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Definição de Limite

O conceito de limite é certamente o mais importante, e provavelmente o mais difícil um em


todos os cálculos.
O que se define não é a palavra "limite" mas a noção de uma função que se aproxima de um
limite.
Definição provisória
A função f aproxima-se do limite L quando x está perto de x 0, se conseguirmos fazer f ( x )
tão próxima quanto se queira de L, exigindo que x esteja suficientemente, mas
desigualmente, próximo de x 0.
Considere os gráficos de três funções arbitrárias:

Nos gráficos (a), (b) e (c) acima, todas as três funções f ( x ) , g ( x ) e h ( x ) se aproximam de L
quando x se aproxima de x 0.

Em (a) temos f ( x 0 ) =L, em (b) temos que g não é definida em x 0, em (c) temos que h ( x 0 ) ≠ L .

Nos três casos podemos escrever


lim f ( x ) =L
x→ x 0

Vejamos novamente três gráficos


Nos três gráficos ilustramos o caso em que f ( x ) não se aproxima de L.

Em (a) temos que f ( x 0 ) =L, entretanto f ( x ) se aproxima de L quando x se aproxima de x 0


somente pela esquerda; quando x se aproxima de x 0 pela direita f ( x ) não se aproxima de L
Neste caso podemos escrever
lim ¿ L=f ( x 0 ) e lim ¿
− +¿
x→ x 0 x → x0 ≠ L¿

lim não existe


x→ x 0

Em (b) temos que f ( x ) se aproxima de L pela esquerda, f ( x 0 ) não existe, alám disso, f ( x ) fica
oscilando à direita de x 0
Neste caso podemos escrever
lim ¿ L e lim
+¿
¿

x→ x 0 x → x 0 não existe ¿

lim não existe


x→ x 0

Em (c) temos que f ( x ) ão se aproxima de L nem pela esquerda e nem pela direita
Neste caso podemos escrever
lim não existe
x→ x 0

Uma forma conveniente de ilustrar a afirmação de que f se aproxima de x 0 é fornecida por


um método, onde desenhamos duas retas paralelas e ligamos por setas de um ponto x em
uma reta a f ( x ) na outra reta. A figura abaixo ilustra esse método para duas diferentes
funções.
Considere uma função f cujo gráfico aparece na figura abaixo:

É fácil ver que f ( x ) está próximo de L se está dentro do intervalo aberto B. Isto pode ser
garantido se considerarmos apenas os números x na intervalo A .
Resaltamos que não importa o quanto pequeno for o intervalo B, pois há sempre um
intervalo abreto A tal que se x ∈ A , então f ( x ) ∈ B .
Uma interpretação geométrica semelhante é possível em termos do gráfico de f , mas neste
caso o intervalo B deve ser desenhado no eixo vertical, e o intervalo A no eixo horizontal. O
fato de f ( x ) está em B quando x está em A significa que a parte do gráfico projetado sobre
A está contida na região que é delimitada pela linha horizontal através dos pontos finais de
B; compare as figuras abaixo, onde na primeira figura um intervalo válido A foi escolhido e
na segunda figura um intervalo A é demasiado grande.
Para aplicar a nossa definição a uma determinada função, consideremos a função
1
f ( x )=x sin
x
Apesar do comportamento errático desta função próximo de 0 , é claro, pelo menos
intuitivamente, que f se aproxima de 0 quando x se aproxima de 0 , e é certamente de
esperar que a nossa definição nos permita chegar à mesma conclusão.
No caso em que estamos considerando, ambos x 0 e L da definição são ambos iguais a 0 ;
1
então devemos perguntar se podemos obter f ( x )=x sin tão próximo de 0 como desejado,
x
quando x está suficientemente próximo de 0 .
1 1
Para especificar, suponha que queremos obter x sin próximo de 0 . Isto significa que
x 10
queremos


