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AULA 3

EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA NA PERSPECTIVA
HISTÓRICO-SOCIAL BRASILEIRA

Profª Joice Martins Diaz


CONVERSA INICIAL

Qual é o papel da família e da escola no processo da educação inclusiva?


Sabemos que esse processo vai além da adaptação de espaços e de currículo,
sendo necessários o envolvimento e o comprometimento das famílias para que
de fato a inclusão aconteça.
Nesta aula abordaremos alguns assuntos relacionados a essa importante
parceria entre pais, professores e a instituição para que a inclusão seja efetiva.
Para tanto, será necessário termos ideia do que é uma sociedade inclusiva e a
influência das alterações no currículo. O ministério público exerce papel
importante no que diz respeito à disponibilização de vagas para os alunos de
inclusão, tema este que também será abordado por expressar importância no
contexto estudado. Outros temas muito discutidos e não menos importantes nesta
aula serão a empregabilidade da pessoa com deficiência, a disponibilidade de
oportunidades e as leis que amparam essa questão.

TEMA 1 – RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: A FAMÍLIA E A ESCOLA COMO


PARCEIRAS NO PROCESSO DE INCLUSÃO

Cidadania, ética e democracia são os princípios que resumem os principais


motivos para que essa importante relação entre a família e a escola aconteça,
cabendo aos profissionais da educação dar o primeiro passo em prol dessa
aproximação, formando uma equipe.
Tal questão está amparada pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases), bem como
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que reforçam a importância dessa
articulação e dão aos pais ou responsáveis o direito a ter ciência de todo o
processo pedagógico.
Assim, qual é o papel da escola nesse processo? E dos pais?
À escola cabe garantir qualidade no ensino, reconhecimento e respeito à
diversidade, potencialidade e necessidades de cada aluno.
Segundo Frantiozi (2014, p. 8),

A escola inclusiva precisa ser pensada como aquela que oferece


qualidade de ensino para todos, qualidade que pressupõe a organização
de propostas pedagógicas eficazes, diretamente relacionadas às
necessidades dos alunos, contemplando aos diversos níveis de
aprendizagem. Diante dessa realidade podemos afirmar que todos os
alunos são diferentes em suas capacidades, dificuldades, motivações,
comprometimentos, ritmos, desenvolvimentos, maneira de aprender e

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contextos sociais. A inclusão significa ensinar todas as crianças no
mesmo contexto escolar, isso não significa negar as dificuldades dos
alunos e sim, com a inclusão, as diferenças não são vistas como
problemas, mas como diversidade.

Para que isso aconteça, serão necessários professores com conhecimento


dos conteúdos curriculares, recursos didáticos e pedagógicos para suas aulas, ou
seja, que estejam preparados para a inclusão dos alunos com necessidades
educativas especiais.
Segundo Pereira (2004, p. 17), “cabe à escola, cada vez mais, interagir com
a família e a sociedade, com projetos que resgatem o valor humano de cada um,
de cada aluno. É na vivência com o outro ser humano que a criança se permitirá
avaliar seus conhecimentos”.
Já os pais ou responsáveis são aqueles que melhor conhecem e passam
segurança para seus filhos, bem como aqueles que vivem e sentem “na pele” o
preconceito da sociedade com relação ao processo de inclusão.
Para Szymanski (2010, p. 20), “a família, nesta perspectiva, é uma das
instituições responsáveis pelo processo de socialização realizado mediante
práticas exercidas por aqueles que têm o papel transmissor – os pais – e
desenvolvidas junto aos que são os receptores – os filhos”.
Esse processo (inclusão) deve ter início em casa. Para os pais que não
possuem filhos com necessidades educativas especiais, cabe a eles incentivar o
convívio com os alunos de inclusão, o respeito às diferenças e o espírito
colaborativo, em prol do acolhimento e inserção social do aluno de inclusão.
Segundo Szymansky (2010, p. 98),

Ambas as instituições têm em comum [...] o fato de prepararem os


membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o
desempenho de funções que possibilitem a continuidade da vida social.
Ambas desempenham um papel importante na formação do indivíduo e
do futuro cidadão.

A relação entre família e escola potencializa e favorece todo o processo de


inclusão e ensino-aprendizagem. Em uma troca de colaboração, é possível
construir uma escola que de fato inclua o aluno na escola e na sociedade.

