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OS FENÍCIOS
Não existia na Fenícia um Estado unificado, nos moldes daquele que se desenvolveu no
Egito. As cidades eram independentes entre si, apesar de compartilharem uma língua, uma
cultura e adorararem alguns deuses em comum, como Astarte, divindade feminina. No
entanto, cada cidade tinha seu deus principal, chamado Baal.
O comércio e o artesanato propiciaram o crescimento de poderosas cidades, com
destaque para as cidades de Sidon, Biblos, Tiro, Beritus e Ugarit. Elas estenderam suas rotas
comerciais por todo o Mediterrâneo, estabelecendo feitorias e colônias em pontos
estratégicos, como Cartago, no norte da África, Sicília, ao sul da Península Itálica, e Cádiz, no
sul da Espanha.
Cada cidade era governada por uma monarquia hereditária com funções religiosas. O rei
era auxiliado. Por funcionários palacianos. Há referências a cargos nas cidades como
“governador” e “comandante de campo”, respectivamente com funções administrativas e
militares. Acredita-se que também existia um conselho em cada cidade, com funções
deliberativas. Como os mercadores detinham grandes riquezas, é provável que também
tivessem poder político, atuando nesse conselho.
Cada cidade cuidava exclusivamente de seus próprios negócios. Para defender seus
interesses, possuíam monarcas, cujo trono era passado de pai para filho. Como os textos
bíblicos mostram, os monarcas eram também os que mais lucravam. Mas justiça se faça: boa
parte do sucesso dos fenícios no comércio se deveu à política de boa vizinhança de seus reis.
Os reis fenícios aceitavam até pagar tributos, desde que tivessem livre iniciativa no comércio.
Outra estratégia dos monarcas era permitir que estrangeiros viessem morar em suas cidades,
com pleno direito de abrir qualquer negócio uma autêntica raridade naquela época.
A elite dessas cidades era formada pelos ricos comerciantes, sacerdotes e construtores
de navios, os armadores. Mas os fenícios também desenvolveram uma importante atividade
artesanal. Além dos navios, eram produtores de joias e tecidos, principalmente os tingidos de
púrpura, uma tintura extraída de um molusco, o múrice. Os tecidos tingidos de púrpura foram
admirados e utilizados pelas elites de todos os grandes impérios da Antiguidade.
Entre os séculos XII e IX a.C., as cidades fenícias alcançaram grande desenvolvimento
dominando o Mar Mediterrâneo, o Mar Negro e o Mar Cáspio. Mas a partir do século VIII
a.C a fenícia foi sucessivamente anexada aos Impérios Assírio, Babilônico, Persa e
Macedônico.
Desenvolvimento do alfabeto
Comerciantes e Navegadores
Desenvolvimento Náutico e as Rotas Comerciais