as atividades de
exploração do mesmo no território angolano, com vista à exportação e venda
nos mercados externos com o objetivo de alavancar a economia do pais, a
concessionaria Nacional Sonangol e as outras empresas que operam no nosso
território como, a Chevron, BP e a TOTAL, trabalhariam em prol desta causa.

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Segundo Ramos, esse passo teve o seu inicio no dia 23 de setembro de
2004, quando foi constituída a Sonangol Gás Natural, com o objetivo de
desenvolver a indústria do gás natural e seus derivados de forma rentável,
sustentável e segura no território angolano.

Em 2006, um ano antes do conselho de ministros aprovar a lei da


implementação do projeto Angola LNG, foi perfurado o primeiro poço de
avaliação de gás em Angola, na área do quilumba (Bloco 1). Nesse mesmo ano,
criou-se o primeiro consórcio de pesquisa de gás, constituído por uma parceria
entre as empresas Sonangol Gás Natural, Eni, Repsol, Galp Energia e Exem,
cuja estratégia é a de identificar volumes de gás suficientes para suportar
projetos petroquimicos ou de geração de energia elétrica.

Atualmente estão a ser realizados estudos especializados (geologia,


interpretação sísmica e perfuração de poços de pesquisa e de avaliação) nas
áreas livres atribuídas ao consórcio (Blocos 1, 2, 3, e 15/06).

Em 2012, a SonaGás ciom 8O% de participação, e a ENE, hoje


denominada ENDE com 20%, criaram a Luxerviza, empresa de produção de
eletricidade, distribuição e comercialização de energia elétrica a gás.

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2. CAPITULO – ASPETOS E PROCEDIMENTOS ENVOLVIDOS NA
INDÚSTRIA DO GÁS NATURAL

Como Já foi mencionado anteriormente, o gás forma-se a partir de


processos que decorrem a partir da decomposição da matéria orgânica que se
deposita em rochas com capacidade de geração e acumulo de hidrocarboneto,
mas a dúvida que deve suscitar agora deve ser, como é que o gás chega até as
nossas residências?

Devido ao histórico de algumas zonas, e claro, por causa de alguns


vestígios e evidências, paleontólogos, geólogos e geofísicos, começam a
realizar estudos para que encontrem novas fontes de energia.

A seguir vem uma equipa de especialistas para realizar levantamentos


sísmicos, que são técnicas, em que provocamos a propagação de ondas, para
sabermos se no local onde estamos a realizar os nossos estudos existe a
probabilidade de ocorrência de hidrocarbonetos. Para se realizar este
procedimento começamos por fazer o desenho e planeamento de como as
operações vão decorrer, a seguir fazemos a aquisição dos dados no campo e
por fim o processamento e interpretação de dados.

Figura 2.1. reflexão da onda sendo captada por geofones e hidrofones, Por: Prof. Dr. Vinicius Louro

Estes procedimentos já foram realizados inúmeras vezes no nosso país,


por diversas companhias ao longo dos anos, por exemplo, em 2006 O Instituto
de Geofísica de Israel (GII – Geophysical Institute of Israel) realizou um projeto
de levantamento sísmico de 2D e 3D, em Cabinda, Angola para a ROC OIL
Company.

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O Instituto, contratou uma companhia denominada MDV Group, o mesmo
era composto por 14 técnicos de levantamento terrestre Israelitas e 100
trabalhadores Angolanos. Eles foram contratados para realizar os seguintes
serviços:

a) Levantamento de aproximadamente 1800 km numa área de savana. Os


trabalhos de limpeza da savana foram realizados por bulldozers e
retroscavadoras, sendo orientados pelos especialistas do MDV Group.

b) Levantamento de aproximadamente 1200 km de área de selva. Os trabalhos


de limpeza na floresta foram realizados por equipas de desflorestação, lideradas
por topógrafos do MDV Group.

Figura 2.2. projeto de mapa de levantamento sísmico geofísico fonte: instituto de geofísica de israel (gii – geophysical
institute of israel) 2007.

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Após serem realizados os trabalhos de prospeção sísmica e chegarmos
a conclusão que existe um potencial jazido, ou reservatório avançamos para
mais estudos, para definirmos se estamos perante a uma reserva provável,
possível ou provada.