1
10
< x sin ()
1
<
x 10
1

Ou mais sucintamente,

∣ x sin ( 1x )∣< 101


Ora, como

∣sin ( 1x ) ∣≤1
para todo x ≠ 0 temos que

∣ x sin ( 1x )∣≤ ∣ x ∣
1
Isto significa que se ∣ x ∣< e x ≠ 0 , então
10

∣ x sin ( 1x )∣< 101


Em outras palavras, x sin ( 1x ) está próximo 101 de 0 desde que x esteja próximo 101 de 0,
1
porém diferente de 0 .Não há nada de especial sobre o número ; é igualmente fácil de
10
1 1
garantir que ∣ f ( x ) −0 ∣<sempre que ∣ x ∣< , porém x ≠ 0 . De fato, se tomarmos um
10 100
número positivo ɛ , podemos fazer ∣ f ( x ) −0 ∣< ɛ requerendo que ∣ x ∣<ɛ e x ≠ 0 .
2 1
Para a função f ( x )=x sin , cujo gráfico está na figura abaixo,
x
Podemos ver claramente que f se aproxima de 0 quando x se aproxima de 0 . Por exemplo,
queremos que
2 1 1
∣ x sin ∣<
x 10
1
Então, nós nececssitamos somente requerer que ∣ x ∣< , e x ≠ 0 , poius isto implica que
10
$$\mid x^2\mid<\fra {1}{100}$$
e consequentemente
2 1 2 1 1
∣ x sin ∣≤∣ x ∣< <
x 100 10
1
Podemos fazer melhor, e permitir ∣ x ∣< e x ≠ 0 , mas não há nenhuma virtude
√10
particular em ser tão econômico quanto possível.
Emm geral, se ɛ > 0, para assegurar que
2 1
∣ x sin ∣< ɛ
x
nós necessitamos requerer somente que ∣ x ∣<ɛ e x ≠ 0 desde que ɛ ≤ 1.
Se nos for dado um ɛ > 1 (não se pode pensar que somente ɛ 's pequenos são de interese),
então é suficiente requerer que ∣ x ∣<1 e x ≠ 0 .
Para um terceiro exemplo considere a função
1
f ( x )= √∣ x ∣sin
x

Para fazer
1
∣ √ ∣ x ∣sin ∣< ɛ
x
precisamos que

∣ x ∣<ɛ 2 e x ≠ 0
(a álgebra é deixada ao seu critério).
1
Finalmente consideremos a função f ( x )=sin
x
Para esta função é falso que f se aproxime de O quando x se aproxima de 0 . Isto equivale a
dizer que não é verdade para cada número ɛ > 0 que podemos obter ∣ f ( x ) −0 ∣< ɛ
escolhendo x suficientemente pequeno, e ≠ 0. Para mostrar isto temos simplesmente de
encontrar um ɛ > 0 para o qual a condição |f ( x ) −0 ) <ɛ não pode ser garantida, não importa
1
quão pequeno exijamos que ∣ f ( x ) ∣ seja. De fato, ɛ = será: é impossível garantir que
2
1
∣ f ( x ) ∣< por mais pequena que seja a nossa exigência ∣ x ∣ ser; pois se A for qualquer
2
1
intervalo contendo 0 , então existe algum número x= que se encontra neste
90+360 n
intervalo, e para este x temos f ( x )=1 .
Observando a figura abaixo, este mesmo argumento pode ser usado para mostrar que f não
se aproxima de nenhum número próximo de 0 .
Para mostrar isto temos de encontrar novamente, para qualquer número em particular l ,
algum número ɛ > 0 tal que ∣ f ( x ) −l ∣< ɛ não é verdade, não importa quão pequeno x possa
1
ser. A escolha ɛ = funciona para qualquer número l ; ou seja, não importa o quão pequeno
2
1
se exige que ∣ x ∣ seja, não podemos assegurar que ∣ f ( x ) −l ∣< . A razão é, que para
2
1
qualquer intervalo A contendo 0 há algum x 1= neste intervalo, tal que
90+360 n
f ( x 1 ) =1,

