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GUIA:

OPERAÇÃO
LONG & SHORT

Entendendo o que é a operação de long&short


Instagram: @longeshorti
O QUE VAMOS ABORDAR
NESSE EBOOK:

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1) O que é Long&Short
1.1) Tipos de Long&Short
2) Venda a descoberto
3) Aluguel de ações
4) Garantias aceitas
5) Cálculo de Margem
6) Lucro x Prejuízo no L&S
GUIA: OPERAÇÃO LONG&SHORT

1) O QUE É LONG&SHORT

A estratégia de Long e Short de investimento em ações consiste no


seguinte: o investidor compra uma ação, que no caso é a posição “long”, que
acredita-se terá desempenho superior comparado ao da segunda ação, que
é a da posição “short”.
Uma operação Long & Short envolve a negociação simultânea
(casada) de posições vendidas (short) e de posições compradas (long) em
ativos diferentes. Ou seja, consiste em alugar um determinado ativo para
vendê-lo, abrindo assim uma ponta vendida, a qual irá apostar na sua
desvalorização e, com o financeiro recebido pela venda, comprar um outro
ativo abrindo uma posição comprada, a qual irá apostar na valorização deste.
O objetivo de lucro é a diferença da rentabilidade entre eles, ou seja, o
aumento do spread entre os ativos.
O objetivo dessa estratégia é lucrar através da diferença de
valorização/desvalorização entre os papéis. Não é necessário, por exemplo,
que o ativo comprado suba e que o ativo vendido caia. Se o desempenho do
papel comprado for melhor do que o do papel vendido, o investidor será
bem-sucedido. Dessa forma, caso o mercado esteja claramente em queda,
esperamos que o papel “long” se desvalorize menos que o papel short.
Nesse método utilizado o volume buscado em cada ativo é a de
igualdade em valor. Por exemplo, compra-se R$70 mil do ativo comprado e
vende-se R$70 mil do outro ativo. A busca é em termos de valor e não em
quantidade de ações.

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1.1) TIPOS DE LONG E SHORT

• Intrassetoriais: são selecionados dois ativos do mesmo setor. Por


exemplo, ELPL4 e ELET6.
• Controlada e Controladora: Consiste em selecionar duas empresas
onde uma empresa é controladora da outra, detendo número razoável
dessas ações. Por exemplo, Banco Itau e Itau Sa.
• Ordinárias e Preferenciais: Esse tipo de Long e Short é considerado
mais conservador, pois os ativos tendem oscilar na mesma direção
devido à alta correlação. Por exemplo, PETR3 e PETR4.
• Intersetoriais: são selecionados dois ativos de diferentes setores. O
investidor seleciona um ativo em que acredita que vai se valorizar e
outro de um diferente setor, que acredita que vai se desvalorizar. Por
exemplo, PETR4 X BBAS3. Dificilmente encontra-se uma boa
correlação para realizar a operação, devido aos mercados tão
diferentes.

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2) VENDA A DESCOBERTO

A Venda a descoberto (short selling) acontece quando você vende um


ativo que você não possui, esperando que o preço dele caia. Quando o preço
do ativo cair, o investidor compra e aufere lucro na operação. Assim, há lucro
com a queda do ativo. Para realizar essa operação, é necessário alugar o
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ativo que pretende-se vender. Essa operação exigirá uma margem por conta
da Bolsa.

“Caso você não alugue a ação, você estará realizando


um naked short selling (venda a descoberto de ações
sem aluguel), que tecnicamente é nocivo e “proibido”
no mercado. No caso de um naked short selling, o
investidor poderá sofrer altas multas pela Bolsa de
Valores (acima de 10%), o que inviabiliza qualquer tipo
de operação.”

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3) ALUGUEL DE AÇÕES

Para realizar a operação de Long & Short é necessário realizar a venda


a descoberto de um dos ativos. Importante ressaltar que, sempre que você
vende um ativo descoberto e não fecha a posição no mesmo dia, precisa-se
alugar o ativo, ou seja, você precisa ver se “tem BTC”.
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ATENÇÃO PARA DOIS DETALHES:

1) Antes de realizar a operação, veja antes com a sua


CORRETORA a disponibilidade para aluguel e suas taxas .

2) Não faça a venda a descoberto sem verificar a


disponibilidade do ativo para aluguel. Caso não exista o ativo
para alugar, você pode ser MULTADO em mais de 10% por
FALHA NA ENTREGA DO ATIVO.

O custo do aluguel costuma ser irrisório em relação à operação. No


caso de ativos muito líquidos, as taxas de aluguel costumam ser de 2% a.a.
Sendo que você só pagará pelo período em que permanecer alugado, até
finalizar (liquidar) a operação. Simulando um cálculo simples para simular o
aluguel por um mês, seria algo do tipo: 2% dividido por 12 meses = 0,1666%
ao mês. Sendo que nessa operação você permanece alugado por apenas
alguns dias.

