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INTEGRATED LEARNING)
UNIDADE II
CLIL E ENSINO DE LÍNGUAS
Elaboração
Márcia Maria Macedo
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE II
CLIL E ENSINO DE LÍNGUAS.............................................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 1
O QUE É CLIL?.................................................................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 2
ABORDAGENS QUE COMPÕEM CLIL – TÉCNICAS E ESTRATÉGIAS ........................................................................ 10
CAPÍTULO 3
VISÃO GERAL DE CLIL NA EDUCAÇÃO BILÍNGUE E NO ENSINO DE IDIOMAS................................................... 23
CAPÍTULO 4
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES POR MEIO DE CLIL................................................. 27
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................29
CLIL E ENSINO DE LÍNGUAS UNIDADE II
Capítulo 1
O QUE É CLIL?
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UNIDADE iI | CLIL e ensino de línguas
A maioria dos argumentos a favor do CLIL vem de pesquisas sobre SLA – Second
Language Acquisition – e listam alguns dos positivos aspectos citados a seguir:
» uma aula CLIL não é uma aula de língua, não é uma aula ministrada em
escola de idiomas, cujo foco é 100% a língua;
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CLIL e ensino de línguas | UNIDADE iI
» Aprender novos conteúdos por meio da linguagem muitas vezes requer que
os alunos encontrem informações processando a língua adicional e extraindo
significado de textos falados e/ou escritos, que estão em um nível mais alto do
que a capacidade produtiva atual dos alunos.
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1.2.5. Progressão
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Capítulo 2
ABORDAGENS QUE COMPÕEM CLIL – TÉCNICAS E
ESTRATÉGIAS
Bloom detalhou três modelos de domínio pelos quais o aluno precisa passar para
alcançar um aprendizado efetivo:
Dessa forma, cada um desses domínios é formado por escalas de dificuldade, fazendo
a Taxonomia de Bloom ser uma espécie de hierarquia. Isso quer dizer que cada
escala é mais complexa que a anterior. Então, para alcançar objetivos maiores, é
preciso que os alunos passem primeiro pelos objetivos menores (menos difíceis).
Esse domínio deixa clara uma interrelação entre os níveis do domínio, em que
o aluno é capaz de entender uma questão somente se tiver uma noção prévia do
assunto.
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Fonte: https://blog.jovensgenios.com/taxonomia-de-bloom/.
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» percepção: tomar ciência, por meio dos sentidos corporais – visão, tato,
olfato, paladar e audição –, do mundo exterior;
Essa estrutura criada por Bloom tinha como objetivo se tornar um método
de organização e especificação da aprendizagem dos alunos, sendo as ações
ordenadas por fases de dificuldade crescente, da menos complexa até a mais
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Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/71870153/taxonomia-de-bloom.
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As perguntas que encorajam LOTS são aquelas com interrogativas como quando,
onde, quais, quantos e quem, enquanto interrogativas que desenvolvem HOTS
incluem por quê, como, e perguntas investigativas como “que evidências existem?”.
Alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em uma aula de ciências, podem
responder a uma série de perguntas de ordem inferior/baixa demanda cognitiva
para verificar a compreensão:
A alunos do Ensino Fundamental, anos finais, são apresentadas perguntas que, como
aquelas do contexto mencionado acima, tendem a começar com LOTS e, em seguida,
progridem rapidamente para aqueles que exigem HOTS.
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» O artigo “A” nos fala sobre as roupas que os escribas usavam? Dê uma razão
para sua resposta (LOTS e HOTS).
Fonte:https://mayoazamacona.wordpress.com/2014/11/02/blooms-taxonomy/.
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O BICS e o CALP foram inventados por Jim Cummins em 1984, quando ele notou
que alunos que eram realmente bons em falar inglês obtinham notas baixas
nos testes de idioma. Cummins percebeu que algo devia estar acontecendo e
aprofundou-se no assunto.
BICS é essencialmente o “inglês do dia a dia”. A linguagem que você usaria na mesa
de jantar para descrever seu dia ou para conversar com amigos.
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Fonte: https://www.researchgate.net/figure/1-CLIL-matrix-Adapted-from-Coyle-2007-by-Kilpelae-and-Albuquerque-
Parana-2018_fig11_331246863.
