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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA
COMANDO DE PREPARO

CURSO BÁSICO DE GUERRA ELETRÔNICA


APOSTILA DE GUIAMENTO DE MÍSSEIS
GUIAMENTO DE MÍSSEIS
INTRODUÇÃO

Morcego, você sabe


quantas bombas e
missões são necessárias
para detonar um alvo?

3
INTRODUÇÃO

4
INTRODUÇÃO

As bombas ficaram Mas, como elas E Ecomo


comoelas
elas
muito mais navegam tão bem? navegam?
evoluíram tanto?
precisas!!!

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INTRODUÇÃO

Calma, jovem
morcego! Tudo isso
será tema de
estudos nesse
módulo...

Ao final, você será capaz de:



Conhecer a necessidade de utilização de guiamento para armamentos;

Conhecer as fontes de erro para armamentos não guiados;

Conhecer os tipos de guiamento de mísseis; e

Conhecer as aplicações, vantagens e desvantagens dos tipos de
guiamento de mísseis.
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ROTEIRO

Para tanto, vamos utilizar roteiro abaixo para


orientar nossa jornada: Conclusões

Tipos
de Guiamento

Guiamento de
Armamentos

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ROTEIRO

Conclusões

Tipos
de Guiamento

Guiamento de
Armamentos

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Guiamento de Armamentos

Você sabe o que é


guiamento de
armamento?

O guiamento de um armamento é um sistema que coleta e


computa dados sobre o(s) alvo(s) e os envia para um
dispositivo que direciona o armamento de forma conveniente,
de modo a causar o maior dano possível ao alvo.

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Guiamento de Armamentos

Consistirá normalmente dos seguintes estágios de


operação:

a) comparação da posição do armamento e do alvo;


b) cálculo de uma trajetória de voo viável para levar o
armamento ao alvo;
c) fornecimento de dados, em voo, às superfícies de controle
do armamento, para manobrá-lo em direção ao alvo; e
d) sensoriamento de qualquer erro da arma em relação à
trajetória computada, para que qualquer correção futura
possa ser executada.

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Guiamento de Armamentos

Sabendo-se que um sistema de guiamento é caro, devemos raciocinar


com o custo-benefício durante a utilização dos mesmos, bem como, analisar
as deficiências dos armamentos convencionais não guiados para que
possamos identificar a real necessidade do guiamento. Os armamentos não
guiados têm a sua precisão reduzida por diversos fatores como, por exemplo:

a) Erros de lançamento:
velocidade da aeronave, direção da
aeronave, ângulo de ataque, glissadas,
força "G", altitude, distância até o alvo,
erros do operador e distúrbio de
lançamento;
b) Trajetória de voo: dispersão
balística e vento; e
c) Alvo: manobras (inclusive
manobras evasivas).

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Guiamento de Armamentos

Como o sistema de um armamento guiado fornece correções para os


controles até o momento do impacto, todos os erros anteriormente
mencionados estarão sendo continuamente corrigidos durante a sua trajetória
de voo.
Esses erros são previsíveis, em maior ou menor grau. Podem ser
calculados pelo computador de armas da aeronave, porém raramente são
previstos com exatidão. As exceções são:

a) Distúrbio de lançamento, que é um erro causado por condições não


previstas no momento do lançamento de uma bomba, como velocidade de
ejeção e campos de pressão em volta da aeronave;

b) Dispersão balística, que é o erro causado pelas diferenças inevitáveis


existentes em cada bomba (pode ser bastante grande quando ocorrerem
diferenças como o desalinhamento de aletas ou desbalanceamento radial das
bombas); e

c) Erros do operador e manobras evasivas não são previsíveis.


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Guiamento de Armamentos

O custo-benefício do desenvolvimento da precisão é particularmente


importante quando os danos ao alvo forem dependentes da "miss distance"
(erro de distância entre o ponto de impacto e o alvo), ou seja, quando o
armamento tem de detonar a uma distância mínima do alvo para que este seja
destruído. Este fato foi bem ilustrado pela USAF nos ataques a pontes
durante o conflito do Vietnã, no início da década de setenta.

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Guiamento de Armamentos

Quando eram utilizadas


bombas não guiadas, eram
necessárias centenas de
saídas e, às vezes, não
conseguiam causar qualquer
dano à ponte, ao passo que,
ao serem utilizadas bombas
guiadas (as então chamadas
smart bombs), somente uma
operação típica era necessária
para derrubar a ponte.

Menos saídas eram realizadas, reduzindo bastante o número


de perdas; tornando o custo total, para a destruição de um alvo,
menor que o custo total ao se utilizar armamento não guiado.
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ROTEIRO

Conclusões

Tipos de
Guiamento

Guiamento de
Armamentos

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Tipos de Guiamento

Mestre, quais são os


tipos de guiamento
existentes?

Jovem Morcego, já vou lhe


falar, mas antes farei algumas
observações. Não queremos
nessa abordagem excluir ou
desconsiderar outras divisões
encontradas em outras
bibliografias. Porém, adotaremos
a utilizada dentro do âmbito do
Comando da Aeronáutica.
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Tipos de Guiamento

Cabe lembrar que esta classificação


é feita quando nos referimos ao
guiamento do armamento na fase final
da sua trajetória, ou seja, aquele que
é utilizado para que haja o impacto
com o alvo. Outra consideração que
deve ser feita é que, normalmente,
esta classificação só estava relacionada
com mísseis, o que já não é mais uma
exclusividade dos mesmos, visto que
armamentos não propulsados passaram
a incorporar sistemas de guiamento.

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Tipos de Guiamento

Sendo assim, dentro do contexto


apresentado, a divisão adotada sobre o
tipo de guiamento é aquela que leva em
consideração se a fonte dos sinais
necessários para a orientação do armamento
provém ou não do alvo. Baseado nesse
enfoque, temos os seguintes tipos de
guiamento: homing, command e híbrida. Os
sistemas utilizados para o direcionamento
contra alvos estáticos como, por exemplo,
GPS ou inercial, não serão enquadrados
como de guiamento, e sim como sistemas
de navegação.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Na guiagem homing, o míssil recebe os sinais necessários


para a sua orientação diretamente do seu alvo. Os sinais são
recebidos pela "cabeça de guiamento", ou seeker, responsável
pela detecção e pela geração dos sinais de comando do míssil.
Exemplo: mísseis infravermelho.
Já na guiagem command, o míssil recebe o sinal de
orientação de uma fonte localizada à sua retaguarda. O míssil,
por si só, ignora a posição do seu alvo e depende dos
comandos emitidos por uma fonte para dirigi-lo até o seu
objetivo. Exemplo: enviando os sinais de comando através de
um cabo de fibra ótica ligado ao armamento até o impacto.
A guiagem híbrida reúne as melhores características das
guiagens anteriores em um só armamento.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
TIPOS DE GUIAMENTO HOMING

Dependendo da localização da fonte geradora dos


sinais provenientes do alvo (refletidos ou não), podemos
dividir a guiagem homing em três tipos: passiva, semi-
ativa ou ativa.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO