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4) GARANTIAS ACEITAS

A operação de long e short envolve o depósito de uma margem de


garantia devido ao aluguel dos ativos, realizado na venda a descoberto.
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O aluguel de uma ação exige “depositar como garantia o valor total a


ser alugado (seja em recurso financeiro, ações, títulos do Tesouro Direto ou
CDB) mais uma margem extra, por conta do risco da operação, estipulada
pela BM&FBovespa. Esse valor varia dependendo do ativo, sua liquidez e
procura pelo mercado.”
Cada corretora estabelece o que aceita como margem de garantia.
Algumas corretoras não aceitam CDB’s, ou aceitam apenas alguns CDB’s,
ou somente títulos públicos.

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5) CÁLCULO DE MARGEM

Diariamente, ocorrem as chamadas de margem, que consiste no ajuste


das margens de garantia exigidas pelas ações. “Dependendo do cenário,
você pode precisar depositar ainda mais recursos, pois a garantia depositada
anteriormente está valendo menos. Isso acontece, por exemplo, quando a
ponta short (vendida) sobe e a ponta long (comprada) cai.
A margem exigida varia de acordo com cada ativo, mas não costumam
ser muito altas e podem variar de acordo com a volatilidade do mercado.

ATENÇÃO

Verifique com a sua corretora antes de efetuar a venda


descoberta. Caso erre nesse cálculo, provavelmente
será multado pela corretora ou terá que tomar uma carta
fiança.
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Exemplo prático

Supondo a venda de ELET6 normalmente exige uma margem de 135%


(consultar a corretora). Assim, se efetuar uma venda a descoberto de ELET6
no valor de R$100 mil, acontecerá o seguinte:

a) Creditará R$100 mil na sua conta, devido à venda a descoberto;

b) A corretora cobrará uma margem de 135% em cima do aluguel da ação


vendida, ou seja, R$135 mil.

c) Como entrou R$100 mil na sua conta, você precisará de mais R$35 mil em
garantias (verificar as garantias que são aceitas pela sua corretora).

***O exemplo acima, foi o exemplo de uma simples venda (short) – venda a
descoberto, sem termos comprado outro ativo. No caso do Long e Short,
além da venda a descoberto, ocorrerá a compra na mesma quantidade
financeira (R$ 100 mil) do ativo correlacionado. Nesse caso, haverá a
compra da ELET3. Ou seja, haverá a venda de R$ 100 mil de ELET6 e a
compra de R$100 mil de ELET3 e a seguinte sequencia:

a) O crédito de R$ 100 mil que entrará na conta, com a venda da ELET6,


compensará o débito de R$ 100 mil devido à compra de ELET3.

b) Neste casso, será necessário somente a garantia necessária para manter


o aluguel (venda) de ELET6. E essa margem é de 135%, ou seja, R$ 135
mil.
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c) Nesse momento existem duas possibilidades. A primeira é ter R$ 135 mil


em garantias aceitas pela corretora. A segunda, mais utilizada no Long e
Short, utilizar a própria ação que comprou (ELET3) como parte da garantia
necessária.

4) Nesse caso, as ações (que foram compradas) sofrem deságio, quando


servem como garantia. No caso, vamos supor que o deságio da ELET3 seja
de 35% (consultar com a corretora). Ou seja, com o deságio de 35%, apesar
de possuir R$ 100 mil em ELET3, a ação serve como R$ 65 mil como
garantia da operação.

5) A venda de ELET6 exige uma margem de R$ 135 mil, onde R$ 65 mil


foram contemplados pelo ativo comprado. Nesse caso, seria necessário mais
R$ 70 mil de garantia na corretora.

IMPORTANTE:
Para a ação ELET3 servir como garantia, deve-se
consultar com a corretora antes pelos motivos
operacionais:
1) A corretora terá que mudar o ativo de carteira para
servir de garantia. (Muitas corretoras atualmente já
possuem planos específicos para as operações de
Long&Short. Verifique com a sua corretora essa
possibilidade).
2) O ativo oscila. No dia seguinte, caso sua posição de
ELET3 seja desvalorizada de R$100 mil para R$ 90 mil.
Ela não servirá mais como R$ 65mil de garantia e sim
como R$ 58,5 mil (R$90 mil – 35% = R$58,5 mil).
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6) LUCRO X PREJUÍZO NO LONG&SHORT

No Long&Short existem três cenários possíveis de lucro:

1) Valorização de ambas ações do par correlacionado, porém com a


valorização da parte comprada (long) é maior que a parte vendida (short).
2) Desvalorização das duas ações, porém a uma desvalorização maior da
parte vendida (short) do que da parte comprada (long).
3) Valorização da parte comprada e desvalorização da parte vendida, porém
esse cenário é mais difícil de acontecer.

E existem igualmente três cenários possíveis de prejuízo:

1) Valorização de ambas ações do par correlacionado, porém com a


valorização da parte comprada (long) é menor que a parte vendida (short).
2) Desvalorização das duas ações, porém a uma desvalorização menor da
parte vendida (short) do que da parte comprada (long).
3) Desvalorização da parte comprada e valorização da parte vendida, porém
esse cenário é mais difícil de acontecer.

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***** Esse ebook não consiste em recomendação para investimento.

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