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ASTM B 117 - 03

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ASTM B 117 - 03
Norma Padrão para Operação de Equipamento
de Pulverização (Nebulização) Salina1

Esta Norma é emitida sob a designação fixa B 117; o número imediatamente subseqüente à designação
indica o ano de adoção original ou, no caso de revisão, o ano desta última. Um número entre parêntesis
indica o ano da última reaprovação. O símbolo sobrescrito (є) indica uma alteração editorial desde a
última revisão ou reaprovação.
1
Esta norma se encontra sob a jurisdição do Comitê ASTM G01 sobre Corrosão de Metais, e é da
responsabilidade direta do Subcomitê G01.05 sobre Testes Laboratoriais de Corrosão. A edição em vigor
foi aprovada em 01/10/2003. Publicada em Outubro/2003. Aprovada originalmente em 1939. Última
edição anterior aprovada em 2002 como B 117 – 02.

1. Escopo ASTM E 691: Practice for Conducting an Inter-


laboratory Study to Determine the Precision of a
1.1 Esta norma compreende os equipamentos, Test Method
procedimento, e condições requeridas para criar e ASTM G 85: Practice for Modified Salt Spray (Fog)
manter o ambiente de teste de pulverização Testing
(nebulização) salina. A aparelhagem adequada
que pode ser usada é descrita no Apêndice XI. 3. Importância e aplicação

1.2 Esta norma não prescreve o uso de corpos 3.1 Esta norma estabelece um ambiente corro-
de prova ou os tempos de exposição a serem sivo controlado que tem sido utilizado para produ-
adotados para um produto específico, nem a zir informações sobre resistência relativa contra
interpretação a ser dada para os resultados. corrosão para corpos-de-prova de metais e metais
revestidos expostos em uma determinada câmara
1.3 Os valores estabelecidos em unidades do de teste.
sistema métrico (SI) devem ser considerados
3.2 A previsão do comportamento em ambientes
como padrão. As unidades polegada-libra entre
parêntesis são apresentadas para fins informativos, naturais tem sido raramente correlacionada com
resultados de nebulização salina quando usados
e podem ser aproximadas.
como dados autônomos.
1.4 Esta norma não tem a pretensão de abordar 3.2.1 A correlação e a extrapolação do compor-
todas as preocupações com segurança, se houver, tamento da corrosão, baseadas em exposição ao
relativas à sua utilização. O usuário desta norma é ambiente de ensaio estabelecido por esta norma,
responsável por estabelecer práticas de segurança nem sempre são previsíveis.
e proteção à saúde, e determinar a aplicabilidade
de limitações regulamentares antes da sua adoção. 3.2.2 A correlação e extrapolação devem ser
consideradas apenas em casos onde tenham sido
conduzidas adequadas exposições corroborantes
2. Documentos de referência de longo prazo.
ASTM B 368: Method for Copper-Accelerated 3.3 A reprodutibilidade dos resultados da exposi-
Acetic Acid-Salt Spray (Fog) Testing (CASS ção à nebulização salina é altamente dependente
Test) do tipo de corpos-de-prova testados e do critério de
ASTM D 609:Practice for Preparation of Cold-Rolled avaliação selecionado, bem como do controle das
Steel Panels for Testing Paint, Varnish, Conver- variáveis operacionais. Em qualquer programa de
sion Coatings, and Related Coating Products testes, deverão ser incluídas réplicas suficientes
ASTM D1193: Specification for Reagent Water para estabelecer a variabilidade dos resultados.
ASTM D 1654: Test Method for Evaluation of A variabilidade tem sido observada quando corpos-
Painted or Coated Specimens Subjected to de-prova similares são testados em diferentes
Corrosive Environments câmaras de nebulização mesmo quando as condi-
ASTM E 70: Test Method for pH of Aqueous ções do ensaio são nominalmente similares e
Solutions with the Glass Electrode dentro das faixas especificadas nesta norma.

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4. Equipamento
6.4 Sempre que se desejar determinar o desen-
4.1 O equipamento requerido para exposição à volvimento de corrosão em uma área esfolada da
nebulização salina consiste de uma câmara de pintura ou revestimento orgânico, uma arranhadura
névoa, um reservatório de solução salina, um ou linha riscada deverá ser feita através do
suprimento de ar comprimido devidamente condi- revestimento com um instrumento pontudo, de
cionado, um ou mais bicos pulverizadores, forma a expor o metal subjacente antes do ensaio.
suportes para corpos-de-prova (CPs), dispositivo As condições para execução da arranhadura
para aquecimento da câmara, e os meios de serão conforme definido no Método de Teste
controle necessários. As dimensões e detalhes D 1654, salvo se acordado de outra forma entre o
construtivos do equipamento são opcionais, desde comprador e o fornecedor.
que as condições obtidas atendam aos requisitos
desta norma. 6.5 Salvo especificado em contrário, as bordas
cortadas de materiais chapeados, revestidos ou
4.2 As gotas da solução que se acumularem no duplex, e as áreas contendo marcações de identi-
teto ou na tampa da câmara não poderão cair sobre ficação ou em contato com os cavaletes ou supor-
os CPs que estão sendo expostos nos ensaios. tes, serão protegidas com um revestimento apro-
4.3 As gotas da solução que caírem dos corpos- priado estável sob as condições do processo.
de-prova não deverão ser devolvidas ao reserva- Nota 1: Caso se deseje recortar CPs de peças ou
tório da solução para reaproveitamento. de chapas de aço préviamente chapeadas, pinta-
4.4 Os materiais de construção deverão ser de das ou de outra forma revestidas, as bordas
tal forma a não afetar a corrosividade da névoa. cortadas serão protegidas cobrindo-se as mesmas
com tinta, cera, fita adesiva ou outros meios efica-
4.5 Toda água usada para este procedimento zes, de forma a impedir o desenvolvimento de um
deverá atender ao Tipo IV da Especificação D 1193 efeito galvânico entre tais bordas e as superfícies
(exceto que para este processo os limites para adjacentes do metal chapeadas ou de outra forma
cloretos e sódio poderão ser ignorados). Isto não se revestidas.
aplica a água corrente de torneira. Todas as outras
águas serão referenciadas como grau reagente. 7. Posição dos CPs durante a exposição