1
e também x 2= neste intervalo, tal que
270+360 m
f ( x 2 ) =−1

1 1
porém o intervalo de l − a l+ não pode conter ambos 1 e −1 , pois o comprimento deste
2 2
intervalo é somante 1; assim, não podemos ter
1 1
∣1 −l∣< e também ∣−1− l∣<
2 2
não importanto qual seja l .
1
O fenômeno exibido pela função f ( x )=sin próximo de 0 pode ocorrer de outras maneiras.
x
Considere a função

f ( x )= {01,,sesexxééirracional
racional )

Então, não importa qual seja a , f ( x ) não se aproxima de qualquer número l quando x está
próximo de a . De fato,
1
nós não podemos fazer ∣ f ( x ) −l ∣< não importanto o quanto aproximamos x de a porque
4
em qualquer intervalo em torno de a existem números x tais que f ( x )=0 e também
1 1
números x tais que f ( x )=1 , e necessitariamos que ∣0 −l ∣< e também ∣1 −l∣< .
4 4
Uma variação sobre este comportamanto é apresentada pela função

{
f ( x )= x , se x é racional
0 , se x é irracional )
cujo gráfico é mostrado na figura abaixo:
1
O comportamento desta função é "oposto" ao de g ( x )=sin , pois g ( x ) se aproxima 0
x
quando x se aproxima de 0 , porém não se aproxima de qualquer número a , se a ≠ 0. Nesta
altura, não devemos ter dificuldade em convencer-se de que isto é verdade.
Em contraste com as funções consideradas até agora, que têm sido bastante complicadas,
vamos agora examinar algumas das funções mais simples
Considere a função f ( x )=c . Então f ( x ) se aproxima de c para qualquer que seja x ; de fato,
para assegurar que ∣ f ( x ) −c ∣< ɛ não é necessário que x esteja próximo de a , pois a
condição é automaticamente satisfeita, como podemos observar na figura abaixo.
Uma ligeira variação é apresentada pela função

f ( x )= {−11 , ,sesexx>0<0)
cujo gráfico está na figura abaixo:

Se a> 0, então f ( x ) se aproxima de 1 quando x se aproxima de 0 ; de fato, para assegurar que


∣ f ( x ) −1 ∣< ɛ é suficiente requerer que ∣ x − a ∣< a, pois isto implicaria que
− a< x − a<a ou 0< x <2 a

e assim, f ( x )=1 .
Da mesma forma, se b< 0, então f ( x ) se aproxima de −1 quando x se aproxima de 0 ; de fato,
para assegurar que ∣ f ( x ) − ( −1 ) ∣< ɛ é suficiente requerer que ∣ x − b ∣<− b, pois isto
implicaria que
− (− b ) < x −b<− b ou 2 b< x <0

e assim, f ( x )=− 1. Finalmente, pode ser visto que f não se aproxima de qualquer número
próximo de 0 .
A função f ( x )=x é facilmente tratada. É fácil ver que f ( x ) se aproxima de a quando x se
aproxima de a . Para assegurar que ∣ f ( x ) −a ∣< ɛ basta requerer que ∣ x − a ∣< ɛ .

A função f ( x )=x 2 requer um maior trabalho.

