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Material Aluno - CRIMINOLOGIA 2.0 - 1° PARTE
Material Aluno - CRIMINOLOGIA 2.0 - 1° PARTE
0 – 1° PARTE
Professor LUIS COSTA
@profluiscosta @QGConcursos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio
de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização de QG CONCURSOS
CRIMINOLOGIA 2.0 – parte I
Professor LUIS COSTA
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Olá, Guerreiros (a)! Meu nome é Luis Costa e você está no curso que vai ajudar a gabaritar na disciplina de Criminologia.
Nós vamos focar nos últimos editais da Polícia Civil de SP.
Sou professor de Criminologia, Direito Penal, Direito Processual Penal e Leis Penais para Concursos Públicos há 8 anos.
Bacharel em Administração de Empresas, Bacharelando em Direito. Pós-graduado MBA em Gestão de Pessoas com Ênfase
em Desempenho pela Fundação Getúlio Vargas.
Aprovado em Investigador 2013, Escrivão de Polícia 2013, carreira atual, 1° Lugar na Academia de Polícia Civil de São
Paulo.
BIBLIOGRÁFIA
• Esquemático de Criminologia – Nestor Sampaio Filho
• Criminologia - Sérgio Salomão Shecaira – Editora Revista dos Tribunais
• Criminologia (Teoria e Prática) - Paulo Sumariva – Editora Impetus
• Criminologia – Antonio Garcia-Pablos de Molina e LFG – Editora RT
• Criminologia para concursos públicos – Eduardo Viana – Editora Juspodium,
• Criminologia - questões comentadas - Monica Resende Gamboa
Fiquem ligados nos topicos mais cobradaos nas últimas provas dos concursos públicos de Criminologia nas Carreiras da Polícia Civil.
Isso irá orientar vocês onde devem ter um foco ainda maior.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTOS TEORICOS
3. DIFERENÇA ENTRE A CRIMINOLOGIA E O DIREITO PENAL
4. TRÍADE DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS
5. CLASSIFICAÇÃO DA CRIMINOLOGIA
6. MÉTODO, FINALIDADE FUNÇÃO E OBJETOS
7. HISTÓRIA DA CRIMINOLOGIA
FUNDAMENTOS TEORICOS
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio
de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização de LUIS FLÁVIO COSTA.
CRIMINOLOGIA 2.0 – parte I
Professor LUIS COSTA
ORIGEM ETIMOLÓGICA
CONCEITO
A Criminologia é uma ciência (ser) empírica, interdisciplinar, que estuda o (objetos) crime, o criminoso, a vítima e o controle social (como a sociedade
responde). tem por finalidade compreender os fatores criminógenos que impulsionam a delinquência, traçando metas preventivas de combate à
criminalidade, por meio da análise de diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito.
Conforme a Doutrina majoritária, o termo “Criminologia” teria sido utilizado pela primeira vez, em 1883, pelo antropólogo francês Paul Topinard (1830-
1911). Porém, foi o jurista italiano Rafaelle Garofalo (1851-1934) quem fez uso do termo como ciência, internacionalmente, em sua obra de mesmo nome
(“Criminologia”, 1885).
Além disso, a Criminologia, como ciência humana e social, é dotada de leis evolutivas e flexíveis, pois está em constante mutação, divergindo assim das
ciências exatas, cujas leis são imutáveis e inflexíveis, é possível sua permanente evolução com o objetivo de aperfeiçoamento em busca da prevenção do
delito e do alcance da paz pública e social. Aqui a Criminologia se preocupa com o ser, e não com o dever-ser.
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio
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CRIMINOLOGIA 2.0 – parte I
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CRIMINOLOGIA
✓ Busca conhecer a realidade e compreendê-la, fazendo o diagnóstico do crime;
✓ E a tipologia do criminoso caracterizando assim.
✓ Uma ciência empírica de caráter preventivo.
DIREITO PENAL
✓ Fortemente repressivo, faz a proteção dos bens juridicamente tutelados por meio da sanção penal,
✓ Se preocupando unicamente com a adequação do comportamento humano ao tipo penal,
✓ Não realizando qualquer diagnóstico das causas que promovem ou impulsionam o comportamento delitivo.
QUANDO FALAMOS SOBRE O ENTENDIMENTO DE “CRIME” PARA AMBAS AS CIÊNCIAS, PERCEBEMOS ALGUMAS DIFERENÇAS INICIAIS.
CRIMINOLOGIA
✓ O CRIME é um fenômeno social, comunitário;
DIREITO PENAL
✓ O CRIME é um Fato tipico, antijurídico e culpável
Trata-se da ciência que estuda os fenômenos criminológicos em sua causa explicativa, e não lógicodedutiva. Para a maior parte da doutrina, a Criminologia
é uma ciência autônoma, e não apenas uma disciplina. Para Antonio García-Pablos de Molina, a Criminologia é a ciência empírica e interdisciplinar, que tem
por objeto o crime, o delinquente, a vítima e o controle social do comportamento delitivo, o qual será estudado posteriormente.
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CRIMINOLOGIA (FATO):
Trata-se de ciência empírica que estuda os objetos, ocupa-se do crime enquanto fato (ciência do ser), sendo muito mais ampla do que o D. Penal. buscando
informações no mundo real. exemplo; a criminologia estuda quais seriam os fatores que contribuem (impulsionam) para a violência doméstica e familiar.
MÉTODO DA CRIMINOLOGIA
MÉTODO EMPIRICO:
Quando falamos em método, isto é, o caminho, o meio, para se chegar ao conhecimento do objeto. A origem da palavra método vem do grego “méthodos”,
que significa “caminho que se deve seguir”, isto é o meio pelo qual o raciocínio humano procura desvendar um fato, referente à natureza, à sociedade ou
ao próprio homem.