5. Corpos-de-prova (CPs) 7.1 A posição dos corpos-de-prova na câmara


de aspersão salina durante o ensaio deverá ser
5.1 O tipo e número de CPs a serem usados, de tal forma que as seguintes condições sejam
bem como o critério para avaliação dos resultados atendidas:
do ensaio, serão definidos nas especificações
relativas ao material ou produto sob exposição, ou 7.1.1 Salvo especificado em contrário, os CPs
serão objeto de mútuo acordo entre o comprador serão suportados ou suspensos entre 15° e 30° da
e o fornecedor. vertical, e preferivelmente paralelos à direção prin-
cipal do fluxo da névoa através da câmara, basea-
6. Preparação dos corpos-de-prova do na superfície dominante sendo testada.
6.1 Os CPs deverão ser devidamente limpos. O 7.1.2 Os CPs não deverão estar em contato um
método de limpeza será opcional, dependendo da com o outro, ou com qualquer material metálico ou
natureza da superfície e dos contaminantes. qualquer outro material capaz de atuar como
Precauções deverão ser adotadas para que os mecha.
CPs não sejam recontaminados após limpeza por
manuseio excessivo ou descuidado. 7.1.3 Cada CP será posicionado de forma a
permitir livre exposição à névoa.
6.2 Os CPs para análise de pinturas e outros
revestimentos orgânicos serão preparados em 7.1.4 A solução salina de um corpo-de-prova não
conformidade com as especificações aplicáveis deverá pingar sobre nenhum outro CP.
para os materiais sob exposição, ou conforme
Nota 2: Os materiais adequados para construção ou
acordado entre o comprador e o fornecedor. Por revestimento de cavaletes e suportes são vidro, borracha,
outro lado, os CPs consistirão de aço que atenda plástico, ou madeira devidamente revestida. Metal nu não
aos requisitos da Norma D 609, e serão limpos e deverá ser usado. Os CPs serão preferivelmente apoiados
preparados para revestimento em conformidade pela base ou pela lateral. Tiras de madeira com fendas
com o procedimento aplicável da Norma D 609. são adequadas para o suporte de panéis planos. A sus-
pensão por ganchos de vidro ou corda encerada pode ser
6.3 Os CPs revestidos com pinturas ou revesti- utilizada, desde que a posição especificada para os CPs
mentos não-metálicos não deverão ser limpos ou seja obtida, se necessário por meio de suporte secundário
manuseados excessivamente antes do teste. na base dos CPs.

