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B: Olá, John ica e ofereçam uma descrição relativamente completa de como usa-
(27) nos comunicarmos.
A: Como está? mos a língua para
vão tazer: \implicito: lenho uma sugestão Finalmente, outra motivação geral muito importante para o re
B: Diz ai: o que vocês
que poderíamos
ao
fazer juntos] cente interesse pela pragmática é a possibilidade de que venham a ser
quanto
A: Bem, nós
sair. Por
vamos quê? propostas explicaçóes funcionais significativas para os fatos lingüísti-
B: Eu ia mesmo dizer para sair . . .
no estabelecimento.
cionalismo (ver, por exemplo, Grossman, San e Vance, 1975). Ora,
48 PRAGMATICA
o AMBITO DA PRAGMÁTICA | 49
estrutura linguistica não seja indene livro, para evocar certos implícitos
possibilidade de que a neste
existe a termos preferidos
de Chomsky) dos usos: (ou, nos
conhecidas idéias que
dente (ao contrário das
talvez seja possivel propor explicac es
pragmáticos).
e a comunicação
de intormações. (E claro que ciosa delas seja a reformulação que Jakobson (1960) fez de esquemas
tenção de informações
hoc: precisaríamos de indi anteriores (ver, especialmente, Bühler, 1934). Ele sugere que as funções
desconfiamos de que essa explicação seja post
de essas três atividades são realmente predomi- do discurso podem consistir em realçar qualquer dos seis componen-
cios independentes que
vida social.) Ou poderíamos observar que maioria das lin-
a tes básicos do acontecimento comunicacional: assim, a função refe-
nantes na
maneiras, muitíssimo elaboradas em muitas línguas, de co- rencial concentra-se no conteúdo referencial da mensagem, a função
guas possui emotiva no estado do falante, a função conativa nos desejos do falante
dificar o status social relativo entre os participantes: mais uma vez, parece
de princípios universais de que o destinatário faça ou pense tal e tal coisa, a função metalin-
necessária uma explicação funcional em t e r m o s
(ou quase universais) de organização social (ver, por exemplo, Brown e güsstica no código usado, a função fática no canal (estabelecimento e
Levinson, 1978). Na verdade, poderíamos esperar ainda mais da expli manutenção do contato) e a função poética na maneira como a mensa-
cação funcional: boa parte do maquinário sintático de uma língua pare- gem é codificada. Qualquer esquema desse tipo, porém, é de utilidade
ce estar voltado para a reorganização linear do material em sentenças dúbia para o pragmaticista que busca princípios funcionais: as catego-
(como nas construções passivas ou topicalizadas), uma reorganização rias são de aplicação imprecisa, não possuem motivação empírica di-
reta e há muitos outros esquemas rivais construídos em bases ligeira-
que não parece afetar substancialmente o conteúdo semântico (verifun-
cional). Qual é, então, o propóito desse maquinário derivacional tão
mente diferentes. Talvez a única utilidade clara seja lembrar-nos que,
naturalmente, a aceitaçao
do pressuposto de que nem
os
tod aspectos
funcionais na lingua. Além disso, ao considerar traços
to requer,
semánticos simplesmente exercer pressões mui-
codificados do signiticado são por codificados numa língua, podemos
os traços direta e simplesmente
muitas linguas tém, além dos três que estão coditicados de ma-
definição.) Observaríamos que pos bem ser capazes
de e n c o n t r a r os m e s m o s traços
to
mencionados acima, outros que parecem ter uso VIsiveis na estrutura ou no uso de outras lín-
básicos de sentenças neiras mais sutis e
menos
do discurso pode-se fazer uma exigidas para as tarefas? (Pode ser útil pensar
abordagens dos capacidades específicas
usos
A todas essas
de procurar por uma série específica, como a producão
seguinte sentido:
em vez de alguma tareta cooperativa
forte objeção no em termos
contextuais
estaticos, d e v e m o s atentar dito edificio o u de u m a máquina.)
