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ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E DE
PETRÓLEO
Niterói
2/2018
CAROLINA DUARTE SILVA
MARCOS VINICIUS LISBOA PERES
MARIAH BRITTO LIMA
ORIENTADOR
CDD 661.804
Dedicamos
este trabalho
às nossas
famílias.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais Regina e Aristóteles por todo apoio e
incentivo ao longo da minha educação e por sempre acreditarem em mim.
Agradeço meu namorado, Artur, por estar comigo durante toda a faculdade e
me apoiar em todos os momentos.
Aos meus amigos Amanda, Beatriz, Victor, Henrique e Daniel por estarem
comigo todos esses anos.
Por fim, aos meus colegas de TCC, ao orientador, Jorge Ourique e todos os
professores do meu curso por me darem a base de ensino.
Agradeço primeiramente aos meus pais Renata e Cláudio por toda dedicação.
apoio e incentivo a minha formação e por sempre acreditarem em mim. Sem vocês nada
disso seria possível!
Agradeço também a minha avó Virgínia por todo cuidado, amor e por me
mandar mimos durante toda a faculdade para me animar e lembrar o quanto ela me ama.
Isso fez toda a diferença nos meus dias e me fazia senti-la sempre perto de mim.
Agradeço meu namorado João por toda ajuda durante a faculdade, me apoiar
em todos os momentos dessa trajetória e por me ajudar a alcançar meus objetivos.
Aos meus amigos Maria Luíza, Thais, Pedro Gabriel, Pedro Augusto por
estarem comigo durante toda a faculdade tornando esse caminho muito mais feliz e
divertido.
Agradeço as minhas amigas de infância Bruna, Luísa, Paula, Sofia e Laís por
todo o carinho e por compreenderem a minha falta de tempo durante esse período em
que me dediquei por completo a faculdade.
Por fim, aos meus colegas de TCC, ao orientador, Jorge Ourique, e todos os
professores do meu curso por me darem a base de ensino.
Agradeço aos meus familiares pelo constante suporte e dedicação para que eu
sempre tivesse não somente uma excelente educação técnica, mas também uma
educação com senso crítico e inclusivo durante a minha vida.
Agradeço aos amigos que fiz durante todo esse período de graduação na UFF
pela amizade e companheirismo que me proporcionaram ao longo desses anos de
graduação.
Agradeço aos meus amigos do Colégio Pedro II por serem constante fonte de
suporte e inspiração nos mais diversos aspectos da minha vida.
Agradeço aos amigos que fiz durante o intercâmbio que me mostraram como é
possível construir uma família mesmo longe de casa.
Key words: Absorption tower, plate tower, computational program, diluted solutions,
VBA, physical absorption, plate-tower design
LISTA DE FIGURAS
A: fator de absorção
Ao: área total dos orifícios
Aa: área ativa do prato
An: área de livre passagem de gás
At: área total da seção reta da coluna
Ad: área da conduta descendente (downcomer)
Cf: constante de inundação
dG: variação da energia livre de Gibbs
dc: diâmetro da coluna
do: diâmetro dos orifícios
𝑑 , : diâmetro máximo da bolha
e: quantidade de líquido arrastado
f: fator de atrito
fi: fugacidade de uma espécie i
g: aceleração da gravidade
G: vazão molar da corrente gasosa
Gs: vazão molar de gás isenta soluto
G’: fluxo mássico da corrente gasosa
Η: altura da coluna
htot: perda de carga total na coluna
h1: altura de líquido sobre sobre o dique
h3: altura de líquido na conduta descendente (downcomer)
hw: altura de líquido à altura do dique
h2: perda de carga proveniente da entrada do líquido no prato
hG: perda de carga para a corente gasosa
hL: perda de carga devido à altura de liquid no prato
hσ: perda de carga devido à tensão superficial
k: coeficiente de transferência de massa
K: coeficiente global de transferência de massa
Keqi,j: constante de equilíbrio de um componente j no prato i
l: espessura de um prato
L: vazão molar da corrente líquida
Ls: vazão molar de líquido isenta de soluto
L’: fluxo mássico da corrente líquida
m: coeficiente que relaciona a constante de Henry com a pressão do sistema
N: número de estágios teóricos de equilíbrio
Nc: número real de pratos
Ni: fluxo molar de uma espécie i
ni: número de mols de uma espécie i
p: espaçamento entre os orifícios (pitch)
QG: vazão volumétrica do gás
QL: vazão volumétrica do líquido
R: razão de refluxo
Re: número de Reynolds
t: espaçamento entre pratos
T: temperatura
vop: velocidade de operação da corrente de gás
vf: velocidade de inundação
vo: velocidade de circulação do gás nos orifícios
vow: velocidade mínima do gás para que não haja gotejamento
va: velocidade de escoamento da corrente gasosa na área ativa do prato
w: comprimento do dique
x: fração molar de uma espécie na fase líquida
X: razão molar para uma espécie na fase líquida
y: fração molar de uma espécie na fase gasosa
Y: razão molar para uma espécie na fase gasosa
Z: distância do centro da coluna até o ponto em que o dique deve ser posicionado
𝛾 : coeficiente de atividade à diluição infinita
∆ℎ: altura adicional de compensação
𝒵: percurso do líquido
η: porcentagem da área total ocupada pela conduta descendente
𝜂 : eficiência global de uma torre de separação
𝜂 , : eficiência de prato de Murphree para uma espécie j na fase gasosa em um prato i
𝜂 , : eficiência de prato de Murphree para uma espécie j na fase líquida em um prato i
𝜂 , : eficiência pontual de Murphree
𝜂 , : eficiência de vaporização
μi: potencial químico de uma espécie i
μG: viscosidade do gás
ρL: densidade da fase líquida
ρG: densidade da fase gasosa
σ: tensão superficial
ψ: fração de arrastamento
Ψ: parâmetro de fluxo
SUMÁRIO
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO .................................................................................................. 1
1.1) Objetivos............................................................................................................................ 2
1.1.1) Objetivos específicos ................................................................................................ 3
CAPÍTULO II – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 4