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8. Solução salina A fim de garantir que a concentração de sal adequada
foi atingida ao se misturar a solução, recomenda-se que
8.1 A solução salina será preparada dissolven- a solução seja verificada com um hidrômetro salinômetro
ou um hidrômetro de gravidade específica. Ao se usar
do-se 5 ± 1 partes por massa de cloreto de sódio
um hidrômetro salinômetro, a medição deverá estar
em 95 partes de água do Tipo IV da Especificação entre 4 e 6% a 25°C (77°F). Ao se usar um hidrômetro
D 1193 (exceto que para este processo os limites de gravidade específica, a medição deverá estar entre
para cloretos e sódio poderão ser ignorados). O 1,0255 e 1,0400 a 25%C (77°F).
teor químico do sal deve merecer cuidado espe-
cial. O sal usado deverá ser cloreto de sódio com 8.2 O pH da solução salina deverá ser tal que,
não mais de 0,3% por massa de impurezas totais. quando pulverizada a 35°C (95°F), a solução cole-
Haletos (Brometo, Fluoreto e Iodeto), excluindo tada estará na faixa de pH de 6,5 a 7,2 (Nota 3).
Cloreto, deverão constituir menos de 0,1% por Antes da solução ser pulverizada, ela deverá estar
massa do teor salino. O teor de cobre deverá ser livre de sólidos em suspensão (Nota 4). A
inferior a 0,3 ppm por massa. Cloreto de sódio medição do pH será feita a 25°C (77°F) usando um
contendo agentes anti-aglutinantes não deverão adequado eletrodo de vidro sensor de pH, um
ser usados, pois tais agentes poderão atuar como eletrodo de referência, e um sistema de medição de
inibidores de corrosão. Vide na Tabela 1 uma lista pH em conformidade com o Método de Teste E 70.
destas restrições a impurezas. Mediante acordo
Nota 3: A temperatura afeta o pH de uma solução
entre o comprador e o fornecedor, poderá ser
salina preparada de água saturada com dióxido de
exigida uma análise e a determinação de limites carbono à temperatura ambiente, e o ajuste do pH pode
para elementos ou compostos não especificados ser feito por um dos três métodos seguintes:
na composição química indicada acima. (1) Quando o pH de uma solução salina é ajustado à
temperatura ambiente, e pulverizada a 35°C (95°F), o pH
da solução coletada será maior do que a solução original
Tabela 1 – Limites Máximos Aceitáveis para devido à perda de dióxido de carbono na temperatura
Níveis de Impureza em Cloreto de SódioA,B mais alta. Quando o pH da solução salina é ajustado à
________________________________________ temperatura ambiente, torna-se portanto necessário
ajustá-lo abaixo de 6,5 de forma a que a solução coleta-
Descrição da impureza Teor Aceitável da após pulverização a 35%C (95°F) atinja os limites de
pH de 6,5 a 7,2. Tome uma amostra de cerca de 50 mL
Impurezas totais ≤ 0,3 % da solução salina preparada à temperatura ambiente,
Haletos (Brometo, Fluoreto e Iodeto) ferva-a ligeiramente por 30 s, esfrie, e determine o pH.
excluindo Cloreto ≤ 0,1 % Quando o pH da solução salina for ajustado a 6,5 a 7,2
por este procedimento, o pH da solução pulverizada e
Cobre < 0,3 ppm coletada a 35°C (95°F) virá dentro desta faixa.
Agentes anti-aglutinantes 0,0 % (2) O aquecimento da solução salina até o ponto de
fervura e o seu resfriamento até 35°C (95°F), mantendo-a
A
Uma fórmula comum usada para calcular o teor de sal em 35°C (95°F) por aproximadamente 48 h. antes de
requerido por massa para atingir uma solução salina a ajustar o pH, produz uma solução cujo pH não se altera
5% de uma massa conhecida de água é: materialmente quando pulverizada a 35°C (95°F).
0,053 x Massa de Água = Massa de NaCl requerida (3) O aquecimento da água da qual a solução salina é
A massa de água é 1 g por 1 mL. Para calcular a massa preparada a 35°C (95°F) ou acima, para expelir o dióxido
de sal requerida em gramas para misturar 1 L de uma de carbono, e o ajuste do pH da solução dentro dos limites
solução salina a 5%, multiplicar 0,053 por 1000 g (35,27 de 6,5 a 7,2, produz uma solução cujo pH não se altera
oz., a massa de 1 L de água). Esta fórmula produz um materialmente quando pulverizada a 35°C (95°F).
resultado de 53 g (1,87 oz.) de NaCl requerido para cada
litro de água para atingir uma solução salina a 5% por Nota 4: A solução salina recém-preparada pode ser
massa. filtrada ou decantada antes de ser colocada no reserva-
O multiplicador 0,053 para o cloreto de sódio usado tório, ou a ponta do tubo conduzindo desde a solução
acima é derivado do seguinte: até o pulverizador pode ser coberta com uma camada
1000 g (massa de um L cheio de água) dividido por 0,95 dupla de gaze a fim de impedir a obstrução do bico.
(a água é somente 95% da mistura total por massa)
Nota 5: O pH pode ser ajustado por adições de ácido
produz 1053 g.
clorídrico diluído grau reagente ACS, ou soluções de
Este valor de 1053 g é a massa total da mistura de um L
hidróxido de sódio.
de água com uma concentração de cloreto de sódio a
5%. 1053 g menos o peso original do 1 L de água, 1000 g,
resulta em 53 g para o peso do cloreto de sódio. 53 g do 9. Suprimento de ar
cloreto de sódio total, dividido pelas 1000 g originais de
água, resulta em um multiplicador 0,053 para o cloreto de 9.1 O suprimento de ar comprimido para a Torre
sódio. Saturadora de Ar deverá estar isento de graxa,
Como exemplo: para misturar o equivalente de 200 L óleo e impurezas antes do uso, através da
(52,83 gl.) de uma solução de cloreto de sódio a 5%, passagem por filtros mantidos em boas condições.
misturar 10,6 kg (23,37 lbs) de cloreto de sódio em 200 L (Nota 6) Este ar deverá ser mantido a uma
(52,83 gl.) de água. 200 L de água pesam 200.000 g. pressão suficiente na base da Torre Saturadora
200.000 g de água x 0,053 (multiplicador do cloreto de de Ar para atingir as pressões sugeridas da
sódio) = 10.600 g de cloreto de sódio, ou 10,6 kg.
Tabela 2 no topo da Torre.