Chegamos a conclusão que na nossa zona de estudo existe a


probabilidade de ocorrência de hidrocarbonetos, a seguir vamos passar para as
próximas operações, vamos montar um estaleiro à volta delimitando assim a
área que vamos executar as nossas operações, em seguida vamos colocar no
estaleiro todos os equipamentos que vamos utilizar para iniciarmos a operação
de perfuração de um poço por intermédio de uma sonda, para fazermos a
extração dos hidrocarbonetos que se encontram no subsolo.

Segundo Gauto (2011) ao iniciarmos as operações de perfurações de


poços para exploração de hidrocarbonetos, devemos começar em primeiro lugar,
por perfurar um poço pioneiro que é o primeiro poço a ser perfurado com o intuito
de encontrar petróleo ou gás natural ou até mesmo ambos.

Em segundo lugar, perfuramos um poço estratigráfico, com o objetivo de


mapear dados geológicos das camadas de rocha e obter outras informações
relevantes, após coletarmos essas mesmas informações relevantes perfuramos
um poço de extensão ou delimitação com a finalidade de ampliar ou demarcar
os limites de uma jazida.

Em seguida dependendo da finalidade do nosso projeto, ainda temos a


opção de perfurar outros tipos de poços, como por exemplo, poço pioneiro
adjacente, poço para jazida mais rasa ou até mesmo um poço para jazida mais
profunda.

2.1. Processo de Extração do gás

Depois de todas as pesquisas e testes exploratórios nos poços pioneiros


e adjacentes, quando nos certificamos de que uma descoberta tem viabilidade
econômica, passamos para a perfuração de um poço de produção também
denominado poço de desenvolvimento, que tem a finalidade de extrair os
hidrocarbonetos.

23
Inicialmente o gás é extraído juntamente com o petróleo, após descermos
a coluna de produção os fluidos, passam pelo interior da coluna de produção até
chegarem à superfície, nos separadores, dentro dos separadores é feita a
separação dos fluidos de forma gravitacional, os mais leves ficam em cima, e os
mais pesados em baixo.

A seguir, o gás segue para os gasodutos que são tubagens por onde é
encaminhado o gás até chegar as UPGN’s, unidades de processamento do gás
natural.

Figura 2.1.1. Percurso do gás natural de gás natural (SALOMON, 2019)

Anteriormente referimos que em 2007 o estado angolano aprovou o


lançamento do projeto Angola LNG para futuramente arrecadar receitas e ajudar
na saúde económica do país, decisão essa que acabou por se tornar assertiva.

O Estado angolano arrecadou, em 2021, mais de 900 milhões de dólares


em impostos com o projeto Angola LNG (Gás Natural Liquefeito), informação
passada pelo na altura secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José
Barroso. O mesmo ainda avançou que ao longo do tempo de vida do projeto,
serão arrecadados cerca de 1,3 mil milhões de dólares para o Estado.

Meses depois foi noticiado pelo Jornal de Angola que a empresa de


processamento de gás natural Angola LNG pagou, nos últimos 18 meses, isso
em setembro de 2021, o equivalente a 118 350 milhões de dólares a
fornecedores nacionais, no âmbito do programa de aquisição de bens e serviços.

24
O Projeto acaba por ser uma mais-valia para o governo, Com um
investimento de $12 mil milhões, o projeto Angola LNG foi construído para
aproveitar recursos de gás natural do offshore e é um dos maiores
empreendimentos alguma vez realizados no sector de petróleo e gás em Angola.

Segundo o testemunho de fontes próximas da Chevron o projeto possui


uma capacidade de processamento de gás natural por dia, de 1,1 mil milhões
de pés cúbicos.

A mesma fonte ainda avançou que o projeto hoje conta com uma
capacidade anual da central de 5.2 milhões de toneladas métricas, um total de
previsão média vendas /dia 670 milhões de pés cúbicos de gás natural,
finalizando com um total de previsão média vendas /dia 63,000 barris de gás
natural líquido.