2.1) Absorção ............................................................................................................................ 4
2.2) Equilíbrio de fases ............................................................................................................. 6
2.3) Transferência de massa..................................................................................................... 8
2.4) Balanço de massa ............................................................................................................ 13
2.5) Tipos de coluna de absorção........................................................................................... 16
2.5.1) Colunas de Recheio ...................................................................................................... 17
2.5.2) Colunas de Pratos ......................................................................................................... 18
2.6) Eficiência .......................................................................................................................... 20
2.6.2) Variáveis que influenciam no cálculo de eficiência .................................................... 20
2.6.3) Tipos de eficiência ........................................................................................................ 21
2.6.3.1) Lewis .......................................................................................................................... 21
2.6.3.2) Murphree................................................................................................................... 21
2.6.3.3) Eficiência de Murphree pontual ............................................................................... 22
2.6.3.4) Eficiência de vaporização .......................................................................................... 23
2.6.3.5) Outros tipos de eficiência ......................................................................................... 23
2.7) Problemas em colunas de absorção ............................................................................... 24
2.7.1) Inundação por arraste de líquido (Tipo 1) ................................................................... 25
2.7.2) Inundação por retenção de líquido (Tipo 2) ................................................................ 25
2.7.3) Gotejamento ................................................................................................................ 25
2.8) Abordagem atual e aplicações em colunas de absorção ............................................... 26
2.9) Visual Basic ...................................................................................................................... 27
CAPÍTULO III – METODOLOGIA........................................................................................... 28
3.1) Cálculo do número de estágios e aproximação para diluição infinita........................... 28
3.2) Cálculo da razão de refluxo mínimo (Rmin) ................................................................... 34
3.3) Cálculo dos principais parâmetros de uma coluna de absorção ................................... 35
3.3.1) Dimensionamento e disposição dos orifícios nos pratos ........................................... 35
3.3.2) Determinação do diâmetro da coluna......................................................................... 37
3.3.3) Cálculo das perdas de carga ......................................................................................... 40
3.3.4) Avaliação quanto a problemas de gotejamento ......................................................... 45
3.3.5) Determinação da altura da coluna .............................................................................. 45
CAPÍTULO IV – RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................. 47
4.1) Validação do programa proposto ................................................................................... 47
4.1.1) Exemplo 8.1: Projeto de um prato (AZEVEDO; ALVES, 2013) ..................................... 47
4.1.2) Exemplo 7.2: Nº de estágios – método gráfico e equação de Kremser (AZEVEDO;
ALVES, 2013) ........................................................................................................................... 51
4.1.3) Exercício 8.17: Cálculo do número de estágios teóricos necessários (AZEVEDO;
ALVES, 2013) ........................................................................................................................... 53
4.1.4) Exercício 8.3: Cálculo do diâmetro de uma coluna de absorção (AZEVEDO; ALVES,
2013) ....................................................................................................................................... 57
4.2) Avaliação do programa diante de mudanças nas condições operacionais ................... 61
4.2.1) Alteração nos heurísticos do exercício descrito no item 4.1.1 .................................. 61
4.2.2) Avaliação do programa quanto a modificações nos dados fornecidos pelos
problemas propostos ............................................................................................................. 67
4.2.2.1) Alteração no teor de soluto recuperado pela corrente líquida .............................. 67
4.2.2.2) Modificação na vazão da corrente líquida no equipamento ................................... 69
CAPÍTULO VII – CONCLUSÕES ............................................................................................ 72
CAPÍTULO VII – SUGESTÕES ................................................................................................ 74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 75
1
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
Esse processo pode ser ainda compreendido por englobar dois tipos, a absorção
física e a química. A absorção química, ou reativa, consiste na solubilização do soluto
gasoso em uma corrente líquida por meio de uma reação química. De outro modo, a
absorção física se baseia na solubilização do soluto gasoso sem reação química com o
solvente.