Primeiro, está claro que eles pre-
de funções ou parâmetros de um
importante do lingüísti. o r i e n tados; cada u m precisaria ter ciência do
uso
mais mutuamente
contexto
dinâmico cisariam ser
tamente o
para
fizesse e m qualquer tempo,. Segundo, precisariam
tace. A centralidade dests ter co-
interação tace
a
ou o outro
isto é, a conversação que
n o precisa s e r defendida: a in o alcance de seus
co,
uso lingüístico nhecimento do domínio de interação (por exemplo,
matriz funcional para o e o atualizarem
a aquisição da língua, m a c dos objetos ao redor)
contexto para e as propriedades
é não só o movimentos
teração face a face e m muitas das comunidade ações. Terceiro,
de uso lingüistico constantemente,
à medida que fosse afetado por suas
te sentido, a teoria matemática dos jogos estuda um tipo de interação; haver alguns objetivos específicos compartilhados). Sexto, cada robô te-
ver Luce Raiffa, 1957). Tal abordagem poderia começar adotando a
e ria de saber queo outro possui essas propriedades e saber que cada
de Goffman (1976) entre exigências de sistema e exigên um sabe disso; do contrário, um não poderia planejar racionalmente
distinção
cias rituais, onde a primeira categoria rotula os ingredientes essenciais ações dependentes dos planos do outro. E possível que essas proprie-
para a sustentação de qualquer tipo de entrosamento sistemático de dades fossem suficientes, juntamente com as capacidades requeridas
ações por mais de uma parte, e a segunda os ingredientes que, apesar por tarcfas específicas, para engendrar uma interpretação coordenada
de não essenciais para a manutenção da interação, são, não obstante, de ações que lembraria (remotamente) a interação humana. O propó
sito desse experimento é chamar a atenção para o fato de que alguns
típicos dela são, se quisermos, as dimensões sociais da interação. Con-
-
centrando-nos nas exigências de sistema, podem perguntar quais fenômenos pragmáticos podem ser explicados por referência justamente
condiçóes necessárias e conjuntamente suficientes devem ser cumpri a estes tipos de traços: por exemplo, como veremos, pode-se pensar na
das para que aconteça deixis como baseada numa suposição de orientação múrua, a pressu-
tipo altamente coordenado de comporta-
esse
posição como baseada na suposição de conhecimento compartilhado
mento interdependente que chamamos interação. Suponha, por exem- de um domínio e de sua atualização, os atos de fala numa explicitação,
plo, gue tivéssemos como tarefa a programação de dois robós, de tal
maneira
que eles pudessem auxiliar sistematicamente um ao outro num para os outros participantes, dos nossos objetivos interacionais, a im-
leque aberto de tarefas: que propriedades eles precisariam ter, além das plicatura conversacional numa suposição da cooperação interacional,
54|rRAGMÁTICA o AMBITrO DA
PRAGMÁTICA | 55
ntais
elementos fundamenta da int sonde há importantes as línguas
maticos poderiam ser referidos aos
bem esperar diferenças
sistemáticas entre
eretiva da
conversacão ao nodemos muito
é provável que o letramento tenha efeitos
ão (para uma simulação computadorizada asociadas- por exemplo,
1979). Sintatica e semântica das línguas, mes-
longo destas linhas, ver Power, que tal abordagem seis sistemáticos
estrutura lexica,
na
teoria pragmática geral (ou universal). Contudo, não parece ser Jakobson (1960), funço re-
uma
(1934) chamou função representacionale
necessariamente este o caso. Por exemplo, há claros princípios pancul
ferencial da linguagem.
turais que governam a produção interação polida" ou socialmente
da
A outra linha de investigação mais promissora consiste em expli-
demonstrar que eles tëm efeitos sistemáticos na es-
adequada e pode-se car diretamente natureza da interação conversacional. Os conceitos
a
Levinson, 1978; Leech.
