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Wellington Ribeiro Barbosa

Professor
RESERVATÓRIO

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Objetivos da engenharia de reservatório

•Conhecer o fluido contido no reservatório (viscosidade, composição


da mistura, densidade)
•Conhecer as propriedades da rocha-reservatório (porosidade,
permeabilidade, capilaridade, saturação)
•Estimativa da Reserva: desenvolver um modelo teórico do
reservatório que traduza o comportamento passado e possibilite a
previsão futura deste reservatório (baseando-se no histórico de
produção utilizando-se de modernos simuladores de fluxo)

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Objetivos da engenharia de reservatório
•Estudar e conhecer os mecanismos de produção do reservatório (gás em
solução, capa de gás, influxo de água, mecanismo combinado, segregação
gravitacional)
•Gerenciar, planejar, desenvolver e acompanhar os campos
•Estudar e propor método de recuperação secundária e/ ou avançada de
petróleo (recuperação com injeção de água, injeção de gás, recuperação
térmica com vapor, combustão “in situ”, com ação de polímeros)
•Estudar o comportamento do fluido no interior da rocha reservatório (como
se comporta a pressão do reservatório durante a produção do fluido nele
contido).
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RESERVATÓRIO

Nos estudos de um reservatório é de suma


importância o conhecimento das
propriedades básicas da rocha e dos
fluidos nela presentes. Essas propriedades
informam as quantidades dos fluidos
existentes nos poros da rocha, a sua
distribuição, a capacidade desses fluidos se
movimentarem e, principalmente, a
quantidade de fluidos que se pode extrair.

Vpi

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RESERVATÓRIO

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AULA : PROPRIEDADE
DAS
ROCHAS

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Compressibilidade
A compressibilidade é uma propriedade básica estudada, que se define como sendo
o “quociente entre a variação fracional de volume e a variação de pressão”, logo
percebemos que quando se retira certa quantidade de fluido do interior da rocha, a
pressão cai e os poros diminuem de tamanho. À relação entre esta variação
fracional do volume dos poros e a variação de pressão dá-se o nome de
“Compressibilidade efetiva de formação”, e é ela que pode desempenhar função
importante no decorrer de certa etapa da vida produtiva de um reservatório de
petróleo.

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Compressibilidade

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Saturação
Nas rochas não existem apenas hidrocarbonetos, contêm também água. Por conseguinte não é
suficiente apenas o conhecimento do volume poroso para se estabelecer as quantidades de óleo
e/ou água presentes nas formações. Para que essas quantidades sejam estimadas é preciso
encontrar que percentual do volume poroso é ocupado por cada fluido. Esses percentuais
recebem o nome de saturação. O reservatório quando descoberto, apresenta certa saturação de
água, que se denomina água conata.

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Saturação

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Porosidade

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Porosidade

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Porosidade

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Porosidade

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Permeabilidade

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Permeabilidade

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Permeabilidade

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Permeabilidade

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Permeabilidade
Existem três tipos de permeabilidade, a permeabilidade absoluta que
consiste apenas em um fluido saturando a rocha, a permeabilidade
efetiva que é a comparação entre a facilidade de movimento dos
fluidos existentes na rocha em relação ao fluido considerado, e a
permeabilidade relativa que se dá ao normalizar os dados de
permeabilidade, ou seja, dividir todos os valores de permeabilidade
efetiva por um mesmo valor de permeabilidade escolhido como base,
geralmente utiliza-se a permeabilidade absoluta.

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Mobilidade

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Tipos de Reservatórios
Devido às diferentes composições das misturas de hidrocarbonetos e das
diferentes condições de temperatura e pressão, existem três tipos de
reservatórios, são eles: reservatório de óleo, reservatório de gás e reservatório
que possuem duas fases em equilíbrio (reservatório de gás úmido e
reservatório de gás seco, reservatório de gás retrogrado).

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TIPOS DE RESERVATÓRIO
E
DIAGRAMA DE FASE DO PETRÓLEO

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TIPOS DE RESERVATÓRIO

• Com base na experiência adquirida ao longo dos anos na atividade de


exploração e produção (E&P) de reservatórios de petróleo, observa-se que
existem diferentes tipos deles. Segundo a classificação mais difundida a
respeito do tipo de reservatório de petróleo está relacionada à composição
da mistura de hidrocarboneto, à pressão e temperatura iniciais e ao
comportamento do fluido existente em subsuperfície dados os estados de
reservatório e de superfície (separador) dentro do diagrama de fase.
• Nesta figura, as porcentagens mostradas correspondem à fração existente
de líquido quando o fluido é levado da condição de reservatório (R) de
pressão (PR) e temperatura (TR) à condição de superfície com
determinada pressão (PS) e temperatura (TS) no separador (S). O
comportamento do envelope, por sua vez, é determinado pela composição
original do fluido in place.