Na guiagem homing passiva, o seeker seguirá a irradiação gerada


pelo próprio alvo. Os principais exemplos são os mísseis ar-ar
infravermelho (IRAAM), os anti-radar (ARM), os que possuem o modo
HOJ (Home on Jamming), bem como mísseis e bombas guiadas por
TV.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO

Durante várias décadas, mísseis com guiamento


infravermelho tiveram enorme popularidade no emprego ar-ar.
Mais recentemente, esses mísseis têm conseguido notoriedade
ao serem empregados como SAM, ou seja, superfície-ar, uma
vez que foram responsáveis pelo abatimento de vários alvos em
conflitos internacionais. Quando utilizados como superfície- ar,
eles são (quase sempre) de curto ou curtíssimo alcance (menor
que 5km), sendo a maioria portátil, lançados do ombro e usados
para a defesa de tropas, tanques e pontos sensíveis.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO

Mísseis na faixa do infravermelho são muito efetivos por sua


alta manobrabilidade e pela ausência de erros angulares de
guiamento causados por reflexões angulares (glint) do alvo.
São os preferidos devido ao seu modo fire-and-forget (lançar e
esquecer). No caso de missões ar-ar, normalmente, o piloto de
uma aeronave faz a designação do alvo para o seeker do míssil
e, então, tem que aguardar o sinal de “retorno”, que mostra a
prontidão do míssil para acompanhar o alvo. Neste momento, o
botão release é ativado pelo piloto, para que o míssil voe em
direção ao seu alvo, num curso de navegação proporcional.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
O seeker de um míssil infravermelho é protegido por um dome
(cúpula) transparente às emissões no infravermelho. Compreende um
telescópio equivalente à antena de um seeker para RF, uma articulação
apoiando uma lente, um espaço circular delimitador do campo visual, um
retículo, uma lente e um sensor infravermelho que é refrigerado para
diminuir o ruído interno causado pela auto-irradiação.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Há vários tipos de seekers, de acordo com o retículo usado para produzir os
sinais de erro angular necessários ao acompanhamento.
No tipo de seeker com retículo rotativo, somente um alvo enquadrado fora do
eixo (T2) produz modulação, conforme ilustrado na figura seguinte. Um alvo no
eixo (T1) não produz modulação.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
O retículo pode ser desenhado com a finalidade de gerar tanto
modulação em amplitude (segmentos opacos e transparentes
espaçados igualmente), como em frequência.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO

Existem seekers nos quais o retículo é fixo e seekers


nos quais o retículo é móvel. Nos primeiros, os seekers
são construídos com lentes que giram à frente e em torno
do eixo de um retículo estacionário. O eixo ótico da lente
do seeker é paralelo ao eixo do retículo, mas deslocado a
uma distância dx, de modo que, através de refração, um
alvo no eixo do retículo tenha seu ponto projetado a uma
distância (dx) do seu centro.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Quando a lente é girada, a imagem de um alvo alinhado
descreverá no retículo um círculo com o seu centro no eixo de
rotação. Se o alvo não estiver alinhado, o centro do círculo
apresentar-se-á deslocado. Uma modulação em frequência, derivada
de uma PWM (Pulse Width Modulation) será então gerada.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Muitos tipos de retículos, de diversos fabricantes, têm sido utilizados por
seekers de mísseis IR, visando a otimizar as respostas e minimizar os efeitos de
interferências. Aqui, deve ser mencionado o retículo de transmissão variável, cuja
performance é análoga à dos radares com varredura cônica. A transmissão
variável pode ser conseguida segmentando-se adequadamente o retículo
estacionário.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Outra variação de seeker é aquela em que não existe um retículo. Nesse
tipo, uma lente roda em torno de um eixo compensado em relação ao eixo do
telescópio. Não existe retículo, mas o sensor é posicionado como mostra a figura,
de forma que seja possível determinar, pelos sinais gerados, se o alvo está
alinhado com o eixo do seeker (alvo “a”), ou não (alvo “b”).

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Com o progresso da tecnologia infravermelha, em particular,
dos fotodetetores, um número crescente de dispositivos focais
planos, com cada vez mais pixels (sensores elementares),
estarão disponíveis no mercado. Nesses dispositivos, a energia
IR recebida é focalizada sobre uma área de foto-detecção,
composta de um número variável (o maior no mercado
atualmente é 2048x2048) de pontos foto-sensíveis. Cada ponto
é um detector e fornece um “pixel” componente da imagem.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Quando se fala em suscetibilidade à interferência de um
seeker infravermelho, deve-se, em primeiro lugar, saber qual o
tipo em questão, pois, como visto anteriormente, os mesmos
podem utilizar retículos fixos, bem como os dispositivos focais
planos.
De posse dos dados sobre o seeker, teremos condições de
fazer um estudo mais detalhado sobre a interferência a ser
realizada contra o míssil, seja ela com a utilização de flares ou
com os sistemas de interferência (despistamento ou saturação),
através de um estreito feixe de sinal infravermelho ou LASER
direcionado para o seeker, como o sistema DIRCM (Directional
Infra Red Counter Measures).

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Não se conhecem, ainda, MPE que possam ser incorporadas aos
mísseis para se contrapor à ação de um DIRCM. Espera-se que a
colocação de filtros espectrais estreitos na entrada óptica do míssil
possa dificultar a ofuscação ou queima do sensor, ainda que
penalizando o sinal de interesse.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Caso a opção tenha sido pela utilização de flares e já conhecendo as
possibilidades do seeker, teremos condições de escolher o tipo adequado, bem
como fazer a programação de lançamento, otimizar a direção do lançamento e
estudar as manobras apropriadas da aeronave e o modo de utilização da potência
do motor em função da posição do míssil em relação à aeronave. Uma tática
realizada para se evitar o lançamento frontal é a de se reduzir o motor para fora da
faixa de pós-combustão. Já quando o ataque é pelo setor traseiro, uma tática
indicada é a de se reduzir o motor o máximo possível tão logo se perceba a
ameaça e aproá-la para reduzir a irradiação em direção ao seeker do míssil, bem
como entrar na zona abaixo da distância mínima de lançamento, evitando assim o
disparo.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Com a utilização da tecnologia infravermelha em sistemas de
acompanhamento por imagem, os quais foram difundidos pela sua
versatilidade de operação, a preocupação contra esse tipo de
guiamento se expandiu para todos os tipos de alvos (terrestres,
navais e aéreos).