1.1 ) Objetivos
O presente trabalho tem por objetivo elaborar uma ferramenta acessível para fins
acadêmicos com potencial de ser aprimorada em futuros projetos como programa de
dimensionamento de colunas de absorção, semelhante a um simulador.
3
2.1 ) Absorção
As torres de destilação são projetadas dessa forma para que haja um melhor
contato entre as fases, de modo que sempre haja um gradiente favorável para a
transferência de massa ao longo do equipamento de separação, bem como para a
otimização da carga das bombas e compressores necessários nesta operação unitária.
Segundo Azevedo; Alves (2013, p.29) “duas ou mais fases estão em equilíbrio
quando não existe transferência efetiva de massa entre as fases, isto é, quando a
transferência de massa de uma fase para a outra é exatamente igual à da transferência no
sentido oposto”.
T = T (2.1)
Onde T= Temperatura
O equilíbrio mecânico é definido como a ausência de desigualdade no balanço
de forças entre as fases e, portanto, para esta condição ser alcançada, as pressões das
duas ou mais fases precisam ser iguais. Dessa forma:
P = P (2.2)
Onde P= Pressão
𝑑𝐺 = 𝜇 𝑑𝑛 = 𝑑𝐺 + 𝑑𝐺 = 𝜇 𝑑𝑛 + 𝜇 𝑑𝑛
(2.3)
Sendo que:
µiα é o potencial químico do componente “i” na fase “α”, e µiβ é o potencial químico do
componente “i” na fase “β”.
𝑑𝑛 = 𝑑𝑛 + 𝑑𝑛 (2.4)
𝑑𝐺 = 0 (2.5)
𝑑𝑛 = 0 (2.6)
8
Assim:
𝑑𝑛 = −𝑑𝑛 (2.7)
0= (𝜇 − 𝜇 )𝑑𝑛 (2.8)
Como 𝑑𝑛 ≠ 0, obtém-se:
𝜇 = 𝜇 (𝑖 = 1, … , 𝑁) (2.9)
𝑑𝜇 = 𝑅𝑇𝑙𝑛 𝑓 (2.10)
Para que essa modelagem do problema seja verdadeira, a escolha das condições
de operação desses sistemas, como, por exemplo, a seleção do solvente a ser utilizado,
deve ser criteriosamente realizada com base nos valores de solubilidade dos
componentes da corrente gasosa no solvente a ser empregado. Assim, esses sistemas se
caracterizam por possuírem preferencialmente a transferência de massa apenas em um
sentido (da fase gasosa para a fase líquida), sendo denominada de transferência de
massa unimolecular ou em camada estagnante, em que o gás diluente é a referida
camada estagnante (AZEVEDO; ALVES, 2013).
𝑁 = 𝑘 (𝑦 – 𝑦 , ) = 𝑘 (𝑥 – 𝑥 , ) (2.12)
1 (2.13)
k =
resistência à transferência de massa na fase gasosa
1 (2.14)
k =
resistência à transferência de massa na fase líquida
11
𝑁 = 𝐾 (𝑦 − 𝑦 ∗ ) = 𝐾 (𝑥 ∗ − 𝑥 ) (2.15)
𝑘 𝑦 −𝑦 , (2.16)
- =
𝑘 𝑥 −𝑥 ,
1 1 𝑚 (2.17)
= +
𝐾 𝑘 𝑘
1 1 1 (2.18)
= +
𝐾 𝑘 𝑚"𝑘
Em que m’ e m” são os coeficientes lineares das retas que relacionam os valores das
concentrações de equilíbrio, da interface e do seio de um soluto exemplificativo A nas
fases gasosa e líquida (AZEVEDO; ALVES, 2013).