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RESERVATÓRIO DE ÓLEO

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RESERVATÓRIO DE ÓLEO

Os reservatórios de óleo podem ser saturados, não saturados ou com produção por

capa de gás quando a pressão inicial é igual, acima ou abaixo do ponto de bolha,

respectivamente. Uma subclassificação está relacionada à alta ou pouca geração de gás

a partir do petróleo no estado líquido: reservatórios de óleo de alta contração (ou óleo

volátil) são caracterizados por boa parte do líquido se contrair porque se transformou

em gás, ao passo que, nos reservatórios de óleo de baixa contração, observa-se pouca

geração de gás e, por consequência, baixa contração de líquido. Os reservatórios de

óleo normal geralmente são rasos e só produzem óleo.

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RESERVATÓRIO DE GÁS

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RESERVATÓRIO DE GÁS
No caso dos reservatórios de gás, em geral, a temperatura inicial está acima da

temperatura crítica do sistema composto pelos hidrocarbonetos. Nos reservatórios de

gás seco, há apenas produção de gás e a depleção é muito rápida. Já nos de gás úmido,

verifica-se a formação de condensado. Outro tipo relevante é o de gás retrógrado em

que, à medida que a pressão estática do reservatório sofre redução e a temperatura se

mantém constante, o gás existente, em um primeiro momento, se condensa e, à medida

que a quantidade de líquido vai aumentando, este retorna ao estado de vapor (Figura

2.2). Para estes reservatórios, a modelagem e a previsão de produção do campo são

mais complicadas.

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RES. GÁS RETRÓGRADO

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RES. DE GÁS RETRÓGRADO
Outro tipo relevante é o de gás retrógrado em que, à medida que a pressão estática do

reservatório sofre redução e a temperatura se mantém constante, o gás existente, em um

primeiro momento, se condensa e, à medida que a quantidade de líquido vai

aumentando, este retorna ao estado de vapor (Figura 2.2). Para estes reservatórios, a

modelagem e a previsão de produção do campo são mais complicadas.

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TIPOS DE RESERVATÓRIO

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Fluidos Produzidos
Um reservatório típico apresenta uma vazão de produção de óleo, uma vazão

de produção de gás e uma vazão de produção de água. Existem algumas

relações na engenharia de petróleo que são utilizadas como indicadores, os

mais utilizados são a razão de gás-óleo, RGO, a razão água-óleo, RAO, e o

BSW que é o quociente entre a vazão de água mais os sedimentos que estão

sendo produzidos e a vazão total de liquido e sedimentos.

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FLUIDOS PRODUZIDOS

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TIPOS DE FLUIDOS

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FLUIDOS PRODUZIDOS

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AULA: PERDA DE CARGA E
HIDRÁULICA DA PERFURAÇÃO

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COMPLETAÇÃO

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COMPLETAÇÃO

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COMPLETAÇÃO

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COMPLETAÇÃO

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COMPLETAÇÃO

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COMPLETAÇÃO

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AULA : DEPLEÇÃO E TESTE DE PRESSÃO

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DEPLEÇÃO
A pressão média vai declinando
com o tempo à medida que o
fluido do reservatório vai sendo
produzido. A esse processo de
queda da pressão do reservatório
(correspondente a uma certa
produção de fluidos) dá-se o
nome de depleção

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FATORES QUE LEVAM A
QUEDA DE PRESSÃO

É importante notar que as variações de pressão ao longo do


tempo observadas no poço, tanto no período de fluxo
quanto no período de estática, dependem de três fatores:

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FATORES QUE LEVAM A
QUEDA DE PRESSÃO

1) das características do reservatório (tamanho,


propriedades da rocha, etc.);
2) das propriedades dos fluidos nela contidos; e
3) do histórico de produção, isto é, do perfil de vazão versus
tempo.

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TESTES DE PRESSÃO

➢ O teste de poço, ou também denominado teste de


pressão, consiste de um conjunto de atividades que
visam avaliar (qualitativamente e quantitativamente) o
potencial de uma jazida petrolífera, ou seja, a sua
capacidade produtiva e a valoração das suas reservas
de óleo ou de gás.