Como exemplo disso,


citamos os carros de
combate que passaram a
utilizar bombas de fumaça
com elementos térmicos
capazes de ocultar a sua
silhueta infravermelha.
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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO

Outro fator a ser analisado é o armamento como um


todo, pois todos possuem uma distância máxima
(sensibilidade do seeker e limitação do envelope
cinemático do motor do míssil) e mínima de lançamento
(destravamento da cabeça do seeker e armamento da
espoleta). Portanto, o alvo tem que se valer desses dados
para posicionar-se nessas zonas neutras.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO INFRAVERMELHO
Resumindo, ainda que um míssil seja de última
geração, é possível que haverá uma contramedida para
fazer frente ao seeker utilizado. Mesmo que não
disponhamos dessa tecnologia, temos que ter em mente
as vulnerabilidades do sistema para neutralizá-lo, e
buscar aliar a tática com as contramedidas disponíveis.
Portanto, a criatividade é um fator muito importante. Por
exemplo, aproar um lago que esteja refletindo a luz do Sol
para tentar seduzir o seeker do míssil inimigo para esse
ponto, ou mesmo saturá-lo, tornando-o desgovernado.
Com esse exemplo, mostramos que existem “flares
naturais” que podem e devem ser utilizados numa
situação ameaçadora.
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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO PASSIVO ANTI-RADIAÇÃO

O míssil anti-radiação (ARM) é capaz de atingir um


radar com alta precisão, sendo guiado pela radiação
emitida por este. Isso acontece graças a um seeker
passivo, na prática, muito similar a um sistema MAGE,
capaz de extrair os dados angulares necessários das
emissões da própria vítima.
Os ARM têm grande importância no uso operacional,
pois o conhecimento da sua presença levanta muitas
dúvidas pelo inimigo sobre o uso do radar. Eles são
frequentemente ar-superfície e instalados a bordo de
aeronaves com função de Supressão de Defesa Aérea
Inimiga.
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Tipos de
Tipos de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO PASSIVO ANTI-RADIAÇÃO
A maioria dos ARMs modernos têm sensibilidade e faixa dinâmica
suficiente para permitir que o guiamento possa ser feito utilizando-se
tanto o lóbulo principal quanto os lóbulos secundários do radar vítima.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO PASSIVO ANTI-RADIAÇÃO
Usualmente, os sistemas MAGE a bordo de aeronaves
interceptam, identificam e localizam os radares vítimas,
designando-os para os seekers dos ARM através da utilização de
parâmetros como largura de pulso (LP), intervalo de repetição de
pulso (IRP), frequência (F) e “tempo real da gate”, isto é, o tempo
de gate em que a chegada dos pulsos radar são esperados. O
receptor do ARM, então, “fecha-se” unicamente para as
informações recebidas.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO PASSIVO ANTI-RADIAÇÃO
Quando o seeker identifica que se trata da mesma emissão que
já foi anteriormente designada, ignora o resto e faz o lock on no
sinal do radar vítima, enviando o sinal tell-back para o piloto,
significando que pode ser feito o lançamento.
Destes sinais, o receptor do ARM deduz os erros angulares
necessários ao guiamento, atuando exatamente como nos casos
de mísseis com guiamento ativo. Uma vez lançado, não há mais
necessidade de outros auxílios para que o mesmo atinja o alvo.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO PASSIVO ANTI-RADIAÇÃO
Para se proteger, o radar pode parar de transmitir, o que não
assegura a sua sobrevivência, pois o míssil pode continuar a
navegação baseado nas coordenadas inseridas na sua memória.
O radar pode usar como alternativa os sistemas de controle de tiro
e tentar destruir o míssil.
Muitos ARM têm sido desenvolvidos, cobrindo bandas que vão
de 0.5 a 18GHz, sendo o seu principal objetivo a prevenção do uso
de radares. Uma vez que pode ser lançado de grandes distâncias,
o ARM é um exemplo típico de arma stand-off, que pode ser
lançada além do alcance do armamento inimigo, evitando que a
aeronave aproxime-se perigosamente do alvo.
A precisão angular requerida é da ordem de um grau, e deve
ser sempre compatível com a miss distance necessária para que a
cabeça de guerra seja efetiva. A razão para a atualização dos
dados utilizados é da ordem de poucas dezenas de Hertz.
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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO PASSIVO ANTI-RADIAÇÃO
O receptor pode ser sintonizado para uma banda bastante
larga, cobrindo, assim, a maioria dos tipos de radares
conhecidos. Entretanto, existem algumas limitações para a
escolha da banda. Por exemplo, na faixa de 0.5 a 1GHz, as
dimensões da antena não permitem uma boa resolução na
determinação da direção.
Os modernos mísseis anti-radiação possuem
processadores capazes de memorizar a posição do radar vítima
e dirigir-se para o mesmo caso este deixe de emitir.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO PASSIVO ANTI-RADIAÇÃO
Existe uma possibilidade, bem pequena, de desvio do míssil
para uma fonte emissora com a função de “isca” (decoy),
próxima o suficiente para que não haja uma alteração angular
muito grande em relação à original e suficientemente distante
para o dano seja evitado. Além disso, o desligamento do radar
vítima e a entrada no ar do decoy devem ser bem sincronizados
para que o míssil não interprete como, apenas, o desligamento
preventivo do radar vítima e dirija-se para o mesmo no modo
memória, julgando a nova emissão como um outro radar
próximo ao primeiro.
Outro tipo de MPE que pode ser efetuado pelo radar
atacado seria a troca de frequência emitida. Porém, os mísseis
atuais têm uma programação muito criteriosa e abrangente,
baseada em informações completas sobre as possibilidades do
radar vítima a fim de não perderem o lançamento. 45
Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO HOME ON JAMMING

Este tipo de guiamento, na realidade, é uma alternativa


existente nos armamentos, normalmente mísseis ativos e
semi-ativos possuidores de receptores do tipo monopulso.
Ao receber um sinal de interferência maior que o seu eco
original, o míssil passa a operar passivamente e aproa o
sinal interferidor. Obviamente, se este interferidor estiver
afastado do alvo, o míssil poderá ser despistado.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO POR TV