𝑦 , − 𝑦∗ (2.19)
𝑚′ =
𝑥 , −𝑥
𝑦 −𝑦 , (2.20)
𝑚" =
𝑥∗ − 𝑥 ,
𝑘 (2.21)
𝑘′ =
(1 − 𝑦)
𝑘 (2.22)
𝑘′ =
(1 − 𝑥)
(2.23)
(1 − 𝑦) − (1 − 𝑦 )
(1 − 𝑦) =
(1 − 𝑦)
ln
(1 − 𝑦 )
13
(2.24)
(1 − 𝑥) − (1 − 𝑥 )
(1 − 𝑥) =
(1 − 𝑥)
ln
(1 − 𝑥 )
𝑥 (2.25)
𝑋=
1−𝑥
𝑦 (2.26)
𝑌=
1−𝑦
𝐿 𝐿 (2.28)
𝑌 = 𝑋 + (𝑌 − 𝑋 )
𝐺 𝐺
Duas metodologias que podem ser empregadas para o cálculo desse parâmetro.
No caso em que a curva de equilíbrio tiver a concavidade voltada para cima, traça-se
uma reta a partir do ponto correspondente às composições no topo da coluna (X0, Y1) até
a reta referente à composição gasosa na entrada na coluna (YN+1). (AZEVEDO; ALVES,
2013)
Figura 3- Retas de operação, curva de equilíbrio e razão (L/G) mínima quando a curva
de equilíbrio tem concavidade virada para cima
Figura 4- Retas de operação, curva de equilíbrio e razão (L/G) mínima quando a curva
de equilíbrio tem concavidade virada para baixo
Figura 7- Tipos de prato comumente empregados. (a) perfurado, (b) valvulado e (c)
campânula
(a) (b) (c)
2.6 ) Eficiência
2.6.3.1) Lewis
Lewis (1922) apud Pescarini 1996 definiu Eficiência Global como a relação
entre o número de estágios teóricos e estágios reais de uma coluna de destilação
segundo seguinte equação:
𝑁 (2.29)
𝜂 =
𝑁
2.6.3.2) Murphree
𝑦, −𝑦 , (2.30)
𝜂, =
𝑦 ∗, − 𝑦 ,
𝑥 , −𝑥, (2.31)
𝜂, =
𝑥 , − 𝑥 ∗,
𝑦, −𝑦 , (2.32)
𝜂 , =
𝑦 ∗, − 𝑦 ,
Sob a ótica de Young e Weber (1972), a eficiência no ponto é mais útil do que
a eficiência de pratos porque não depende das características mecânicas do prato, mas
somente das características físicas do sistema e do tipo de regime.
𝑦, (2.33)
𝜂, =
𝐾𝑒𝑞 , . 𝑥 ,
Assim como a inundação por arraste de líquido, a inundação por retenção gera
uma diminuição na eficiência operacional da coluna.
Para Mello (2010, pg 30), a inundação por retenção de líquido pode ocorrer
por: “alta perda de carga no prato, vazão excessiva de líquido e por formação de
espuma” ou “quando a altura de líquido aerado no downcomer excede o espaçamento
entre os pratos”.
2.7.3) Gotejamento
A corrente gasosa presente na coluna deve escoar com uma velocidade pelos
orifícios do prato suficientemente grande de forma que não haja gotejamento de líquido
por meio deles (AZEVEDO; ALVES, 2013).
Além dos itens citados, colunas de absorção podem ser utilizadas na melhoria da
saúde ocupacional dos funcionários. Ribeiro et al. (2017) estudou a absorção de
componentes orgânicos voláteis (VOC) por meio de diferentes óleos. A eliminação
desses componentes proporcionam condições de trabalho melhores e diminuem a
poluição do meio ambiente.
Segundo PERRY (1999), conforme citado por Miranda (2009, p.27) o Visual
Basic é “uma linguagem de programação desenvolvida pela Microsoft, baseada na
linguagem BASIC (Beginner’s Al.-purpose Symbolic Instruction Code) criada, pelos
professores John George Kemeny e Thomas Eugene Kurtz em Dartmouth College,
1964”.