A matriz pode ser usada para medir a combinação dos níveis cognitivos e linguísticos
das diferentes tarefas de uma unidade. A figura mostra a Matriz de Cummins:
Fonte: https://ateneu.xtec.cat/wikiform/wikiexport/cmd/lle/clsi/modul_4/apartat_1.
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A maioria das atividades em aulas CLIL deve ser colocada nos quadrantes 2 e 3 da
matriz. Essas tarefas são acessíveis em termos de demandas de linguagem e são
cognitivamente fáceis ou difíceis, já que é conveniente combinar diferentes níveis de
cognição seguindo a Taxonomia de Bloom.
2.5. Scaffolding
Em educação, o termo scaffolding é usado para designar um modelo de ensino no
qual o instrutor modela ou demonstra uma lição, afasta-se para permitir que os
alunos trabalhem independentemente ou em grupo e, em seguida, fornece-lhes
suporte conforme necessário.
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O psicólogo e designer instrucional Jerome Bruner usou pela primeira vez o termo
scaffolding em contexto educacional na década de 1960. A teoria é que, quando
os alunos recebem o suporte de que precisam enquanto aprendem algo novo,
eles têm uma chance melhor de usar esse conhecimento de forma independente.
Bruner recomenda interação positiva e três modos de representação durante o
ensino: ações, imagens e linguagem.
Scaffolding envolve apresentar aos alunos uma orientação adequada que os mova
em direção aos seus objetivos de aprendizagem. Fornecer orientação é um método
de moderar a carga cognitiva de um aluno. No scaffolding, os alunos só podem
ser movidos em direção a seus objetivos de aprendizagem se a carga cognitiva for
controlada por um suporte administrado adequadamente.
» repete esse processo mais duas vezes, fazendo perguntas aos alunos ao longo
do caminho;
» cada resposta, certa ou errada, recebe uma resposta positiva para encorajar a
participação;
» mais alunos são solicitados a responder à pergunta cada vez que é repetida;
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Com a matriz CLIL, podemos monitorar uma única tarefa ou uma sequência
delas. O posicionamento das tarefas nos quadrantes nos informa sobre o tipo
de tarefa e a relação entre a tarefa e as necessidades do aluno, permitindo uma
visão ampla da progressão da aprendizagem em termos de desenvolvimento
linguístico e cognitivo.
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Capítulo 3
VISÃO GERAL DE CLIL NA EDUCAÇÃO BILÍNGUE E NO
ENSINO DE IDIOMAS
Esse tipo de aula vai contra a maneira natural como aprendemos uma língua e
algumas vezes pode levar a problemas emocionais e atitudinais. O filtro afetivo
pode ser reduzido se a mente do aluno for desviada do aprendizado abstrato da
língua para o seu uso próprio visando ao aprendizado de conteúdo significativo.
O filtro afetivo é uma metáfora usada para explicar uma barreira imaginária
que bloqueia o aprendizado quando sobe e permite o aprendizado de forma
bem-sucedida quando desce.
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Segundo David Marsh, cientista político que desenvolveu o método CLIL, “as
aplicações do CLIL são múltiplas, dependendo do nível educacional, do ambiente
e da abordagem específica adotada”. Sendo assim, a aula tradicional pode ceder
lugar ao CLIL tanto em escolas públicas quanto em particulares.
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Os cursos de idiomas estão no Brasil há mais de 50 anos. Então, por que não há um
maior número de pessoas falando inglês por aqui?
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Capítulo 4
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
POR MEIO DE CLIL
Hoje em dia, não basta prover os nossos alunos de muito conteúdo. Como
educadores, devemos ajudar a desenvolver as habilidades do século XXI.
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Ao utilizar a abordagem CLIL, são alcançados objetivos que vão além da integração
da língua com o conteúdo, pois o estudante desenvolve as competências do século
XXI, também previstas pela BNCC, entre as quais a resolução de problemas, o
pensamento crítico, o trabalho em equipe e o uso de tecnologia educacional, além,
claro, da aquisição de um segundo idioma. Destaca-se ainda a maior capacidade de
concentração, organização, e o melhor desenvolvimento de habilidades cognitivas
relacionadas à escrita, à fala e à leitura.
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REFERÊNCIAS
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