Esse tipo de guiamento tem recebido maior


importância nos últimos tempos. A sua natureza passiva,
aliada ao desenvolvimento de sensores ópticos, cada vez
mais potentes no que diz respeito à resolução de imagem,
tem dado excelentes resultados no emprego da TV.
O método de atuação do seu seeker é relativamente
simples, porém requer um processamento de dados bem
complexo à medida que se requer mais precisão no
impacto e um acompanhamento acurado do alvo mesmo
quando este realize manobras com rápidas variações
angulares à frente do míssil.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO POR TV
No acompanhamento automático por TV dos sistemas
antigos, a imagem capturada na janela de resolução,
selecionada pelo atirador, era analisada pelo computador,
o qual fazia a digitalização de todos os pixels da mesma e
a enviava para a memória.
Em um ato contínuo, as imagens eram capturadas trinta
vezes a cada segundo e todas passavam pelo mesmo
processo, sendo comparadas com as anteriormente
guardadas na memória. As correções de desvio,
necessárias para que a centroide da imagem capturada
fosse mantida, eram enviadas para a unidade de
direcionamento do artefato.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO POR TV
Essa atualização de imagens a cada um trinta avos de
segundo ocorria nos sistemas antigos, como os primeiros
mísseis ar-superfície MAVERICK, no qual a digitalização dos
pixels era feita em preto e branco para agilizar o tempo de
atualização e, consequentemente, o direcionamento do míssil.
Atualmente, com o desenvolvimento da computação, já é
possível a digitalização das imagens coloridas, bem como uma
atualização de imagens bem mais rápida, tornando o
acompanhamento mais acurado.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO POR TV
A rapidez da atualização é necessária para que haja uma correlação
mínima entre duas imagens consecutivas, ou seja, uma imagem tem que
ser parecida, do ponto de vista matemático, com a imagem anterior. Esse
problema é crítico contra alvos se deslocando com alta velocidade
angular, pois um atraso no direcionamento pode diminuir a correlação
entre duas imagens de um mesmo alvo, o que faria com que o sistema
interpretasse a segunda instância como outro alvo, e o rejeitasse.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO POR TV
No modo de guiamento manual, as imagens capturadas
pela TV da cabeça do míssil são enviadas (link) para uma tela
diante do atirador, através de cabos que unem o artefato ao seu
lançador ou por meio de sinais de radiofrequência. Usando um
joystick, o atirador direciona o armamento até o alvo.
Um inconveniente do modo de operação manual é a
exposição do atirador durante o tempo de aquisição até o
impacto com o alvo.
O alcance dessa guiagem é limitado pela precisão que se
deseja, pois esta depende da resolução da imagem para que o
alvo possa ser visualizado. O desenvolvimento de lentes cada
vez mais potentes vem melhorando muito a qualidade e a
discriminação (resolução) da imagem e, com isso, o alcance
tem aumentado na mesma proporção do desenvolvimento
tecnológico.
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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO POR TV
Como é um sistema óptico, podemos generalizar,
dizendo que tudo que interfere com a nossa visão também
interferirá na guiagem por TV, ou seja, fumaça, nuvens,
flash intenso, a própria noite, etc.
Para se contrapor a essas interferências, novos
sensores operando em faixas de frequências fora do
visível (infravermelho, por exemplo) são utilizados
conjuntamente com os sensores originais, diminuindo
sobremaneira a eficácia das contramedidas.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAMENTO HOMING PASSIVO POR TV

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Vantagens da guiagem Homing Passiva:

1ª Precisão - À medida que o alvo se aproxima, a


resolução, ou discriminação, aumenta progressivamente. Isso
se deve ao fato de a energia usada para a guiagem ser
proveniente do alvo. Portanto, na guiagem passiva, a energia
aumenta com a aproximação do alvo.
2ª Fire and Forget (lançar e esquecer) - Após o
lançamento, o veículo lançador não possui mais nenhuma
função, não precisa ficar iluminando o alvo e pode adotar a
postura tática mais conveniente.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Vantagens da guiagem Homing Passiva:

3ª Aviso ao alvo - O alvo pode não receber qualquer aviso


do ataque, devido ao guiamento do míssil ser passivo.
Entretanto, através de outros sensores, o alvo pode perceber a
presença do veículo lançador (radar de “cauda”) e das
emissões do motor do armamento com guiagem passiva
(IRWR).

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Desvantagens da guiagem Homing Passiva:

1ª Alcance - Em geral, o alcance é curto, pois depende de


emissões do alvo, que podem ser de baixa potência. Porém, alguns
sistemas como os ARM e HOJ não sofrem com isso.

2ª Contramedidas - As contramedidas contra sistemas passivos


podem ser bastante efetivas, como por exemplo:
a) Emissões do alvo - como o alvo controla as suas emissões,
ele pode parar de emitir. Aí podem estar incluídos:
i. Aviões, que podem monitorar a temperatura do motor e reduzir a
probabilidade de acompanhamento por mísseis passivos
infravermelhos;
ii. Radares, que podem trocar as suas frequências ou até mesmo
serem desligados para evitarem mísseis passivos anti-radar; e
iii. Carros de combate, que podem lançar granadas de fumaça para
impedir sua visualização;
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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Desvantagens da guiagem Homing Passiva:
b) Decoys - cabeças de guiagem passiva são, geralmente,
dispositivos de banda ampla, isto é, cobrem uma ampla faixa de
frequência/comprimento de onda. Isto se deve ao fato de a cabeça de
guiagem ter necessidade de receber energia suficiente para
acompanhar o alvo. Esta característica de banda ampla implica o fato
de decoys simples poderem ser efetivos, de acordo com o que se
segue:
i. Decoys infravermelhos (IRD) são relativamente efetivos contra
bombas e mísseis passivos infravermelhos; e
ii. Um decoy radar ativo poderá causar o erro de um míssil passivo
anti-radar (ARM).

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
GUIAGEM HOMING SEMI-ATIVA

Para que haja uma guiagem desse tipo é necessário


um dispositivo iluminador direcionado para o alvo a fim de
que a reflexão do sinal seja capturada pelo sensor do
armamento. Este iluminador pode estar instalado na
própria plataforma, em outra plataforma ou, ainda, no solo.
As bombas e mísseis guiados a laser e diversos
mísseis com receptores de RF, sobre os quais
passaremos a fazer algumas considerações mais
detalhadas, enquadram-se nesse tipo de guiagem.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por LASER

Nesse tipo de guiamento, enquadram-se as bombas


guiadas a laser. O seeker desse tipo de bomba é relativamente
simples. Numa estrutura circular, são dispostos sensores em
quadrantes separados (como uma pizza). A intensidade do sinal
é medida separadamente em cada um desses quadrantes e um
processador interno enviará sinais de comando para o sistema
de direção do armamento, de modo que haja a equalização da
intensidade do sinal incidente nos quadrantes.
Um fator a considerar é que a bomba não possui propulsão,
e aproará o alvo iluminado assim que receber o retorno do feixe
laser. Seu lançamento, portanto, deve ser feito com suficiente
energia cinética e potencial, para que a bomba não estole e
atinja o alvo.

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por LASER

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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por LASER

As suscetibilidades das
bombas guiadas a laser são
todas aquelas ligadas com a
visualização do alvo. Para
entender melhor, vejamos
alguns tipos de interferência:

Uma nuvem de fumaça ao redor do alvo poderá dificultar a visualização


do mesmo, impedindo a iluminação; nuvens podem impedir a passagem do
laser até o alvo visualizado por infravermelho. O uso de despistadores
próximos ao alvo atacado também é outro tipo de interferência possível. Além
da decodificação do sinal incidente, o despistador terá que ser capaz de gerar
o mesmo sinal codificado pelo iluminador.
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Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF

Em um sistema desse tipo, o radar realiza o acompanhamento


do alvo, iluminando-o por meio de um sinal de rádio-frequência
CW (Continuous Wave).

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de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF
O míssil tem um seeker passivo, capaz de ver o sinal CW
espalhado pelo alvo. O seeker pode, assim, acompanhar o alvo pelos
métodos monopulso, varredura cônica, LORO, e outros. Às vezes,
uma onda contínua interrompida (ICW) é usada, o que permite o
controle simultâneo de mais mísseis. Enquanto o sinal de interesse
está em CW (ou ICW), é muito fácil para o míssil discriminar alvos de
clutter, através de um filtro doppler.
A grande vantagem do CW é que a recepção do míssil pode
extrair os dados de acompanhamento angular enquanto opera em
uma banda extremamente estreita, na ordem de 1kHz. A precisão do
sistema não depende da medição da distância, mas da qualidade do
seeker e da manobrabilidade do míssil.

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de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF

O míssil é lançado em direção a um ponto futuro de interceptação,


enquanto a antena do seeker acompanha o alvo.