1- Decidir o que o aplicativo deve fazer criando uma visão geral do projeto;
2- Criar a parte visual do aplicativo (telas menus, etc);
3- Adicionar o código em Visual Basic para automatizar o programa;
4- Testar o aplicativo e remover possíveis erros;
5- Copilar o aplicativo e distribuir para os usuários.
Na figura 10 foram listados os principais controles e suas descrições.
28
𝑦 −𝑦 (3.35)
𝑁=
𝑦 − 𝑚𝑥
29
1 𝑦 − 𝑦∗ 1 (3.36)
ln[ 1 − 𝐴 + 𝐴]
𝑦 − 𝑦∗
𝑁=
ln(𝐴)
Em que:
𝐴= 𝐴 .𝐴 (3.37)
E:
𝐿 (3.38)
𝐴 =
𝑚. 𝐺
𝐿 (3.39)
𝐴 =
𝑚. 𝐺
Onde:
𝑉 𝑎 (3.41)
⋀ = exp(− )
𝑉 𝑅𝑇
E:
31
𝑉 𝑎 (3.42)
⋀ = exp(− )
𝑉 𝑅𝑇
Onde:
𝑏 (3.44)
𝜏 =
𝑅𝑇
E:
𝑏 (3.45)
𝜏 =
𝑅𝑇
Composto Fonte
Acetona Smith; Van Ness; Abbott (2007)
SO2 Honeywell Unisim® (ANO )
Metanol Smith; Van Ness; Abbott (2007)
Fonte: Autoria própria.
Metanol
120
100
Temperatura ºC
80
60
Wilson
40 NRTL
20
0
0 2 4 6 8 10
Constante de proporcionalidade (m)
Acetona
120
100
Temperatura ºC
80
60
Wilson
40 NRTL
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14
Constante de proporcionalidade (m)
Destaca-se que para o SO2 não foram encontrados dados confiáveis nas fontes
consultadas para gerar os valores de m utilizando o modelo de Wilson. Assim, para essa
substância, o cálculo dessa constante foi realizado apenas de acordo com o modelo
NRTL e por isso não pode ser realizado o gráfico de comparação.
33
Essas duas condições não são satisfatórias, uma vez que uma coluna com
número de pratos infinito é um projeto inviável por razões práticas, assim como uma
coluna com refluxo total, pois não se tem retirada de produtos.
𝐿𝑠 𝑌 −𝑌 (3.46)
𝑅= =
𝐺𝑠 𝑋 −𝑋
Sendo assim, a razão de refluxo mínimo pode ser calculada como mostrado na
Equação 3.47.
𝐿𝑠 𝑌 −𝑌 (3.47)
𝑅 = =
𝐺𝑠 𝑋 á −𝑋
𝑌 (3.48)
𝑋 á =
𝑚 − (𝑚 − 1). 𝑌
𝐴 𝑑 (3.49)
= 0,0907
𝐴 𝑝
37
𝜌 −𝜌 , (3.50)
𝑣 =𝐶
𝜌
1 𝜎 , (3.51)
𝐶 = 𝛼 log + 𝛽
Ψ 0,02
𝐿 𝜌 , (3.52)
Ψ=
𝐺′ 𝜌
Assim, com o valor escolhido pelo usuário para o diâmetro dos orifícios (do), a
razão Ao/Aa é testada para que as equações para o cálculo de α e β sejam válidas. Caso
não sejam, o programa exibe uma mensagem pedindo que o usuário escolha outro
diâmetro para os orifícios.
𝑄 (3.55)
𝐴 =
𝑣
A área de livre passagem de gás (An) pode ser entendida como a área total da
superfície do prato (At) subtraindo-se a área da conduta descendente (downcomer) (Ad),
que, por sua vez, pode ser entendida como uma porção (η) da área total (At). Assim:
𝐴 = 𝐴 − 𝐴 = 𝐴 − 𝜂𝐴 = 𝐴 (1 − 𝜂) (3.56)
𝐴 (3.57)
𝐴 =
1−𝜂
𝜋𝑑 (3.58)
𝐴 =
4
4𝑄 (3.59)
𝑑 =
𝜋(1 − 𝜂)𝑣
A obtenção da área ativa do prato (Aa) é realizada com base nos valores obtidos
para At e dc, de acordo com a relação descrita na Tabela 4 abaixo.