Quando falamos acerca da ciência Criminologia, essa reflexão humana necessita estar apoiada em bases científicas, sistematiza das por experiências,
comparadas e repetidas.
O método utilizado pela Criminologia é o empírico, em que se busca a análise, bem como a observação, utilizando-se da indução para estabelecer suas
regras.
É baseado na COLEÇÃO de dados de um fenômeno natural e da ANÁLISE desses DADOS, criando uma teoria ou chegando a uma determinada CONCLUSÃO.
Processo indutivo baseado na experiência e observação.
INTERDISCIPLINARIDADE:
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A Criminologia é ciência empírica, porque é baseada na observação e na experiência, e interdisciplinaridade, porque se relaciona com o Direito Penal, a
Biologia, a Psiquiatria, a Psicologia, a Sociologia etc.
TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO
I.INVESTIGAÇÃO EXTENSIVA
II.INVESTIGAÇÃO INTENSIVA
III.INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
IV.INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
A EXPERIMENTAÇÃO
é o pilar da técnica Empírica, porém temos outras técnicas também, como estas:
INVESTIGAÇÃO EXTENSIVA:
(técnica de amostragem) + Quantitativa
✓ Caracterizada pelo uso dominante de técnicas quantitativas
✓ Pega algumas pessoas de um grupo para analisar, interpretar, mensurar um índice estatístico
✓
INVESTIGAÇÃO INTENSIVA:
(estudo individualizado, caso particular, ex: estuda o João) + Qualitativa e Quantitativa
✓ Analisa em profundidade as características, opiniões, uma problemática relativa a uma população
✓ Determinada, segundo vários ângulos e pontos de vista.
✓ Estudo do caso particular, individualizado.
INVESTIGAÇÃO-AÇÃO:
(Estudo de caso feito pelo pesquisador, ele mesmo vai integrar a pesquisa. Ex: vai morar em uma favela)
✓ Intervenção direta dos cientistas, que são chamados a participar em projetos de intervenção
✓ Estudo de caso feito diretamente pelo pesquisador,
✓ na pesquisa ação nós temos o próprio pesquisador efetuando o experimento, ele próprio integra a pesquisa
Ex.: será que um indivíduo que mora em um lugar promiscuo tem os seus valores mais corrompidos, do que o indivíduo que mora em uma condição
melhor...
TESTES PROJETIVOS
Tem o objetivo através do psicólogo, analisar, observar e concluir sobre a personalidade do indivíduo.
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
• RECOGNIÇÃO VISUOGRÁFICA DE LOCAL DE CRIME
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TABELA DO QI
O conceito de idade mental foi estabelecido por Alfredo Binet e Theodore Simon, em 1905 e em 1912, WILLIAN STERN propôs o termo “QI” (quociente
de inteligência) para representar o nível mental, e introduziu os termos
✓ “idade mental” e
✓ “idade cronológica”.
Stern propôs que o QI fosse determinado pela divisão da idade mental pela idade cronológica.
PSICOPATA
• Classificado como fronteiriço – QI normal ou acima da média
INTERDISCIPLINARIDADE
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A INTERDISCIPLINARIDADE DA CRIMINOLOGIA
✓ decorre de sua própria consolidação histórica como ciência dotada de autonomia,
✓ à vista da influência profunda de diversas outras ciências,
✓ tais como a sociologia, a psicologia, o direito, a medicina legal etc.
INTERDISCIPLINARIDADE EXISTE:
- Cooperação com outras ciências
- Integração
CLASSIFICAÇÃO DE CRIMINOLOGIA
CRIMINOLOGIA GERAL
Consiste na sistematização das ciências criminais, comparação e classificação dos resultados obtidos no âmbito das ciências criminais acerca do crime,
criminoso, vítima, controle social e criminalidade
CRIMINOLOGIA CLÍNICA
Consiste na aplicação dos conhecimentos teóricos da Criminologia
para o Tratamento dos criminosos e sua ressocialização.
Criminologia CIÊNTIFICA (conceito e métodos sobre a criminalidade, o crime e o criminoso, além da vítima da justiça penal).
Criminologia APLICADA (abrange a porção cientifica e a prática dos operadores do direito)
Criminologia ANALÍTICA (verificação do cumprimento do papel das ciências criminais e da política criminal)
Criminologia CRÍTICA OU RADICAL (negação do capitalismo e apresentação do delinquente como vítima da sociedade, tem no marxismo suas bases)
CRIMINOGÊNESE:
✓ Estudo/Análise da Origem do crime!
✓ È o estudo da origem do crime, isto é, a causa criminológica do delito.
✓ Feito através dos fatores criminógenos, podem ser multifatoriais (biológico, sociológico, psicologico, psiquiátrico)
✓ Biocriminogênese, Psicocriminogênese....
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FINALIDADE
Hoje, se preocupa em trabalhar forma de EXPLICAR e PREVENIR o crime, intervir na pessoa do infrator e avaliar os modelos que são utilizados pela sociedade
para tratar dos aspectos criminais.
• Etiológica;
• Profilática;
• Ressarcimento da vítima;
• Ressocialização do delinquente.
Verifica-se, portanto, que a Criminologia tem como finalidade uma análise completa do fato criminoso, abordando todos os seus aspectos (contexto) e não
apenas o crime em si, buscando, ainda, compreender cientificamente o problema criminal, preveni-lo e intervir com eficácia e de modo positivo no homem
delinquente.
Vale ressaltar que a Criminologia hoje estuda o crime como fato biopsicossocial e o criminoso em sua integralidade, considerando a vida e o histórico social,
biológico, psicológico e psiquiátrico do indivíduo, não ficando adstrito ao terreno científico.
