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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO

PAULO

Programa de Iniciação Científica

ALLANYS DOS SANTOS AMORIM

BRUNA DOS SANTOS MOTA

JOÃO HENRIQUE DE ARAÚJO COSTA

UTILIZAÇÃO DE POLIESTIRENO
EXPANDIDO (EPS) NA CONSTRUÇÃO CIVIL:
alvenaria de painéis com placas de isopor

Lorena, 2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO
PAULO

Programa de Iniciação Científica

ALLANYS DOS SANTOS AMORIM

BRUNA DOS SANTOS MOTA

JOÃO HENRIQUE DE ARAÚJO COSTA

UTILIZAÇÃO DE POLIESTIRENO
EXPANDIDO (EPS) NA CONSTRUÇÃO CIVIL:
alvenaria de painéis com placas de isopor

Relatório de pesquisa apresentado ao


programa de Iniciação científica do
Centro Universitário Salesiano de São
Paulo, como requisito parcial das
Atividades de Pesquisa.

Orientadora: Profª Drª Regina Cabette

Lorena, 2022
Resumo
Colaborando com o desenvolvimento da construção civil, manifesta-se a urgência
da modificação, e consequentemente o emprego de materiais que seriam rejeitados no
ecossistema. A utilização do Poliestireno Expandido (EPS) destaca-se pela sua
eficiência em diferentes etapas do andamento da construção. A finalidade desta
iniciação científica é a divulgação do emprego do EPS e sua utilidade na área da
construção civil, especificando suas propriedades técnicas e vantagens. Através de
artigos acadêmicos constatou que o uso do EPS é favorável, por suas características
físicas e mecânicas onde possibilita edificações mais leves, redução de custos,
fazendo-se a obra menos onerosa e melhorando o tempo de construção, principalmente
por possibilitar cooperar com a redução de resíduos descartados no meio ambiente. Por
ser um material que apresenta vantagens econômicas, técnicas e ambientais, é uma
alternativa disponível e viável nas diversas fases da construção. A metodologia deste
estudo é de revisão bibliográfica, a pesquisa tem natureza qualitativa, e para coleta de
documentos as buscas foram na base de dados no Google Acadêmico.

Palavras-chaves: Isopor, poliestireno expandido, construção civil

Abstract
Collaborating with the development of civil construction, the urgency of modification is
manifested, and consequently the use of materials that would be rejected in the
ecosystem. The use of Expanded Polystyrene (EPS) stands out for its efficiency in
different stages of construction progress. The purpose of this scientific initiation is to
publicize the use of EPS and its usefulness in the area of ​civil construction, specifying its
technical properties and advantages. Through academic articles, it was found that the use
of EPS is favorable, due to its physical and mechanical characteristics, where it allows
lighter buildings, cost reduction, making the work less expensive and improving
construction time, mainly because it makes it possible to cooperate with the reduction of
waste discarded in the environment. Because it is a material that has economic, technical
and environmental advantages, it is an available and viable alternative in the various
stages of construction. The methodology of this study is a bibliographical review, the
research has a qualitative nature, and for the collection of documents, searches were
carried out in the Google Scholar database.
Keywords: Styrofoam, expanded polystyrene, civil construction
1. Introdução
Recentemente, tem-se verificado o crescente desenvolvimento da tecnologia em todos
os setores, e isso acontece também no setor da construção civil. O setor da construção civil
ainda caminha a passos lentos, no que se refere a modernização, mas já existem grandes
pesquisas sobre o tema. A maioria dos processos utilizados na construção civil ainda
envolvem pouca tecnologia e recursos mais manuais, gerando menos produtividade e grandes
desperdícios.
Para a evolução no setor da construção civil, a busca por melhoria com relação a
diminuição dos custos da obra e um aumento na produtividade é de grande importância
(BRUMATTI, 2008).
O presente estudo visa tratar da utilização de Poliestireno Expandido (EPS) na
construção civil como alvenaria de painéis com placas de isopor. Nesse sentido, alguns
estudos de caso, para comparar os diversos sistemas de construção desde os mais
convencionais até os mais modernos devem ser analisados.

1.2 Objetivo
O setor da construção civil é um dos maiores e mais importantes setores industriais do
país, logo estudar meios que promovam melhorias na qualidade e produtividade é de grande
importância para a sociedade, principalmente visando a preservação do meio ambiente e o
bem-estar social. Sendo assim, toda essa análise e comparação de sistemas e técnicas
modernas x convencionais traz esclarecimento e facilidade em encontrar um estudo (cartilha)
que demonstre as vantagens e desvantagens de cada técnica, em especial a utilização do EPS
que será evidenciada e verificada nos estudos de casos.