TEMA 2 – CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA E SOCIEDADE INCLUSIVA

É grande o histórico que registra a rejeição da pessoa com deficiência no


Brasil e no mundo. Por intermédio de muitas contribuições, como políticas
públicas e ações movidas pela própria sociedade, ainda temos que lidar com o

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preconceito, a rejeição e a falta de recursos destinados para a educação inclusiva.
No entanto, sabemos que para atingir uma sociedade engajada, com plena
consciência sobre a importância da inclusão e sem preconceitos, é necessário
haver mais conscientização, preparação dos professores e do ambiente escolar
como um todo e também de toda a sociedade em si.
Para Frantiozi (2014, p. 9),

Por muito tempo a ideia de deficiência estava intrinsecamente ligada aos


conceitos de inatismo e de irreversibilidade. A deficiência era explicada
por fatores orgânicos que não podiam ser modificados. Com isso não se
pensava na possibilidade de uma intervenção, de base educacional, que
pudesse ser eficiente no processo de integração dos indivíduos com
história de deficiência à sociedade. Essa visão, implicitamente ligada a
um conceito determinista do desenvolvimento humano implicava numa
marginalização sofrida pelos indivíduos ditos “deficientes”, em relação
ao processo sistematizado de educação. Logicamente, com isso
efetivava-se um atentado brutal quanto a garantias de cidadania por
parte desta parcela de pessoas que eram consequentemente, alijadas
dos processos sociais.

A construção de uma sociedade inclusiva deve levar em consideração as


diferenças sociais, individuais e culturais, pois isso enriquece as interações e
também a aprendizagem. Nessa perspectiva, “é na família que aprendemos a nos
relacionar com os outros. Portanto, a construção dessa sociedade inclusiva
começa nas famílias. Os pais e as próprias pessoas com deficiência são seus
principais agentes” (Paula, 2007, p. 7).
É fundamental que a sociedade esteja integrada e sempre pensando em
ações que tenham como objetivo a participação da pessoa com necessidades
especiais não apenas na escola, mas em qualquer lugar que esteja, em um
ambiente onde o convívio com a diferença seja normal. Além disso, a sociedade
deve pensar e agir além da concepção de mudanças nos conceitos que envolvem
o âmbito escolar e passar a pensar na mudança de atitude diante de uma pessoa
com necessidades educativas especiais, acolhendo-a e fazendo com que se sinta
parte da sociedade.
Nessa perspectiva, de acordo com Fernandes (2013, p. 185),

a inclusão de alunos com necessidades especiais está condicionada a


mudanças no conjunto das instâncias que idealizam, planificam e
executam as políticas curriculares, adotando-se o princípio da
diferenciação para o atendimento às singularidades na apropriação do
conhecimento desses alunos. Seja sob a perspectiva das
adaptações/flexibilização curriculares propostas nas políticas inclusivas,
nas últimas décadas, seja pelo viés do respeito as diferenças de todos
os alunos no contexto escolar, a essência é que os alunos apresentam
ritmos e estilos próprios de aprendizagem, dependentes de inúmeros
fatores, que devem ser valorizados afastando-se a crença de que

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apenas os alunos com deficiência apresentam singularidades no
processo educativo. Uma ampla parcela da população escolar manifesta
problemas e dificuldades em seu processo de aprendizagem, em
decorrência de variados fatores, quase sempre originados em condições
socioeconômicas e/ou pedagógicas desfavoráveis.

A escola e a sociedade inclusiva são pautadas por cooperação, respeito e


apoio mútuo, cabendo a todos os envolvidos exercer seu papel em prol da
inclusão dos cidadãos, seja qual for sua deficiência, dificuldade ou diferença.

TEMA 3 – CURRÍCULO NA ESCOLA INCLUSIVA

O currículo escolar, construído a partir do projeto pedagógico da escola,


visa orientar as atividades educacionais, a forma como será sua execução e
avaliação, entre outras ações que são registradas nesse documento. Segundo
Mello (2014, p.1), “currículo é tudo aquilo que uma sociedade considera
necessário que os alunos aprendam ao longo de sua escolaridade”.
Para Rego, Barreto e Benício (2016, p. 5),

A escola é concebida como instituição, capaz e capacitada, para


disseminar o conhecimento, assim sendo, todos os alunos que a
frequentam necessitam desenvolver de forma adequada suas
potencialidades, independentemente de possuírem ou não uma
necessidade mais específica na aprendizagem. Porém, quando há
estudantes que não estão tendo evolução em seu processo de ensino e
aprendizagem (no caso aqueles com necessidades educacionais
especiais), o Currículo embutido no Projeto Pedagógico construído na
escola, pode vir a torna-se um mecanismo de exclusão, um estigma da
diferença.

Ao tratar do currículo de uma escola inclusiva, o ponto de partida de sua


elaboração é a premissa da igualdade, equidade e foco nas potencialidades dos
alunos, isto é, pensar em um currículo único, mas com estratégias pedagógicas
diferenciadas para atender às necessidades e habilidades de cada um.
Nesse contexto, para Fernandes (2007, p. 167),

Não se trata de fazer remendos ou propostas de currículos separados.