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Nota 6: O suprimento de ar poderá ficar isento de óleo tolerância representam um ponto de controle
e impurezas passando-se o mesmo através de um operacional para as condições de equilíbrio em
extrator de óleo/água adequado (que é disponível no uma locação isolada no gabinete que pode não
mercado) para impedir que o óleo atinja a Torre do Satu-
representar necessariamente uniformidade de
rador de Ar. Muitos extratores de óleo/água possuem um
indicador de validade, e isto deverá ser considerado nos condições em todo o gabinete. A temperatura
intervalos recomendados para manutenção preventiva. dentro da zona de exposição do gabinete fechado
será registrada (Nota 8) pelo menos duas vezes
9.2 O suprimento de ar comprimido para o bico por dia e com pelo menos 7 h. de intervalo (exceto
ou bicos aspersores será condicionado introduzin- aos sábados, domingos e feriados quando o teste
do-se o mesmo no fundo de uma torre cheia de de aspersão salina não é interrompido para expo-
água. Um método comum de introdução do ar é sição, rearranjo ou remoção das amostras de
através de um dispositivo de dispersão de ar (vide teste, ou para verificar e reencher a solução no
X1.4.1). O nível da água deverá ser mantido auto- reservatório).
máticamente a fim de assegurar uma umidificação
Nota 8: Um método adequado de registro da tempera-
adequada. É prática comum manter a temperatura tura é através de um dispositivo de registro contínuo ou
nesta torre entre 46 e 49°C (114 e 121°F), a fim de um termômetro que possa ser lido do lado de fora do
de compensar o efeito resfriador da expansão à gabinete fechado. A temperatura registrada deve ser
pressão atmosférica durante o processo de pulve- obtida com a câmara de aspersão fechada, com o fim de
rização. A Tabela 2 em 9.3 desta norma mostra a evitar uma falsa leitura baixa devido ao efeito de bulbo
temperatura, a diferentes pressões, que são úmido quando a câmara é aberta.
comumente usadas para compensar o efeito
resfriador da expansão à pressão atmosférica. 10.2 Pulverização e Quantidade de Névoa: Colo-
car pelo menos dois coletores de névoa limpos por
9.3 Atenção especial deverá ser dada à relação torre de aspersão dentro da zona de exposição, de
entre a temperatura e a pressão da torre, pois forma a que nenhuma gota da solução seja coleta-
esta relação pode ter impacto direto na manuten- da pelos corpos-de-prova ou qualquer outra fonte.
ção das taxas de coleta corretas (Nota 7). É Posicionar os coletores na proximidade das amos-
preferível saturar o ar a temperaturas bem acima tras, um o mais próximo de qualquer bocal, e o
da temperatura da câmara como garantia de uma outro o mais longe de todos os bocais. Um arranjo
névoa úmida conforme listado na Tabela 2. típico é mostrado na Fig. 1. A névoa deverá ser tal
que, para cada 80 cm² (12,4 pol²) de área de coleta
Tabela 2 – Temperatura e Pressão Sugeridas para horizontal, serão coletados de 1,0 a 2,0 mL da solu-
o topo da Torre Saturadora de Ar, para operação ção por hora baseado em um funcionamento médio
de um teste a 35°C (95°F) de pelo menos 16 h. (Nota 8). A concentração de
cloreto de sódio será de 5 ± 1 % em massa (Notas
Pressão de Tempera- Pressão de Tempera- 9 a 11). O pH da solução coletada será de 6,5 a
Ar, kPa tura, °C Ar, psi tura, °F 7,2. A medição do pH será processada conforme
83 46 12 114 descrito em 8.2 (Nota 3).
96 47 14 117 Nota 9: Dispositivos coletores apropriados são funis de
110 48 16 119 vidro ou plástico com os bicos inseridos através de
124 49 18 121 tampas dentro de cilindros graduados, ou pratos de crista-
lização. Funis e pratos com um diâmetro de 10 cm (3,94”)
têm uma área de aproximadamente 80 cm² (12,4 pol²).
Nota 7: Se a torre for operada fora destas faixas suge-
ridas de temperatura e pressão para atingir as taxas de Nota 10: Uma solução possuindo uma gravidade especí-
coleta corretas descritas em 10.2 desta norma, outros fica de 1,0255 a 1,0400 a 25°C (77°F) atenderá aos requi-
meios de verificação da taxa de corrosão adequada na sitos de concentração. A concentração de cloreto de sódio
câmara deverão ser estudados, tais como o uso de pode também ser determinada utilizando-se um medidor
amostras de controle (painéis de conhecido desempenho de salinidade adequado (por exemplo, usando um eletro-
no teste conduzido). É preferível que sejam fornecidos do de vidro seletivo de íon de sódio), ou por colorimetria
painéis de controle que agrupem o desempenho previsto como segue. Diluir 5 mL da solução coletada a 100 mL
da amostra. Os controles permitem a normalização das com água destilada e agitar bem; colocar com uma pipeta
condições de teste durante a execução repetida do teste uma quantidade de 10 mL dentro de um prato ou recipien-
e também oferecem comparações dos resultados do te de evaporação; adicionar 40 mL de água destilada e
ensaio a partir de diferentes repetições do mesmo teste. 1 mL de solução de cromato de potássio a 1% (isenta de
(Vide Apêndice X3, Análise das Condições Corrosivas, cloretos) e dosar com uma solução de nitrato de prata a
para procedimentos sobre perda de massa). 0,1 N até o aparecimento de uma coloração vermelha
permanente. Uma solução que requeira entre 3,4 e 5,1 mL
de solução de nitrato de prata a 0,1 N atenderá às
10. Condições na Câmara de Aspersão Salina
exigências de concentração.
10.1 Temperatura: A zona de exposição da Nota 11: Soluções salinas de 2 a 6% apresentarão os
câmara de aspersão será mantida a 35 + 1.1 – mesmos resultados, embora para uniformidade os
1,7°C (95 + 2 – 3°F). Cada ponto de ajuste e sua limites sejam estabelecidos em 4 a 6%.

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Coletores

Câmara de Névoa

Nota: Esta figura mostra um arranjo de coletor de névoa típico para um gabinete único de torre de pulverização. O mesmo arranjo
de coletor é também aplicável a construções de gabinetes de torres múltiplas, bem como aos de torres horizontais (tipo “T”).

Fig. 1 – Arranjo de Coletores de Névoa

10.3 O bico ou bicos serão direcionados ou 13.2 Os CPs serão ligeiramente lavados ou
defletidos de tal forma que a solução espargida banhados em água corrente limpa com tempera-
não caia diretamente sobre os corpos-de-prova. tura não superior a 38°C (100°F) a fim de remover
depósitos salinos da superfície, e então imediata-
11. Continuidade da exposição mente secos.
11.1 Salvo indicado em contrário nas especifi- 14. Avaliação dos resultados
cações relativas ao material ou produto sendo
testado, os ensaios deverão ser contínuos durante 14.1 Um exame cuidadoso e imediato será reali-
o período inteiro dos testes. A operação contínua zado conforme prescrito nas especificações relati-
implica em que a câmara seja fechada e a pulve- vas ao material ou produto sob testes, ou de acor-
rização funcionando ininterruptamente exceto pelos do com mútuo entendimento entre o comprador e
curtos intervalos diários necessários para inspecio- o fornecedor.
nar, rearranjar ou remover amostras, para checar e
reencher a solução no reservatório, e para fazer os 15. Registros e relatórios
registros necessários descritos na Seção 10. As
operações serão programadas de forma a que 15.1 As seguintes informações deverão ser
estas interrupções sejam reduzidas a um mínimo. registradas, a menos que seja prescrito de outra
forma nas especificações pertinentes ao material
12. Período de exposição ou produto submetido a ensaios:
12.1 O período de exposição será conforme 15.1.1 Tipo de sal e água utilizados na prepara-
designado pelas especificações relativas ao mate- ção da solução salina.
rial sob testes, ou mediante acordo mútuo entre o
comprador e o fornecedor. 15.1.2 Todas as leituras da temperatura dentro
Nota 12: Os períodos de exposição recomendados da zona de exposição da câmara.
devem ser acordados entre o comprador e o fornecedor, 15.1.3 Registros diários dos dados obtidos de
porém sugere-se que períodos de múltiplos de 24 horas
sejam estabelecidos. cada dispositivo coletor de névoa, incluindo o
seguinte:
13. Limpeza dos CPs testados 15.1.3.1 Volume da solução salina coletada, em
13.1 Salvo especificado em contrário nas espe- milímetros/hora por 80 cm² (12,4 pol²).
cificações relativas ao material ou produto sob
testes, os corpos-de-prova serão tratados como 15.1.3.2 Concentração ou gravidade específica
segue, ao final dos ensaios: a 35°C (95°F) da solução coletada.

