Heleno Polisseni

heleno.bh@terra.com.br
HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO E DO OBJETO
Curso Técnico de Design de Interiores - 2016
HISTÓRIA

HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO E DO OBJETO - HELENO POLISSENI – 2016

RENASCIMENTO

A Criação de Adão de Michelangelo (1475-1564)

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RENASCIMENTO

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RENASCIMENTO

Basílica de São Pedro . A cúpula, concluída em 1590, foi desenhado

por Michelangelo, arquiteto, pintor e poeta.

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RENASCIMENTO

O Renascimento foi um importante movimento de

ordem artística, cultural e científica que se deflagrou
na passagem da Idade Média para a Moderna.

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RENASCIMENTO

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RENASCIMENTO

O Renascimento foi um período da história

europeia caracterizado pela crítica aos valores
medievais.

Os homens que viviam sob a Renascença

criticavam a cultura medieval, excessivamente
teocêntrica, e defendiam uma nova ordem de
valores.

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RENASCIMENTO

Esse movimento teve início na Itália, século XV,

e difundiu-se por toda a Europa, durante os
séculos XV e XVI.

Rafael
Rubens

As Três Graças nasceram da

união entre Zeus e Eurínome,
filha do Oceano.
Botticelli

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RENASCIMENTO

O termo “Renascimento” foi empregado como:

“descobrimento do Mundo e do homem do
século XVI”.

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RENASCIMENTO

Regresso à natureza
Substituição da concepção teocêntrica pela
antropocêntrica. O homem deixa de pensar o
universo em função de Deus, tornando-se
senhor do seu destino, enquanto a natureza por
ele contemplada surge como um ente divinizado.
.

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RENASCIMENTO

Imitação Clássica
Retorno à cultura e civilização clássicas, o
que favorece o estudo do grego e do latim, a
recuperação do Direito Romano na
jurisprudência, o triunfo do "dolce stile nuovo" na
literatura, a preferência pelas formas
arquitetônicas e decorativas greco-romanas
na arte.

Detalhe da fachada do Hospital dos inocentes 1419-1427

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RENASCIMENTO

Individualismo
Colocado no centro do mundo, o homem sente-
se orgulhoso das suas capacidades intelectuais e
tende a valorizar o espírito de iniciativa de
cada indivíduo.

Cosmo de Médici

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RENASCIMENTO

VALORES CULTURAIS:

Racionalismo - razão – qualidade humana

valorizada – experiência

Individualismo - reconhecer e respeitar as

diferenças individuais – espírito de competição e
à concorrência comercial

Humanismo – mundo centrado no

homem(antropocentrismo)

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RENASCIMENTO

VALORES CULTURAIS:

Humanismo – Humanista era um sábio que

criticava os valores medievais e defendia uma
nova ordem de ideias. Valorizava o
progresso e buscava revolucionar o mundo
através da educação. Foi o grande responsável
pela divulgação dos valores renascentista pela
Europa.

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RENASCIMENTO

A Itália no século XV :

O berço do Renascimento foi a Itália em

virtude de uma série de fatores:
•Intenso desenvolvimento comercial das cidades , crescimento,
também, das cidades;
•Desenvolvimento e ascensão de uma nova classe social – a burguesia
comercial - que passava a difundir novos hábitos de consumo;
•O urbanismo e a disseminação do luxo e da opulência;
•Influência da cultura grega, através do contato comercial das cidades
italianas com o Oriente, especialmente Constantinopla;

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A Itália no século XV :

O berço do Renascimento foi a Itália em

virtude de uma série de fatores:
•O Mecenato, prática exercida pelos burgueses, príncipes e papas, de
financiar os artistas, procurando mostrar o poderio da cidade e ampliar o
prestígio pessoal;
•A vinda de sábios bizantinos para a Itália após a conquista de
Constantinopla pelos turcos Otomanos;
•A presença, em solo italiano, da antiguidade clássica.

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RENASCIMENTO
PALAZZO DAVANZATI,
Florença, século XIV a XVI
Exemplo de transição de
arquitetura medieval para
renascentista
Interiores características da
Florença do século XVI
embora haja objetos de
períodos posteriores.