Figura 2.1.2. Processamento de gás envolve ampla rede de fornecedores © Fotografia por: DR

A ideia é aproveitar o bom rendimento que o projeto está a ter e tentar


expandi-lo, segundo o ex-diretor de operações geológicas da BP em Angola, diz
que o país tem gás descoberto para fazer um novo terminal do Angola LNG a sul
de Luanda.

25
Infelizmente no corrente ano (2023) o projeto tem demonstrado declínio
na produção, daí a necessidade de procurarmos mais poços para
restabelecermos a produção.

O mesmo chegou a alertar que há poços descobertos há mais de 18 anos


e que até hoje não estão em produção. Questionado sobre os anos anteriores o
mesmo respondeu que, no ano passado (2022) tivemos um ano não assim tão
positivo se compararmos com 2021, mas saliente que acabou por não ser
péssimo porque sentimos o impacto de muita legislação do sector que trouxe
benefícios, como é o caso da lei do gás não associado que vai permitir que
Angola seja um dos grandes exportadores de gás.

Lhe foi questionado ainda, porquê que o projeto está a produzir menos do
que a sua capacidade, ele acabou respondendo que o gás que é produzido é
usado para injeção nos poços, ou seja em métodos de recuperação. Ele ainda
diz que nós temos de deixar de injetar gás nestes poços, porque precisamos
deste gás para vender. Temos de passar a injetar água ao invés de gás nos
poços. Injeta-se gás, porque precisamos de manter a produção destes campos,
mas podemos passar a injetar água.

Questionado por último, sobre o porquê das outras descobertas de poços


de gás não estarem em atividade o mesmo respondeu que, as empresas acabam
por dizer que não são descobertas comerciais, mas muitas vezes os campos são
comerciais (Joel Costa, 2023).

26
2.2 Mercado do gás natural

A partir do mês de Abriu do corrente ano (2023) Angola elegeu o gás


natural como principal produto para transição energética no país. Cada Vez mais
fala-se no uso de energias limpas, evitando assim a emissão de certos
componentes na atmosfera, para não poluir o ar que respiramos, daí o executivo
apostar forte nesta fonte de energia nos últimos anos.

Mas será que estamos prontos para esta transição? Por mais que o gás
nos dias de hoje esteja a gerar varias receitas para o estado angola ainda está
muito distante das receitas geradas pelo petróleo, Segundo Joel Costa (2022) a
exportação do gás estão em alta mas naquela altura apenas valiam 9% da
receita fiscal petrolífera.

Em Angola ainda não será possível fazermos essa transição porque as


receitas geradas pelo petróleo são de longe maiores do que as receitas do gás,
e claro porque não somos um país tão consumidor do gás.

Na Europa o gás natural é o principal combustível utilizado para gerar


eletricidade em muitos países daí ser uma realidade que o mesmo seja a
principal fonte de energia, O gás é usado para aquecer casas no inverno, além
de manter as indústrias a funcionar.

Mesmo com a guerra na Ucrânia Angola pelo menos, até ao dia de hoje,
ainda não entrou na lista dos principais fornecedores de gás para a Europa,
segundo Joel Costa (2022) a Europa olha para países como Argélia e
Moçambique como as principais potências de gás no continente, isto porque a
Europa decidiu realizar cortes no consumo do gás russo.

Segundo dados da Bruegel (2023), empresa de consultoria especializada


em economia, avançou que a Russia fornece 40% das importações da fonte
energética para o continente. Após os cortes a economia europeia acabou por
ser afetada, pois o gás russo chegava a abastecer muitas fábricas.

27
Embora não sejamos dos principais fornecedores, já existe um sentimento
de satisfação de pelo menos abastecermos alguns países.

Segundo o diretor Executivo do Angola LNG, Amadeu de Azevedo (2022),


Angola aumentou exportação de gás para a Europa, o principal mercado de
exportação do Gás Natural Liquefeito continua ser o Médio Oriente, explicou o
mesmo, mas desde o terceiro trimestre do ano de 2022, aumentou a entrega do
produto para o mercado europeu em países como, a França, Espanha, Bélgica,
Itália, Polónia, Reino Unido e Portugal.

Isto só é possível pois o projeto tem sido um sucesso no país, porque hoje
em dia o mesmo é responsável por 90% do gás de cozinha (GPL) consumido no
país.