Os FINS BÁSICOS (por vezes confundidos com suas funções) da criminologia são:
✓ informar a sociedade e os poderes constituídos acerca do crime, do criminoso, da vítima e dos mecanismos de controle social.
✓ Lutar contra a criminalidade (controle e prevenção criminal).
FUNÇÃO DA CRIMINOLOGIA
Apontar um diagnóstico qualificado e conjuntural sobre o CRIME. O papel da Criminologia no cenário social é a constante batalha contra a criminalidade,
o controle e a prevenção do delito.
A Criminologia não é uma ciência exata, capaz de traçar regras precisas e indiscutíveis sobre as causas e efeitos do ilícito criminal.
ASSIM, A PESQUISA CRIMINOLÓGICA CIENTÍFICA, AO USAR DADOS EMPÍRICOS DE MANEIRA CRITERIOSA, AFASTA A POSSIBILIDADE DE EMPREGO DA
INTUIÇÃO OU DE SUBJETIVISMOS.
• A criminologia não deve ser vista como simples acumulação de dados (estatísticas);
• Criminologia tem a FUNÇÃO de interpretá-los e avaliá-los (dados) em sintonia com a realidade
Entretanto convém esclarecer que ela não é uma ciência exata, capaz de traçar regras precisas e indiscutíveis sobre as Causas e efeitos do ilícito criminal.
Algumas outras funções que surgem através de algumas Doutrinas, asseveram que também faz parte do rol de funções:
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Assim, a pesquisa criminológica científica, ao usar dados empíricos de maneira criteriosa, afasta a possibilidade de emprego da intuição ou de subjetivismos.
OBJETOS
O fato de que toda ciência possui objeto próprio, portanto devemos conhecer os objetos da Criminologia, a qual é uma ciência, temos que conhecer e
também compreender seus objetos.
O objeto da Criminologia é científico enquanto o do Direito Penal é normativo. Estas duas ciências se distinguem pelo objeto e pelo método. Apesar de o
Direito Penal e a Criminologia estudarem o mesmo fato, o crime, cada uma dessas ciências o faz a seu modo.
Em princípio, o objeto de estudo da Criminologia se limitava ao estudo do crime (clássicos). Posteriormente, passou ao estudo do criminoso (primórdios do
Positivismo). Após a Segunda Guerra Mundial é que ganhou espaço o estudo da vítima e do controle social.
Atualmente, o objeto da Criminologia está dividido em quatro pilares: delito, delinquente, vítima e controle social.
FASE MODERNA DA CRIMINOLOGIA: houve uma ampliação desse objeto: CRIME, CRIMINOSO, VÍTIMA e CONTROLE SOCIAL
1. CRIME
2. CRIMINOSO
3. VITIMA
4. CONTROLE SOCIAL
CRIME / DELITO
Para que a conduta seja considerada crime, na Criminologia deve haver a chamada incidência aflitiva e massiva.
Por fim, a Criminologia também explicita que a conduta deve ocorrer em vários locais e não ser restrita. Além disso, deve ser mais frequente que certas
“modas”, ou seja, deve persistir no tempo e no espaço.
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CRIMINOLOGIA CONTEMPORÂNEA
✓ O crime é um problema social e comunitário
1º) INCIDÊNCIA MASSIVA NA POPULAÇÃO (Para ser crime, o fato não pode ser algo isolado, Algo REITERADO na sociedade)
2º) INCIDÊNCIA AFLITIVA DO FATO PRATICADO (O fato deve CAUSAR DOR NA VÍTIMA OU NA SOCIEDADE como um todo)
3º) PERSISTÊNCIA ESPAÇO TEMPORAL DO FATO (O FATO deve se DISTRIBUIR pelo nosso TERRITÓRIO e ao longo de um TEMPO juridicamente relevante)
4º) INEQUÍVOCO CONSENSO A RESPEITO DE SUA ETIOLOGIA (CAUSAS) E DE QUAIS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO SERIAM MAIS EFICAZES PARA O SEU
COMBATE (Deve ser algo VERDADEIRAMENTE AFLITIVO para a SOCIEDADE COMO UM TODO.)
CRIMINOSO
Trata-se do indivíduo que infringe a norma penal, sem justificação e de forma reprovável. Compreende-se que o delinquente (criminoso) é um ser histórico,
real, complexo e enigmático. O delito foi o principal objeto de estudo da Escola Clássica. Com o surgimento da Escola Positiva, passou para a pessoa do
delinquente. Na moderna Criminologia, ainda que não se tenha abandonado a pessoa do delinquente, o objeto deslocou-se para a conduta delitiva, a vítima
e o controle social.
CRIMINOLOGIA CONTEMPORÂNEA
Atualmente ele é um criminoso real, normal dotado de livre arbitrio, que sofre influência criminologica que o leva a delinquir
Livre arbitrio + Influência Criminogena
EXTRA
ESCOLA CORRECIONALISTA:
✓ O criminoso era tido como um SER INFERIOR, INCAPAZ DE SE AUTOGOVERNAR. (ex.: coitadinho)
✓ Essa escola não teve muita importância no Brasil, MAS NA ESPANHA.
✓ O Estado deve agir punindo de maneira pedagógica, com piedade, por isso Correcionalista.