ℎ = ℎ + (ℎ + ℎ ) (3.60)
𝑄
ℎ = (3.61)
1,839𝑤
ℎ =ℎ + ℎ (3.62)
3 𝑄 (3.63)
ℎ =
2𝑔 𝐴
A área da abertura por onde o líquido entra no prato é calculada como a área do
retângulo formado pelo comprimento do dique (w) e a altura do dique (hv). Essa altura é
estimada, subtraindo-se 40 mm do valor da soma ℎ + ℎ (AZEVEDO; ALVES, 2013).
𝑣 𝜌 𝐴 4𝑓𝑙 𝐴 (3.64)
ℎ =𝐶 0,4 1,25 − + + 1−
2𝑔𝜌 𝐴 𝑑 𝐴
𝑑 , (3.65)
𝐶 = 1,09
𝑙
Tabela 5 - Relação l/do para diâmetros de coluna usuais nos materiais mais empregados
Diâmetro do orifício, do (mm) l/do
Aço inox Aço carbono
3,0 0,65 -
4,5 0,43 -
6,0 0,32 -
9,0 0,22 0,50
12,0 0,16 0,38
15,0 0,17 0,30
18,0 0,11 0,25
𝑄 (3.66)
𝑣 =
𝐴
𝑣 𝑑 𝜌 (3.67)
𝑅𝑒 =
𝜇
, (3.68)
1 6,9 ℇ/𝐷
= −1,8 log +
𝑓 𝑅𝑒 3,7
𝑓 = 4𝑓 (3.69)
A perda de carga por conta da altura de líquido no prato é calculada por meio
da Equação (3.70).
, 𝑄 (3.70)
ℎ = 0,0061 + 0,725ℎ − 0,283ℎ 𝑣 𝜌 + 1,225
𝒵
44
𝑑 +𝑤 (3.71)
𝒵=
2
𝑄 (3.72)
𝑣 =
𝐴
6𝜎 (3.73)
ℎ =
𝑔𝜌 𝑑 ,
Dessa forma, o cálculo da perda de carga total (ht) definido pela Equação (3.60),
pode ser reescrito como:
ℎ = ℎ + ℎ + ℎ + ℎ + (ℎ + ℎ ) (3.74)
Para que não haja inundação decorrente de arraste de líquido para pratos
superiores, o valor de ℎ deve ser menor ou igual à metade do valor do espaçamento
entre os pratos. Em caso de, após a introdução dos dados no programa, essa condição
não ser satisfeita, uma caixa de texto (Figura 17) aparece na tela pedindo para que o
usuário altere os parâmetros escolhidos.
Em que vow é a velocidade mínima da corrente gasosa para que não haja gotejamento e Z
é a distância do centro da coluna até o ponto em que o dique deve ser posicionado no
prato.
No caso em que vow calculado é menor do que vo, o programa exibe uma
mensagem informando ao usuário que ocorrerá problemas de gotejamento na coluna
que se deseja projetar, e que, portanto, ele deve trocar os parâmetros escolhidos na
seção “Heurísticos”.
𝐻 = (𝑁 − 1)𝑡 + Δℎ + 𝑁 𝑙 (3.76)
relação altura/diâmetro da coluna seja 20, não excedendo 30. No caso em que valores
acima de 55 m são calculados pelo programa, uma caixa de texto informa ao usuário
que essa altura não é recomendada e, portanto, ele deve alterar os parâmetros escolhidos
para o dimensionamento.
47
Tabela 6 - Tabela de comparação dos resultados obtidos pelo programa com o gabarito
dado pelo livro utilizado
Erro
Gabarito do livro-referência Resultados gerados pelo programa relativo
vop
(m/s) 3,49 3,3 5,4%
vf (m/s) 4,36 4,1 6,0%
dc (m) 1,1 1,1 0,0%
H (m) 16,25 16,2 0,3%
At (m²) 0,95 1 5,3%
Aa (m²) 0,64 0,676 5,6%
Ao (m²) 0,082 0,084 2,4%
Ad (m²) 0,084 0,089 5,9%
ht (m) 0,157 0,2 27,4%
Fonte: Autoria própria
A exceção é o valor para a perda de carga total (ht), que apresenta um erro
relativo de 27,4%. Prováveis causas para essa maior discrepância podem ser atribuídas
ao fato de que no cálculo desse parâmetro são utilizados valores de propriedades físicas
do sistema, tais como massa específica do ar, do metanol e da água. Dessa forma, os
valores utilizados no cálculo realizado pelo programa, obtidos do National Institute of
Standards and Technology, podem não estar em perfeita conformidade com a base de
dados de propriedades físicas de substância utilizada pelo livro. Além disso, no cálculo
de ht, são utilizados os valores das áreas, por exemplo, Ao, An, calculadas previamente
no algoritmo do programa, ocorrendo, portanto, propagação de erros no cálculo dessa
grandeza.
