Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Processos de Separação
Absorção
Curitiba
2016
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
SUMÁRIO
2
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Seleção do solvente
A seleção do solvente é muito importante. Frequentemente é utilizado a água, por ser barata e
ter características como:
Solubilidade dos gases: A solubilidade dos gases deve ser alta para que a taxa de
absorção seja grande e o equipamento e a vazão de solvente sejam menores.
Geralmente o solvente tem características semelhantes das substâncias a serem
absorvidas. Assim, óleos hidrocarbonetos são utilizados para absorver benzeno de
uma corrente gasosa e não água. Nos casos onde as soluções formadas são ideais, a
solubilidade do gás é a mesma em termos de frações molares para todos os solventes.
Para os solventes de baixa massa molecular devem ser utilizadas as frações mássicas
para obter maior precisão nos cálculos. Um solvente que reaja com o gás a ser
absorvido aumenta muito a solubilidade, mas tem que ser recuperado (a reação deve
ser reversível). Um exemplo, o H2S é facilmente absorvido com etanolamina em baixas
temperaturas e facilmente dessorvido em altas temperaturas. A soda cáustica pode
absorver o H2S mas como a reação é irreversível não pode ser regenerado.
Volatilidade: o solvente deve ter baixa pressão de vapor pois os gases que deixam a
coluna absorvedora em geral estão saturados com o vapor do solvente. Se necessário,
um segundo solvente menos volátil deve ser utilizado para recuperar os vapores do
primeiro solvente antes que os gases sejam liberados. Por exemplo, no caso de
colunas absorvedoras de hidrocarbonetos é utilizado um óleo para recuperar os
voláteis e os vapores do solvente são recuperados com outro óleo não volátil. O H2S
pode ser absorvido com um fenolato de sódio mas os gases devem ser lavados com
água para remover o fenol residual.
Corrosividade: Os materiais de construção a serem utilizados no equipamento não
devem ser especiais para reduzir custos iniciais. Assim, aceita-se no máximo um
tratamento anti-corrosivo para a solução.
Custo: O solvente deve ser barato para que as perdas não signifiquem custos
excessivos e deve ser facilmente adquirido.
Viscosidade: Os solventes com baixa viscosidade são os preferidos porque permitem
altas taxas de absorção, melhor capacidade de molhar o recheio, baixas perdas de
carga, melhores características para troca de calor, melhores coeficientes de
transferência de massa.
Estabilidade Química: O solvente deve ser quimicamente estável e, se possível, não
inflamável.
Toxicidade: Como é possível que vapores do solvente deixem a coluna de absorção,
não faz sentido eliminar um produto gasoso indesejável gerando outro.
Baixo ponto de congelamento: em regiões onde podem ocorrer baixas temperaturas
um congelamento de líquido dentro da coluna pode gerar danos irreversíveis.
