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Indeterminação

Stewart, J. (2015) na matemática, a indeterminação refere-se a uma situação em que uma


expressão ou equação não tem um valor definido ou é indefinida. Essa falta de determinação
pode ocorrer em diferentes contextos, como em cálculos de limites, em operações com
números infinitos, em divisões por zero ou em problemas de indeterminação algébrica.
Existem várias formas de indeterminação em matemática, incluindo:
0
Indeterminação do tipo : Isso ocorre quando uma expressão envolve a divisão de zero por
0
zero. Nesse caso, o resultado não é definido e requer técnicas adicionais, como o uso de regras
de L'Hôpital, para determinar o limite.

lim x 2+ 2 x 2
a) x→0 0 +2. 0 0
2
= 2 =
x −x 0 −0 0

lim x 2+ 2 x lim x ( x +2) lim x +2 0+2


x→0 = x→0 = x→0 = = -2
x 2−x x (x−1) x−1 0−1

lim x 2+ 4 lim 22 +4 0
b) x→ 2 =) x→ 2 =0
x−2 2−2

lim x 2+ 4 lim ( x−2 ) (x +2)


x→ 2 = x→ 2 = lim
x →2
x +2=2+2=4
x−2 x −2


Indeterminação do tipo : Essa indeterminação surge quando uma expressão envolve a

divisão de um valor infinito por outro valor infinito. Também é necessário usar técnicas
avançadas, como regras de L'Hôpital, para resolver esses casos.
Indeterminação do tipo 0∞: Essa indeterminação ocorre quando uma expressão envolve a
multiplicação de zero por um valor infinito. O resultado pode ser indeterminado e requer uma
análise cuidadosa para determinar seu valor.
Limite de m(x) = x * ln(x) quando x se aproxima de 0+.
Limite de n(x) = x^2 * e^(-x) quando x se aproxima do infinito.
Exemplo: Considere a função f(x) = x^2 * e^(-1/x).

Passo 1: Limite quando x tende a 0: lim x→0 (x^2 * e^(-1/x))

Podemos observar que o termo x^2 tende a 0 quando x tende a 0, e o termo e^(-1/x) tende a 1
quando x tende a 0. Portanto, temos uma indeterminação do tipo 0 * ∞.

Passo 2: Simplificando a expressão para resolver a indeterminação: lim x→0 (x^2 * e^(-1/x))
= lim x→0 [(x^2 / e^(1/x)) * e^(-1)]

Podemos reescrever a expressão como: = lim x→0 [(x * x) / (e^(1/x)) * e^(-1)]

Agora, podemos calcular os limites separadamente.


Passo 3: Cálculo dos limites: lim x→0 x = 0 lim x→0 e^(1/x) = ∞ (pois o termo exponencial
tende a infinito quando x tende a 0) lim x→0 e^(-1) = e^(-1) (constante)

Portanto, o limite da função f(x) = x^2 * e^(-1/x) quando x tende a 0 é 0 * ∞, que é uma
indeterminação.

Indeterminação do tipo ∞−∞: Essa indeterminação surge quando uma expressão envolve a
subtração de dois valores infinitos. Nesse caso, o resultado pode ser indefinido e requer
técnicas especiais para resolvê-lo.

É importante ressaltar que as indeterminações não são valores matemáticos válidos, mas sim
situações em que é necessário aplicar técnicas adicionais para determinar o resultado ou
avaliar o comportamento de uma expressão.
Derivada
É a taxa de variação de uma função y = f(x) em relação à x, dada pela relação ∆x / ∆y.
Considerando uma função y = f(x), a sua derivada no ponto x = x0 corresponde à tangente do
ângulo formado pela intersecção entre a reta e a curva da função y = f(x), isto é, o coeficiente
angular da reta tangente à curva.
Derivada é uma propriedade local da função, isto é, para um determinado valor de x. Por isso
não podemos envolver toda a função. O gráfico a seguir, ele demonstra a intersecção entre
uma reta e uma parábola, função do 1º grau e função do 2º grau respetivamente:

As derivadas laterais

São um conceito importante no cálculo diferencial que se refere à taxa de variação de uma
função em um ponto específico a partir de uma direção específica. Elas permitem analisar o
comportamento da função à medida que nos aproximamos de um ponto pela esquerda
(derivada lateral esquerda) ou pela direita (derivada lateral direita).

A derivada lateral esquerda de uma função f(x) em um ponto a, denotada por f'(a-), é definida
como:

f'(a-) = lim (h -> 0-) [f(a - h) - f(a)] / h

Ou seja, é a taxa de variação da função quando nos aproximamos do ponto a pela esquerda.