A perspectiva inclusiva rejeita qualquer proposta de um currículo
diferente para alguns, recortado e empobrecido [...] A inclusão escolar
de crianças e jovens com necessidades educacionais especiais
depreende de uma ação escolar essencialmente pedagógica. Mesmo
que em razão de suas condições ou situação social a criança apresente
problemas de aprendizagem que requeiram atendimento educacional
especializado, é fundamental que ele seja realizado tendo em mente que
esse sujeito social está historicamente situado, tem interesses e
necessidades relativos à sua faixa etária, tem direitos e deveres, entre
os quais o de acesso à educação escolar formal. Assim, como sujeito
social o aluno “especial” segue sendo o mesmo sujeito na educação,
mesmo que com diferenças significativas em relação à grande maioria
dos alunos de sua idade.

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A adaptação curricular deve planejar aulas e métodos que garantam o
envolvimento e participação de todos os alunos, inclusive de inclusão,
proporcionando aprendizado significativo. Devemos partir do princípio de que o
Brasil é um país ocupado por diferentes culturas, resultantes da diversificação de
raças e etnias, representadas por negros, europeus e índios. Essa questão deve
ser considerada, pois a partir dela podemos entender as diferenças socioculturais.
Deve-se compreender a elaboração do currículo com um sentido maior que
simplesmente uma discussão de conteúdo, sendo necessário abordar desde as
práticas cotidianas até as formas investigativas sobre o que e como o aluno
aprende. Outro ponto muito importante na elaboração do currículo no contexto
inclusivo é a questão da cultura na qual a escola está inserida. O respeito à
diversidade é a luz que guia a elaboração de um currículo efetivo e que
possivelmente atenderá praticamente a todos os alunos e suas diferenças.
Além da definição do que irá acontecer e como irá acontecer, o currículo
deve planejar ainda a formação de seus professores. Como nele constará todo o
roteiro do que será feito, é necessário que os agentes principais dessa tarefa, os
professores, estejam preparados e capacitados para tal.
A participação do aluno nos assuntos que envolvem a gestão da escola é
outro ponto a ser tratado no currículo, bem como ações complementares
realizadas durante o período letivo em contraturno ao do aluno, no caso de
escolas que ofereçam período integral ou ações para a comunidade.
O professor, não deixando de ser tão importante quanto sempre foi,
assume papel de mediador e provedor de processos de interação entre seus
alunos e o conhecimento. Partindo desse princípio, a questão da formação inicial
e continuada do professor é algo a ser pensado, para que se passe a refletir sobre
temas contemporâneos, de interesse de todos, desde assuntos que envolvem
cultura e tecnologias, até temas como violência urbana ou drogas. Assim, a sala
de aula proporcionará diferentes aprendizados, partindo de diferentes vivências
que podem ser consideradas para a construção do conhecimento do aluno, que
por sua vez também faz parte do processo de ensino-aprendizagem.

TEMA 4 – O MINISTÉRIO PÚBLICO E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O Brasil vem caminhando, desde a publicação da Convenção de Direitos


Humanos das Pessoas com Deficiência, que ocorreu em 2006, pela Organização
das Nações Unidas (ONU), a favor da reversão de toda a história de rejeição que

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marca a trajetória da educação especial no país. Por meio de formulação e
aprovação de leis voltadas a favor da educação inclusiva, essas medidas têm
como objetivo garantir o acesso, de forma igualitária, às redes de ensino e a
participação de todos a uma educação de qualidade.
Entretanto, sabemos que a efetivação dessas ações apenas se concretiza
com esforços individuais e coletivos, fazendo valer o que está previsto na lei.
Nesse sentido, segundo Saviani (2014, p. 28),

Na construção do Sistema Nacional de Educação e na efetivação do


Plano Nacional de Educação, deve-se levar em conta o regime de
colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os
municípios, conforme disposto na Constituição Federal, efetuando uma
repartição das responsabilidades entre os entes federativos, todos
voltados para o mesmo objetivo, que é o de assegurar o direito de cada
brasileiro, provendo uma educação com o mesmo padrão de qualidade
para toda a população.

O Ministério Público posiciona-se de forma importante nesse processo de


garantia do acesso à educação para todos. Acionado sempre que ocorre violação
aos direitos das pessoas com deficiência, e relacionado ao contexto educacional,
o órgão público também toma medidas para regulamentar e fiscalizar a aplicação
das leis voltadas ao benefício da educação inclusiva.
Uma das situações em que o Ministério Público pode ser acionado, após
tentativa de resolver o problema diretamente com a área de educação inclusiva
da Secretaria de Educação, é quando a escola regular nega a efetivação de
matrícula para alunos com deficiência.