As causas que levam um míssil a não atingir o alvo são as


seguintes:

a) manobras realizadas pelo alvo;

b) glint do alvo (reflexões das diferentes partes da aeronave


que causam diferentes efeitos Doppler na recepção, dando
falsas informações angulares);

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de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF

c) ruído no seeker ; e

d) parâmetros que levam a uma perda de controle da


guiagem, como por exemplo, quando o míssil é lançado no
limite lateral do seu campo de busca, o alvo pode deixar de ser
“visto” porque, nos primeiros momentos do voo, o míssil
permanece impossibilitado de manobrar por motivos de
segurança para a aeronave lançadora.

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de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF
Como não há necessidade de o míssil permanecer dentro do feixe do radar, o
princípio de navegação proporcional pode ser explorado como se segue.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF
Com este tipo de guiamento, o míssil praticamente não
precisa acelerar para interceptar um alvo que está com um
curso constante, em contraste com a situação que ocorre com
sistemas de comando do tipo Beam-Riding ou por linha de
visada, os quais serão vistos posteriormente.

A aceleração máxima disponível para o míssil pode ser


explorada para alcançar alvos em manobras evasivas.

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de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF

O sistema de radar de solo ilumina o alvo e envia para o


míssil a frequência de referência estável necessária para
assegurar coerência ao oscilador do receptor heteródino.

O seeker realiza uma busca Doppler para encontrar o sinal


espalhado pelo alvo. Tão logo o sinal Doppler seja detectado, o
míssil pode começar o acompanhamento.

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de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF

Sistemas de mísseis com guiagem semi-ativa são bastante


efetivos, motivo pelo qual eles foram a grande maioria dos mísseis
para médio e longo alcance nas últimas décadas.

A sua maior desvantagem é que há necessidade de iluminação


constante do alvo, durante todo o voo, e para uma aeronave que
lançou um míssil ar-ar é bastante perigoso manter-se aproximando de
um alvo apenas com a finalidade de iluminá-lo, pois o inimigo também
pode lançar um míssil.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF

O míssil é similar ao passivo, captando a energia refletida


pelo alvo. No caso do semi-ativo, porém, a energia é originada
de um iluminador de alvos, que é uma parte do sistema do
míssil. O míssil provavelmente será pré-sintonizado antes do
lançamento para o exato sinal requerido, ou seja, a frequência
de iluminação + ou - a mudança Doppler do alvo.

A suscetibilidade dos mísseis com guiagem semi-ativa a


interferência pode ser muito baixa, dado à banda de frequência
empregada ser extremamente estreita (cerca de 1kHz em um
equipamento que opera com vários gigahertz).

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Guiamento Semi-Ativo por RF
Como no caso de sistemas de artilharia, interferir em um
míssil semi-ativo significa interferir no seu radar de busca, e
então no seu radar de acompanhamento, tanto nos modos de
aquisição como de acompanhamento.

Quando um centro de controle de tiro de mísseis coloca em


funcionamento o seu iluminador, significa que o lançamento do
míssil está próximo. Quando o míssil já estiver em voo, o radar
de acompanhamento deve ser forçado a quebrar o lock on, ou o
míssil deve ser interferido. Um míssil dotado de seeker com
varredura cônica é mais suscetível a interferência do que um
monopulso.

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de Guiamento
Guiamento
Vantagens da guiagem homing Semi-Ativa:

a) Precisão: As informações provenientes do alvo ficam


mais precisas à medida que o míssil se aproxima dele e a
potência do sinal aumenta.
b) Longo alcance: Se o iluminador for de alta potência, o
alcance será limitado somente pelo horizonte radar e pela
absorção atmosférica.
c) Contramedidas: Como a cabeça de guiagem pode ser
um dispositivo de banda estreita sintonizado na frequência do
iluminador mais ou menos o doppler do alvo, o uso de decoys
torna-se mais difícil. Tendo em vista que o feixe de iluminação
tem uma largura definida, se pelo menos parte dele iluminar o
alvo, o míssil será efetivo, mesmo que sofra distúrbios
ocasionados por contramedidas inimigas.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento
Desvantagens da guiagem homing Semi-Ativa:

a) Não é fire and forget: O iluminador é utilizado durante


todo o período de engajamento com o alvo, o que leva a
limitações na razão de engajamento para novos alvos. Séries
de tiros podem, porém, ser disparados contra um único alvo
que estiver sendo iluminado.
b) Equipamento extra: há necessidade de um iluminador
com um dispositivo para mantê-lo apontado para o alvo.
c) Aviso ao alvo: o alvo é avisado que está sendo atacado
pelas transmissões do iluminador.

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de Guiamento
Guiamento
GUIAGEM HOMING ATIVA

Para evitar a exposição durante a iluminação constante


do alvo, requerida por mísseis semi-ativos, têm sido
desenvolvidos mísseis com seekers ativos. Estes seekers
são radares de acompanhamento, equipados com
transmissores que podem, independentemente, engajar
após o lançamento, dispensando qualquer auxílio para
chegar até o alvo. Também são conhecidos como fire and
forget (lançar e esquecer).

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de Guiamento
Guiamento
GUIAGEM HOMING ATIVA
Alguns mísseis desse tipo usam um sistema de guiagem, no qual,
na primeira fase do seu voo em direção ao alvo, permanece sob
navegação inercial. Após a sua chegada na área do alvo, o próprio
seeker ativa-se e, uma vez que já foi feita a detecção e a aquisição, o
míssil inicia a sua fase terminal de guiagem.

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de Guiamento
Guiamento
GUIAGEM HOMING ATIVA
Deve-se notar que muitos mísseis desse tipo são bastante
sofisticados, utilizando radar monopulso e coerente (radar pulso
doppler).
Somente uma contramedida eletrônica sofisticada pode ter
sucesso ao interferir nesses mísseis. Porém, como nos casos já
citados anteriormente, pode-se interferir no seu radar de busca
e no radar responsável pelo seu lançamento.
O míssil carrega o seu próprio transmissor (Tx) e receptor
(Rx). O Rx vai se guiar pelas suas próprias emissões, após
estas terem sido refletidas pelo alvo.

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de Guiamento
Guiamento
Vantagens da guiagem homing Ativa:

a) Precisão - As informações do alvo ficam mais precisas à


medida que o míssil se aproxima dele. A potência do sinal
aumenta bastante com a aproximação do alvo, devido ao fato
de o transmissor e o receptor estarem perto.

b) Fire and forget - Após o lançamento, a plataforma não


possui mais nenhuma função.

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Guiamento
Desvantagens da guiagem homing Ativa:

a) Baixa potência de transmissão - não é possível colocar


um transmissor ou baterias de grande potência dentro do corpo
do míssil, devido ao seu tamanho, pelo menos em comparação
com o iluminador usado na guiagem semi-ativa.

b) Possui alta complexidade, pois a cabeça de guiagem


necessita tanto de um transmissor como de um receptor. Isso
acarreta aumento de peso não só na cabeça de guiagem, como
também na fonte interna de potência, que precisa fornecer
potência também ao transmissor. Compromissos de projeto têm
que ser feitos entre o transmissor, o receptor e a carga útil ideal.