13.1.1 Os CPs serão removidos cuidadosamente. 15.1.3.3 pH da solução coletada.

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15.2 Tipo do corpo-de-prova e suas dimensões, 15.7 Interrupções na exposição, causa, e
ou número ou descrição da peça. duração.

15.3 Método de limpeza dos CPs antes e após 15.8 Resultados de todas as inspeções.
os ensaios. Nota 13: Se alguma solução salina pulverizada que não
contatou os CPs for devolvida ao reservatório, é aconse-
15.4 Método de suporte ou suspensão da amos- lhável registrar a concentração ou gravidade específica
tra na câmara de aspersão salina. desta solução também.

16. Palavras-chave
15.5 Descrição da proteção usada, requerida
conforme 6.5. 16.1 ambiente corrosivo controlado; condições
corrosivas; perda de massa determinante; exposi-
15.6 Tempo de exposição. ção à pulverização (nebulização) salina.

APÊNDICES
(Informações não obrigatórias)

X1. CONSTRUÇÃO DA APARELHAGEM DE TESTES

X1.1 Gabinetes retida. A ponta exposta do tubo de respiro deverá


ser protegida contra correntes de ar extremas que
X1.1.1 Gabinetes de pulverização salina padro- possam causar flutuação da pressão ou vácuo no
nizados são disponíveis em diversos fornecedo- gabinete.
res, porém determinados acessórios pertinentes
são requeridos antes que eles operem conforme X1.2 Controle de temperatura
esta norma e produzam um controle consistente
para duplicação dos resultados. X1.2.1 A manutenção da temperatura dentro da
câmara de sal poderá ser conseguida por vários
X1.1.2 O gabinete consiste de câmara básica, métodos. É geralmente desejável controlar a
uma torre de saturação de ar, um reservatório de temperatura das cercanias da càmara de pulveri-
solução salina, bicos pulverizadores, suportes zação salina e mantê-la o mais estável possível.
para amostras, dispositivos para aquecimento da Isto pode ser conseguido colocando-se o equipa-
câmara, e controles adequados para manutenção mento em uma sala de temperatura constante,
da temperatura desejada. porém pode também ser realizado cercando-se a
X1.1.3 Acessórios tais como um defletor ajustá- câmara básica com uma camisa contendo água
vel adequado ou torre de nebulização central, ou ar a uma temperatura controlada.
controle automático de nível do reservatório de X1.2.2 A utilização de aquecedores de imersão
sal, e controle automático de nível para a torre de em um reservatório interno de solução salina ou
saturação de ar, são partes pertinentes ao equipa- dentro da câmara é prejudicial onde perdas térmi-
mento. cas sejam apreciáveis, devido à evaporação da
X1.1.4 As dimensões e formato do gabinete solução e ao calor radiante sobre as amostras.
deverão ser tais que a nebulização e a quantidade
da solução coletada estejam dentro dos limites X1.3 Bicos nebulizadores
desta norma.
X1.3.1 Bicos nebulizadores aceitáveis podem
X1.1.5 A câmara será construída de materiais ser feitos de borracha endurecida, plástico, ou
adequadamente inertes tais como plástico, vidro outros materiais inertes. O tipo mais comumente
ou pedra, ou fabricados em metal e revestidos usado é construído de plástico. Bicos calibrados
com materiais impermeáveis como plásticos, para o consumo de ar e regulados para a solução
borracha, ou materiais tipo epóxi ou equivalente. são também disponíveis. As características opera-
cionais de um bico nebulizador típico são apresen-
X1.1.6 Toda tubulação que estiver em contato tadas na Tabela X1.1.
com a solução ou nebulização salina deverá ser
de material inerte, como plástico. A tubulação de X1.3.2 Pode-se observar de imediato que o con-
respiro será de tamanho suficiente para que exista sumo de ar é relativamente estável às pressões
um mínimo de contrapressão, e deverá ser insta- normalmente usadas, porém uma redução notável
lada de forma a que nenhuma solução fique na solução pulverizada ocorre se o nível da solução