Após o input dos dados fornecidos pelo problema no programa (Figura 25), a
escolha dos heurísticos foi baseada nos valores informados pelo exemplo 8.1
mencionado acima, visto que esse foi o exemplo mais bem fundamentado para a escolha
desses parâmetros encontrados na literatura consultada.
Dados:
O resultado dado pelo livro para o diâmetro para a coluna descrita no exercício
é igual a 2,3 m. Dessa forma, comparando com o valor gerado pelo programa para esse
parâmetro (dc = 1,8 m), é obtido um erro relativo de 21,7 %.
obtém-se Nteórico = 7, sendo possível, desse modo, fazer a comparação com o número de
estágios teóricos calculados pelo programa.
Além disso, se for analisado o diâmetro da coluna para essa nova temperatura,
observa-se uma redução no erro relativo ao valor dado como solução pelo livro para
17,4 %. Possivelmente, a uma temperatura mais elevada, o valor das propriedades
físicas obtidas do National Institute of Standards and Technology se assemelham às
utilizadas pelo livro na resolução do exercício.
Dado que o valor da área total dos orifícios (Ao) é calculado a partir do valor
obtido para a área ativa (Aa), que, por sua vez é dimensionada com base no valor obtido
para a área da conduta descendente e do diâmetro da coluna, conforme estabelecido na
relação Aa/At pela Tabela 4, isto é, variáveis que independem de p e do, o valor dessa
variável deveria se alterar. Além disso, deveria se esperar que o valor da perda de carga
total (ht) sofresse alteração, com base na análise das Equações (3.64) e (3.74).
Parâmetros Parâmetros
calculados calculados
(cenário 1) (sem modificações)
vop
(m/s) 3,3 3,3
vf (m/s) 4,1 4,1
dc (m) 1,1 1,1
H (m) 16,2 16,2
At (m²) 1 1
Aa (m²) 0,676 0,676
Ao (m²) 0,068 0,084
Ad (m²) 0,089 0,089
ht (m) 0,3 0,2
hD (m) 0,161 0,104
Parâmetros Parâmetros
calculados calculados
(cenário 2) (sem modificações)
vop
(m/s) 3,3 3,3
vf (m/s) 4,1 4,1
dc (m) 1,2 1,1
H (m) 16,2 16,2
At (m²) 1,062 1
Aa (m²) 0,725 0,676
Ao (m²) 0,09 0,084
Ad (m²) 0,15 0,089
ht (m) 0,195 0,203
hD (m) 0,1054 0,104
Fonte: Autoria própria
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Poderia ser esperado que essa modificação pudesse causar uma alteração no
valor da perda de carga seca (hD), visto que se analisarmos a Equação (3.64), o valor de
do impacta nos valores da constante Co e no valor de Ao, como já discutido. A variação
no valor de hD é observada, no entanto, a alteração de ambos parâmetros não apresenta
uma influência tão acentuada em hD, já que os valores são muito próximos, sendo eles
0,1054 m e 0,104 m para o cenário 2 e para o item 4.1.1, respectivamente.
Poderia se esperar que a perda de carga total (ht) sofresse uma variação
acentuada devido a tantas mudanças nos parâmetros geométricos do equipamento.
Principalmente porque a proporção w/dc está diretamente relacionada à perda de carga
h1 (Equação (3.61)), e a área total dos orifícios (Ao) impacta no valor de hD através da
determinação do fator de atrito (Equação (3.68)), e da Equação (3.64).
pequena diferença. Dessa forma, nota-se que as alterações promovidas acabam por “se
compensarem” no impacto do referido parâmetro.
Assim, foram alterados o diâmetro dos orifícios (do) para 3 mm, o valor da
relação entre o mesmo com espaçamento dos orifícios (p), e o valor soma das perdas de
carga h1 e hw para 0,045 m. O objetivo foi tentar provocar uma perda de carga suficiente
para que ocorresse problemas de inundação por retenção de líquido (inundação do tipo
II).