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de Guiamento
Guiamento

c) Contramedidas - Devido às transmissões do míssil, o


inimigo é avisado do ataque, podendo, portanto, bloquear os
seus sinais. As MPE podem ser difíceis de serem
incorporadas à cabeça de guiagem por causa do peso,
potência e restrições de tamanho. Contudo, para evitar os
efeitos de decoys e bloqueio, muitas cabeças de guiagem
ativa necessitam de circuitos de correlação de distância e
rumo (circuitos lógicos ou processamento de dados). Nesse
caso, os ecos de retorno são analisados nos circuitos de
correlação e rejeitados se estiverem fora de razões de
distância ou de mudanças de rumo pré-selecionados.

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de Guiamento
Guiamento

TIPOS DE GUIAGEM COMMAND


O método de guiagem command pode ser dividido em
duas modalidades: beam riding e command link.

BEAM-RIDING (DIRECIONAMENTO SOBRE UM FEIXE)

Um míssil com guiagem beam-riding tem a bordo uma


antena voltada para trás. Um sensor interno procura manter o
míssil centrado no feixe emitido pelo radar de acompanhamento
que acompanha o alvo e corrige, automaticamente, o seu curso
para anular o erro lateral e manter o alinhamento com o centro
do feixe, onde, cedo ou tarde, interceptará o alvo
acompanhado.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Esse processo contínuo de centralização do míssil normalmente


acarreta uma trajetória espiral, sendo um desafio do projetista
manter a amplitude da espiral a menor possível. A primeira geração
desses mísseis utilizava o direcionamento sobre um feixe de radar,
mas atualmente vem sendo empregado o direcionamento sobre um
feixe laser.
Devido ao feixe do radar de acompanhamento do alvo ser
bastante estreito para assegurar a precisão da guiagem, o sítio de
solo, normalmente, utiliza um segundo radar de baixa potência com
feixe largo para capturar o míssil durante a fase inicial de voo e guiá-
lo para o feixe principal. Este radar capturador é imune à
interferência do alvo, visto que este não consegue receber o sinal
devido à baixa potência. O aumento da miss distance deste sistema
traz a necessidade de instalação de uma espoleta de proximidade no
míssil.
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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Com este tipo de míssil, toda informação necessária a sua navegação é extraída diretamente do feixe do
radar/laser. Entretanto, isto significa que o míssil é forçado a seguir uma trajetória que requer grandes
acelerações no estágio terminal, mesmo não havendo nenhuma manobra por parte do alvo, como é mostrado
na figura seguinte. Em compensação, este tipo de sistema é relativamente simples.

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de Guiamento
Guiamento

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Guiamento
Vantagens do Sistema Beam-Riding

a) Simplicidade do míssil - a construção do míssil pode


ser simples, pois não há cabeça de guiagem, mas
simplesmente um sensor virado para a retaguarda, para captar
o feixe e enviar os dados para circuitos que geram comandos
de controle, centrando o míssil no feixe.
b) Bloqueio do míssil - como o sensor do míssil não está
virado para o alvo, fica difícil realizar o bloqueio do sensor do
míssil.

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Guiamento
Desvantagens do Sistema Beam-Riding

a) Não é fire and forget - o feixe tem que ser precisamente


alinhado durante todo o engajamento. A razão de engajamento
para vários alvos são limitados, embora salvas de mísseis
possam ser lançadas contra um único alvo.
b) Equipamento extra - é necessário um dispositivo para
produzir o feixe e um acompanhador de alvos bastante preciso
para alinhar o feixe corretamente com o alvo.
c) Precisão - a precisão diminui com o aumento da
distância. À medida que a largura do feixe aumenta, a
amplitude da espiral do míssil irá aumentar. Isto requer uma
cabeça de guerra mais letal, com consequente aumento do
tamanho do míssil.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

d) Trajetória fraca - na maior parte dos sistemas, o feixe


simplesmente é apontado continuamente para o alvo e o míssil
o segue até o impacto. Isto envolve uma maior trajetória de voo
e maior capacidade de "G" do míssil.
e) Aviso ao alvo - O alvo é avisado, pela transmissão do
feixe, que está sendo atacado.

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de Guiamento
Guiamento
GUIAGEM COMMAND LINK (ENLACE DE COMANDO)

Um míssil com este tipo de guiagem não recebe


informações diretamente do alvo. Ele é guiado através de
comandos transmitidos do solo por data link. São
utilizados dois tipos de radar, sendo um acompanhando o
alvo e o outro, o míssil, que é usualmente equipado com
um beacon (sinalizador), a fim de que o mesmo seja mais
facilmente visto pelo seu radar acompanhador.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Os dados sobre a posição do míssil e do alvo são enviados a


um computador, que os processa, gerando os sinais de comando
para a guiagem do míssil. O uso de dois sistemas independentes
para traquear o míssil e o alvo assegura que a melhor trajetória
possível para o ponto de impacto é escolhida para o míssil.
São transmitidos comandos ao míssil, que são repassados, em
cadeia, para seus controles, alterando a sua trajetória como
necessário. Os comandos são enviados através do command link,
pelo qual o sistema é avisado das correções a serem feitas.
Frequentemente a palavra link é descartada, sendo o sistema
chamado simplesmente de “Guiamento command”. Tanto o míssil
quanto o alvo necessitam serem precisamente acompanhados,
para que o computador do sistema possa comparar as suas
trajetórias e enviar os comandos corretos ao míssil.

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de Guiamento
Guiamento

Alternativamente, um único radar pode ser usado para


acompanhar, simultaneamente, o míssil e o alvo. Neste caso, o
míssil deve ser comandado para permanecer sempre dentro do
feixe emitido pelo radar. Este tipo é conhecido por Command-
to-Line-Of-Sight (CLOS), ou seja, comando por linha de visada.
Geralmente, o míssil é comandado de uma maneira “avançada”,
isto é, para um ponto futuro, à frente do alvo, de forma a evitar
acelerações excessivas em uma fase terminal da sua trajetória.
Mísseis com esta guiagem somente executa ordens, pois
não têm seeker. A sua precisão depende do radar de
acompanhamento e a sua efetividade normalmente diminui
quando a distância radar-alvo aumenta.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Este tipo de guiagem é, portanto, mais utilizado para curtas


distâncias. As vantagens deste sistema são a simplicidade do
míssil e a potência do sistema de acompanhamento no solo.
Um bom operador ou um computador potente podem ser de
grande ajuda no acompanhamento e na guiagem do míssil,
especialmente em situações difíceis, como na presença de
interferência.
A suscetibilidade da guiagem command link às
interferências é muito similar à que ocorre com os sistemas de
controle de tiro, com a diferença (vantagem) de que o problema
de manobras repentinas realizadas pelo alvo são pouco
efetivas.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Outro ponto a ressaltar é quando o míssil e o alvo se


aproximam do ponto de interceptação, nesse momento, o radar
de acompanhamento do míssil poderá apontar para o alvo,
ficando assim suscetível a uma interferência por parte deste
último.
Outra consideração a ser feita é a de que, como o míssil
nunca enxerga o alvo, algum tipo de espoleta de proximidade
deve ser carregada a bordo para reduzir a miss distance.