TEMA 5 – EMPREGABILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Segundo o artigo 93 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, a empresa


com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por
cento) a 5% (cinco por cento) de seus cargos com beneficiários reabilitados ou
pessoas com deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:

 até 200 empregados = 2%;


 de 201 a 500 = 3%;
 de 501 a 1.000 = 4%;
 de 1.001 em diante = 5%.

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Para cargos e empregos públicos, em que a contratação é feita por meio
de concurso público, as vagas reservadas para pessoa com deficiência devem ser
de no mínimo 5% e no máximo 20% das vagas oferecidas.
A empresa que efetuar a contratação deve estar ciente e preparada para
viabilizar e adequar os espaços de trabalho, bem como ter claras as exigências
que serão feitas, que devem ser compatíveis com as possibilidades do novo
funcionário. É importante considerar também que as pessoas com deficiências
não tiveram as mesmas oportunidades profissionais e escolares. Frente a essa
questão, requisitos como experiência profissional e escolaridade não devem ser
exigências para determinados cargos.
Mas afinal, o que é pessoa com deficiência? Para fins de reserva legal de
cargos, pessoas com deficiência são aquelas que possuem limitações física,
sensorial ou múltipla e mental, que as incapacitem para a execução de atividades
normais, resultado também na dificuldade de inserção social.
Segundo o Decreto n. 3298, de dezembro de 1999, Art. 3º, considera-se

I – deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função


psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o
desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o
ser humano; II - deficiência permanente – aquela que ocorreu ou se
estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir
recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos
tratamentos; e III - incapacidade – uma redução efetiva e acentuada da
capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos,
adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora
de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao
seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser
exercida (Brasil, 1999).

A comprovação da deficiência deve ser sempre feita por meio de laudo


médico ou certificado de reabilitação profissional, documento emitido pelo INSS.
Uma das questões que acaba dificultando a colocação dessas pessoas no
mercado de trabalho é a baixa escolaridade e formação profissional, além de
diversas adaptações que serão necessárias para adequar o espaço para a pessoa
com deficiência. Segundo a Secretaria de Trabalho e Ministério da Economia, “os
mais escolarizados ocupam a maior parte das oportunidades de emprego. Dos
442.007 PcDs contratados no ano passado, 301.879 tinham ensino médio ou
ensino superior (incompleto ou concluído) – equivalente a 68% do total” (Brasil,
2019). No entanto, para os empresários que devem pensar no cumprimento dessa
cota, é necessário que acreditem que as pessoas com deficiência possuem
capacidade e produtividade.

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Os dados da Secretaria do Trabalho e Economia apontam que “em todo o
país, 11,4 mil inspeções para verificar o cumprimento da Lei de Cotas levaram à
contratação de 46,9 mil pessoas com deficiência em 2018” (Brasil, 2019).
Sobre a forma como se deve cumprir essa cota,

A legislação brasileira prevê uma forma alternativa de cumprimento de


cota de aprendizagem para as empresas que têm dificuldades práticas
para alocar aprendizes em suas instalações, seja por causa da
característica das atividades desenvolvidas ou pelas limitações do local
de trabalho. Isso acontece, por exemplo, nas empresas dos setores da
construção pesada, segurança privada, asseio e conservação. O
Decreto 8.740/2016 permite que a formação prática dos aprendizes
contratados por essas empresas seja realizada em entidades
concedentes – órgãos públicos, organizações da sociedade civil e
unidades do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).
Para isso, as empresas precisam requerer nas unidades do Ministério
do Trabalho a assinatura de um termo de compromisso para cumprir a
cota envolvendo essas entidades (Brasil, 2018).

Os candidatos com deficiência mantêm cadastro no Sistema Nacional de


Empregos (SINE). Já os reabilitados no INSS, nos Centros e Unidades Técnicas
de Reabilitação Profissional.
Com relação à formalização do contrato de trabalho e assinatura da carteira
profissional (CTPS), não há nenhuma regra específica para este fim, aplicando-
se as normas gerais da CLT, que, segundo o Decreto-Lei n. 5452, de 1º de maio
de 1943, Art. 611-B, proíbem “qualquer discriminação no tocante a salário e
critérios de admissão do trabalhador com deficiência” (Brasil, 1943).
Atualmente, algumas empresas socialmente responsáveis não têm a
questão da contratação de pessoas com deficiência apenas como uma obrigação
legal, e sim como um compromisso com a sociedade. Essas empresas
desenvolvem programas amplos, bem estruturados, capacitados para
recrutamento, seleção, contratação e desenvolvimento das pessoas com
deficiência.

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REFERÊNCIAS

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Poder Executivo, Brasília, DF, 21 dez. 1999. Disponível em:
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