3
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Exercício 1
O componente A está sendo separado em uma mistura gasosa de A+B em uma torre
de paredes molhadas. Em determinado ponto da coluna, a concentração no seio do
gás 𝑦𝐴 = 0,70 e no líquido 𝑥𝐴 = 0,10. A torre está operando a temperatura de 30 °C e
1,0 atm. Nestas condições os dados de equilíbrio são os seguintes:
1,00
0,95
0,90
0,85
0,80
0,75
0,70
0,65
0,60
0,55
0,50
0,45
YAG 0,40
0,35
0,30
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
0,00
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
XAL
4
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Exercício 2
Algumas vezes é útil ser capaz de converter um tipo de HTU em outro, sendo
facilmente deduzidas as relações:
𝐾𝑦 = 𝐾𝐺 𝑃
𝜌
𝐾𝑋 = 𝐾𝐿
𝑀
Por idêntico argumento:
𝐾𝑂𝑦 = 𝐾𝑂𝐺 𝑃
𝜌
𝐾𝑂𝑋 = 𝐾𝑂𝐿
𝑀
Logo:
𝐺 𝐺
𝐻𝑇𝑈 𝐺 = =
𝐾𝑦 𝑎 𝐾𝐺 𝑃𝑎
1 𝑎𝑃(𝐻𝑇𝑈)𝐺
=
𝐾𝐺 𝐺
Também:
𝐺 𝐺
𝐻𝑇𝑈 𝑂𝐺 = =
𝐾𝑂𝑦 𝑎 𝐾𝑂𝐺 𝑃𝑎
5
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
1 𝑎𝑃(𝐻𝑇𝑈)𝑂𝐺
=
𝐾𝑂𝐺 𝐺
Mas:
1 1 𝐻"
= +
𝐾𝑂𝐺 𝐾𝐺 𝐾𝐿
𝐻"𝐺
(𝐻𝑇𝑈)𝑂𝐺 = (𝐻𝑇𝑈)𝐺 +
𝐾𝐿 𝑎𝑃
Mas:
𝐿 𝐿
𝐻𝑇𝑈 𝐿 = 𝜌 =
𝐾𝐿 𝑀 𝑎 𝐾𝑋 𝑎
𝜌
𝐻"𝐺 𝐿 𝑀
(𝐻𝑇𝑈)𝑂𝐺 = (𝐻𝑇𝑈)𝐺 +
𝐾𝐿 𝑎𝑃 𝐿 𝜌
𝑀
𝜌
𝐺𝑝𝑎 𝑀
(𝐻𝑇𝑈)𝑂𝐺 = (𝐻𝑇𝑈)𝐺 + 𝐻𝑇𝑈 𝐿
𝐿𝑐𝑎 𝑃
𝐺𝑦𝑎
(𝐻𝑇𝑈)𝑂𝐺 = (𝐻𝑇𝑈)𝐺 + 𝐻𝑇𝑈 𝐿
𝐿𝑥𝑎
𝐻′𝐺
(𝐻𝑇𝑈)𝑂𝐺 = (𝐻𝑇𝑈)𝐺 + 𝐻𝑇𝑈 𝐿
𝐿
6
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
𝑘𝑦 𝑎 𝑦 − 𝑦𝑖
parte da resistência à transferência de
𝑦𝑇
𝑑𝑝
Veja que 𝐺. 𝑑𝑦 = 𝐺 , logo,
𝑃
𝑝𝐵
𝐺 𝑑𝑝 𝑘𝐺 𝑠/𝑚
𝐺. 𝑑𝑦 = 𝑘𝐺 𝑝 − 𝑝′ 𝑎. 𝑑 =
𝑘𝐺 𝑎𝑃 𝑝𝑇 𝑝 − 𝑝𝑖
Coeficientes globais de transferência de massa
𝑦𝐵
𝐺 𝑑𝑦 𝑘𝑦 𝑘𝑚𝑜𝑙/(𝑚2 𝑠
𝐺. 𝑑𝑦 = 𝑘𝑂𝑦 𝑦 − 𝑦 ∗ 𝑎. 𝑑 =
𝑘𝑂𝑦 𝑎 𝑦𝑇 𝑦 − 𝑦∗
𝑑𝑝
Da mesma forma, 𝐺. 𝑑𝑦 = 𝐺 , por isso,
massa...