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Quarto principal

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Palazzo Davanzati – sala dos papagaios

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credenza

cassapanca

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Mobiliário na Itália renascentista:

A Renascença trás algumas novidades nas cadeiras e

poltronas como o espaldar, braços e esteios, aparecendo
com quatro pés inscritos num quadrado ou trapézio,
reunidos por travessas.

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FUNÇÃO POSIÇÃO ORGANIZAÇÃO
PRÁTICA SOCIAL TECNOLOGIA DO ESPAÇO

Mobiliário na Itália renascentista:

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FUNÇÃO POSIÇÃO ORGANIZAÇÃO
PRÁTICA SOCIAL TECNOLOGIA DO ESPAÇO

Mobiliário na Itália renascentista:

"Madona del Parto", de Piero della Francesca

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FUNÇÃO POSIÇÃO ORGANIZAÇÃO
PRÁTICA SOCIAL TECNOLOGIA DO ESPAÇO

Mobiliário na Itália renascentista:

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FUNÇÃO POSIÇÃO ORGANIZAÇÃO
PRÁTICA SOCIAL TECNOLOGIA DO ESPAÇO

Mobiliário na Itália renascentista:

Cadeira Savonarola

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FUNÇÃO POSIÇÃO ORGANIZAÇÃO
PRÁTICA SOCIAL TECNOLOGIA DO ESPAÇO

Mobiliário na Itália renascentista:

Cadeira Savonarola

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Mobiliário na Itália renascentista:

Cadeira Savonarola

Cadeira Dante

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FUNÇÃO POSIÇÃO ORGANIZAÇÃO
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Mobiliário na Itália renascentista:

Cadeira Dante

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FUNÇÃO POSIÇÃO ORGANIZAÇÃO
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Mobiliário na Itália renascentista:

Cadeira Dante

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FUNÇÃO POSIÇÃO ORGANIZAÇÃO
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Mobiliário na Itália renascentista:

Móveis suplementares como o buffet e o gabinete (buffet

menor) foram projetados para ambientes enormes, sem
limites de espaços e por esse motivo não puderam ser
adaptados às condições de vida subsequentes.

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Mobiliário na Itália renascentista:

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Mobiliário na Itália renascentista:

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Mobiliário na Itália renascentista:

cassapanca : uma
combinação de armário e
banco, geralmente colocada
no cômodo principal da casa,
encostado à parede e usado
pelo proprietário em ocasiões
formais. O seu conforto era
garantido por um colchão e
almofadas.

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Mobiliário na Itália renascentista:

Cassapanca florentina
Século XVI - nogueira

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Mobiliário na Itália renascentista:

Cassoni: arca semelhante ao baú ou banco. Pés são

prolongamento dos montantes, ângulos arredondados,
frente trabalhada. As do século XV podem ser pintadas e as
do século XVI, envernizadas sem pintar ou com
entalhamentos.
Cassone
Início séc. XVII,
nogueira; painéis
entalhados com
motivos de vasos e
flores de inspiração
romana.

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Mobiliário na Itália renascentista:

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Mobiliário na Itália renascentista:

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Mobiliário na Itália renascentista:

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Mobiliário na Itália renascentista:

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Mobiliário na Itália renascentista:

Cassone
Florença, 1460 Pintura a tempera, ouro e
prata sobre madeira
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Mobiliário na Itália renascentista:

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Mobiliário na Itália renascentista:

Sgabello

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Mobiliário na Itália renascentista:

Sgabello

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Mobiliário na Itália renascentista:

Sgabello - Florença, 1489-91

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Mobiliário na Itália renascentista:

Sgabello

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Mobiliário na Itália renascentista:

Sgabello
Veneza, 1580-1600

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Mobiliário na Itália renascentista:

Sgabello
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Mobiliário na Itália renascentista:

Sgabello
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Mobiliário na Itália renascentista:

Mesa de armar
Itália, 1500-1550
Nogueira, jacarandá e osso

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Mobiliário na Itália renascentista:

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Mobiliário na Itália renascentista:

Giacomo Barozzi da Vignola (1507-1573)

Roma

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Mobiliário na Itália renascentista:

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RENASCIMENTO

Renascimento na França:

Crescimento do status do artesão.

