Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO

CAMPUS AÇAILÂNDIA
CURSO ADMINISTRAÇÃO

MAYARA DOS SANTOS BARROS

RESENHA CRÍTICA: proteção social do trabalhador no mundo globalizado - o


direito do trabalho no limiar do século XXI

Açailândia
2018
MAYARA DOS SANTOS BARROS

RESENHA CRÍTICA: proteção social do trabalhador no mundo globalizado - o


direito do trabalho no limiar do século XXI

Trabalho apresentado ao Curso de Direito do


Trabalho da Universidade Estadual da Região
Tocantina Do Maranhão (UEMASUL)
como requisito para obtenção parcial de nota do
Curso de Bacharel em Administração.

Orientador: Profº. Esp. Wallyson Rodrigues

Açailândia
2018
RESENHA CRÍTICA

VIANA, Márcio Túlio. Proteção social do trabalhador no mundo globalizado-o


direito do trabalho no limiar do século XXI. Concurso nacional de monografias
promovido pela ANAMATRA.

Esta obra é um artigo elaborado pelo Professor das Faculdades de Direito


da UFM G e da PUC-BII, Márcio Tulio Viana, membro do Instituto Brasileiro de
Direito Social Cezarino Junior. Foi o artigo vencedor do Prêmio Orlando Teixeira
que é o concurso nacional de monografias promovido pela ANAMATRA. Sua
pesquisa foi realizada na condição de bolsista-pesquisador da CAPES, em nível de
pós-doutorado, na Universidade de Roma. Possui 33 páginas e tem por finalidade
descrever sobre a importância da luta para que os direitos do trabalhador sejam
mantidos diante de um cenário de intensas mudanças trazidas pela globalização e
incertezas que enfraquecem o Estado e os sindicados e dão novos rumos a
sociedade a cada instante. A partir dessa ótica o autor expõe em nove pontos, os
desdobramentos de tantas mudanças que afetam diretamente a vida dos
trabalhadores e consequentemente da sociedade em geral.
No primeiro momento o autor apresenta um paralelo entre a sociedade
antes onde as mudanças demoravam por acontecer, comparadas com a sociedade
nos dias atuais onde a cada instante surgem novas formas de ver e interpretar os
fatos. Antes tudo era muito previsível, controlável, estável, até mesmo a postura dos
trabalhadores seguia padrões e o Estado e sindicados seguiam lucrando e
crescendo cada vez mais, mas algo então trouxe um desequilíbrio e tudo passou a
mudar, e hoje temos o oposto a tudo isso. Nesse contexto o autor expõe que a fome
pelo lucro fez com que as empresas passassem a substituir homens por maquinas,
essa mudança no modo de produzir, gerou consequências que atingiram diversas
áreas da sociedade, aumentando a concorrência dividindo em pelo menos três
formas básicas a mão de obra dos trabalhadores nesse novo modo de produção que
são aqueles indivíduos bem qualificados e com perspectiva de carreira, uma outra
classe não tão bem preparada que aceitam quaisquer situações de trabalho, e por
fim uma classe que quando não está desempregada se encontra em empregos que
não são dignos. Diante desse quadro se percebe por um lado trabalhadores bem
mais cobrados no que se refere a redução de erros na execução de atividades,
porem as organizações passam a demonstrar mais preocupação com a parte
emocional dos empregados passando a recompensa-los.
Logo em seguida o autor faz uma breve explanação das consequências
dessas mudanças no modo de produção, dentre elas o crescente desemprego,
exploração e escravidão o que gera além de doenças pelo repetido esforço das
atividades dos trabalhadores e até mesmo mortes. Outro agravante é que apesar da
insatisfação dos que se sujeitam a esse tipo de trabalho, eles precisam permanecer
neles para sobrevivência e os sindicatos não tem força nem representatividade.
Além das empresas, o Estado adere as mesmas ideias na forma como gere os
recursos humanos e econômicos, dessa forma até mesmo as artes e ciências são
vistas como formas de lucrar, pois o mercado passa a ser visto como solução para
todos os problemas e o direito de poder trabalhar passa a ser mais importante que a
garantia dos direitos do trabalhador.
