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Extração da Clorofila

Disciplica de Fisico-Quimica Experimental I

Professor : Luis Roberto Brudna Hòlzle

Grupo: Josiel Dimas Froehlich

Akel Kanaan

Denise Tonato

Juliano Riela

Bagé, 3 de junho , 2009


1.Introdução

1.1 Fotometria

Quando a luz atravessa um meio homogêneo, ocorrem com ela fenômenos de reflexão, refração,
absorção e transmissão. A relação entre a intensidade da luz incidente e a intensidade de luz
transmitida foi estudada primeiramente por Lambert e estendida às soluções por Beer.
Segundo Lambert, a variação do decréscimo da intensidade de luz com a espessura do meio
adsorvente (𝑑𝐼 ⁄𝑑𝑙 ) é proporcional à intensidade de luz em um ponto, sendo I a intensidade de luz e l
a espessura da barreira. Assim a Eq.(1):

−𝑑𝐼
(1) = 𝐾′𝐼.
𝑑𝑙

Define-se a constante 𝐾′como o coeficiente de adsorção, e é uma característica do meio de


adsorção. Reordenando a Eq. (1) e integrando entre limites 𝑙 = 0correspondente a 𝑙0 e 𝑙 = 𝑙
para 𝐼, temos:

∫ −𝑑𝑙
= −𝐾′∫ 𝑙;
𝐼

𝐼
ln 𝐼 = −𝐾′𝑙;
0

𝐼
= e−𝐾′𝑙 ;
𝐼0

𝐼
= 10−𝐾′𝑙 ,
𝐼0

em que 𝐾 = 𝑘 ′⁄2,303sendo a constante 𝐾conhecida como coeficiente de extinção. A expressão


𝑙 ⁄𝑙0 é a fração de luz transmitida e recebe o nome de transmitância (𝑇). O logaritmo decimal reciproco
log(𝑙0 ⁄𝑙 )
dessa relação é conhecido como absorvência (𝐴)(no passado, chamava-se “densidade

óptica”). Esse numero tambem é conhecido como extinção (𝐸)ou absorção (𝐴). Observar a notação:
𝐼
𝐴 = log 𝐼 = −log𝑇 = 𝐾𝑙.
0

Para uma substância absorvente dissolvida em um solvente transparente,o decréscimo na intensidade


da luz é proporcional, também, à concentração da solução; logo:
−𝑑𝐼
= ɛ′𝐼𝑐,
𝑑𝑙

sendo:

𝑐 a concentração, em mols por litro; e

ɛ′ o coeficiente molar de absorção.


Assim:

𝐴 = −ln𝑇 = ɛ′. 𝑐. l.

A relação correspondente, dada em logaritmos decimais, é:

𝐴 = −log𝑇 = ɛ. 𝑐. 𝑙,

sendo ɛo coeficiente de extinção.

1.1.1. Aplicações

Em fotometria, exceto no caso das aplicações comuns em laboratórios cientificos e industriais,


por meio da fotometria de chama, infravermelha, de luz visível e ultravioleta, cabe um destaque
especial aos raios X e raios gama, que ultimamente vêm ocupado de relevo nos ensaios não-
destrutivos.
Sabe-se que as radiações X se devem ao deslocamento dos elétrons relativamente aos seus niveis
de energia, ao passo que as radiações gama são emitidas por nucles atômicos, em geral excitados por
bombardeamento com neutrôns de captura. Como produto dessa excitação, temos radiação gama.
Embora os raios X apresentem intensidade constante – o que é uma vantagem, já que a fonte de
raios gama decai exponencialmente com o tempo, havendo nesse caso necessidade de recarga do
aparelho - , sabe-se também que os raios X podem ser regulados segundo a conveniência de
intensidade.
Por outro lado, aparelhos geradores de raios X são mais caros, inclusive quanto à manutenção,
sem contar que, em geral, seu deslocamento para o local de aplicação envolve mais dificuldades,
como, por exemplo, a fonte de energia elétrica. Os aparelhos de gamagrafia são bastante versáteis,
podendo ser usados no local em que a peça está sendo examinada, sem necessidade de energia elétrica
e sem grandes riscos de destruição, além de serem portáteis.

1.2. Carvão Ativado

Carvão ativado (ativo) é um carvão moído ou granular que apresenta poros muito finos, que
proporcionam uma grande área superficial efetiva. Se as paredes dos poros de um grama desse
material fossem recortadas e costuradas como em uma colcha de retalhos, ocupariam uma área de
mil metros quadrados.
Uma das formas de obtenção de carvão ativo é a queima controlada com baixo teor de
oxigênio, de madeiras de alta dureza, como a do nó de pinho, a uma temperatura entre 800°C a
1000°C. O controle serve para que não ocorra a queima total da madeira, para que seja mantida sua
estrutura porosa.
O carvão ativado tem a capacidade de coletar seletivamente gases, líquidos ou impurezas em
sua superfície (no interior dos poros). Essa capacidade é chamada de adsorção.
A adsorçaõ é o resultado de uma atração elétrica entre a superfície e a molécula, que faz com
que esta fique "presa". Quanto menor a temperatura de uma superfície, maior a sua capacidade de
adsorção. No caso do carvão ativado, é possível utilizá-lo várias vezes. Primeiro aquecendo-o para
que libere o material preso, e depois esfriando-o.
Os usos mais comuns para o carvão ativo são a adsorção de gases (na forma de filtros) e no
tratamento de águas, onde o carvão se destaca por absorver, em seus poros, impurezas de diferentes
origens.
Uma experiência doméstica ilustra como produzir e usar o carvão ativo: aquece-se um
pedaço de carvão para churrasco, colocando-o logo depois no interior da geladeira. Após algum
tempo, o cheiro que emana da geladeira estará mais fraco. As substâncias odoríferas emitidas pelos
alimentos foram adsorvidas.