lingüística de muitas línguas (Brown
e
trutura
básicos da análise conversação, tais como são empregados num ramo
da
há l1mitações rituais altamente especí-
1980). Também está claro que da etnometodologia, são o tema do capítulo 6. Aqui, bastará obser-
ficas de natureza universal ou quase universal: por exemplo, quase to-
var que esse tipo de investigação, que emprega técnicas inteiramente
das as culturas parecem possuir rotinas de saudação e despedida (ver
estranhas à tradição dominante da lingüística, revelou que a interação
Ferguson, 1976). Mais especulativamente, também é provável que em conversacional tem uma estrutura elaborada e detalhada, da qual temos
todas as culturas existam acontecimentos soCiais marcados como acon-
pouquíssima consciência. Nessa área, pelo menos, oferece-se ao pre-
tecimentos fornmais (Irvine, 1979% J. M. Atkinson, 1982) e que alguns
tenso funcionalista um tipo de estrutura rica e intricada que pode ser
aspectos de formalidade possuam concretizações lingüísticas univer- mapeada na organização detalhada da estrutura lingüística e que, por-
sais. Aqui, novamente, houve pouquíssima pesquisa sistemáica, em-
tanto, pode plausivelmente ser colocada numa relação causal com ela.
bora tais traços universais da organização da interaço sejam bons
Por exemplo, a provável existência universal de tag-questions (sob uma
candidatos para pressões funcionais potencialmente importantes so- definição funcional) talvez possa estar relacionada com o fato de que
bre a estrutura lingüística. Quaisquer que sejam os atrativos dos tra-
operam universalmente regras de alternância de turnos, que permitem
ços universais de interação para a explicação dos fenômenos pragmá como opção o encerramento do turno do falante presente com uma
ticos universais, também há claros fenômenos
pragmáticos específicos seleção do falante seguinte. Contudo, até agora, poucos lingüistas apli-
de uma língua, como na dêixis social e em outras
partes, onde as des- caram as descobertas da análise da conversação aos estudos funciona-
crições funcionais da estrutura lingüística precisariam relacionar-se listas da estrutura lingüística.
PRACMAIICA | 57
56 | PRAGMATICA o AMBITO DA
respeito dos
contextos cm que
Finalmente, existe um outro tipo de abordagem empirica do est implícitos as
sentenças carregam
a
é construído,
do da interação e dos seus efeitos na estrutura lingüistica que, pode. que
Previne-se o leitor de que o exemplo
estão sendo usadas. boas razóes para dar preferéncia a
estudo d
Irata-se do serão oterccidas
riamos afirmar, apresenta uma nítida vantagem. Dorque,
no capítulo 6, natural. Eisa troca verbal:
Durante as primeiras etapas da agui. tenham ocorréncia
aquisição da língua pelas crianças. dados
conversacionais que
uma matriz
interacional parao aprendi
sição, as crianças estabelecem you please
So
come over again right here now
adultas na interação verbal devem envolver. A ter- (ii)A: Hmm. Que tal na quinta?
que as competéncias
ceira vantagem é que, assim como as comparações translingüísticas po-
contraste entreo Não é difícil perceber que, ao compreender tal troca, fazemos u n
dem revelar funções gerais da linguagem por que é da
número de inferências (pragmáticas) detalhadas a respeito
codificado numa língua e não em outra, também as comparações entre grande ocorrendo"
reveladoras (Ochs, 1979a). do contexto em que se pode supor que ela está
ctapas da aquisição podem ser igualmente natureza
te livro (ver, por exemplo, Ervin-Tripp e Mitchell-Kernan, 1977; Snow B sugere que não pode (ou que pre
que falam (ou logo depois);
c Ferguson, 1977; Ochs e Schieffelin, 1979; e a revisão crítica de todo feriria não) aquiescer; A repete a solicitaão para outro
momento
esse trabalho em M. Atkinson, 1982). 3. Ao pedir, A deve (a) querer que B venha agora, (b) pensar que
é possível que B possa vir, (c) pensar que B já não está lá, (d)
pensar que,de qualquer mancira, B não cstava prestes a vir (c)
se
1.4 COMPUTANDO O cONTEXTO: UM EXEMPLO B responda com uma aceitaçao Ou uma recusa, c,
csperar quc
B accitar, entáo, A também esperará quc B venha, (f) pensar que
Discussóes abstratas a respeito do ámbito da pragmática, como as o pedido seu (de A) pode ser um motivo para que B venha, (g)
que examinamos acima, talvez déem ao leitor uma idéia muito pouco cla-
ra da natureza dos fenômenos
pragmáticos. Aqui, um cxemplo cxtenso
pode ajudar a esclarecer o tipo de fatos em que as tcorias pragmáticas es- 28. Talvez possa existir alguma confusão aqui entre inferências que os participantes,
ou lcitores