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TESTES DE PRESSÃO

➢ Testar uma formação é permitir que ela produza


livremente o fluido nela contido durante um tempo
determinado, medindo a pressão de fluxo de fundo de
poço (𝑝𝑤𝑓) em frente aos canhoneados (interface
reservatório/poço produtor) e a vazão de fluidos (𝑞)
normalmente em superfície, para diversos instantes de
tempo.

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TESTES DE PRESSÃO

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TESTES DE PRESSÃO

➢ Testes de poço são realizados, normalmente, após o


término da perfuração e fazem parte da avaliação
exploratória de um campo de petróleo.
➢ Diversos tipos de testes podem ser programados e
executados, dependendo dos objetivos que se esperam
alcançar

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OBJETIVOS DOS TESTES

➢ Estes objetivos são definidos de acordo com o estágio


de vida do reservatório de petróleo ou de gás. Por
exemplo, se foi recém descoberto ou já está em
produção.

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OBJETIVOS DOS TESTES

➢ avaliar a capacidade produtiva da formação (taxas


econômicas de produção);
➢ determinar a permeabilidade absoluta da rocha porosa;
➢ identificar as fronteiras do reservatório assim como
tamanho e forma;
➢ determinar a pressão inicial ou a pressão média
volumétrica do reservatório

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OBJETIVOS DOS TESTES

➢ descobrir a existência ou não de descontinuidades


(falhas, barreiras de permeabilidade, etc.);
➢ determinar a extensão de fraturas e outras
características geométricas do reservatório, dente
outros.

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TESTES DE PRESSÃO

➢ Os testes podem ser realizados em todas as fases da


vida produtiva de um reservatório com objetivos
distintos.

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TESTES EM POÇO EXPLORATÓRIO

➢ Em um poço exploratório ou pioneiro (exploration well)


os testes irão confirmar a existência de
hidrocarbonetos, natureza do fluido, índice de
produtividade e as propriedades do reservatório.

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TESTES EM POÇO DE
DESENVOLVIMENTO
➢ Os testes são realizados para verificar a necessidade de
estimulação dos poços, pressão média volumétrica.

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ETAPAS DO TESTE

➢ O processo do teste envolve


quatro etapas, sendo elas:
a) planejamento do teste,
b) execução do teste,
c) interpretação dos dados
coletados
d) apresentação de resultados,

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PLANEJAMENTO DO TESTE:

➢ Para cada informação que se pretende extrair do


reservatório, um tipo específico de teste deve ser
realizado. Desse modo o planejamento se faz uma etapa
crítica de todo o processo;

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EXECUÇÃO DO TESTE:

➢ Registro da pressão no fundo do poço e da vazão na


superfície para diversos instantes de tempo.

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INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
COLETADOS:

➢ Processamento dos dados utilizando gráficos semi-


logarítmicos, gráficos logarítmicos, método de Horner,
método MDH

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RESULTADOS:

➢ índice de produtividade
➢ pressão inicial do reservatório
➢ pressão média do reservatório
➢ depleção, permeabilidade
➢ Fraturas
➢ geometria do reservatório
➢ coeficiente de estocagem
➢ regime do escoamento, raio de drenagem, identificação
de fluidos, etc.
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PRESSÃO ESTÁTICA

As pressões médias e a pressão estática original (no caso


de poços novos) são dados importantes, tanto nos estudos
do reservatório quanto para o gerenciamento e
acompanhamento do campo.

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PRESSÃO ESTÁTICA

A pressão estática é obtida a partir da análise dos dados do


registro de pressão versus tempo com o poço fechado
(período de crescimento de pressão).

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PRESSÃO ESTÁTICA

Em testes de curta duração (nos quais o volume de fluidos


produzidos é desprezível quando comparado com o volume total de
fluidos no reservatório), a pressão estática obtida no período de
crescimento de pressão coincide com a pressão estática original do
reservatório.

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IDENTIFICAÇÃO DOS FLUIDOS
CONTIDOS NA FORMAÇÃO

Este é um item de suma importância nos testes em poços


pioneiros e de extensão, além de indispensável na
apropriação de novas reservas de óleo e gás.

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PRESSÃO ESTÁTICA

Em testes de longa duração ou testes em reservatórios


depletados, nos quais as pressões nos limites externos dos
reservatórios já tenham sido afetadas, a análise do
crescimento de pressão levará à pressão média atual.

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AULA : MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO

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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA

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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA

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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA

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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA

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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA

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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA

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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA

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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA

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RECUPERAÇÃO SECUNDÁRIA

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