O autor enfatiza como as leis trabalhistas na sua formulação são
criticadas, influenciadas, flexibilizadas, infelizmente na atualidade não produz
resultados tão positivos ao trabalhador, ou seja, onde os direitos do trabalhador
deveriam ser protegidos na verdade não acontece dessa forma, pois segundo o
autor o homem deixa ser visto como pessoa e passa a ser visto como uma
engrenagem que tem energia para fazer o negocio andar.
Partindo do ponto de vista da relação trabalho e descanso a empresa
passa a negociar as horas paradas por dinheiro, não tendo em vista a fadiga do
empregado, e ainda acaba por responsabiliza-lo por falta de produtividade ou falhas
de operação. Outro fator ressaltado pelo autor é o fato de que a admissão dos
funcionários não é mais garantia de algo duradouro, pelo contrário, pode ser
descartada a qualquer momento, dessa forma o empregado se vê obrigado a dar
tudo de si para mostrar seu valor dentro da empresa e não ser trocado por outro que
atenda as expectativas do empregador, levando em consideração que o trabalhador
é visto apenas como mais um indivíduo substituível a qualquer momento.
São pontuados ainda as alterações dos princípios do direito que se
afastam do ideal a ser alcançado e interferem diretamente no aumento dos
processos do trabalho que cada vez mais buscam fazer valer os direitos de forma
eficaz e não violação de condições apropriadas ao empregado.
No decorrer da obra o autor justifica a luta dos trabalhadores por uma
legislação que responsabilize atitudes que são contra o sindicalismo e facilite o
ingresso do sindicato na empresa, reduzindo a instabilidade no emprego. Os
sindicalistas se movidos pela causa correta irão de fato ganhar representatividade
suficiente para ações eficientes, casos contrários estarão fortalecendo as condições
precárias em que vivem determinadas classes de trabalhadores. A idéia segundo o
autor Marcio defende nessa obra é de que apesar de os sindicatos estarem nas
empresas, eles representam os trabalhadores sejam eles qualificados ou não, logo
sindicalistas devem buscar participar da parte de reestruturação do processo
legislativo para fazer as sugestões e alterações que privilegiem os trabalhadores.
Por fim, quanto as leis o autor ressalta que estão em constante
flexibilização e tem papel de transformar, policiar, defender fórmulas ágeis,
democráticas e simples, que valorizem o acesso real do trabalhador à sentença do
juiz e ainda lutar por uma estrutura que sustente e amplie a ação sindical.
Do ponto de vista acadêmico, é verdade que já se evoluiu bastante no
que diz respeito a proteção direitos dos trabalhadores desde século, analisando que,
desde que entendeu que a fadiga bem como outros fatores relacionados ao
ambiente afeta diretamente a produtividade nas empresas. Se pensar nos prejuízos
tidos a partir da globalização desde a substituição de homens por maquinas ou
mesmo da comparação da produção destes, não levando em conta a parte humana
e emocional dos trabalhadores que não tinham o seu momento de descanso
preservado devidamente.
Foi percebido ainda que o papel dos sindicatos é de suma importância
para resguardar direitos dos trabalhadores, tendo em vista que alguns sejam até
desconhecidos pela pouca divulgação já que não interessa ao empregador que o
empregado cobre suas garantias.
As afirmações do autor do decorrer do artigo são validas pois esclarece a
respeito da evolução dessa luta por direitos do trabalho, que deve ser insistida a
qualquer custo, já que mudanças sempre ocorrerão e é sabido que as empresas
sempre lutaram para se manter resguardas quanto a cobranças de direitos ainda
que previsto em lei, procurando meios de se sobressair sem ter prejuízos sempre
que possível. A expectativa é de que a obra tenha um alcance a pessoa especificas
que possam lutar por condições mais favoráveis dentro do ambiente de trabalho e
assim direitos do empregado sejam protegidos de toda e qualquer ameaça.

Você também pode gostar