ESCOLA MARXISTA:
✓ O Criminoso seria uma VÍTIMA INOCENTE da SOCIEDADE e das ESTRUTURAS ECONÔMICAS;
✓ Veja que Karl Marx não se dedicou as ciências criminais, mas seus estudos fortaleceram;
VÍTIMA
Vítima é a pessoa que, individual ou coletivamente, tenha sofrido danos, inclusive lesões físicas ou mentais, sofrimento emocional, perda financeira ou
diminuição substancial de seus direitos fundamentais, como consequência de ações ou omissões que violem a legislação penal vigente. A Criminologia
busca descobrir as consequências da prática do crime em relação à pessoa da vítima. Os estudos criminológicos da vítima se multiplicaram na segunda parte
do século XX, tendo sido fundada nova disciplina (ciência): a Vitimologia.
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CONTROLE SOCIAL
É o conjunto de estratégias, instituições e sanções que visam submeter o indivíduo a regras comunitárias da vida em sociedade com o objetivo de manter
a ordem pública através da disciplina social imposta por meio dos agentes de controle.
OBJETIVO/FINALIDADE
é alcançar a disciplina social.
É o quarto e mais importante objeto de estudo da Criminologia. É o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais que pretendem promover e
garantir a submissão dos indivíduos aos modelos e normas comunitárias.
A operacionalização do controle social se dá por meio dos agentes de controle. Estes podem ser:
AGENTES DE CONTROLE
Os AGENTES DE CONTROLE FORMAIS são exercidos pelos diversos órgãos públicos que atuam na esfera criminal, como as polícias, o Ministério Público, o
sistema penitenciário etc. Na prática, e em princípio, a polícia definitivamente possui todas as aptidões necessárias para exercer o controle social informal.
Os AGENTES DE CONTROLE SOCIAL INFORMAL é o do dia a dia das pessoas. Tratam de condicionar o indivíduo, de discipliná-los por meio de um largo e sutil
processo que começa no núcleo primário (família), passando pela escola, profissão, local de trabalho, e culminando com a obtenção de sua aptidão
conformista, interiorizando no indivíduo as pautas de conduta transmitidas e aprendidas (processo de socialização).
1° - PRIMEIRA SELEÇÃO:
Atuação dos órgãos de repressão jurídica.
É o trabalho desenvolvido pela POLÍCIA JUDICIÁRIA (P. Civil e P. Federal)
2° - SEGUNDA SELEÇÃO:
representada pela atuação do MINISTÉRIO PÚBLICO com o INÍCIO DA AÇÃO PENAL.
3° - TERCEIRA SELEÇÃO:
Tramitação do PROCESSO PENAL com a consequente condenação do Criminoso. (JUSTIÇA)
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2 - ASSINALE A ALTERNATIVA QUE COMPLETA, CORRETA E RESPECTIVAMENTE, A FRASE: A CRIMINOLOGIA ____________; O DIREITO PENAL ___________.
A) não é considerada uma ciência, por tratar do “dever ser”; é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser”;
B) é uma ciência normativa e multidisciplinar, do “dever-ser”; é uma ciência empírica e fática, do “ser”.
C) não é considerada uma ciência, por tratar do “ser”; é uma ciência jurídica, pois encara o delito como um fenômeno real, do “dever ser”;
D) é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser”; é uma ciência jurídica, cultural e normativa, do “dever ser”.
E) é considerada uma ciência jurídica, por tratar do delito como um conceito formal, normativo, do “dever ser”; não é considerado uma ciência, pois encara
o delito como um fenômeno social, do “ser”.
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4 - PARA GARCIA PABLOS DE MOLINA, É ENTENDIDO COMO O CONJUNTO DE INSTITUIÇÕES, ESTRATÉGIAS E SANÇÕES SOCIAIS QUE PRETENDEM
PROMOVER E GARANTIR A SUBMISSÃO DOS INDIVÍDUOS AOS MODELOS E NORMAS COMUNITÁRIAS. O TEXTO SE REFERE:
A) À Criminogênese
B) Aos fatos condicionantes biológicos;
C) Ao controle social;
D) Aos fatos condicionantes sociológicos;
E) Aos fatos condicionantes criminais.
5 - A REPARAÇÃO DOS DANOS E A INDENIZAÇÃO DOS PREJUÍZOS À VÍTIMA SÃO VISTAS PELA DOUTRINA COMO
A) Uma importante tendência político-criminal observada na Lei nº 9.099/95;
B) Um problema que cabe apenas ao Direito Civil tratar;
C) Uma teoria que vê a vítima como uma parte autossuficiente no crime;
D) Algo obsoleto, que não cabe mais sua discussão;
E) Um fato que serve exclusivamente como base para cálculo da pena do criminoso.
7 - ATUALMENTE, SÃO UNÂNIMES CERTAS AFIRMAÇÕES EXPLICATIVAS QUE VISAM JUSTIFICAR O COMPORTAMENTO CRIMINOSO. DE ACORDO COM A
CRIMINOLOGIA MODERNA, É CORRETO AFIRMAR QUE:
A) O fenômeno criminoso é uma interação biopsicossocial e o homem está sujeito a esta interação, podendo responder com mais um comportamento
delituoso.
B) O círculo negativo de amizades e a falta de escolaridade são a certeza para um comportamento delituoso.
C) O convívio com condutas antissociais repetitivas, somado à ausência de afetividade paterna e materna, sempre leva a um comportamento criminoso.
D) O meio social desfavorecido economicamente, em especial aquele em que a traficância de drogas é uma constante, transforma obrigatoriamente o
indivíduo em um criminoso;
E) Filho de mãe solteira e que nunca teve contato com o pai tem grande probabilidade de se tornar um delinquente.
HISTÓRIA DA CRIMINOLOGIA
Podemos dizer que uma das classificações Históricas Da Criminologia Divide O Seu Desenvolvimento Em Duas Fases:
• Período Pré-Científico E
• Período Científico.