𝑃
𝑝𝐵
𝐺 𝑑𝑝 𝑘𝐺 𝑠/𝑚
𝐺. 𝑑𝑦 = 𝑘𝑂𝐺 𝑝 − 𝑝∗ 𝑎. 𝑑 =
𝑘𝑂𝐺 𝑎𝑃 𝑝𝑇 𝑝 − 𝑝∗
𝑀
Veja que 𝐿. 𝑑𝑥 = 𝐿 𝜌 . 𝑑𝐶 logo,
𝐶𝐵
𝜌 𝑖 𝐿 𝑑𝐶
𝐿. 𝑑𝑥 = 𝑘𝐿 𝐶 − 𝐶 𝑎. 𝑑 = 𝜌𝑎 𝑘𝐿 𝑠/𝑚
𝑀 𝐾𝐿 𝐶𝑇 𝐶𝑖 −𝐶
𝑀
𝐶𝐵
𝜌 ∗ 𝐿 𝑑𝐶
𝐿. 𝑑𝑥 = 𝑘𝑂𝐿 𝐶 − 𝐶 𝑎. 𝑑 = 𝜌𝑎 𝑘𝐿 𝑠/𝑚
𝑀 𝑘𝑂𝐿 𝐶𝑇 𝐶∗−𝐶
𝑀
7
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
8
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
9
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Do gráfico:
(𝑌𝐴𝐺 − 𝑌𝐴∗ )
𝑌𝐴𝑖 − 𝑌𝐴∗
𝑚′ =
XAi − XAL
𝑌𝐴𝐺 − 𝑌𝐴∗ = 𝑌𝐴𝐺 − 𝑌𝐴𝑖 + 𝑚 ′ (𝑋𝐴𝑖 − 𝑋𝐴𝐿 )
1 1 𝑚′
= +
𝑘0𝑦 𝑘𝑦 𝑘𝑥
1 1 1
= ′ ′
+
𝑘𝑜𝑥 𝑘𝑦 𝑚 𝑘𝑥
10
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Colunas de Recheio
11
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
12
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
13
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Em princípio, qualquer material que permita ser molhado pelo líquido e que não
ofereça muita resistência à passagem do vapor pode ser utilizado como recheio de
uma coluna. Entretanto, algumas características limitam o número de dispositivos que
pode ser utilizado no interior da coluna, tais como:
14
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Critérios de Projeto
15
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
∆P no ponto de carga: 20 a 60
mmH2O/m
G - 65 a 80 % da vazão de
inundação
16
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
17
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
18
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
19
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
“Hold-up” do líquido
1 2
𝐹𝑟𝐿 3 𝑎 3 (1,0)
𝐿 = 12
𝑅𝑒𝐿 𝑎
Onde:
𝐿 = hold-up específico do líquido, m3 hold-up/m3 leito recheado
𝑣𝐿 𝜌 𝐿
𝑅𝑒𝐿 = número de Reynolds: ReL = 𝑎𝜇𝐿
(1.1)
20
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Exercício 3
Diâmetro da Coluna
𝑌 = 𝐹𝑝 𝐶𝑠2 µ0.1
𝐿 (1.6)
𝜌𝑔 1/2
𝐶𝑠 = 𝑣𝑔 (1.7)
𝜌𝐿 − 𝜌𝑔
21
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
4𝑄𝐺 0,5
𝐷= (1.8)
𝑓𝑣𝐺𝐹 𝜋
Perda de Carga
Onde:
Z=altura do recheio
𝑘𝑤 =fator da parede
1 2 1 𝑑𝑝
= 1+ (1.11)
𝑘𝑤 3 1−𝜀 𝐷
1−𝜀 (1.12)
𝑑𝑝 = 6
𝑎
64 1.8 (1.13)
𝛹0 = 𝐶𝑝 + 0.08
𝑅𝑒𝐺 𝑅𝑒𝐺
𝑣𝐺 𝑑𝑝 𝜌𝐺 𝑘𝑤 (1.14)
𝑅𝑒𝐺 =
1 − 𝜀 𝜇𝐺
22
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
∆𝑃 𝜀 1.5 𝑅𝑒𝐿
= 𝑒𝑥𝑝 (1.15)
∆𝑃0 𝜀 − 𝐿 200
0.5
𝐷𝐿 𝑎𝑣𝐿
𝑘𝐿 = 0.757𝐶𝐿 (1.16)
𝜀𝐿
3/4
𝐷𝐺 𝑃 𝑎 𝑅𝑒𝐺 2/3
𝑘𝑦 = 0.1304𝐶𝑣 0.5
𝑆𝑐𝐺
𝑅𝑇 𝜀(𝜀 − 𝐿 𝑘𝑤 (1.17)
Exercício 4
23
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Coeficientes de TM
Para a resistência na fase líquida, a correlação proposta foi a (eq. 1.16), onde
CL é uma constante empírica característica do recheio, tabela 4.2.