1.2.1 GERAL

Analisar e comparar técnicas de utilização de Poliestireno Expandido (EPS) na


construção civil como alvenaria de painéis com placas de isopor, elaborando uma cartilha
sobre o tema
1.2.2 ESPECÍFICOS

a) Averiguar a realidade atual brasileira no que tange à construção civil;

b) Efetuar uma pesquisa Bibliográfica extensa sobre a técnica do EPS, e outros métodos;

c) Analisar os estudos de caso e comparar com diversas técnicas;

d) Elaborar uma cartilha que apresenta tipos de métodos modernos utilizados na


construção civil, com ênfase na utilização do EPS e a análise comparativa de cada caso e
técnica.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EPS (Poliestireno Expandido)
Usualmente denominado como Isopor, o EPS (Poliestireno Expandido) é fabricado
através de recurso industrial atual, com índice mínimo ou evitando ao máximo desperdiçar,
com intuito de reaproveitar/reciclar, os itens de EPS apontam diversas utilidades em
comparação as diferentes técnicas construtivas, onde não ocasiona grande vigor para os
trabalhadores, nem agride ou afeta o meio ambiente. (SANTOS, 2013, p. 114).
O Poliestireno faz parte do grupo das resinas termoplásticas, que torna-se mais ou
menos viscoso e moldável de acordo com a temperatura à qual ele é exposto. Este material
possibilita várias aplicações que podem variar desde embalagens para alimentos até a
construção civil (ABRAPEX, 2017)
Segundo Alves (2015), este método construtivo é originário da Itália, desenvolvido
pelo Instituto Giordianos durante a década de 80, chegou no Brasil na década de 90 e desde
então tem sido submetido a diversos testes que comprovam sua eficiência e segurança como
método construtivo.
Os painéis de EPS podem ser ondulados, retangulares ou duplos e o fator definitivo
para sua utilização é a capacidade de preencher camadas com a argamassa. (ALVES, 2015,
p. 22)
Ainda de acordo com Alves (2015), o sistema de construção em EPS, por transmitir
de forma uniforme as cargas recebidas para as fundações, este método construtivo permite
também a construção de edifícios com vários pavimentos. Este sistema reduz em até 25% da
carga no solo, o que pode influenciar também na escolha do tipo de fundação que será
utilizada. (VIANA, ALVE, 2013)
Contribui positivamente na utilidade térmica e acústica, suportando o clima interno
de maneira durável, a despesa com energia elétrica é inferior ao usual. Outra colaboração
ambiental é da circunstância em não prejudicar o solo, a água e o ar, como também ser
equipamento totalmente reaproveitável e reciclável. (COSTA, 2012, p. 220)

Figura 1 – Estrutura do material

Fonte: Atos Arquitetura. Acesso em: 21 de ago.


2021

O bloco de EPS tem resistência superior a 30% em comparação ao tijolo. Os


métodos construtivos classificados em EPS suportam edifícios de no máximo 5 andares.
Geralmente são utilizados no assentamento de paredes, como também em coberturas
inclinadas, tornando-se amplamente aplicado em casas, propriedades comerciais, fabris e
habitações econômicas, resistindo ainda a abalos sísmicos. (PRUDENTE e PAMPLONA,
2005, p. 128).
O EPS é empregado no preenchimento das superfícies lotadas pelo cimento com tela
quadriculada. Este procedimento é denominado como nervurada e cada nervura concretada
gasta 2 centímetros de quantidade de concreto. Os conjuntos hidráulicos e elétricos são
montados através do derretimento do EPS, que ocasionam fendas para a colocação das peças
nas tubulações. (FREITAS, 2000, p. 187).
Figura 2 – Instalação elétrica na placa de EPS

Fonte: Hoek Arquitetura. Acesso em: 21 de ago.