O Período Pré-Científico Abrange O Período Que Vai Desde A Antiguidade, Em Que Se Encontram Alguns Textos Esparsos De Alguns Autores, Terminando
Com O Surgimento Do Trabalho De Lombroso (Maioria Da Doutrina). A Criminologia Passou A Existir Com O Surgimento Da Escola Clássica
PRINCIPAIS MOMENTOS
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IMPORTANTE:
Período da evolução histórica é tripartido.
PERÍODO DA VINGANÇA – SÉC. XV e XVI (15 e 16)
PERÍODO HUMANISTA
✓ Período pré-científico,
✓ Transição entre a barbárie da Vingança até o momento científico
PERÍODO DA VINGANÇA
MONARQUIA ABSOLUTA
Reinado da MONARQUIA ABSOLUTA (século XV e XVI). Os criminosos eram multilados ou então marcados com ferro em brasa, pois o FOGO era
considerado um elemento purificador da natureza. período caracterizado pela arbitrariedade, crueldade e além de ser bastante caótico
PERÍODO DA VINGANÇA.
Os criminosos eram mutilados ou então marcados com ferro em brasa, pois o fogo era considerado elemento purificador da alma.
PENA DE MORTE
✓ Era regra
3 - VINGANÇA PÚBLICA: a sanção passa a ser aplicada pelo Estado, agindo em nome do interesse da maioria, da coletividade
PERÍODO HUMANITÁRIO
(OU PRÉ CIENTIFICO - SECULO XVII E XVIII)
O apogeu do Iluminismo deu-se na Revolução Francesa, com o pensamento liberal e humanista de seus expoentes, Voltaire, Locke, Montesquieu e
Rousseau.
Argumenta-se que a etapa pré-científica da criminologia GANHA DESTAQUE COM OS POSTULADOS DA ESCOLA CLÁSSICA, muito embora antes dela já
houvesse estudos acerca da criminalidade.
ESTADO LIBERAL
✓ LIVRE ARBÍTRIO
✓ MÉTODO DEDUTIVO APRÍORISTICO
✓ SUBSTITUIÇÃO DA ARBITRARIEDADE PELA JUSTIÇA
✓ PENA TEM FUNÇÃO RETRIBUTIVA (CASTIGO)
ILUMINISMO
LEGADO DO PERÍODO ILUMINISTA: “Substituição da Emoção pela Razão” (Locke) – base do estado liberal, fortificado pela Rev. Francesa.
✓ JOHN LOCKE (substituição da emoção pela razão) – PAI DO MOVIMENTO ILUMINISTA
✓ JEAN JACKE ROUSSEAU (Obra: “O contrato social” utilizado no Código Penal, trazendo Equidade, Isonomia)
✓ MONTESQUIEU (Obra: “O Espírito das Leis” Distribuição do poder –Inspirado em Aristóteles criou o mecanismo Sistema de Freios e contrapesos
(sistema de fiscalização) – Propunha a Descentralização do poder),
✓ VONTAIRE (criticava o Clero = conjunto de religiosos)
FASE PRÉ-CIENTIFICA
HAVIA DOIS ENFOQUES MUITO NÍTIDOS:
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EMPÍRICOS Investigavam a gênese delitiva por meio de técnicas fracionadas, tais como as empregadas pelos fisionomistas, antropólogos, b iólogos etc., os
quais substituíram a lógica formal e a dedução pelo método indutivo experimental (empirismo).
10 - ASSINALE A ALTERNATIVA QUE COMPLETA, CORRETA E RESPECTIVAMENTE, A FRASE: A CRIMINOLOGIA ____________; O DIREITO PENAL
___________.
A) Não é considerada uma ciência, por tratar do “dever ser”; é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser”;
B) É uma ciência normativa e multidisciplinar, do “dever-ser”; é uma ciência empírica e fática, do “ser”.
C) Não é considerada uma ciência, por tratar do “ser”; é uma ciência jurídica, pois encara o delito como um fenômeno real, do “dever ser”;
D) É uma ciência EMPÍRICA e INTERDISCIPLINAR, FÁTICA do “SER”; é uma ciência jurídica, cultural e normativa, do “dever ser”.
E) É considerada uma ciência jurídica, por tratar do delito como um conceito formal, normativo, do “dever ser”; não é considerado uma ciência, pois encara
o delito como um fenômeno social, do “ser”.
9-D; 10-D
ESCOLA CLASSICA
Principais Autores: Cesare Bonesana (Marquês De Beccaria), Francesco Carrara E Giovanni Carmignani.
Período Histórico: Período Iluminista Do Século XVIII.
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✓ PRECONIZA que o DIREITO PENAL tem um FIM de tutela (proteção) e que a PENA é um meio dessa proteção por estabelecer a ORDEM ALTERADA PELO
DELITO;
✓ A PENA deve ser PROPORCIONAL AO DELITO, CERTA, CONCEDIDA E JUSTA;
✓ O FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE PENAL encontra-se no LIVRE ARBÍTRIO e na IMPUTABILIDADE MORAL;
✓ A PENA é uma resposta objetiva à prática do delito revelando seu cunho RETRIBUCIONISTA.
CÉSAR BONESANA
Marquês de Beccaria (1738 – 1794)
APONTAMENTOS
“Somente as leis podem fixar as penas para os delitos”, (PRINC. LEGALIDADE)
“Preferivel previnir (1° vez) do que precisar puni-lo futuramente”.