Para mostrar que f ( x ) se aproxima de x 20 quando x se aproxima de x 0, devemos assegurar


que \begin{equation} \mid x^2-x_0^2\mid<ɛ \hspace{5cm}(1) \end{equation} Fatorando,
temos que
∣ x − x 0 ∣⋅ ∣ x + x 0 ∣<ɛ

O fator ∣ x + x 0 ∣ é o que deverá causar problema, pois não há necessidade de fazer ∣ x + x 0 ∣


particularmente pequeno. Por exemplo, se ∣ x +a ∣<1.000 .00, então para que a inequação
ɛ
(1) seja satisfeita é necessário que ∣ x − a ∣< .
1.000 .000
Portanto, para começar, vamos exigir que ∣ x − a ∣<1; presumivelmente, isto irá assegurar
que x não seja demasiadamente grande, e consequentemente que ∣ x + x 0 ∣ não é muito
grande. De fato, o problema 1-12 mostra que
∣ x ∣− ∣a ∣≤ ∣ x − a ∣<1
assim,
∣ x ∣<1+∣a ∣
e consequentemente
∣ x +a ∣≤ ∣ x ∣+∣ a ∣<2 ∣a ∣+1
Agora, se

(
∣ x − a ∣< min 1 ,
ɛ
2 ∣a ∣+1
, )
temos que

∣ x 2 − a2 ∣< ɛ
Naturalmente,
min 1,( ɛ
=
ɛ
)
2∣ a∣+1 2 ∣a ∣+1

quando ɛ for suficientemente pequeno.


O mesmo truque usado para a função f ( x )=x 2 pode ser usado para a função f 9 x ¿=x 3; em
outras palavras, se f ( x )=x 3 , então f ( x ) se aproxima de x 30 quando x se aproxima de x 0. De
fato, se

( )
ɛ
∣ x − x 0 ∣< min 1 , 2
2
( 1+∣ x 0 ∣) +∣ x 0 ∣ ( 1+ ∣ x 0 ∣ )+ ∣ x 0 ∣
então
3 3
∣ x − x 0 ∣< ɛ

A prova desta asserção mostrará de onde vem o estranho denominador


Se ∣ x − x 0 ∣< 1, então
∣ x ∣<∣ x 0 ∣+1 ,

e consequentemente \begin{eqnarray} \mid x^2+x_0x+x_0^2\mid & \leq & \mid x\


mid^2+\mid x_0\mid \mid x\mid+\mid x_0\mid^2 \nonumber \ & < & (1+\mid x_0\
mid)^2+\mid x_0\mid(1+\mid x_0\mid)+\mid x_0\mid^2 \end{eqnarray} Portanto, \
begin{eqnarray} \mid x^3-x_0^3\mid & = & \mid x-x_0\mid \mid x^2+x_0x+x_0^2\mid \
& < & \frac{ɛ}{(1+\mid x_0\mid)^2+\mid x_0\mid(1+\mid x_0\mid)+\mid x_0\mid^2}\
cdot [(1+\mid x_0\mid)^2+\mid x_0\mid(1+\mid x_0\mid)+\mid x_0\mid^2] \ & = & ɛ \
end{eqnarray}
Devemos observar que todas as manifestações vistas anteriormente sobre limites nenhuma
delas foi com prova real.
O problema está na nossa definição provisória de aproximação a um limite, que é
vulnerável.
Esta definição não é precisa, pois não temos como provar o que significa "próxima". Não é
claro como se faz " f ( x ) próximo de L, exigindo x estar suficientemente perto de x 0". Os
argumentos utilizados na definição provisória foram bastantes convincentes. Entretanto,
somos forçados a criar uma verdadeira definição para limites de uma função. É possível
chegar a esta definição em várias etapas, cada uma delas esclarecendo alguma frase
obscura que ainda permanece. Começemos mais uma vez com a definição provisória.
"A função f se aproxima do limite L quando x se aproxima de x 0, se conseguirmos fazer f ( x )
tão próximo de L, exigindo que x esteja suficientemente próximo, mas desigual a x 0".
Nesta definição, podemos observar que "fazer f ( x ) próximo de L" significa fazer ∣ f ( x ) − L ∣
suficientemente pequeno, e de forma semelhante para x e x 0.
A função f aproxima-se do limite L, se conseguirmos fazer ∣ f ( x ) − L ∣ tão pequeno quanto
se queira, exigindo que ∣ x − a ∣ também seja suficientemente pequeno e x ≠ x 0.
Ora, fazer ∣ f ( x ) − L ∣ tão pequeno quanto se queira significa dizer que para qualquer ɛ > 0
dado, temos que ∣ f ( x ) − L ∣< ɛ , requerendo que ∣ x − x 0 ∣ suficientemente pequeno e x ≠ x 0.
Existe um padrão comum a todas as manifestações sobre limites que temos dado.
Para cada número ɛ > 0, encontramos um outro número positivo, digamos δ , com a
propriedade que se x ≠ x 0 e ∣ x − x 0 ∣< δ , então ∣ f ( x ) − L ∣< ɛ .
1
Para a função f ( x )=x sin , com x 0=0 e L=0, o número δ foi exatamente o número ɛ .
x
1
Para f ( x )= √∣ x ∣sin , o número δ foi ɛ 2.
x
ɛ
Para a função f ( x )=x 2, o número δ foi o mínimo de 1 e .
2∣ x 0 ∣+1