2. 0bjetivo

Realizar a extração da clorofila, utilizando-se carvão ativado, para modo de serem análisadas
as amostras coletadas no experimento utilizando-se o aparelho de Espectrofotometria (
Espectrofotômetro).

3. Materiais e Métodos Utilizados (Procedimento)

3.1. Materiais

3.1.1. Vidrarias

- 5 béqueres de 50 ml(Satelit);
- 6 Cubetas;
- 1 vidro de relogio.

3.1.2. Equipamentos

- 1 tesoura;
- 1 micropipeta (0,5 ml);
- 3 agitadores;

- 1 balança semi-analítica.

3.1.3. Reagentes

- água destilada;

- alcool (etanol comercial);

- carvão ativado.

3.2. Procedimentos

Cortou-se com a tesoura uma quantidade de folhas de laranjeira , em seguida tarou-se o vidro
de relógio e pesou-se aproximadamente 1 g de folhas de laranjeira, já devidamente cortadas em
pequenos pedaços, na balança semi-analítica . N a solução (I), colocou-se essa massa de folhas de
laranjeira em um becker, adicionando-se 50 ml de água destilada e carvão ativado ( com massas de
0,5g, 1,0g e 1,5g para as soluções das amostras 1, 2 e 3 respecitvamente) no mesmo, colacando-se o
conjunto para agitar no agitador( com auxilio do “peixinho”), durante aproximadamente 15, 30 e 45
minutos, para as amostras 1, 2 e 3 respectivamente.
Esse procedimento foi realizado também para as seguintes soluções: (II). 1 g de folhas de
laranjeira em 50 ml de etanol(alcool comercial), (III). 1 g de folhas de laranjeira em 50 ml de solução
( água e etanol na proporção de 1:1 ), ( IV). Repetiu-se o processo (II), porém com aquecimento
entre 50º C e 60º C, (V). Repetiu-se o processo (III), também com aquecimento ente 50º C e 60º C.
Com a micropipeta, retirou-se aproximadamente 4 ml de cada uma das soluções e acondicionou-
se separadamente em cada cubeta. Finalizando-se o experimento, todas as cubetas foram colocadas
no espectrofotometro (regulado para 660 nm) para analisar-se a quantidade de clorofila adsorvida
pelo carvão ativado no experimento. Todo o experimento foi realizado três vezes, dividindo-se o
mesmo em três amostras.

4. Resultados e Discussões

A seguir, estão as massas das folhas de laranjeira pesadas para todas as soluções realizadas:

I . 𝑚1 = 1,072𝑔 III . 𝑚3 = 1,030𝑔 V . 𝑚5 = 1,031𝑔


II .𝑚2 = 1,032𝑔 IV .𝑚4 = 1,025𝑔

Abaixo estão os valores da extração da clorofila em cada uma das soluções realizadas com o
auxilio do espectrofotometro para as três amostras :

1º Amostra

ÁGUA I II III IV V
0,002 A 0,058 A 0,337 A 0,267 A 0,478 A 0,168 A

Tabela 1: soluções medidas no espectrofotometro para 1º amostra.

2º Amostra

ÁGUA I II III IV V
0,005 A 0,048 A 0,268 A 0,207 A 0,467 A 0,393 A

Tabela 2: soluções medidas no espectrofotometro para 2º amostra.

3º Amostra

ÁGUA I II III IV V
0,005 A 0,137 A 0,175 A 0,350 A 0,644 A 0,435 A

Tabela 3: soluções medidas no espectrofotometro para 3º amostra.

Com os dados obtidos nas tabelas 1, 2 e 3 respectivamente, plotando-se em um gráfico os dados


obtidos nas mesmas :
5. Conclusão

Através dos dados obtidos no experimento foi possivel verificar a quantidade de clorofila
extraida através da adsorção com carvão ativado, medindo-se a mesma com o espectrofotometro.
Observando-se assim a diferença de clorofila absorvida por cada amostra, utilizando-se diferentes
reagentes como o etanol e a agua, que a quente apresentaram um rendimento melhor de absorção que
a frio.

6. Referências Bibliográficas

[1] RANGEL, N. R. Fisico-Quimica: Práticas de Fisico-Quimica. 3º edição revista e ampliada -


São Paulo: Editora Edgard Blucher, 2006.

[2] http://www.ufsm.br/nitrico/site/carvao_ativo.htm.

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