DEFENDIA:
✓ Contra os excessos punitivos
✓ Proporcionalidade entre o Crime e a Pena (59, CP) (PENA RETRIBUTIVA)
✓ Relação Crime-Castigo (306, CPP)
✓ Proposta de humanização das ciências penais
✓ Mostra-se contra as penas de caráter cruel;
✓ Mostra-se CONTRA AS DESIGUALDADES das penas determinadas pela classe social do delinquente;
✓ Desenvolve o princípio da LEGALIDADE, o qual foi transcrito para o latim pelo jurista alemão Feur Bach
Fez surgir o chamado movimento humanitário em relação ao Direito de Punir estatal. Inspirando-se na filosofia estrangeira, sobretudo em Montesquieu,
Hume e Rousseau, Beccaria baseou seu pensamento nos princípios do contrato social, do direito natural e do utilitarismo.
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de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização de LUIS FLÁVIO COSTA.
CRIMINOLOGIA 2.0 – parte I
Professor LUIS COSTA
RECHAÇAVA:
✓ A pena de morte como forma de sanção penal
✓ Confisco arbitrário de bens e
✓ Utilização de penas infames
DEFENDIA:
✓ A relação crime castigo (nota de culpa)
PREGAVA
✓ Proporcionalidade das penas em face a natureza dos delitos praticados.
PSEUDOCIÊNCIAS
(Ciências ocultas)
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FISIONOMIA
Pseudociência que mais se aproxima do positivismo criminológico de Lombroso. Como o próprio nome enuncia, esta ciência oculta foca suas pesquisas na
aparência do indivíduo como ponto de conexão entre o externo e o interno, entre o físico e o psíquico.
OUTRA PSEUDOCIÊNCIA
FISIONOMIA: pseudociência que mais se aproxima do positivismo criminológico de Lombroso.
COMO O PRÓPRIO NOME ENUNCIA, ESTA CIÊNCIA OCULTA
• foca suas pesquisas na APARÊNCIA DO INDIVÍDUO
• como ponto de conexão entre o EXTERNO E O INTERNO, entre o FÍSICO E O PSÍQUICO.
PRIMEIROS ESTUDOS Inicialmente comparam homem com o animal, NÃO DEU CERTO!
AÍ FORAM PARA O LADO ESTÉTICO, ONDE SURGIU O EDITO DE VALÉRIO - GIOVANI DELLA PORTA
✓ onde quanto mais feio, mais criminoso.
✓ feiura = sinonimo de criminalidade.
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DELLA PORTA
• 1586; o homem de bem teria escassez de sinais físicos;
PETRUS CAPER
• Holandês, criou uma escala crescente de perfeição dos seres, desde os primatas até o modelo divino greco-romano.
A Frenologia era uma teoria baseada em identificar a personalidade e o desenvolvimento das faculdades mentais e morais de um indivíduo com base na
formação externa do crânio.
ASSOCIAVA ÀS DIMENSÕES DO CRÂNIO CERTOS TIPOS DE DELITOS.
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11 - A RELAÇÃO ENTRE CRIMINOLOGIA E DIREITO PENAL ESTÁ EVIDENCIADA DE FORMA CORRETA EM:
a) A Criminologia aproxima-se do fenômeno delitivo, sendo prescindível a obtenção de uma informação direta desse fenômeno. Já o Direito Penal limita
interessadamente a realidade criminal, mediante os princípios da fragmentariedade e da seletividade, observando a realidade s empre sob o prisma do
modelo típico.
b) A Criminologia e o Direito Penal são disciplinas autônomas e interdependentes, e possuem o mesmo objetivo com meios diversos. A Criminologia, na
atualidade, erige-se em estudos críticos do próprio Direito Penal, o que evita qualquer ideia de subordinação de uma ciência em cotejo com a outra.
c) A Criminologia tem natureza formal e normativa. Ela isola um fragmento parcial da realidade, a partir de critérios axiológicos. Por outro lado, o Direito
Penal reclama do investigador uma análise totalizadora do delito, sem mediações formais ou valorativas que relativizem ou obstaculizem seu diagnóstico.
d) A Criminologia versa sobre normas que interpretam em suas conexões internas, sistematicamente. Interpretar a norma e aplicá-la ao caso concreto, a
partir de seu sistema, são os momentos centrais da Criminologia. Por isso, ao contrário do Direito Penal, que é uma ciência empírica, a Criminologia tem um
método dogmático e seu proceder é dedutivo sistemático.
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c) o método dedutivo é priorizado na criminologia por respeito à cientificidade deste ramo do saber.
d) o método empírico tem protagonismo, por tratar-se a criminologia de uma ciência do ser.
e) as premissas dogmáticas norteiam as diversas linhas e pensamentos criminológicos de modo que se permita a sistematização do conhecimento.
CIENTÍFICO OU POSITIVISTA
(SÉC. XIX E XX ATUAL)
Tem suas raízes no início do século XIX na Europa – até os dias atuais influenciada no campo das Ideias pelos princípios desenvolvidas pelos fisiocratas e
iluministas no século anterior.
A criminologia deve EXPLICAR AS CAUSAS DO DELITO, utilizando-se de método ciêntifico capaz de prever meios para combatê-lo.
Principais Autores:
• Cesare Lombroso,
• Enrico Ferri,
• Rafaelle Garofalo.
Período Histórico: Iluminismo, Após A Manifestação Dos Ideais Clássicos, Criando-Se Uma Vertente Diferente.
Em contraposição à escola Clássica, surge a Escola Positiva, influenciada pelos avanços científicos surgidos durante o século XIX, como as teorias de Darwin
e Lamarck e pelo pai da Sociologia, Auguste Comte.
Seus estudos, ao contrário dos clássicos, que usavam o método dedutivo, baseavam-se no método empírico, ou seja, na análise, observação e indução dos
fatos.
A Escola Positiva considerava o crime como fato humano e social. A PENA deveria então ter por fim a defesa social, e não a tutela jurídica.