A província de Luanda lidera a lista como a maior consumidora com


(61%), a seguir vem Benguela (10%), Huíla (6%), Huambo (4%), As restantes
respondem por apenas 18% do consumo de gás em Angola (J.C., 2021)

Figura 2.2.1. Angola LNG Plant Copyright 2013 Bloomberg

O Projeto foi criado não apenas para beneficiar o estado, mas também a
população, porque por intermédio do mesmo vários, estão a ser os postos de
trabalho que estão a ser criados.

28
Prevê-se a implementação do projeto Falcão, que está previsto que entra
em funcionamento no ano de 2023, o mesmo é um projeto para receção,
transporte e distribuição de gás natural proveniente do Angola LNG, e um dos
maiores objetivos desse projeto é a geração de novos empregos (Ana Atalmira,
2021).

Figura 2.2.2 Projeto Falcão fonte D.R. 2021

Por intermédio do projeto Angola LNG, segundo Isildo Orlando,


intensificaram as ações sociais e foram formadas novas parcerias junto às
instituições e comunidade local (Soyo).

Com o objectivo de melhorar cada vez mais os níveis de qualidade de vida


dos seus trabalhadores, a Angola LNG está levar a cabo projeto de construção
de 317 habitações para seus trabalhadores “designado Complexo Residencial
Permanente” e ao mesmo tempo a empresa está construir residências sociais.

Além de algumas escolas em construção, a Angola LNG já construiu no


município Sede do Soyo a escola do Iº ciclo do Ensino Primário localizada no
bairro da Marinha com capacidade 1.440 alunos, com 16 salas de aulas, uma
área administrativa, 1 laboratório de ciências com equipamentos de ponta, uma
sala de arrecadação, uma biblioteca, uma sala de professores, 6 casas de
banhos e um campo multiuso. Esta prática permitiu minimizar o índice das
crianças fora do sistema do ensino no município do Soyo e facilitou em termos
de deslocação as crianças que residem naquele bairro.

29
Dentro do Programa de Desenvolvimento Social, a Angola LNG construiu
o Centro de Formação Profissional do Kitona, com objectivo de dar formação
profissional a juventude, composta por duas (2) áreas: área de formação com 6
salas de aulas, uma área administrativa, uma sala de professores e uma sala de
informática e por aí em diante. No passado, foi neste Centro onde funcionou a
Escola Superior Politécnica do Soyo.

E não ficamos por aí ainda, foi feita a renovação e ampliação do Hospital


municipal do Soyo com objectivo de adotar a comunidade de melhores condições
na área de saúde foi um dos projectos apoiados pela Angola LNG. O Hospital
Municipal do Soyo no passado apenas era constituído por sala de banco de
urgência que tinha capacidade de 5 camas, uma área de maternidade com 14
camas, um laboratório e uma área de medicina.

Hoje, com envolvimento social da Angola LNG, este Hospital conheceu


melhorias significativas em todas áreas funcionais. A área de Banco de Urgência
atualmente conta com 15 berços para serviços de crianças, 14 camas para
serviços de adultos, uma sala de traumatologia, uma sala de emergência, uma
sala de tratamento, uma sala técnica, um consultório médico e um bloco
operatório. A área de Maternidade atualmente conta com 50 camas para
internamento, dois blocos para o parto e dois consultórios médico; o Hospital
conta ainda com a área de estomatologia e um refetório.

2.3.Gás Natural vs Gás Canalizado

Sobre o gás natural, não restam dúvidas acerca dele, mas sobre o gás
que é canalizado, o que nós sabemos sobre ele? Em Angola ainda é natural o
uso de botijas fornecidas pela Sonangol, sendo o gás butano, o hidrocarboneto
que é colocado nelas, ao passo que em países europeus o uso da botija deixou
de ser tão convencional assim, utiliza-se convencionalmente o propano que é
introduzido nos canos que chegam até às residências.