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Guiamento
Vantagens do Sistema Command Link:

a) Simplicidade do míssil - não há cabeça de guiagem, nem


qualquer circuito de guiagem no míssil. Ele simplesmente possui um
sensor voltado para a retaguarda, que transmite os comandos, em
cadeia, diretamente para os controles (normalmente em formato
cartesiano).
b) Versatilidade na trajetória - se o sistema de computação e
acompanhamento que calcula os comandos para o míssil for
sofisticado o suficiente, então o míssil poderá ser comandado para um
ponto à frente do alvo. Essa trajetória obtém melhores resultados que
qualquer sistema de guiagem ativo, semi-ativo, ou passivo possa
produzir. Muitas outras trajetórias podem ser produzidas,
simplesmente reprogramando o computador, fazendo com que a
guiagem command possibilite que um armamento seja usado com
mais de uma trajetória.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Além de ser útil em um ambiente densamente bloqueado,


significa também que o armamento poderá ser usado para
diversas funções (ar-superfície e superfície-superfície). Quer
dizer, também, que com um novo sistema, a lógica do
computador pode ser atualizada após lançamentos de ensaio,
para aprimorar o modelo das características do míssil e
aprimorar a resposta dos controles.
c) Bloqueio do míssil - como o sensor do míssil está
virado para uma direção contrária a do alvo, será difícil
bloqueá-lo.

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Guiamento
Desvantagens da guiagem command Link:

a) Não é fire and forget - O alvo e o míssil têm que ser


precisamente acompanhados durante todo o engajamento. A
razão de engajamento é, portanto, limitada, e salvas de mísseis
contra um alvo só serão possíveis se mais de um míssil puder
ser acompanhado e comandado de cada vez.
b) Equipamento extra - Além do míssil, é necessário um
acompanhador para o alvo e um para o míssil, um computador e
o enlace de comando com o míssil.

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Guiamento

c) Precisão - A precisão diminui com o aumento da


distância. As informações das trajetórias fornecidas ao
computador pelos acompanhadores serão degradadas com o
aumento da distância, e a miss distance do míssil crescerá à
medida que a distância aumentar.
d) Aviso ao alvo - O alvo é avisado, pelas transmissões do
acompanhador, que está sendo atacado.

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Guiamento
VARIAÇÕES DAS TRAJETÓRIAS DE GUIAGEM COMMAND LINK

Comando de um Ponto Futuro (Comando de Direção Total)

O computador, tendo o acompanhamento do alvo e as


características do míssil, calcula um ponto de interceptação na
frente do alvo e comanda o míssil praticamente em uma linha
reta para o ponto de interceptação. O computador prevê o
correto ângulo de direção para a interceptação, sendo o
processo similar ao utilizado no "tiro de deflexão", onde o
atirador não mira em um alvo em movimento, mas sim na
distância correta à frente do alvo.

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de Guiamento
Guiamento

Esta é a melhor trajetória do míssil para realizar a


interceptação do alvo o mais rápido possível. Por este fato, esta
trajetória é utilizada em sistemas ABM (anti balistic missile),
para que a cabeça de guerra nuclear seja destruída antes que
possa causar dano. Entretanto, dependendo da geometria do
alvo, podem ser necessários dois acompanhadores distintos,
sendo um para o alvo e outro para o míssil. Como este tipo de
trajetória pode custar caro, outras mais baratas podem ser
usadas.

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Guiamento
Comando por Linha de Visada (Clos-Command to Line-of-Sight)

Neste caso, o computador não gera nenhum ângulo de


direção. Simplesmente o míssil é comandado diretamente para
o alvo, quando este estiver acompanhado dentro da zona de
engajamento do míssil. Isto, às vezes, é chamado de "guiagem
por três pontos", porque o alvo, o míssil e o acompanhador
estão em uma mesma linha até a interceptação. O
acompanhador é, muitas vezes, chamado de "acompanhador
diferencial", porque sua função é unicamente detectar
pequenos diferenciais entre as linhas de visada do míssil e do
alvo, de forma que o míssil possa ser comandado para reduzir
o diferencial para zero.

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de Guiamento
Guiamento

A forma mais simples de CLOS (Command to Line Of Sight -


comando para linha de visada) é quando todas as operações
são realizadas por uma pessoa. Seu cérebro é o computador,
seu olho é o “acompanhador diferencial” e o enlace de
comando pode ser feito através de fios, que vão se
desenrolando do míssil em voo. Sua mão opera o controle que
comanda o míssil para sua linha de visada.
Os mísseis anti-tanque de curto alcance são exemplos,
embora alguns mísseis ar-superfície, como o Bullpup, também
possuam guiagem CLOS. O Blowpipe é um míssil superfície-ar,
lançado do ombro de uma pessoa, que utiliza este tipo de
guiagem.

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de Guiamento
Guiamento

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Guiamento

No CLOS Semi-Automático (SACLOS) o operador determina


o alvo, porém o acompanhamento do míssil, a computação de
dados e o envio de comandos para o míssil são feitos
automaticamente. O operador pode se concentrar inteiramente
no alvo e esquecer totalmente o míssil. Esse aumento de
sofisticação compensa o custo, pois na tensão de uma guerra, o
SACLOS mostra melhor resultado do que o CLOS manual. O
Rapier óptico é um bom exemplo.

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Guiamento

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Guiamento

Estamos agora a um pequeno passo


de substituir o acompanhamento do alvo
por um dispositivo automático. Temos
um sistema de linha de visada (LOS),
mas com uma guiagem automática, que
normalmente será um radar, tornando o
sistema totalmente automático.

Se um radar está sendo usado, porque não gerar um sistema de


comando por direção ao invés de LOS? Basicamente porque o LOS exige
apenas um acompanhador de feixe estreito e pode ser produzido com baixo
custo. Também para sistemas de curto alcance contra alvos se aproximando
ou afastando diretamente, a trajetória CLOS é aceitável. O Blindfire Rapier é
um exemplo de ACLOS (CLOS Automático).
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Guiamento

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Guiamento
Solução Parcial de Direção

Nas previsões de pontos futuros, entre os casos extremos


de direção total e de não-direção (CLOS), um computador num
sistema de comando pode gerar qualquer outra trajetória.
Mas se a vantagem do comando de direção total é
uma rápida interceptação e do comando para linha de
visada (não-direção) é ter um único “traqueador
diferencial”.

Afinal, a solução parcial de


direção tem alguma vantagem?