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Os positivistas rechaçaram totalmente a noção clássica de um homem racional capaz de exercer o livre-arbítrio. Os pensadores positivistas sustentavam que
o delinquente se revelava automaticamente nas suas ações e que estava impulsionado por forças de que ele mesmo não tinha consciência. Para eles, o
criminoso era um prisioneiro, escravo de sua carga hereditária (DETERMINISMO). Por isso percebe-se que essa escola foca mais no criminoso do que no
próprio crime.
Obs. A CRIMINOLOGIA ASSUME O PAPEL DE DEFESA DO CORPO SOCIAL (PROTEGENDO A SOCIEDADE) EM DOIS SENTIDOS (CRIMINOLOGIA DEFENDENDO
A SOCIEDADE):
✓ Protege a sociedade do criminoso;
✓ Protege o criminoso da sociedade.
A PENA não deve ser aplicada com o fim de retribuição (como era na Escola Clássica)
1 - NATURALISMO
✓ TEORIA DA EVOLUÇÃO DAS ESPECIES (C. DARWIN)
✓ DETERMINISMO BIOLÓGICO E SOCIOLÓGICO
FOCO: CRIMINOSO
PENA: PREVENTIVA
O MAIOR EXPOENTE DO POSITIVISMO FOI CESARE LOMBROSO. MÉDICO ITALIANO, É RESPONSÁVEL POR ESTUDOS (CRIMINOLÓGICOS) DO HOMEM SOB
UMA PERSPECTIVA MORFOLÓGICA.
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OBS. NESSE PERÍODO O ESTUDO DA CRIMINALIDADE ABANDONA A ESCOLA CLÁSSICA, DEFENSORA DO LIVRE ARBÍTRIO E MIGRA PARA O terreno do
CONCRETISMO, da VERIFICAÇÃO PRÁTICA DO DELITO E DO DELINQUENTE. (Surgimento do empirismo)
AS CONCLUSÕES DE LOMBROSO
• repercutem especialmente no modelo de política-criminal a ser adotado para o combate à criminalidade:
• Contra o criminoso nato, incorrigível, não caberiam aplicações de sanções morais,
• mas sim preventivas, devendo a sociedade se proteger com aplicação da pena de PRISÃO PERPÉTUA ou de MORTE.
LOMBROSO,
• DIFERENTEMENTE DOS SEUS ANTECESSORES,
• NÃO SE LIMITOU A ESPECULAÇÕES METAFÍSICAS E ABSTRATAS,
Empreendendo um largo processo de análise científica, de investigação e constatação, MÉTODO QUE CULMINOU COM O SURGIMENTO DA CRIMINOLOGIA
Contra o criminoso nato, incorrigível, não caberiam aplicações de sanções morais, mas sim preventivas, devendo a sociedade se proteger com aplicação
da pena de PRISÃO PERPÉTUA ou de MORTE.
LOMBROSO incorpora o MÉTODO EXPERIMENTAL em todos os seus trabalhos (e isso faltou para os fisionomistas, para os frenólogos, por isso são chamados
de pseudociências), derivando da aplicação desta orientação a figura do CRIMINOSO NATO (expressão criada por Ferri).
LOMBROSO,
✓ Diferentemente dos seus antecessores, não se limitou a especulações metafísicas e abstratas, empreendendo um largo processo de análise ciêntifica,
de investigação e constatação, Método que culminou com o surgimento da criminologia
LOMBROSO UTILIZA AS PSEUDOCIÊNCIAS COMO BASE PARA FORMAR SEUS ESTUDOS (DEMOLOGIA, FRENOLOGIA E FISIONOMIA)
✓ MÉTODO EMPÍRICO;
✓ + de 400 autópsias de delinquentes
✓ e 6000 análises de delinquentes vivos
Foi um pesquisador brasileiro, com a mesma formação do LOMBROSO (médico, psiquiatra, antropologo)
✓ Que se preocupou em REPRODUZIR os estudos Lombrosianos aqui no brasil.
Nas últimas décadas do século XIX a criminologia começa a ganhar força no Brasil e JOÃO VIEIRA DE ARAÚJO (1844 – 1922) é considerado o MAIOR
RECEPCIONADOR NO PAÍS DAS IDEIAS EXPOSTAS PELO MÉDICO ITALIANO CESARE LOMBROSO.
Já RAIMUNDO NINA RODRIGUEZ foi o FUNDADOR DA ANTROPOLOGIA CRIMINAL BRASILEIRA e também seguiu as ideias de Lombroso, sendo o pioneiro
nos estudos sobre a cultura negra no País.
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SEU DETERMINISMO SOCIAL TAMBÉM CONTRIBUIU PARA A EVOLUÇÃO DA CRIMINOLOGIA, APONTAVA OS FATORES ANTROPOLÓGICOS, SOCIAIS E
FÍSICOS COMO AS CAUSAS DO DELITO.
COMPORTAMENTO CRIMINOSO:
• Defendia a ideia de RESPONSABILIDADE SOCIAL;
• Acreditava que todo criminoso deveria ser afastado do convívio social (não como pena ou castigo, mas como meio de defesa da sociedade).
CAUSAS DO CRIME
1) FATORES ANTROPOLÓGICOS; raça, idade, cor, sexo.
2) FATORES SOCIAIS: densidade da população, opinião pública, família, religião etc.;
3) FATORES FÍSICOS: Clima, Estações, temperatura etc.