Em geral, pode não ser claro como encontrar o número δ dado ɛ ; porém é a condição
∣ x − x 0 ∣< δ é que exprime o quanto suficientemente pequeno deve ser δ .

A função f se aproxima do limite L quando x se aproxima de x 0, se para todo ɛ > 0 existe


algum δ >0 tal que, para todo x , se ∣ x − x 0 ∣< δ e x ≠ x 0, então ∣ f ( x ) − L ∣< ɛ .
Esta é praticamente a definição que iremos adotar. Faremos apenas uma mudança trivial:
notando que ∣ x − x 0 ∣< δ e x ≠ x 0 pode ser expresso
0<∣ x − x 0 ∣<δ

Definição formal de limites (Limite bilateral)


A função f se aproxima do limite L quando x se aproxima de x 0 significa que para todo ɛ > 0
existe algum δ >0 tal que, para todo x , se 0<∣ x − x 0 ∣<δ , então ∣ f ( x ) − L ∣< ɛ .
Se não é verdade que
Para todo ɛ > 0 existe algum δ >0 tal que, para todo x , se 0<∣ x − x 0 ∣<δ , então ∣ f ( x ) − L ∣< ɛ
,
então
existe algum ɛ > 0 tal que para todo δ >0 existe algum x o qual satisfaz 0<∣ x − x 0 ∣<δ porém
não ∣ f ( x ) − L ∣< ɛ .
1
Para mostrar que a função f ( x )=sin não se aproxima de 0 quando x se aproxima de 0 ,
x
1
consideremos ɛ = e notemos que para todo δ >0 existe algum x com 0<∣ x −0 ∣< δ porém
2
1 1 1
não ∣sin −0 ∣< , a saber, um x da forma , onde n ∈ Z (muito grande) tal que
x 2 90+360 n
1
<δ ; observe
90+360 n
1 1
∣sin −0 ∣=∣sin ∣=∣sin ( 90+360 n ) ∣=∣1∣=1
x 1
90+360 n
Vamos ilustar, com uso da definição, como uma função se aproxima de um limite através da
função

{ )
0 , x irracional , 0< x <1
f ( x )= 1 p
,x= , p,q∈Z ,q≠0
q q

Reforcemos que p e q são relativamente primos.