30
Até aos dias de hoje existe uma enorme dificuldade para resistir na
demanda da população, com a comercialização das botijas. Em 2022 a
população teve a necessidade de comprar botijas para stock, devido a
dificuldade de obter o mesmo, prática essa que chegou a ser reprovada pelo o
presidente da Comissão Executiva da Unidade de Gás e Energias Renováveis
da Sonangol, Manuel Barros, porque o mesmo acha que existe capacidade para
abastecer ininterruptamente o país, por trinta dias, o que se verifica é que há
uma grande procura de gás em apenas três pontos de Luanda, o que dá a falsa
ideia de escassez deste produto, porque essa situação apenas se registra em
Luanda.

Figura 2.3.1. botija de sonangol fonte: Adjali Paulo 2018

Isso chega a ser um pouco contraditório porque em 2019 especulou-se a


escassez de gás na província de gás, a Subsidiária da Sonangol para
distribuição e comercialização de gás de cozinha (SonaGás) na altura garantiu
que dispusesse de condições para a cobertura em toda a província, conforme
necessidade do mercado.

Em 2022 o cenário mudou, avizinhava a quadra festiva e notavasse a


escassez de botijas para satisfazer a demanda do mercado, Segundo o diretor
de operações da Sonagás, Pedro de Sá, a unidade de produção traçou um plano
para dar resposta a situação.

31
O mesmo salientou que pretende-se fazer a realização da atividade de
distribuição de gás em mais turnos, a nível de Luanda, Lubango e Huambo.

Temos agências a funcionarem com dois turnos e para essas e outras a


nível do país, caso sintamos que a capacidade de atendimento é reduzida, o que
podemos fazer é nos desdobrarmos em mais um turno, informou o mesmo.

Para finalizar ele ainda disse: “Estamos a sair de 80 mil garrafas por dia
para 104 a 105 mil, portanto, houve um aumento significativo do volume de
produção e de consumo também. Temos as condições criadas, estamos em
condições e não há motivos para que a população sinta receio que haverá
escassez ou falta de gás. Estamos em condições e vamos responder a altura"

Segundo a companhia portuguesa Inforgas o gás canalizado propano


distingue-se do gás natural pois o mesmo possui, menos poder calorífico do que
o propano, e é menos rentável, pois é necessário maior quantidade de gás
natural para produzir a mesma energia que o gás propano.

Figura 2.3.2: Poderes caloríficos fonte:Infogas https//:propanogas.com/faqpropano-vs-gas-natural

Sabendo dessa realidade a empresa angolana ProGás instalar gás em


todo país, segundo o diretor da companhia, Manuel Augusto, a empresa tem
todas as condições para atender as solicitações de montagem de canalização
de gás em qualquer parte do país.

32
O mesmo afirmou: "Temos a expectativa de que o país comece a cumprir
a lei que obriga os edifícios novos a terem uma instalação de gás. Estamos
preparados para isso, temos meios e pessoal qualificado para satisfazer o
mercado"

Como é feita a canalização do gás? Será mesmo que estamos preparados


para este tipo de realidade no nosso país?

Devido a crise do gás na europa muitos países estão procurando fontes


alternativas para combater essa crise, segundo o primeiro-ministro português,
António Costa (2022) Portugal pode desempenhar um "papel extraordinário" na
conquista da autonomia da Europa da dependência energética da Rússia, com
o projeto de construção de um gasoduto que inicialmente chegará até a Espanha

E depois atravessará o resto da Europa, O gasoduto terá a duração de 30 meses


a ser construído e está avaliado entre 150 a 244 milhões de euros cerca de
141.826.562.210 de Kwanzas, um projeto que Portugal espera que a união
europeia possa financia-lo, a pergunta que fica agora é, será que estamos
prontos para este tipo de investimento? A ver vamos.

Figura2.3.3: Gasoduto de Portugal para a Europa.© Créditos: Pixabay

33
2.4. Tipos de Reservatórios de gás

Já deu para perceber que o gás também proporciona um grande


contributo para economia não só de um pais, como mundial também, agora
vamos analisar os tipos de reservatórios de gás que podemos nos deparar
durante as nossas operações de prospeção e exploração do gás natural.

2.4.1 Reservatórios Profundos de Gás (deep gas)

Começamos com o Deep gas que é o gás natural encontrado em


reservatórios profundos, situados em profundidades superiores em relação aos
chamados reservatórios “convencionais”. São reservatórios localizados
normalmente, além dos 4.500 metros (15.000 pés) de profundidade
(NATURALGAS.ORG,2012).