2021

O isopor disponibiliza em duas categorias: P e F, obrigatoriamente deve ser empregado


na construção, o que são denominados da Classe F, em razão da sua formação conter um
componente que detém a propagação das chamas, fazendo-o auto extinguível, em outras
palavras, não incentivam o fogo num episódio de incêndio. Com o derretimento a cerca de
70°C o EPS não produz resquícios que atua como combustível para propagação do incêndio,
por fim, encerra se desfazendo. Em razão da explicação citada anteriormente, recusa-se
utilizar somente como elemento estrutural, porém adicionado de outras substâncias, tais como
malhas de aço ou concreto. Normalmente, o isopor funciona exclusivamente como artigo para
enchimento, usado na parte interna da laje ou de painéis. (SANTOS, 2013, p. 114).
Nas alternativas de métodos para construção a seco, o EPS tem um custo de 20% a mais
em comparação com a alvenaria, no entanto, destaca-se que suas características operacionais
térmicas acabam revertendo os custos gerando economia durante a edificação, na diminuição
do tempo da obra e do consumo de água, e, após seu término, diminuição da despesa de
eletricidade. (COSTA, 2012, p. 220). A maior diferença de valor fica concentrada na estrutura
e alvenaria, onde quando comparado ao sistema de alvenaria convencional a diferença pode
chegar a 15% (MOURA, SANTOS, 2019)
2.2 Tipos de painéis
Segundo Moura e Santos (2019) os painéis são divididos em 8 tipos principais, sendo
eles: simples, de divisórias, duplo, de piso, isolante, estrutural, tipo escada e painéis
autoportantes. Sendo que cada modelo é utilizado para um tipo específico de construção.
2.3 Montagem dos painéis
A montagem dos painéis simples e duplos é feita em modelo sanduíche, ou seja, uma
malha de aço, EPS e outra malha de aço e por último a argamassa estrutural. Segundo Silva,
Guimarães e Vaz (2021) o fato das placas serem pré fabricadas de acordo com as medidas
estabelecidas nos projetos é o que garante maior rapidez no processo de montagem.
Antes do posicionamento dos painéis é necessário a definição do modelo de estrutura a
ser utilizado na obra. Como aponta Duarte e Carneiro (2015), pelo sistema monolite não
exigir uma fundação robusta, gera-se uma economia na obra, visto que diminuirá a armação
das fundações, ainda segundo esses autores, as principais fundações utilizadas são as sapatas
corridas ou radier. Após a execução da fundação, inicia-se o processo de montagem dos
painéis, que de acordo com Bertoldi (2007), não necessita de mão de obra especializada.

Figura 3 - Fundação radier

Fonte: APL Engenharia. Acesso em 13 nov 2022

O posicionamento dos painéis é feito com arranques deixados previamente na


estrutura e utiliza como forma de garantir o alinhamento correto dos painéis escoras de
madeira fixadas a dois metros de altura do piso segundo Moura e Santos (2019).
Um passo muito importante antes da aplicação do revestimento argamassado é a
passagem das instalações hidráulicas e elétricas, como aponta Duarte e Carneiro (2015) o
procedimento para instalação dos dutos consiste na marcação prévia do local e depois a
execução das cavidades que são feitas com um soprador de ar quente.
Já no revestimento argamassado, segundo Duarte e Carneiro (2015) a projeção da
argamassa deve ser realizada em duas etapas, sendo a primeira o chapisco e a segunda o
reboco. De acordo com Pavessi (2016), as camadas citadas acima devem obedecer a uma
espessura mínima de 1,5cm.
Trevejo (2018) ressalta que o traço da argamassa que deve ser utilizado nesse sistema
construtivo, pode ser considerado como um microconcreto, ou seja, podemos dizer que é uma
argamassa estrutural.

Figura 4 - Aplicação do revestimento

Fonte: Macroterm. Acesso em 22 nov 2022


2.4 Impermeabilização
Um problema muito presente nas casas dos brasileiros é a umidade, sendo assim, nas
edificações feitas em alvenaria é de suma importância a utilização de materiais
impermeabilizantes durante a construção, como nas vigas baldrames por exemplo, contudo,
segundo Lueble (2004) esse não é um procedimento necessário nas construções de EPS, visto
que as características físicas do poliestireno expandido impedem a absorção de água.
2.5 Isolamento acústico e térmico
Segundo a norma NBR 15220 da ABNT pode-se definir conforto térmico como
“satisfação psicofisiológica de um indivíduo com as condições térmicas do ambiente”. Para
Lamberts et al. (2016), o conforto térmico pode variar de pessoa para pessoa, visto que o
mesmo é a satisfação do ser humano com relação ao ambiente em que está introduzido.
Referente ao conforto acústico, pode-se dizer que a poluição sonora gerada pela
verticalização das cidades e o som gerado pelas ruas de grande tráfego podem ocasionar um
incômodo acústico para os moradores daquele local. Para a Organização Mundial da Saúde a
atenção para o conforto acústico é uma questão de saúde pública, visto que a falta do mesmo
pode causar a perda da audição. (FREIRE; GOMES, 2019)
A norma NBR 15575-1, (ABNT, 2013) especifica que toda edificação habitacional
deve apresentar isolamento acústico adequado nas áreas comuns e privativas da construção.
Sendo assim fez-se necessário pensar em novos modelos construtivos que melhorassem o
isolamento termo-acústico das construções.
Silva e Granja (2021) relatam que o EPS, por se tratar de um material leve e de fácil
transporte, é um dos materiais mais utilizados para a conservação da temperatura de alimentos
e bebidas.
Após análise realizada pelo Building Research Establishment, orgão que designa a
classificação ambiental dos materiais, onde as notas variam de D (a mais baixa) e A+ (nota
mais alta), o Poliestireno Expandido foi classificado com A+ na categoria de materiais
isolantes térmicos e acústicos. (BREEAM, 2011 apud MORAIS e BRASIL, 2015)
Novais et al. (2014) relatam em estudo relatam em estudo realizado na cidade de
Cuiabá - MT que os painéis de EPS chegam a uma diferença de temperatura interior de até
7°C em relação às paredes de tijolos cerâmicos.