Parâmetros Parâmetros
calculados calculados
(cenário 3) (sem modificações)
vop
(m/s) 3,3 3,3
vf (m/s) 4,1 4,1
dc (m) 1,1 1,1
H (m) 16,2 16,2
At (m²) 1 1
Aa (m²) 0,676 0,676
Ao (m²) 0,05 0,084
Ad (m²) 0,089 0,089
ht (m) 0,7 0,2
hD (m) 0,275 0,104
h2 (m) 0,341 0,0378
Fonte: Autoria própria
Visto que as mudanças nos heurísticos já foram avaliadas, são realizadas nessa
seção do presente trabalho mudanças nos parâmetros que influenciam majoritariamente
as condições do equilíbrio líquido-vapor, bem como os parâmetros geométricos de
dimensionamento desses equipamentos. Assim, foi selecionado o exercício 8.3, avaliado
no item 4.1.4 para esses testes.
Parâmetros Parâmetros
calculados calculados
(4.2.2.1) (sem modificações)
N 4 2
vop (m/s) 4 4
vf (m/s) 5 5
dc (m) 1,8 1,8
H (m) 4,8 3,6
At (m²) 2,646 2,646
Aa (m²) 1,934 1,934
Ao (m²) 0,241 0,241
Ad (m²) 0,235 0,235
ht (m) 0,3 0,3
Fonte: Autoria própria
De fato, essa era a resposta esperada pelo programa, visto que o aumento no
grau de separação das correntes está intimamente ligado aos estágios de equilíbrio
líquido-vapor necessários. Necessita-se um número maior de estágios para que as fases
líquida e gasosa tenham um melhor contato, de modo que haja uma transferência de
massa mais acentuada entre as fases. O aumento no número de pratos na coluna,
consequentemente, provoca um aumento em um parâmetro geométrico, a altura do
equipamento, o que é claramente esperado ao se analisar a Equação (3.76).
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Tabela 11- Comparação entre os parâmetros calculados no item 4.2.2.2 com os valores
calculados no item 4.1.4
Parâmetros Parâmetros
calculados calculados
(com modificação) (sem modificação)
N 3 2
vop (m/s) 4,5 4
vf (m/s) 5,6 5
dc (m) 2,3 1,8
H (m) 4,2 3,6
At (m²) 4,1 2,646
Aa (m²) 3,081 1,934
Ao (m²) 0,383 0,241
Ad (m²) 0,364 0,235
ht (m) 0,2 0,3
Fonte: Autoria própria
dos orifícios ser calculada conforme a relação descrita na Equação (3.49), a alteração no
valor da área ativa (Aa) modifica o valor de Ao.
Assim sendo, mais uma vez o programa proposto apresenta solidez diante de
modificações propostas nas condições de operação do problema escolhido, mostrando
um alinhamento preciso com as análises tanto matemáticas quanto teóricas a respeito
das mudanças sugeridas.
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Pode-se observar que, por exemplo, na seção 4.1.1 os parâmetros gerados pelo
programa estão em excelente concordância com os valores apresentados para os
parâmetros de dimensionamento da coluna na resolução do livro, com erros relativos
menores do que 10 %.
Este programa elaborado é uma ferramenta que pode ser utilizada para o
aprendizado e dimensionamento de colunas de absorção com determinadas
características, tais como: torre de pratos, operação isotérmica, correntes líquida e
gasosa em contracorrente, com absorção de um componente de interesse e em regime
permanente.
Além disso, foi possível perceber que a maior fonte de discrepância está nos
valores das propriedades termodinâmicas das substâncias em operação na torre, como,
por exemplo, densidade, viscosidade e a constante de Henry. Essas discrepâncias já
eram esperadas em virtude da dificuldade na obtenção de dados de equilíbrio líquido-
vapor confiáveis de forma gratuita. Destaca-se também que propriedades físicas e
termodinâmicas podem ter grande variação de acordo com as bases consultadas, como
foi evidenciado no presente trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GEANKOPLIS, C. J.; Transfer Processes and Unit Operations, 3ª ed., Estados Unidos
da América, Prentice-Hall International, 1993.
GOMIDE, R., Operações Unitárias, 2 ed., São Paulo, Gomide, 160p, 1980.
HAALAN, S. E.; Simple and Explicit Formulas for the Friction Factor in Turbulent
Pipe Flow, Journal of Fluids Engineering, v. 105, p.89-90, 1983.
HONEYWELL UNISIM ®
LABVIRTUAL, 2018
LEWIS, W.K., "The Efficiency and Design of RectifYing Columns for Binary
Mixtures", J.Ind.Eng.Chem., 4(6); 492-97, 1922.
NIST, National Institute of Standards and Technology, 2015. Disponível em: <
https://www.nist.gov/> . Acesso em: 28/10/2018.