2.4.2 Reservatórios de Baixa Permeabilidade (tight gas)

Tight gas é o termo, que se refere ao gás natural encontrado em


reservatórios de baixa permeabilidade onde se requer a aplicação de técnicas
específicas para a sua produção comercial, tais como acidificação, fraturas em
formações subterrâneas e, mais recentemente, utilização de poços horizontais

e multilaterais.

O gás natural produzido a partir desses reservatórios é o mais


representativo dentre as fontes de gás não-convencional exploradas
comercialmente. Em 2005, esta produção representou 24,1% da produção total
de gás e 48,8% da produção de gás considerado não-convencional nos EUA
(NEHRING, 2008).

A produção do tight gas é caracterizada por um curto período de alta


produção com rápida queda, seguida por um longo período de baixa produção e
declínio lento. Um poço de tight gas pode ter uma vida útil de até 50 anos,
dependendo da capacidade de remoção de líquidos e do custo de produção com
o avançar do tempo.

34
Melhorar a produtividade nos estágios iniciais de produção tem uma
grande influência na atratividade econômica do empreendimento, enquanto que
gerenciar a produção nos estágios mais avançados de produção impacta
diretamente a reserva possível de ser recuperada (SMITH et al., 2009).

2.4.3 Gás de Xisto (shale gas)

O xisto é constituído por camadas diferentes, facilmente friáveis que


podem conter gás natural confinado no espaço entre elas. O xisto é rico em
material orgânico e pode ser encontrado em diversas partes do mundo. Há uma
década, ele possuía pouca utilidade como fonte de gás, até que empresas
americanas desenvolveram novas técnicas de fraturar a rocha e perfurá-la
horizontalmente. Atualmente, o gás de xisto representa dois terços das reservas
tecnicamente recuperáveis de gás dos EUA, quantidade suficiente para
abastecer o país durante 90 anos (API, 2012).

A extração do Shale gas é de apenas 20 a 30%, comparado a extração


de gás da rocha geradora do gás convencional, contudo, países como os
Estados Unidos da América, que apresentam grandes reservatórios deste gás,
estimam valores maiores que com a extração do gás convencional.

A composição do Shale gas pode ser diferente, conforme a composição


da rocha e com as condições que o mesmo foi aprisionado, pois de trata de um
gás semi-finalizado, ou seja, a natureza não maturou a matéria orgânica de modo
que sua composição fosse equivalente ao do gás natural convencional. Dentre
uma das diferenças de características de um shalegas extraído de uma rocha
reservatória para outra, apresenta-se diferença da coloração de marrom
avermelhado ao preto e quantidade de folhelhos fosfatados.

35
2.4.3.1. Aspectos Ambientais Da Exploração Do Shale Gas

Devido ao alto consumo de combustíveis de origem de reservas


convencionais e prevendo a escassez que estas fontes sofrerão futuramente, se
tornou cada vez mais atrativo extrair combustíveis de reservas não
convencionais e desenvolver tecnologia para o tratamento dos mesmos, uma
vez que possibilitem o suprimento de forma equivalente que os combustíveis de
reservas convencionais e que sejam economicamente viáveis, com preços
competitivos no mercado, deste modo, possibilitando a melhora financeira dos
países.

Os Estados Unidos da América, que necessitava realizar a importação do


gás natural para abastecimento de suas linhas de gás. Entretanto, a incrível
descoberta do shale gas tem chamado a atenção de ambientalistas e órgãos
públicos reguladores.

Após suas primeiras explorações foi possível observar contaminação nos


lençóis freáticos, vazamentos e quedas na superfície. Também encontraram
vestígios de produtos químicos que foram utilizados durante a perfuração.

Atualmente, grandes indústrias estão investindo em tecnologia, pesquisa


e desenvolvimento de novas práticas que viabilizem a extração do gás de forma
que não viole o meio ambiente, a saúde ou a segurança, sem que interrompa o
progresso da exploração do Shalegas (API; 2014)

2.4.4. Gás de Carvão (coalbed methane)

O carvão, formado em condições geológicas similares à do gás natural e


petróleo, também pode conter gás que permanece trapeado até o início da
atividade de extração do mineral. Historicamente, o gás de carvão tem sido
considerado um grande problema no processo de lavra, uma vez que não possui
cheiro e elevadas concentrações de metano em minas representam séria
ameaça à segurança dos trabalhadores.