ATENÇÃO: Ferri também foi idealizador da LEI DA SATURAÇÃO CRIMINAL que realizava a seguinte associação:
✓ Da mesma forma que um líquido em determinada temperatura diluía em partes, assim também ocorria com o fenômeno criminal, pois em
determinadas condições sociais seriam produzidos determinados delitos
QUEM DIFUNDIU INTERNACIONALMENTE, EXPONDO-A COMO UMA CIÊNCIA DIVERSA DO DIREITO PENAL, A COMPREENDIA COMO CIÊNCIA DA
CRIMINALIDADE, DO DELITO E DA PENA, SUSTENTAVA QUE SE HAVIA O CRIMINOSO NATO TAMBÉM DEVERIA EXISTIR O DELITO DESSA MESMA NATUREZA.
O Jurista e Ministro da Corte de apelação de Nápoles, RAFFAELE GAROFALO, criador/difundiu do termo Criminologia, a compreendia como ciência da
criminalidade, do delito e da pena.
DEFENDIA:
✓ PENA DE MORTE (criminoso irrecuperável, delinquente nato)
✓ DELITOS LEGAIS: sofriam variações conforme o local. exemplo: delitos tributários.
✓ X DELITOS NATURAIS: lesavam sentimentos de altruísmo e piedade. (independentemente de onde se encontrasse) exemplo: crime contra a vida
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✓ MEDIDA DE SEGURANÇA
CLASSIFICAÇÃO:
Natos (instintivos), fortuitos (ocasião) ou pelo defeito moral especial (assassinos, violentos, ímprobos e cínicos)
LEGADO:
“O crime é um sintoma de uma anomalia moral ou psiquica do individuo”
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ESCOLA CARTOGRÁFICA
CARTOGRAFIA CRIMINAL
Ciência responsavel pelo estudo e elaboração de mapas geográficos da criminalidade Mensuração da criminalidade através de indices estatísticos.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES:
✓ Guerry
✓ Adolphe Quetelet
• OBRA: FÍSICA SOCIAL (1835)
• LEIS TÉRMICAS DA CRIMINALIDADE
• CIFRAS
• CONCEITO HOMEM MÉDIO
Considera o crime como um fenômeno concreto que só pode ser estudado pelo
Método estatístico
QUETELET, AUTOR DA ESCOLA CARTOGRÁFICA (verdadeira ponte entre clássicos e positivistas), que estabeleceu
• conceito de HOMEM MÉDIO
• e alertou para a questão dos CRIMES NÃO COMUNICADOS AO PODER PÚBLICO (cifra NEGRA).
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CRIMINOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
(Terrie Moffitt):
ESCOLA ALEMÃ
(ou Escola de Política criminal)
Von Lizst ampliou na conceituação das ciências penais a criminologia (com a explicação das causas do delito) e a penologia (causas e efeitos da pena).
A Escola Moderna Alemã, considerada por alguns doutrinadores como a mais importante das escolas ecléticas ou intermediárias s urge principalmente dos
estudos de um político-criminólogo alemão, Franz Von Liszt (Programa de Marburgo).
Configura-se aqui como uma direção política criminal, tendo uma importante função conciliatória e ordenadora.
O ponto de partida é a neutralidade entre livre-arbítrio e determinismo, com a proposta de imposição de pena, com caráter intimidativo, para os
delinquentes normais e de medida de segurança para os perigosos (anormais e reincidentes), sendo esta última com objetivo de assegurar a ordem social,
com fim único de justiça.
Extrai-se deste caráter intimidativo uma inovação frente às escolas penais precedentes que atribuíam a pena única função de afastar o delinquente do meio
social. A pena com a função de desestimular a prática de crimes por meio da intimidação, sem dúvidas faz parte da política penal moderna, da prevenção
geral.
ESCOLA DE LYON
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CRIMINOLOGIA 2.0 – parte I
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“O crime é como um micróbio que quando encontra um caudo de cultivo propricio ele prolifera”, “As sociedades têm os criminosos que merecem”
Depois das escolas penais Clássica e Positiva, surgiram outras correntes denominadas pela doutrina de ecléticas ou intermediárias.
A Terza Scoula Italiana, uma das correntes ecléticas, é também conhecida como Escola Crítica.
Tem como marco a Publicação do artigo “Una Terza Scuola di Diritto Penale in Itália”, por MANUEL CARNEVALE.
As escolas ecléticas são marcadas pela substituição do livre-arbítrio pela voluntariedade das ações. Portanto, o crime é um fato individual e social. A pena
tem caráter aflitivo/ético com vistas à defesa da sociedade
POSTULADOS CRIMINOLÓGICOS:
DIFERENÇA ENTRE IMPUTÁVEIS E INIMPUTÁVEIS;
RESPONSABILIDADE MORAL BASEADA NO DETERMINISMO
(QUEM NÃO TIVER A CAPACIDADE DE SE LEVAR PELOS MOTIVOS DEVERÁ RECEBER UMA MEDIDA DE SEGURANÇA);
CRIME COMO FENÔMENO SOCIAL E INDIVIDUAL;
PENA COM CARÁTER AFLITIVO, CUJA FINALIDADE É A DEFESA SOCIAL.
“LEIS DA IMITAÇÃO”
“Leis da imitação”
Concebeu a sociologia baseado em pequenas interações psicológicas impulsionadas pela imitação.
RESUMO
ESCOLA CLÁSSICA
ESCOLA POSITIVA
18 - A ESCOLA CLÁSSICA.
A) Tem em Garofalo um dos seus precursores;
B) Baseia-se no método empírico-indutivo;
C) crê no livre arbítrio;
D) Surge na etapa científica da criminologia;
E) Criou a figura do criminoso nato.
19 - A ESCOLA POSITIVA:
a) crê no determinismo e defende o tratamento do criminoso
b) tem em Bentham um de seus precursores
c) foi consolidada por Carrara
d) baseia-se no método dogmático e dedutivo
e) surgiu na etapa pré-científica da criminologia
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