isto é, A c B, possan fazer, c inferências quc observadorcs o u analistas
tão interessadas", Consideremos uma
simples
troca verbal de trs senten- de (32)- possam faer. Por excmplo, dado que A c B podem presumir os fatos
em
ças entre dois participantes e perguntemos que informaçocs cla nos for- 4, 5c 6, podemos qucrer dizer que eles não os inferiram; contudo, do fato de que
nece em acréscimo às que poderiam ser dadas seus crros e m tais pressuposiçócs, po
pelo conteúdo semântico Csperariamos que os participantes corrigissem
das sentenças demos concluir que eles, não obstante, devem fazcr as inferências para quc veriicar
componentes. Mais especificamente, podemos perguntar Suas pressuposiçóes são válidas. Mesmo a inferência de que a conversação
não está
considcra-
prestes a terminar, como veremos no capítulo 5, é potencialmente uma
seguir ocupar-se-ão,
questão. Os capitulos
a
não estar, fingir que não está,
em posiçao de ordenar a Baque inferências em
n d u e m as mas, aqui, permi-
ou
deste tipo,
prod principiOs especiticos
venha. deles, com
cada
onde A está; A c B nao estão no mesmo .. cada um
aspectos
das enunciaçoes que
acionam uma
que B sabe
4. A os
supõc identificar
gar; nem A nem B estão em Edimburgo; A pensa que B este e
ram-me
das inferéncias.
a
nao o tim da conversa porque
na casa de A antes sabemos ((33) 1) que
ocorrendo nao c quinta nem quart- Primeiro, admitida: pri-
enunciaçao de
encerramento
do o papel de um superior) sação (Okay, see you conversa vem em pares, de modo que
uma
turnos na
te). Isto é, alguns as conver-
ponto evidentes,
tor- a de se a segunda parte
em
respos ta, enquanto
Por mais que essas inferências sejam parte do par requer
com inicios e encerramentos bem de-
são, em nenhuma delimitação razoável do
estruturas gerais
narem tediosas", elas não sações possuem a respeito da
estrutu-
t e m o s tortes expectativas
conteudo semântico das três sen-
âmbito da teoria semântica, parte do limitados. Em r e s u m o , diferentes de inferência
a u t o r i z a m muitos tipos
capacidade de extrair de enunciacões que
tenças. Antes, elas
refletem nossa
ra da conversação não é o início (se
contextuais que elas sugerem: os fatos a
Também sabemos, a propósito, que
em seqüÁncia as suposições (ver capítulo 6). participantes,
sendo conhecido antecipadamente pelos
e soCiais entre os participantes, bem que isto,
respeito das relações espaciais, temporais
é comunicado) porque não há
nenhuma expres-
necessarias para procederem a certas não faz parte do que
bem como as crenças e intenções
conversacional (como hello "olá"); além disso,
a parti-
trocas verbais. Mas se as inferências não são (ou nao são todas) parte são de abertura
com a qual se iniCia a enunciação (1)
tem
do significado "literal ou conteúdo convencional do que é dito, de culasoportanto, então a enunciações anteriores.
é
que fontes elas se originam? Unma possibilidade que
as sentenças sim- função de vincular a enunciação presente
conhecimento dos fatos de (32) 2 de u m a maneira
plesmente evoquem associações mentais, da mesma maneira que, por Chegamos ao
Embora afirmar que a forma in-
exemplo, ouvir a palavra prognóstico faz pensar em hospitais. Aqui, po um tanto mais complicada. possamos
codifica u m a pergunta, isto não éé
rém, não parece ser esse o caso. As inferênCias são sistemáticas, são de- terrogativa da primeira enunciação
de cooperação se B dis-
codificadas por diferentes intérpretes da mesma maneira e, sem a maio- tudo o que se pretende: seria u m a notável falta
sesse sim (com o significado apenas
de "sim, eu posso ir") e depois não
ria delas, a troca não pode ser compreendida; a maioria delas, portanto,
também pode co-
deve ser parte do que é comunicado, no sentido estrito de Grice, de sig- fosse até A. De certa maneira, a forma interrogativa
fortemente reforçada
nificado nn. Acima de tudo, porém, podemos recuperar para cada uma municar u m a solicitação, e esta interpretação é
dessas inferências os fatos que as acionam, a saber, aspectos da forma e pela presença de please "por favor (ver capítulo 5). Muito mais dificil
da é perceber como a resposta de B em (ii) pode ser compreendida c o m o
justaposição das próprias enunciações, e podemos prosseguir e espe-
não há nenhuma relação ostensiva entre o
cificar os
principios regulares que, dados tais aspectos das enunciações, recusa a um pedido, pois
essa função. Esse implícito vale-se de
certa
seu conteúdo semântico e
construída usando-se a noção de resposta despreferida exposta no ca- Portanto, temos justificativa para inferir,
crenças e intenções exigidas.