36
No passado, o metano acumulado em uma mina de carvão era
usualmente liberado para a atmosfera por meio de dutos de ventilação.
Atualmente, no entanto, o gás adsorvido nas camadas de carvão constitui uma
fonte de gás não-convencional (NATURALGAS.ORG, 2012).

A adsorção do metano no carvão é controlada por alterações de pressão.


A diminuição de pressão provoca a destorção das moléculas da superfície sólida,
fazendo com que retornem à fase gasosa. As moléculas livres na fase gasosa
permeiam os micróporos da matriz de carvão por meio de difusão.

O processo de difusão é lento, e só ocorre em pequenos percursos até


que sejam atingidas as fraturas naturais do material (cleat system). As fraturas
naturais constituem o principal sistema de transferência de gás do reservatório
até o poço (LOFTIN, 2009).

Salvo raras exceções, as fraturas naturais se encontram repletas de água,


sendo a pressão hidrostática capaz de manter o gás adsorvido na superfície do
carvão. Assim sendo, a retirada de água do conjunto de fraturas promove a
redução de pressão necessária para a produção de gás. Por ser um líquido
altamente incompressível, a retirada de água em grandes volumes acarreta uma
abrupta queda na pressão do reservatório, permitindo a dessorção do gás, sua
difusão pela rede carbonífera e, por fim, a sua penetração no conjunto de fraturas
naturais (LOFTIN, 2009).

2.4.5. Gás de zonas Geopressurizadas (geopressurized zones of gas)

Zonas geopressurizadas são formações naturais subterrâneas que estão


sob altas pressões, as quais extrapolam aquelas esperadas para sua
profundidade. Essas áreas são formadas por camadas de argila que se
depositam e se compactam muito rapidamente sobre materiais mais porosos e
absorventes, tais como areia ou silte. Devido à rápida compressão, a água e o
gás natural presentes nessa argila são expulsos para as regiões de maior
porosidade.

37
Este efeito faz com que o gás confinado nessas zonas encontre-se sob
altíssimas pressões (daí, o termo geopressurização). As zonas
geopressurizadas estão localizadas, usualmente, em grandes profundidades,
compreendidas entre 3000 m e 7600 m, o que torna difícil o seu aproveitamento
econômico. Nos EUA, boa parte das zonas geopressurizadas se encontra na
região da Costa do Golfo.

Embora a quantidade de gás natural presente nessas zonas seja incerta,


especialistas estimam que exista algo entre 5.000 tcf a 49.000 tcf do produto,
sendo que as reservas atuais recuperáveis daquele país encontram-se próximas
a 1.100 tcf, segundo dados do Anuário Estatístico da ANP de 2009, ano base de
2008 (CECCHI,2012).

2.5. Mecanismos de produção

Quanto aos mecanismos de produção, existem vários, mas prefiro


destacar três, que são mecanismo de gás em solução, mecanismo de Capa de
gás e o mecanismo de Influxo de água, o que é dito em algumas bibliografias é
para reservatórios de gás o único mecanismo de produção para o mesmo é o de
influxo de água, já os outros mecanismos apenas servem para os reservatórios
de petróleo.

2.5.1. Mecanismo de Influxo de Água

38
RECOMENDAÇÕES

Para finalizar deixo duas recomendações:

1. Ao extrairmos os hidrocarbonetos devemos fazê-lo de forma que não


surgem problemas como os que foram citados ao longo deste trabalho,
devemos ter noção que os mesmos não são renováveis e que as
manutenções e outras intervenções devem ser feitas para que a
produtividade do mesmo não caía num período curto.

2. Por se tratar de recursos não renováveis devemos usufruir deles de forma


responsável, hoje fala-se muito da guerra e procura de fontes de energias,
então devemos ser cautelosos quando estivermos a usufruir das mesmas
pois as gerações vindouras também vão necessitar.

39
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