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sofrer uma queda considerável durante o ensaio. uma torre cheia de água através de uma pedra
Assim, o nível da solução no reservatório deve ser porosa ou bocais múltiplos. O nível de água deve
mantido automaticamente para garantir uma ser mantido automaticamente a fim de garantir
8
emissão uniforme de névoa durante o teste. uma umidificação adequada. Uma câmara
operada em conformidade com este método e o
X1.3.3 Se o bocal selecionado não pulverizar a Apêndice X1 terá uma umidade relativa entre 95 e
solução salina em gotículas uniformes, tornar-se-á 98%. Como as soluções salinas de 2 a 6%
necessário direcionar o jato a um defletor ou pare- produzirão os mesmos resultados (embora para
de a fim de neutralizar as gotas maiores e impedir uniformidade os limites sejam estabelecidos em 4
que elas atinjam os corpos-de-prova. Dependendo a 6%), é preferível saturar o ar a temperaturas
de um entendimento completo dos efeitos da bem acima da temperatura da câmara como
pressão do ar, e assim por diante, é importante garantia de uma névoa úmida. A Tabela X1.2
que o bico selecionado produza a condição dese- mostra as temperaturas, a diferentes pressões,
jada quando operado à pressão de ar selecionada. que são requeridas para contrabalançar o efeito
Os bicos não são necessariamente instalados em resfriador da expansão à pressão atmosférica.
uma extremidade, porém podem ser colocados no
centro e também podem ser direcionados vertical-
mente até a uma torre adequada. Tabela X1.2 – Requisitos de Pressão e Temperatura
__________ para Operação de Teste a 95°F
8
Um dispositivo adequado para manter o nível de Pressão do Ar, kPa
líquido, tanto na torre de saturação como no reservatório
da solução de teste, pode ser projetado por um grupo de 83 96 110 124
engenharia local, ou pode ser adquirido de fabricantes
Temperatura, °C 46 47 48 49
de gabinetes de testes como um acessório.

Pressão do Ar, psi


Tabela X1.1 – Características Operacionais
de Bicos Nebulizadores Típicos 12 14 16 18

Consumo de Temperatura, °F 114 117 119 121


Vazão de Ar, dm³/min
Sifão, cm
Altura do

Solução, cm³/h
Pressão de Ar, kPa Pressão de Ar, kPa
34 69 103 138 34 69 103 138 X1.4.2 A experiência tem mostrado que as
10 19 26,5 31,5 36 2100 3840 4584 5256 atmosferas mais uniformes na câmara de pulveri-
zação são obtidas aumentando-se a temperatura
20 19 26,5 31,5 36 636 2760 3720 4320
do ar de nebulização o suficiente para compensar
30 19 26,5 31,5 36 0 1380 3000 3710
perdas térmicas, exceto aquelas que podem ser
40 19 26,6 31,5 36 0 780 2124 2904 de outra forma substituídas a gradientes de
temperaturas muito baixas
Consumo de
Vazão de Ar, L/min
Sifão, pol.
Altura do

Solução, mL/h
X1.5 Tipos Construtivos
Pressão de Ar, psi Pressão de Ar, psi
5 10 15 20 5 10 15 20 X1.5.1 Um gabinete moderno de laboratório é
mostrado na Fig. X1.1. Câmaras com acesso para
4 19 26,5 31,5 36 2100 3840 4584 5256
inspeção são normalmente construídas com um
8 19 26,5 31,5 36 636 2760 3720 4320 teto inclinado. Bicos nebulizadores adequada-
12 19 26,5 31,5 36 0 1380 3000 3710 mente colocados e direcionados evitam acúmulo e
16 19 26,6 31,5 36 0 780 2124 2904 pingamento do teto. Os bicos podem ser coloca-
dos no teto, ou a 0,91 m (3 pés) do solo e dirigidos
para cima a 30° ou 60° sobre um passadiço.
X1.4 Ar para nebulização O número de bicos depende do tipo e capacida-
de, e é relacionado à área do espaço de teste. Um
X1.4.1 O ar usado para nebulização deve ser reservatório de 11 a 19 L (3 a 5 gl.) é necessário
isento de graxa, óleo e impurezas antes do uso, dentro da câmara, com o nível controlado. As
através da passagem por filtros mantidos em boas características principais de um gabinete com
condições. O ar ambiente pode ser comprimido, acesso para inspeção, que diferem bastante do
aquecido, umidificado e lavado em uma bomba tipo laboratório, são ilustradas na Fig. X1.2.
rotativa selada por água se a temperatura da água A construção de um bico de plástico, tal como
for devidamente controlada. Ar purificado por fornecido por diversos fabricantes, é mostrada na
outros meios pode ser introduzido no fundo de Fig. X1.3.

7
ASTM B 117 - 03
_________________________________________________________________

Nota 1: θ – Ângulo da tampa, 90° a 125°

1 - Termômetro e termostato para controle do aquecedor (item nº 8) na base


2 - Dispositivo automático de nivelamento da água
3 - Torre de umidificação
4 - Regulador automático de temperatura para controle do aquecedor (item n° 5)
5 - Aquecedor de imersão, não-corrosível
6 - Entrada de ar, aberturas múltiplas
7 - Tubo de ar para o bico pulverizador
8 – Aquecedor da base
9 - Topo articulado, hidraulicamente operado, ou com contrapeso
10 - Braços para as hastes de suporte das amostras, ou mesa de testes
11 - Reservatório interno
12 - Bico pulverizador acima do reservatório, devidamente projetado, posicionado, e defletido
12A- Bico pulverizador alojado na torre de dispersão instalada preferivelmente no centro do gabinete (exemplos típicos)
13 - Selo de água
14 - Dreno e descarga combinados. Descarga no lado do espaço de teste oposto ao bico pulverizador (item 12), mas
preferivelmente em combinação com dreno, retentor de resíduos, e tubo de resíduos de tiragem forçada (itens 16, 17 e 19)
16 - Separação completa entre o tubo de resíduos de tiragem forçada (item 17) e a combinação de dreno e descarga
(itens 14 e 19) para evitar sucção ou contrapressão indesejável.
17 - Tubo de resíduos de tiragem forçada
18 - Dispositivo de nivelamento automático para o reservatório
19 - Retentor de resíduos
20 - Espaço de ar ou camisa dágua
21 - Mesa ou bancada de teste, bem abaixo da área do teto

Nota 2: Esta figura mostra os vários componentes incluindo arranjos alternativos dos bicos pulverizadores e reservatório da
solução.