Os franceses foram resistentes em aceitar as

inovações artísticas oriundas da Itália.

Podemos dividir o Renascimento Francês em três

períodos: inicial, clássico e final.

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Renascimento na França:

Período Inicial - A principal característica deste período é

a linha de transição que forma um conjunto pitoresco pela
continuação do gótico com o renascimento o que quase
não aconteceu na Itália. Vemos detalhes do
renascimento colocados em arcobotantes e em pináculos;
predominam as ornamentações e verticalidade do
gótico dentro do renascimento.

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Renascimento na França:

Período Clássico - Foi sem dúvida, o grande período do

Renascimento Francês. As ordens em todos detalhes
especialmente a Dórica e Jônica, foram muito usadas. Nas
decorações interiores se reconhece este período pela grande
variedade com motivos de: rolos de pergaminho, ninfas,
coroas, folhagem de cupidos que eram aplicadas em papel
decorativo, em estuques, nos mobiliários, nas colunas, etc.

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RENASCIMENTO

Renascimento na França:

Período Final:
Já se notava o começo das primeiras manifestações do
estilo Barroco, que no início predominava nas igrejas
construídas pelos Jesuítas. Surgiu então uma nova
coluna, “Coluna Francesa”.

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Mobiliário na França renascentista:

No inicio sofre influências de estilo renascentista italiano e
aparece com um aspecto pesado.
Os móveis mais usados eram: gabinetes, armários, camas,
mesa e cadeira.
As cadeiras tornam-se mais numerosas, tendo os pés
ligados por uma travessa e apoio para os braços em
forma de osso de carneiro a estrutura é em geral
quadrada,usa-se o estofamento fixo por tachas e acabado
por uma franja que era moda também nas cortinas, há
também grande variedades de cadeiras e banquinhos em
X, a arca continua presente no mobiliário.

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Destaque: caquetoire ( o seu

nome deriva da larga parte
frontal do assento que torna a
cadeira conveniente para
mulheres com fartas saias)

Caquetoire
Final do séc. XVI, carvalho, França
Observar encosto reto e plano,
travessas retas, encosto entalhado

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Caquetoires
ou
Gossip chairs

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Mobiliário na França renascentista:

O cabinet ou gabinetes (“buffets” menores, onde

a parte superior repousa sobre um conjunto de
pequenas colunas) um móvel com vários
compartimentos para objetos preciosos; era
feito de ébano ou em madeira enegrecida.
A escrivaninha, vinda da Itália, também
apareceu nesse período e surgiu o armário de
tamanho menor.

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Mobiliário na França renascentista:

A mesa era em madeira natural, carvalho ou

nogueira, algumas vezes em ébano com
incrustações em marfim ou em osso. Era comum
cobrirem as mesas com um tapete, prendendo-
os nas extremidades com nós de fitas.

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Renascimento na Espanha:

A Espanha demora a romper os laços da Idade Média e

por isso que se admite tão tarde ao Renascimento.
O primeiro período do Renascimento na Espanha, chamado
“Plateresco”, foi marcado pelas formas e configurações da
arte mourisca e abrange principalmente o período de
Carlos I e deixa seus sinais no mobiliários dos edifícios e
palácios da época, cuja decoração é realizado no novo
estilo italiano.

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Mobiliário na Espanha renascentista:

A Espanha deu provas da sua personalidade para criar um

tipo de mobiliário chamado: Bargueño, que é utilizado
como arca de viagem, transporte de pequenos objetos ou
púlpito móvel. Tem origem moura. Suas características são:
ausência absoluta de molduras externas, concentra
toda a decoração no interior.

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Mobiliário na Espanha renascentista:

Resistência aos modelos italianos com

Influência moura
Uso freqüente do couro e dobradiças de
ferro
Muito uso da prata
Destaque: sillón frailero

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