Para qualquer número x 0, com 0 ≤ x0 <1, a função f ( x ) se aproxima de 0 quando x se


aproxima de x 0. De fato, consideremos qualquer número ɛ > 0, e seja n um número natural,
grande o suficiente, de tal modo que
1
≤ɛ
n
Ora, pela definição de f ( x ) , ∣ f ( x ) −0 ∣< ɛ seria falso somente para números x da forma
1 1 2 1 3 1 2 3 4 1 n −1
, , , , , , , , , ⋯ , ,⋯ ,
2 3 3 4 4 5 5 5 5 n n
Observemos que se x 0 é racional, então x 0 pode ser um desses números.
No entanto, só existe uma quantidade finita desses números. Portanto, de todos esses
p p
números, um é mais próximo de x 0; ou seja, ∣ − x 0 ∣ é menor que o número dentre
q q
todos entre esses números. ( Se x 0 acontece ser um desses números, então consideremos
p p
somente os valores ∣ − x 0 ∣ para ≠ x 0 . Assim, a menor distância pode ser escolhida
q q
como sendo δ . Desta forma, se 0<∣ x − x 0 ∣<δ , então x não é nenhum dos números
1 n −1
,⋯,
2 n
e portanto, ∣ f ( x ) −0 ∣< ɛ é verdade.
Notemos que a descrição de δ para um dado ɛ é completamente adequada.
Noção intuitiva de limite

f ( x )=− x 2+2 x
f ( − 1)
2
f ( − 1 )=− (− 1 ) + 2 ( − 1 )=−1 −2=−3
f ( x+ h ) − f ( x )
h
a) f ( x )=2 x +1
f ( x+ h ) − f ( x ) 2 ( x +h ) +1 − ( 2 x+ 1 ) 2 x+ 2h+1 −2 x − 1 2 h
= = = =2
h h h h
2 3
lim 3 k x −5 k x+ 3 k − 1=
x →5 2
2 3
3∗k∗5 − 5∗k∗5+3∗k − 1=
2
3
75 k −25 k +3 k − 1=
2
5
53 k =
2
5
k=
106
2 2
lim x − k
x→ 1
=lim ( x + k ) ¿ ¿
x+ k x →1

1 −k =1 ⇒ k =0
lim 4 x 5+ 9 x +7
x→ 1 f (x)
6 3
=
3 x + x +1 g( x)
6 3
g ( 1 )=3∗1 +1 + 1=5 ≠ 0

f ( 1 ) =4∗15 +9∗1+7=20

lim 4 x 5+ 9 x +7
x→ 1 f ( x ) f ( 1 ) 20
= = = =4
6
3 x + x +1 3
g ( x ) g (1) 5
f ( x )=| x −2 )+| x −1 )
x é um número real qualquer

{− x , s e x< 0)
|x )= x , s e x ≥ 0

Para x <1, temos que


x − 2<0; assim, |x −2 )=− ( x −2 ) .,
x − 1<0; assim, |x −1 )=− ( x −1 )
Desta forma,
f ( x )=| x −2 )+| x −1 ) =− ( x − 2 ) + ( − ( x −1 ) )=−2 x +3

Para x >2, temos que


x − 2>0; assim, |x −2 )=x −2,
x − 1>0; assim, |x −1 )=x −1
Desta forma,
f ( x )=| x −2 )+| x −1 ) =x −2+ x −1=2 x − 3
Para 1 ≤ x ≤2, temos que
x − 2<0; assim, |x −2 )=− ( x −2 ) .,
x − 1>0; assim, |x −1 )=x −1
Desta forma,
f ( x )=| x −2 )+| x −1 ) =− ( x − 2 ) + x − 1=− x +2+ x − 1=1
f ( x+ h ) − f ( x )
h
a) f ( x )=− 2 x 2 +3
f ( x +h )=−2 ( x+ h ) + 3=− 2 ( x 2 +2 x h+ h2 )+ 3
2

lim f ( x ) − f (1 )
x→ 1
x −1

f ( x )= {x2+1x ,,xx<1≥1)
lim ¿
+¿ f ( x ) − f (1 )
x→ 1 = lim ¿¿
x −1 x→1
+¿ x +1 −2
= lim ¿¿
x− 1 x → 1 +¿ x −1 =1¿
x −1

lim f ( x ) − f (1 )
x →1−
= lim ¿
x −1 x →1
+¿ 2 x −2
= lim ¿¿
x− 1 +¿ 2( x− 1 )
x→1 =2¿
x −1