Fig. X1.1 – Gabinete Típico de Pulverização Salina

8
ASTM B 117 - 03
_________________________________________________________________

Nota: Os controles são geralmente os mesmos do gabinete menor tipo laboratório (fig. X1.1), porém são dimensionados
para comportar o espaço cúbico maior. A câmara possui as seguintes características:
θ - Ângulo do teto, 90° a 125°
1 - Painéis externos com isolamento espesso
2 - Espaço de ar
3 - Aquecedores de densidade de baixa wattagem, ou serpentinas de vapor
4 - Porta simples ou dupla, de abertura plena (tipo refrigeração), com soleira inclinada para dentro
5 - Janelas de inspeção
6 - Respiro da câmara interna
7 - Dreno da câmara interna
8 - Painéis de dutos no piso

Fig. X1.2 – Câmara com acesso para inspeção, dimensões gerais 1,5 m x 2,4 m. (5 pés x 8 pés) e acima

Ar

Solução

Fig. X1.3 – Bico Pulverizador Típico

X2. USO DO TESTE DE PULVERIZAÇÃO (NEBULIZAÇÃO) SALINA EM PESQUISA

X2.1 Esta norma é usada primariamente para entre resistência à pulverização (nebulização)
qualificação de processo e aceitação de qualida- salina e resistência à corrosão em outros meios,
de. Com relação a quaisquer aplicações novas, pois a química das reações, incluindo a formação
torna-se essencial correlacionar os resultados de películas e o seu valor de proteção, freqüente-
desta norma com os resultados da exposição real mente varia bastante com as condições de
no campo. (Vide Fig. X2.1). precisão encontradas. O pessoal bem informado
está ciente da composição errática das ligas
X2.2 A nebulização salina tem sido utilizada em básicas, da possibilidade de grandes variações na
escala considerável para o fim de comparar dife- qualidade e espessura dos itens chapeados
rentes materiais ou acabamentos. Deve-se notar produzidos nos mesmos racks ao mesmo tempo,
que não existe normalmente uma relação direta e da conseqüente necessidade de uma determina-

9
ASTM B 117 - 03
_________________________________________________________________
ção matemática do número de corpos-de-prova tratado (cromado, fosfatizado, ou anodizado),
necessários para constituir uma amostra muito embora não se tenha chegado a conclusões
adequada para fins de ensaios. Neste sentido, finais sobre a validade dos resultados de testes
cabe destacar que a Norma B 117 não é aplicável relativos à experiência em serviço. A Norma B
ao estudo ou ensaio de revestimento de cromo
117 e a Norma G 85 são consideradas como de
(níquel-cromo) decorativo no aço ou em fundidos
sob pressão à base de zinco, ou de revestimento grande utilidade na avaliação do comportamento
de cádmio em aço. Para esta finalidade, o Método relativo de materiais estreitamente relacionados
B 368 e a Norma G 85 estão disponíveis, os quais em atmosferas marinhas, pois elas simulam as
são também considerados por alguns como supe- condições básicas com alguma aceleração devido
riores para comparação do alumínio quimicamente ou à umidade ou à temperatura, ou ambas.

EXPOSIÇÃO CONTÍNUA

HORAS

(1) Solução salina: 5 ± 1 partes por massa de cloreto de sódio (NaCl) em 95 partes por massa de água Tipo IV da
Especificação D 1193.
(2) pH de 6,5 a 7,2 da solução coletada.
(3) A zona de exposição da câmara de nebulização salina deverá ser mantida em 35 + 1,1 – 1,7°C (95 + 2 – 3°F). Cada
ponto de ajuste e sua tolerância representam um ponto de controle operacional para as condições de equilíbrio em uma
locação isolada do gabinete que pode não representar necessariamente a uniformidade das condições através do
gabinete.
(4) Névoa a uma taxa de 1,0 a 2,0 mL/h para cada 80 cm² de área horizontal de coleta.

Nota: As linhas tracejadas no gráfico indicam limites de tolerância na temperatura.

10
ASTM B 117 - 03
_________________________________________________________________
X3. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES CORROSIVAS

X3.1 Geral: Este apêndice abrange painéis de Tabela X3.1 – Estatísticas de repetitividade
teste e procedimentos para avaliação das condi-
ções corrosivas dentro de um gabinete de asper- Nota:
são salina. O procedimento envolve a exposição Baseado em duas réplicas em cada curso de testes.
de panéis de teste construídos em aço, e a deter- Nº = número de gabinetes de nebulização salina
minação das suas perdas de massa em um perío- diferentes no programa de testes; r = limites de
do de tempo especificado. Isto pode ser feito men- repetitividade 95%, g; Cv = Sr/avg, coeficiente de
salmente ou com mais freqüência a fim de garan- variação, %; e Sr = desvio padrão de repetitividade, g.
tir uma operação consistente ao longo do tempo.
Ele é útil também para correlacionar as condições

Perda média
de massa, g
Duração do
corrosivas entre gabinetes diferentes.