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Se quisermos nos limitar no campo dos custos, mas


desejarmos uma trajetória melhor que a CLOS,
poderemos obtê-la se o acompanhador tiver capacidade
de varrer tanto o alvo quanto o míssil. O radar TWS (Track
While Scan) é um bom exemplo. Se empregarmos um
acompanhador de feixe largo, o nosso computador poderá
gerar, por exemplo, uma trajetória de comando de meia
direção, desde que o alvo e o míssil estejam sendo
varridos. Algumas vezes, o termo usado é "Comando Fora
da Linha de Visada" (COLOS - Command Off the Line-Of-
Sight) e este termo se refere a todos os sistemas de
comando que possuam um elemento de direção nas suas
trajetórias.
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Guiamento

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Guiamento
GUIAGEM HÍBRIDA

Vimos anteriormente que, tanto a guiagem homing


quanto a guiagem command, possuem vantagens e
desvantagens. A tecnologia moderna, a necessidade de
uma maior resistência contra CME e a exigência de
engajamento contra múltiplos alvos, com canais de tiro
paralelos, inevitavelmente levaram os projetistas a
incorporarem as melhores qualidades da guiagem homing
e da guiagem command em um único novo sistema; mais
conhecido como "Híbrido", ou "Sistema Misto de
Guiamento".

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Guiamento
SISTEMAS DE ACOMPANHAMENTO VIA MÍSSIL (TVM)

Existem duas variações dessa técnica, também conhecidas


em outras publicações como "Sistemas de Retransmissão", que
consiste no TVM Semi-Ativo e no TVM Totalmente Ativo.
Embora mais utilizada em mísseis superfície-ar, a técnica pode
ser usada também para a função ar-ar.
Em ambos os casos, um radar TWS (Track While Scan)
com antena array em fase (radar multifuncional), utilizado como
controlador de tiro, é apoiado, em tempo real, por um
computador, que permite ao sistema construir históricos de
acompanhamento de todos os alvos voando dentro do volume
de busca.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

O feixe radar do array em fase é manobrado


automaticamente, normalmente sob controle do computador.
Portanto, as emissões do feixe não "iluminam" o alvo numa
razão constante. O tempo de chegada da emissão não pode
ser adivinhado pelo alvo, para que este utilize CME.
Os radares array em fase possuem resistência inerente a
contramedidas, pois utilizam feixes estreitos, com pequenos
lóbulos laterais e, graças à computação, possuem o mais
avançado processamento de sinal. Além disso, podem ter
agilidade de frequência, MTI, pequena taxa de falso alarme,
rejeição a clutter e alta potência de saída.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento
TVM Semi-Ativo (SATVM)

Cada alvo seguido pelo radar de busca é acompanhado


pelo radar de tiro, assim como os mísseis quando são
lançados. Vários mísseis poderão estar em voo ao mesmo
tempo, em direção a alvos distintos (lançamento paralelo),
sendo o número de mísseis dependente da complexidade do
sistema (provavelmente 4, no mínimo; mas não mais do que 10,
para os sistemas da década de 90 considerados).
Uma vez que o míssil é lançado no modo SATVM, ele
prosseguirá em direção ao ponto de interceptação sob o
comando do gerenciador de lançamento, ou através de um
sistema rudimentar de navegação embutido. O radar de tiro
continuará a acompanhar o míssil porém, só irá comandar
alguma mudança de trajetória se necessário.
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Tipos de
de Guiamento
Guiamento

Quando as fases iniciais e de meio curso do engajamento


estiverem completas e o míssil estiver centrado no alvo na fase
terminal, o alvo deverá estar dentro do campo de visão do
sensor radar montado no nariz do míssil, que é então ativado. A
partir daí, o engajamento será completado com uma guiagem
semi-ativa.
Ângulo de aproximação e outros dados, como efeito doppler
do alvo, obtidos pelo sensor do míssil, são usados
imediatamente para controle do míssil e enviados, via enlace,
também ao gerenciador de lançamento, que estará sendo
suprido com informações do alvo por duas fontes que devem se
correlacionar corretamente.

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de Guiamento
Guiamento

Qualquer falha no correlacionamento entre a posição e os vetores


velocidade recebidos do acompanhador do alvo utilizando o radar de tiro com os
dados do alvo recebidos do míssil via enlace, significa que uma MPE deve ser
utilizada.

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Tipos de
de Guiamento
Guiamento
TVM Totalmente Ativo (FATVM)

A diferença entre o primeiro e o segundo método é


mostrada na próxima figura, como uma seta dupla na frente do
sensor do míssil. Isto indica que o míssil possui um transmissor
para, na fase terminal do engajamento, ter uma guiagem
totalmente ativa. As informações são enviadas, via enlace, para
o lançador como antes. Se as fases iniciais e de meio-curso do
voo são comandadas, a ativação do transmissor do míssil
também poderá ser comandada dentro da distância apropriada
entre o míssil e o alvo.

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Tipos de
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Guiamento

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de Guiamento
Guiamento

Como cada míssil estará voando na direção de um alvo


diferente e cada engajamento irá requerer diferentes
medidas de tempo, os sinais de comando serão
reconhecidos particularmente para cada míssil.
Igualmente aos sistemas de guiagem já descritos, a
lógica computacional interna do míssil irá incorporar modos
HOJ (Home on Jamming); entretanto, nota-se que no caso de
SATVM e FATVM o sensor do míssil só estará "aberto" a
bloqueio na fase terminal, quando só restam apenas poucos
segundos para impacto.

119
Tipos
Tipos de
de Guiamento
Guiamento

No futuro, o emprego de técnicas SATVM e FATVM irá


prover uma melhora significativa na performance dos sistemas
de armamentos guiados em ambientes eletronicamente hostis.
É provável que a necessidade de pequena distância na fase
terminal no FATVM, resulte no uso eventual de seekers com
radares milimétricos com antenas tipo array em fase, os quais
poderão ser colocados em um pequeno míssil juntamente com
amplificadores de estado sólido e processadores programáveis
de sinais.

120
Conclusões
O profundo conhecimento do modo de
operação de cada arma é fundamental
para que o planejamento de missões,
durante um conflito, possa tirar
proveito das limitações inimigas, bem
como, garantir o uso adequado do
nosso arsenal. O emprego de um
armamento envolve a execução de
vários processos, os quais devem ser
identificados e levados em consideração
ao se analisar a efetividade do sistema
ao qual está ligado.

121
Conclusões
O incremento na precisão de
armamentos está intimamente ligado
aos custos para realização de uma
missão, conjuntamente na necessidade
de evitar perdas de civis inocentes, a
possibilidade de utilização de mísseis
guiados, ao invés de armas de tiro
tenso como metralhadoras e canhões
diminuíram bastante o tempo
necessário ao abate de uma aeronave e
a utilização de bombas guiadas a laser
evitaram a morte de milhares de
inocentes.

122
Conclusões

Vimos neste capítulo algo a


respeito dos principais métodos de
guiagem de mísseis, num enfoque
voltado para as características e
limitações dos sistemas, já que
nosso objetivo se refere
prioritariamente à aquisição de
conhecimentos necessários ao
planejamento do uso desses
equipamentos ou dos dispositivos
de contraposição a eles.

123
CERIMÔNIA DE GRADUAÇÃO

Jovem morcego, agora eu Com isso, é mais do que merecido


tenho certeza que você sabe os receber um novo grau na faixa
principais conceitos relacionados marrom.
ao Guiamento de Mísseis Parabéns, guerreiro eletrônico!

Obrigado, Sensei!

124

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