lim f ( x ) − f (1 )
x→ 1
x −1
Não existe, pois os limites laterais são diferentes
lim 1 −cos x
x →0 0
=
x 0
a
∗c
b ac
=
d bd
2 2
a − b =( a+ b ) ( a −b )
2 2
sin x+ cos x=1
1− cos x
∗1+ cos x
1− cos x x ( 1 −cos x ) ( 1+cos x ) 12 −cos 2 x sin2 x sin x sin x
= = = = =
x 1+cos x x ( 1+cos x ) x ( 1+cos x ) x ( 1+ cos x ) x 1+ cos x
lim 1 −cos x lim sin x
x→0 x →0 sin x
=
x x 1+ cos x
lim sin x
x →0
lim 1 −cos x ∗lim sin x
x →0 x x →0
= =1∗0=0
x 1+cos x
f ( x ) é contínua em x= p se:
1) f é definida em x= p
2) lim ¿x → p f ( x ) ¿ existe

3) lim ¿x → p f ( x ) =f ( p ) ¿

{ )
x 2+ x
,x≠−1
f ( x )= x+1
2 , x=− 1

É contínua em x=− 1 ?
Não, pois f não é definida em x=− 1
lim f ( x ) E x i s t e ?
x→ −1

Ora, vamos calcular os limites laterais.


lim ¿
2
x +x
+¿
x→ −1 = lim ¿¿
x+1 +¿ x ( x+1 )
x →−1 = lim ¿¿
x+1 x → −1 +¿ x =−1 ¿

2
lim x + x lim x ( x+1 )
− −
x →− 1 x →− 1
= = lim x=− 1
x +1 x+1 x →− 1

2
lim x + x
x →− 1
=−1
x +1
Mas, este limite não é igual a f ( − 1 ), pois f ( − 1 ) não existe.
Em x=0 ?

lim x 2+ x
x →0 0
= =0
x +1 1
f ( 0 )=0
Portanto, f é contínua em x=0 .
lim 1 −sin x
π
x→
2 0
=
2 x−π 0
Mudança de variável
2 x − π =u
π
x→ ⇒u→0
2
1
x= ( u+ π )
2

lim 1 −sin
u→0
( u2 + π2 ) = 0
u 0
sin ( a+ b )=sin a cos b+sin b cos a

sin ( u2 + π2 )=sin ( u2 )cos ( π2 )+sin ( π2 ) cos( u2 )=cos ( u2 )


lim 1 −sin ( + ) lim 1− cos ( )
u π u
u→0 2 2 u →0 2
=
u u

lim 1 −cos
u→0
( u2 )
u

1 −cos ( u2 )∗1+cos u 1 −cos u sin u


u ( 2 )= (2) = (2) 2 2

1+cos ( ) u ( 1+cos ( ) ) u ( 1+ cos ( ) )


u u u
2 2 2

sin2 ( u2 )∗1
( u2 ) = u
sin2

u ( 1+cos ( ) ) 1+ cos ( )
u u
2 2

lim sin 2 ( u2 )∗lim 1


lim sin
u→0
( u2 ) =
2 u→0

u u→0

u (1+cos ( ) ) ( u2 )
u 1+cos
2

lim sin ( u2 )= lim sin ( u2 )∗lim sin u


2

u→0

u
u→ 0

u (2) u →0
lim sin
u→0
( )=1
u
2
lim sin
u→ 0
()
u
2
u 2 u
2
2 2
u
v=
2
lim sin v
v→0
=1
v

lim sin
u→0
( u2 ) = 1
u 2

lim sin 2
u→0
( u2 )= 1∗0=0
u 2

lim sin
2
( u2 )∗lim 1
lim 1 −cos
u→0
( u2 ) = u→ 0

u u→ 0
=
0∗1
=0
u
1+ cos ( u2 ) 2

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