Materiais

Teste, h
X3.2 Painéis de testes: Os painéis de testes Sr g Cv, % r, g Nº
requeridos, 76 x 127 x 0,8 mm (3,0 x 5,0 x 0,315”)
são construídos de aço carbono laminado a frio,
grau comercial, conforme SAE 1008 (UNS G10080). QP1 48 0,8170 0,0588 7,20 0,1646 12

X3.3 Preparação dos painéis antes dos testes: QP1 96 1,5347 0,1048 7,28 0,2934 12
Limpar os painéis antes dos testes somente por QP1 168 2,5996 0,2498 9,61 0,6994 12
desengraxamento, de forma a que as superfícies AP 48 0,7787 0,0403 5,17 0,1128 10
fiquem isentas de sujeira, óleo, ou outras matérias AP 96 1,4094 0,0923 6,55 0,2584 10
estranhas que possam influenciar os resultados dos AP 168 2,4309 0,1594 6,56 0,4463 10
ensaios. Após a limpeza, pesar cada painel em
QP2 48 0,8566 0,0686 8,01 0,1921 5
uma balança analítica ao valor mais próximo de 1,0
mg, e registrar a massa. QP2 96 1,5720 0,0976 6,21 0,2733 5
QP2 168 2,7600 0,2588 9,38 0,7246 5
X3.4 Posicionamento dos painéis de testes:
Colocar um mínimo de dois painéis submetidos a
pesagem no gabinete, com o comprimento de
127 mm (5,0”) suportado a 30° da vertical. Colocar
os painéis na proximidade dos coletores de Tabela X3.2 – Estatísticas de Reprodutibilidade
condensado. (Vide Seção 6).
Nota:
X3.5 Duração do ensaio: Expor os painéis à Nº = número de cabines de nebulização salina diferentes
névoa salina durante 48 a 168 horas. no programa de testes; R = limites de reprodutibilidade
95%, g; Cv = SR/avg, coeficiente de variação, %;
X3.6 Limpeza dos painéis de teste após expo-
e SR = desvio padrão de reprodutibilidade, g.
sição: Após a remoção dos painéis de dentro do
gabinete, enxaguar cada painel imediatamente
com água corrente de torneira a fim de remover o
Perda média
de massa, g
Duração do
Materiais

Teste, h

sal, e enxaguar em água de grau reagente (vide


Especificação D 1193, Tipo IV). Limpar química- SR, g Cv, % R, g Nº
mente cada painel por 10 minutos a uma tempe-
ratura de 20 a 25°C em uma solução fresca
preparada como segue:
QP1 48 0,8170 0,0947 11,58 0,2652 12

Misturar 1000 mL de ácido clorídrico (sp gr 1.19) QP1 96 1,5347 0,2019 14,02 0,5653 12
com 1000 mL de água de grau reagente (D 1193, QP1 168 2,5996 0,3255 12,52 0,9114 12
Tipo IV) e adicionar 10 g de hexametilenotetramina. AP 48 0,7787 0,0805 10,33 0,2254 10
Após a limpeza, enxaguar cada painel com água
grau reagente (Tipo IV) e secar (vide 13.2). AP 96 1,4094 0,1626 11,54 0,4553 10
AP 168 2,4309 0,3402 14,00 0,9526 10
X3.7 Determinação da perda de massa: Imedi- QP2 48 0,8566 0,1529 17,85 0,4281 5
atamente após a secagem, determinar a perda de
QP2 96 1,5720 0,1319 8,39 0,3693 5
massa através de nova pesagem e subtrair a massa
do painel, após exposição, de sua massa original. QP2 168 2,7600 0,3873 14,03 1,0844 5

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ASTM B 117 - 03
_________________________________________________________________
X3.7.1 Os dados gerados no estudo interlabora- X3.8.2 Este programa interlaboratorial também
torial utilizando este método estão disponíveis na produziu resultados na reprodutibilidade dos
ASTM como um Relatório de Pesquisa, podendo resultados, isto é, a consistência de resultados da
ser obtidos no ASTM Headquarters, Request nº perda de massa nos testes em diferentes labo-
G1-1003. ratórios ou em diferentes gabinetes na mesma
instalação. Este programa gerou desvios padrão
X3.8 Precisão e viés (bias) – Teste do painel de reprodutibilidade, SR, dos quais os limites de
de aço reprodutibilidade de 95%, R, foram calculados
X3.8.1 Um programa de teste interlaboratorial como segue (vide Norma E 691):
usando três diferentes conjuntos de painéis de
r = 2.8 SR (X3.2)
aço UNS G10080, 76 x 127 x 0,8 mm (3,0 x 5,0 x
0,315”) mostrou que a repetitividade da perda de
massa dos painéis de aço, isto é, a consistência Os valores de SR e R são apresentados na
dos resultados da perda de massa que pode ser Tabela X3.2. Note-se que a relação do desvio
prevista quando painéis replicados são operados padrão com a perda média de massa, o coeficien-
simultaneamente em um gabinete de nebulização te de variação, Cv, varia entre 8 a 18% com uma
salina, é dependente do tempo de exposição e do média ponderada de 12,7% e um R de ± 36% da
lote ou origem do painel. O programa interlabora-
perda média de massa.
torial produziu desvios padrão de repetitividade, Sr,
dos quais os limites de repetitividade de 95%, r,
foram calculados como segue (vide Norma E 691):
X3.8.3 A perda de massa do aço nesta norma
de nebulização salina depende da área do aço
r = 2.8 Sr (X3.1)
exposta, temperatura, tempo de exposição,
Os valores de Sr e r são indicados na Tabela preparação e pureza da solução salina, pH, condi-
X3.1. Note-se que a taxa de corrosão do aço ções de nebulização, e metalurgia do aço.
neste ambiente é quase constante por todo o O procedimento do Apêndice X3 para medição da
intervalo de exposição , e que a relação do desvio corrosividade dos gabinetes de aspersão salina
padrão com a perda média de massa, o coeficien-
neutra com painéis de aço não possui viés (bias),
te de variação, Cv, varia entre 5 e 10% com uma
média ponderada de 7,4% e um r de ± 21% da devido ao valor de corrosividade da névoa salina
perda média de massa. ser definido apenas em termos desta norma.

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