Para a resistência na fase gás, a correlação proposta foi a (eq. 1.17), onde CV
é uma constante empírica da tabela 4.2. ReG como definido na equação (1.14) e
Sc número de Schmidt
D AB
O gás entrará na torre a uma vazão de 180 kmol/h, a 303 K (29,84°C) e 110
kPa. A composição em mol do gás é 98% CO 2 e 2% etanol. A recuperação do álcool
deve ser de 97%. Água pura a 303 K entrará na coluna a uma vazão de 151,5 kmol/h,
a qual é 50% acima da taxa requerida para a recuperação especificada. A torre será
empacotada com anéis Hiflow metálicos (50 mm) e projetada para uma perda de carga
de 300 Pa/m de altura de recheio.
24
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
c.1) Cálculo do 𝐷𝐿
VC 167,1 cm 3 / mol
Etanol: 4,53 A (diâmetro de colisão , parâmetro de Lennard Jones )
362,3 K ( Lennard Jones )
k
1,15.Tb 1,18.Vb1 3
k
de ebulição normal)
0,19
D AB 1,25x108 (Vb 0,292)T 1,52 B
9,58
1,12
Vb
Em que: D AB Difusividade de A em soluções aquosas muito diluídas (cm 2 / s )
T K
B vis cos idade da água (cP )
c.2) Cálculo do DG
0,98 3 3 2
3,03 x10 T
1 2
AB
M
D AB
PM AB AB D
12 2
Onde:
25
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
AB =( A + B )/2
Onde:
KT AB A B
T* .
AB K K K
a=1,06036
b=0,15610
c=0,193
d=0,47635
e=1,03587
f=1,52996
g=1,76474
h=3,89411
Exercício 5
Uma corrente de 18.000 Nm3/h (60 °F, 1 atm) de uma gás contendo 42 % de CO 2, 40
% de metano, 10 % de etano e 8 % de propano deverá ser tratada em uma torre
recheada, com 400.000 kg/h de DEA a 25 %. Selecione o recheio e especifique o
diâmetro da torre, que operará a 3 kgf/cm 2 e 35 °C e que deverá absorver 95 % do
CO2. (Admita que o diâmetro seja para as condições de topo.)
Propriedades físicas a 35 °c
Grandeza Valor Unidade
Densidade da solução de DEA 1,02 g/cm3
Viscosidade da solução de DEA 1,2 cP
26
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
It is well known that the wall in a packed bed affects the packing density resulting in
void fraction variations in the radial direction. Mueller (1992) developed the following
equation to predict the radial void fraction distribution in a cylindrical tower packed with
equal-sized spheres:
𝜀 = 𝜀𝑏 + 1 − 𝜀𝑏 𝑗0 𝛼𝑟 ∗ exp(−𝛽𝑟 ∗ )
Where
3.15 𝐷
𝛼 = 7.45 − 𝑓𝑜𝑟 2.02 ≤ ≤ 13.0
𝐷/𝑑𝑝 𝑑𝑝
11.25 𝐷
𝛼 = 7.45 − 𝑓𝑜𝑟 ≥ 13.0
𝐷/𝑑𝑝 𝑑𝑝
0.725 0.220
𝛽 = 0.315 − 𝜀𝑏 = 0.365 +
𝐷/𝑑𝑝 𝐷/𝑑𝑝
𝑟
𝑟∗ = 0 ≤ 𝑟 ∗ ≤ 𝐷/2𝑑𝑝
𝑑𝑝
27
Profª Agnes Absorção Operações Unitárias III
Figura 11 – Oscillatory variation of void fraction near the walls of a packed bed.
28