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PRECARIZAÇÃO NO

MUNDO DO TRABALHO
ALUNOS: Débora Aparecida Romeu; Luã Guimarães Silva
O trabalho é a forma como as pessoas de diferentes classes
sociais sustentam e financiam as suas vidas. Essa lógica, no
entanto, foi abruptamente alterada com o aumento do desemprego
em consequência da crise gerada pela pandemia de covid-19,
levando diversos trabalhadores a viver um cenário de precarização
do trabalho. Em números absolutos, esse impacto no desemprego
parece apresentar um enfraquecimento com uma taxa de
desocupação de 12,6% no terceiro semestre de 2021, marca
semelhante à do início da pandemia no primeiro trimestre de 2020,
de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios). O número de ocupados que ganham até um salário
mínimo passou de 28,476 milhões para 33,635 milhões
(comparando os semestres analisados).
O que é precarização do trabalho e como ela afeta os trabalhadores?

A precarização pode ser entendida como qualquer diminuição, redução


de direitos e benefícios trabalhistas aos trabalhadores.
Os principais exemplos de precarização do trabalho estão os
trabalhadores terceirizados e quarteirizados (quando a empresa
terceirizada contrata outra para prestação do serviço, o que ainda está
dentro da lei), além dos casos em que não há um contrato de trabalho,
o que foge às regras da legislação trabalhista. A precarização por meio
da terceirização pode afetar de forma negativa trabalhadores de
diversos lugares, de restaurantes até a administração pública, o
trabalhador terceirizado ou quarteirizado pode não ter benefícios
garantidos pelas convenções coletivas de trabalho, que são
documentos decorrentes de negociações sindicais entre empregadores
e empregados.
A intensa busca pelo lucro
Para Karl MARX

“Para Karl Marx a sociedade capitalista é dividida em classes sociais, é fato que essas classes
têm interesses distintos. Esse antagonismo, obviamente, seria fundamental para se pensar a
permanente luta de classes caracterizada na obra marxiana, tendo nos conflitos do mundo do
trabalho a sua manifestação, uma vez que esses são decorrentes das relações sociais de
produção características do sistema capitalista. Mas qual a natureza desses conflitos pertinentes
à produção da vida material, ou seja, ao cotidiano do mundo do trabalho? Para se pensar numa
breve (porém, não suficiente) resposta, basta considerar o simples raciocínio: enquanto o
operário visa por melhorias salariais e das condições de trabalho, os empresários visam aumento
do lucro e expansão de suas empresas.
Enquanto o operário visa melhores salários e condições de trabalho, os empresários visam aumento do lucro e
expansão de suas empresas.

A valorização de uma alta racionalização dos processos produtivos desde a revolução


industrial, o aumento da exploração do trabalho humano e as consequentes acumulação
de riqueza e aumento da desigualdade social, só fizeram recrudescer as hostilidades e
divergências entre as classes ao longo da história do capitalismo enquanto modo de
produção predominante.“
"Pode-se apontar que os primeiros movimentos de resistência dos trabalhadores entre
os séculos XVIII e XIX tinham por motivação a dificuldade de adaptação a esse novo
modelo de produção – agora industrial – uma vez que os indivíduos ainda estavam
ligados a outro contexto de maior liberdade e autonomia quanto às práticas de trabalho.
Um dos primeiros levantes operários contra os empresários foi o chamado movimento
Ludista, ocorrido no início do século XIX, no qual trabalhadores se dispunham a quebrar
as máquinas, as quais (no entendimento destes) estariam roubando seus empregos
Nos dias de hoje, o desenvolvimento tecnológico leva a uma exclusão da mão de obra
humana, gerando um processo de desemprego estrutural. A atual conjuntura de
desenvolvimento do capitalismo é marcada pela forte automatização da produção, isto é, o
significativo processo irreversível de transformações no processo produtivo pela substituição da
mão de obra humana. Por isso é preciso compreender como se dá a luta entre os interesses de
classe e, mais precisamente, como se dão os conflitos no mundo do trabalho, uma vez que
essas transformações podem significar uma precarização do trabalho, se pensarmos, por
exemplo, nos níveis de desemprego.
A precarização do trabalho significa o desmonte dos direitos trabalhistas, "reduzir a jornada de
trabalho, discutir o que produzir, para quem produzir e como produzir são ações prementes. Ao
fazermos isso, estamos começando a discutir os elementos fundantes do sistema de
metabolismo social do capital que é profundamente destrutivo”.
Uberização
Qual o significado do termo?
Características Positivas

 Alternativa para o desemprego

 Liberdade para escolher horários e tarefas

 Você é seu próprio chefe

 Possibilidade de aumentar a renda


Características Negativas

 Sem salário fixo

 Perda de garantias trabalhistas da CLT

 Falta de legislação

 Possível precarização do trabalho


Características Negativas

 Sem salário fixo

 Perda de garantias trabalhistas da CLT

 Falta de legislação

 Possível precarização do trabalho


Regulamentação do trabalho em aplicativos

 Atualmente, não existe uma regulamentação para os serviços por


aplicativo. Na prática, os profissionais autônomos trabalham de
maneira informal, sem direitos nem garantias em caso de doença,
incapacidade e não têm aposentadoria.

 O Ministério do Trabalho e da Previdência estuda uma proposta que


regulamente uma modalidade de contrato para a categoria sem
necessariamente caracterizar vínculo empregatício. Dessa forma, os
trabalhadores de aplicativo ficariam em uma categoria distinta da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas teriam algumas
garantias, como o recolhimento à Previdência Social, tanto por parte
do empregador como do profissional.

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