O isopor contém uma sequência de alterações de textura, conforme sua função e


utilidade. A produção opera baseando-se em equipamentos que operam na ligação do
revestimento externo com poliestireno expandido, por meio de fixação empregando itens
específicos. Um painel de EPS com largura de 50 mm pesa equivalente a 12 kg por metro
quadrado. Quanto maior sua densidade, mais rigoroso será, com variados atributos, superando
na reflexão acústica e isolação térmica superior. Portanto, o isopor EPS é consideravelmente
melhor como isolante térmico do que acústico. Na utilização em espaços amplos, há grande
eficiência na temperatura interna no ambiente (YAZIGI, 2014, p. 592)
Figura 5 – Construção de EPS
Fonte: Pensamento Verde. Acesso em: 21 de ago.
2021.

2.6 Sustentabilidade

As questões de sustentabilidade estão sendo debatidas integralmente no âmbito da


comunidade, com pretensão cada vez maior por insumos e elementos com critérios de
fabricação que objetivam reduzir seus resultados no ecossistema e restringir o uso de recursos
naturais. “Há muito anos a construção civil empregou-se de métodos construtivos tradicionais
como telhas cerâmicas, tijolos de barro e blocos de concreto” (VIANA; ALVES, 2013).

No cenário abordado, a indústria da construção civil necessita apresentar ideias


inovadoras e resultados competentes que queiram alcançar o desenvolvimento sustentável
nessa esfera, pela razão que a construção civil é considerada como fundamental e
impulsionadora pelo crescimento socioeconômico global (SOARES, 2017).

De acordo com a Resolução 307 (BRASIL, 2002), do Conselho Nacional do Meio


Ambiente (CONAMA), os resíduos gerados pelo setor de Engenharia Civil são denominados
como Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCC).

A velocidade das mudanças no estilo de vida econômico e social urbano tem tornado
as demandas sobre o rendimento da construção e suas técnicas de produtividade de maneira
individualizada e irregular, promovendo a flexibilidade como conceito de sustentabilidade
arquitetônica (TRAMONTANO, 1993; REIS, 2002), e o método de edificação monolítico
representa o convencional, com vantagens construtivas e econômicas e seu avanço no
mercado brasileiro. Por se tratar de um elemento novo no setor, sua aplicação, execução e
atuação têm sido questionados pelos adquirentes, visto que o ramo da construção civil é
grandemente tradicional.

O poliestireno expandido (EPS) encontra-se nos estabelecimentos há um período


considerável, cumprindo os requisitos normativos de conforto térmico, propriedades
estruturais e impermeabilidade (OLIVEIRA, 2013).

A ABNT NBR 15575-1:2003, norma técnica de desenvolvimento das edificações


residenciais, prevê que a obra se inicie com o aproveitamento e utilização razoável dos
recursos naturais para reduzir a degradação ambiental, água, energia e matérias-primas. A
concepção do tema é de adotar de forma íntegra esse progresso na engenharia civil, da
elaboração à reutilização. (CORRÊA, 2009).
Venturin et al. (2021, p. 2) declara que “considerando as etapas de construção, a
utilização dos recursos naturais e a limitada distribuição dos sedimentos no meio ambiente, o
segmento da construção civil é um dos colaboradores absolutos para a poluição ambiental que
afeta o planeta.” Portanto, a reutilização dos RCC diminui o resultado ecossistêmico deste
campo. Sob outra perspectiva, de acordo com Pinheiro (2021), a construção civil é de máxima
influência para o progresso financeiro e coletivo da nação, e sua implantação deve ser traçada
na inspeção incessante na diminuição dos desperdícios e crescimento da produção. Diante
dessa necessidade, Francklin Júnior e Amaral (2008), aborda no relatório sobre o início da
revolução tecnológica na indústria da construção. Os responsáveis determinam como "[...]
aperfeiçoamento tecnológico, resultado de atividades de pesquisa que visam melhorar o
desempenho, a qualidade ou o custo" (FRANCKLIN JUNIOR; AMARAL, 2008b, p. 12).