a partir do comportamento, as crenças e intenções do falante, apenas
pítulo 6).
Em (33) 2 também temos a inferência de que a enunciação (ii) uma suposição geral de sinceridade ou de disposição de
por meio de
vale como um pedido reiterado. Para explicar isto, precisaríamos, an- Se A sabe antecipadamente que B não pode vir,
cooperar (ver capítulo 3).
tes de mais nada, explicar como a forma how about VERBing "que tal então, ele está sendo enganador; mas se ele sabe que B sabe que
ele
verbo no infinitivo" tem seu uso mais ou menos restrito a sugestões sabe que B não pode vit, então, nao se pode interpretar que ele está fa-
(novamente, esta parece uma forma lingüística que possui um signifi- zendo uma solicitação (a enunciação (1) pode, então, ser uma piada
cado mais pragmático que semântico, um problema discutido no ca- ou, se B estiver num estado que o torna incapacitado (digamos, ébrio),
pítulo 5). Então, A está sugerindo que alguém faça alguma coisa na talvez uma zombaria).
quinta-feira. Novamente, para preservar a suposiço de relevância, deve As inferências em (33) 4 são mais fáceis de explicar. A palavra here
ser feita uma inferência a respeito de quem deve fazer o quê: como a "aqu" denota o lugar (pragmaticamente delimitado) em que o falante
última menção de alguém fazer algo envolvia B ir até A, presume-se (A) se encontra no momento em que está falando; se B não sabe (ou não
que isso é o que A pretende e, portanto, é isso que se pode considerar consegue descobrir) onde A está, aqui não é interpretável, no sentido
pode cumprir solicitação de ir até lá. Portanto, A não
se-
que ele quis dizer. Aqui, valendo de que B não
parece que estamos nos
implicita- ria plenamente cooperador ou racional se não pensasse que B sabe (ou
mente de uma suposição extra, isto é, uma suposição de coerência tó
B não estão
pica: se uma segunda enunciação pode ser interpretada como seqüên- pode descobrir) onde ele está. Também sabemos que A e
se encontram a certa distância
Cia de uma primeira
enunciação, no sentido de que se pode "ouvi-las no mesmo
lugar (ou, pelo menos, que
se traduz ora
do outro). Sabemos disso porque a palavra come, que
como
preocupadas com o mesmo
tópico, então, tal interpretação da um
por 'vir, ora por "ir" e "chegar" (pelo menos com o tempo e o aspec
segunda enunciação éautorizada, a menos que existam indicações os
62 PRAGMATICA
o AMBITO DA PRAGMATICA | 63
o que tem em
(). denota movimento na direço do talante na c tazem, por exemplo, /'a day is Thursday "O dia
que não
o
sião em que se fala (com em Come to breakfast, Johnny "Venha toma rrOs usos
do modificador this
quinta-feira ira"). No caso exemplo, o
caté da manhä, Johnny") movimento na diregao do local do de pagamento
ou desti. quinta-feir. específica em relação à localização do falante
natario na ocasião em que se fala (como em /m coming, mother 1á vo destaca
uma
de A por causa da palavra again "novamente: pode-se afirmar que esta mos, portanto, dizer que
str implicita convencionalmente que o desti-
é uma interpretação mais pragmåtuica que semantica apenas porque, ao natário é homem e de posição social superior ao falante (ver capítulo 3).
Não há dúvida de que muitas outras inferências pragmáticas po-
contrário das implicações semânticas, as implicações associadas com
again normalmente não são negadas pela negação do verbo principal. dem ser tiradas de um intercâmbio tão breve e insignificante como