Da mesma forma, a derivada lateral direita de uma função f(x) em um ponto a, denotada por
f'(a+), é definida como:

f'(a+) = lim (h -> 0+) [f(a + h) - f(a)] / h

Nesse caso, é a taxa de variação da função quando nos aproximamos do ponto a pela direita.

As derivadas laterais são particularmente úteis quando uma função apresenta


descontinuidades ou pontos singulares, pois nos permitem analisar a taxa de variação antes e
depois desses pontos. Além disso, elas são fundamentais para a definição da derivada em
pontos de descontinuidade.

É importante ressaltar que as derivadas laterais existem apenas em pontos onde a função é
definida e pode ser diferenciada. Em pontos de descontinuidade ou singularidades, uma ou
ambas as derivadas laterais podem não existir.

As regras de derivadas são um conjunto de fórmulas que permitem calcular a derivada de


uma função de maneira mais eficiente e sistemática. Essas regras são aplicadas a diferentes
tipos de funções e nos permitem simplificar o processo de cálculo da derivada. Algumas das
principais regras de derivadas são:

Regra da Potência: Para uma função f(x) = x^n, onde n é uma constante, a derivada é dada por
f'(x) = n * x^(n-1).

Regra da Constante: Se f(x) = c, onde c é uma constante, a derivada é dada por f'(x) = 0.

Regra da Soma/Diferença: Se f(x) = g(x) ± h(x), onde g(x) e h(x) são funções diferenciáveis, a
derivada de f(x) é dada por f'(x) = g'(x) ± h'(x).
Regra do Produto: Para duas funções f(x) e g(x), a derivada do produto f(x) * g(x) é dada por
f'(x) * g(x) + f(x) * g'(x).

Regra do Quociente: Para duas funções f(x) e g(x), a derivada do quociente f(x) / g(x) é dada
por [f'(x) * g(x) - f(x) * g'(x)] / [g(x)]^2, desde que g(x) ≠ 0.

Regra da Cadeia: Se y = f(g(x)), onde f(u) e g(x) são funções diferenciáveis, a derivada de y
em relação a x é dada por dy/dx = f'(g(x)) * g'(x).

Essas são apenas algumas das regras básicas de derivadas, e existem outras regras que podem
ser aplicadas a funções mais complexas. O conhecimento e aplicação dessas regras facilitam o
processo de cálculo de derivadas e são fundamentais no estudo do cálculo diferencial.

As derivadas de ordem superior

Referem-se à derivada de uma derivada. Ou seja, se temos uma função f(x) e calculamos sua
derivada f'(x), podemos calcular a derivada dessa derivada, que é chamada de segunda
derivada e denotada por f''(x). Da mesma forma, podemos calcular a terceira derivada (f'''(x)),
a quarta derivada (f''''(x)), e assim por diante.

Para calcular as derivadas de ordem superior, podemos aplicar as regras de derivadas


repetidamente. Por exemplo, se quisermos calcular a segunda derivada de uma função f(x),
basta aplicarmos as regras de derivadas novamente à derivada f'(x). Esse processo pode ser
repetido para obter derivadas de ordem superior mais altas.

Exemplo : Considere a função g(x) = ex.

Passo 1: Primeira derivada de g(x): g'(x) = (ex)' = ex.

Passo 2: Segunda derivada de g(x): g''(x) = (ex)' = ex.

Passo 3: Terceira derivada de g(x): g'''(x) = (ex)' = ex.

Portanto, a terceira derivada de g(x) é g'''(x) = ex.

A regra de L'Hôpital
A regra de L'Hôpital é uma ferramenta utilizada para avaliar limites de funções que resultam
em uma forma indeterminada, do tipo 0/0 ou ∞/∞, quando aplicamos a substituição direta
resultando em uma forma indeterminada.

A regra de L'Hôpital afirma que se f(x) e g(x) são funções diferenciáveis em um intervalo
aberto contendo o ponto c (exceto possivelmente no próprio ponto c) e satisfazem as
condições:

lim(x→c) f(x) = 0 e lim(x→c) g(x) = 0, ou

lim(x→c) f(x) = ±∞ e lim(x→c) g(x) = ±∞,

e se a derivada de f(x) dividida pela derivada de g(x) converge ou tem limite finito quando x
se aproxima de c, então o limite de f(x)/g(x) quando x se aproxima de c também existe e é
igual ao limite da derivada de f(x) dividida pela derivada de g(x) quando x se aproxima de c.

A regra de L'Hôpital é uma poderosa ferramenta para resolver limites indeterminados,


principalmente quando a substituição direta não é suficiente. Ela nos permite encontrar o
limite de uma função em casos específicos em que a forma indeterminada ocorre.

É importante destacar que a regra de L'Hôpital só é aplicável quando todas as condições


acima são satisfeitas. Além disso, ela pode ser aplicada repetidamente, caso a forma
indeterminada persista após a primeira aplicação.

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