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM, 2017), o Brasil


gastou 39.340 toneladas de poliestireno expandido em 2014, porém apenas 30% foi
direcionado para reciclagem. A construção civil está adotando a utilização do poliestireno
expandido. O material citado anteriormente é utilizado e produzido na indústria de
embalagens, onde seu descarte incorreto, ocasiona a poluição, o entupimento de bueiros, o
que incentiva a utilização e preferência do EPS devido às suas propriedades impermeáveis ​e
diminuição no impacto ambiental ​(AMBROSI, 2009).

Dando importância ao assunto, o propósito desta pesquisa é a análise e verificação da


efetividade de métodos construtivos em painéis monolíticos de EPS, na utilização da vedação
vertical, no rendimento estrutural, custo-benefício, sustentabilidade e na capacidade de
inovação e recursos.

Os painéis em EPS expõem múltiplos benefícios em questões sustentáveis. Seu


manuseio reduz drasticamente a utilização de água e energia na construção. Na execução de
um metro quadrado de alvenaria, desperdiça-se muito fluido desde a fabricação das matérias-
primas até sua instauração, com uso de água para preparação da argamassa, limpeza, entre
outros processos. Na produção dos painéis há uma economia de até 75% no consumo de água
na obra. (REVISTA PAPO BACANA, 2017).

2.7 Vantagens

O erguimento de uma edificação à base de EPS tem vantagem diversificada,


destacando-se entre elas:
● Construção até 40% mais acelerado que a alvenaria usual;
● Economia de 75% da utilização da água ao longo da obra;

● Peso inferior, contribuindo na redução do gasto com fundações, concreto e


ferragens;

● Resistência mecânica e química;

● Mínima absorção de água;

● Praticidade no manuseio em obra, com alta variabilidade e exatidão;

● Resistência à compressão e ao envelhecimento. O EPS não deteriora e nem


ganha bolor, sendo insolúvel na água e não dispensa elementos para o ambiente.
● Baixa condutividade térmica, contribuindo na diminuição do consumo de
eletricidade.

● O EPS é inodoro, não contamina o solo, água e ar, sendo 100% reaproveitável e
reciclável, com a possibilidade de retornar à condição de matéria-prima, e, não
produz resíduo de obra. (HELENA, 2009, p. 13).

3. RESULTADOS

Após a análise de artigos foi possível constatar que o sistema monolite exige um gasto
maior nas etapas de estrutura e revestimento quando comparado aos sistemas convencionais,
em contrapartida nas etapas de alvenaria e fundações o gasto é bem menor. Este cenário é
retratado não somente na construção de residências, mas também na construção de galpões
comerciais, onde após um estudo de caso constatou-se que para a execução das paredes em
EPS gerou uma diferença de custo de 76,38% a menos quando comparado ao método de
alvenaria estrutural. Apesar do custo do EPS ser mais caro do que os tijolos, a rapidez do
processo de montagem gera uma grande economia na questão de mão de obra.

4. CONCLUSÃO

Com o intuito de verificar se os painéis de poliestireno expandido possuem


características que podem contribuir com o atual cenário da construção civil que tange
principalmente questões como sustentabilidade, conforto e economia.
Conclui-se então que a utilização de EPS na construção civil é uma ótima solução para
contornar os desperdícios oriundos de materiais utilizados nas obras e também o consumo de
água, sendo então considerado um ótimo material na questão de sustentabilidade, além de
garantir um ótimo isolamento térmico e acústico das edificações, podendo também gerar uma
economia de em média 20% quando comparado aos métodos tradicionais.
A utilização do EPS tende a se tornar mais comum nos próximos anos, principalmente
após a determinação de novas normas técnicas que possam vir a ser aplicadas a esse modelo
construtivo. Vale ressaltar que outros modelos construtivos como o Drywall também tendem
a aumentar a procura, visto que desde o início da revolução industrial o mercado busca formas
de tornar a construção civil algo mais rápido e com custo baixo.
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