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Desde criança, Silvano sempre foi muito ligado à Itália e cultivava o sonho de
visitar esse belo país. Em casa, via a nonna e a tia conversarem em italiano
(dialeto veneto), o que também o fez crescer com um afeto muito grande por esse
idioma.
Este E-book foi feito para auxiliar todos aqueles que querem conhecer a fundo as
informações mais importantes, bem como curiosidades sobre os cinco principais
pontos turísticos dessa cidade encantadora!
São eles: Catedral Santa Maria del Fiore, Galleria dell'Accademia, Ponte Vecchio,
Galleria degli Uffizi e Palazzo Pitti!
Boa leitura!
INTRODUÇÃO
Atualmente, Florença tem como base da sua economia o turismo. Muitos visitantes
são atraídos pela beleza e pela riqueza cultural da cidade, e também pelas obras
dos artesãos florentinos que produzem belos artigos em couro, mármore, bem
como joias, móveis e outros itens.
Outra forte característica de Firenze são os seus festivais de arte e suas mostras
culturais. A moda também é muito forte na cidade, e é de lá que saem criações de
estilistas famosos mundialmente, das marcas Gucci, Ferragamo e Pucci. Essa é
uma tradição tão forte por lá que existem muitos museus dedicados à moda, e até
feiras e eventos que reúnem pessoas do mundo todo interessadas no varejo de
luxo.
Florença (em italiano, Firenze) é uma cidade incrível, que consegue ser moderna
ao mesmo tempo que carrega séculos de história! Ela é uma cidade riquíssima em
história e de importância mundial. Florença já teve tanto poder, que no seu auge,
era mais rica que toda a Inglaterra, e emprestava dinheiro a reis europeus e
papas!
Depois de trabalhar com Pisano, ele passou um tempo em Roma, onde expandiu
seus conhecimentos ao entrar em contato com os artistas da cidade. Em 1295,
voltou à Firenze, e então começou a trabalhar em diversas obras que o
consagraram como um grande arquiteto: Palácio Vecchio, a Igreja de Santa Croce
e, é claro, Santa Maria del Fiore.
Ele trabalhou no projeto do Duomo até 1302, ano em que faleceu. Com a sua
morte, a construção ficou parada e só foi retomada 28 anos depois, em 1330. Isso
porque naquele ano foi descoberto o corpo de São Zenobio nos escombros da
igreja de Santa Maria Reparata (que ficava em baixo dessa nova construção da
catedral).
Um novo nome foi indicado para supervisionar a obra: Giotto di Bondone! Giotto,
além de arquiteto, era também um pintor muito famoso, sendo considerado um
dos precursores da pintura renascentista!
Infelizmente, ele faleceu apenas 3 anos depois de assumir a obra do Duomo, mas
enquanto vivo se dedicou à construção do campanário da catedral, que hoje é o
monumento “Il campanile di Giotto’, uma torre que se situa ao lado da Igreja.
Após a morte de Giotto, seu substituto na obra foi o escultor e arquiteto Andrea
Pisano, até meados de 1348, período em que a peste negra dizimou boa parte da
população fiorentina, a reduzindo de 90 mil habitantes para 45 mil e acabou
também levando a vida de Andrea.
Como podemos notar, várias tentativas foram feitas até que a Catedral fosse de
fato construída. No ano de 1370, a Catedral ganhou o seu famoso revestimento de
mármore e as portas laterais.
Por fim, 140 anos depois do início da construção, o Duomo di Firenze foi
finamente inaugurado pelo Papa Eugenio IV, no dia 25 de março de 1436!
A fachada da catedral foi projetada pelo arquiteto
original da obra, Arnolfo di Cambio. No entanto,
sua construção só foi iniciada durante o século XV.
Ali se batizaram grandes figuras da Itália, como por exemplo, Dante Alighieri e
grande parte dos membros da família Médici!
Desde o início esse foi um projeto ousado e muito desafiador, afinal, se trata da
maior cúpula do mundo – mesmo nos dias de hoje, nenhuma construção chegou a
superar a cúpula de Brunelleschi em questão de tamanho e altura.
O projeto não é formado por somente uma cúpula e, sim, por duas: uma externa
mais larga e alta e uma interna vista apenas de dentro do Duomo.
É no espaço entre essas duas cúpulas que fica o caminho para os visitantes que
sobrem até o ponto mais alto, através de escadas estreias e super inclinadas.
Desse modo, os dois tijolos na horizontal fazem duas forças distintas contra o da
vertical, permitindo que a carga da construção seja distribuída por toda a
circunferência.
Mais de 500 anos depois, nenhuma construção de
alvenaria superou a cúpula de Firenze em tamanho,
e ela continua sendo a maior do mundo.
Por causa disso, Pietro Leopoldo decidiu transformar esses dois estabelecimentos
e criar a Galleria dell’Accademia, como forma de oferecer um espaço para os
estudantes pesquisarem e aprimorarem os seus desenhos e pinturas.
A partir daí, a Galleria foi aos poucos se enchendo de obras de arte recolhidas de
alguns conventos e monastérios da região.
Ao longo dos anos, esse espaço acabou por abrigar obras de diversos artistas
importantes, e se tornou um dos espaços mais impressionantes da Itália!
No museu eles ficam na chamada Galeria dos Cativos. Essa é uma ala que recebe
esse nome pois ali estão expostos os famosos Cativos de Michelangelo.
São quatro esculturas inacabadas, e como não foram finalizadas, elas passaram a
decorar o Jardim de Bóboli até que foram transferidas para a Galleria
dell’academia.
Além dessas 4 esculturas, a Galeria dos Cativos também abriga uma réplica da
Pietá, obra de Michelangelo que se encontra na Basílica di San Pietro.
A Galleria também conta com uma sala exclusiva
dedicado ao pintor Lorenzo Monaco. Ele foi muito
ativo nos séculos XV e XVI, e tem algumas obras
famosas como “Cristo no jardim das oliveiras” e
“Anunciação”.
Muitas foram as sugestões que surgiram no comitê, mas a maioria dos membros
se dividiu entre duas opções: a Loggia dei Lanz, um edifício com arcos abertos, e
a entrada do Palazzo della Signoria, atual Palácio Vecchio. Botticelli ainda
sugeriu que ela fosse levada para o interior da Catedral.
Por fim, o grupo a favor do Palazzo dela Signoria venceu, e depois de quatro dias
de transporte e posicionamento, David de Michelangelo foi instalado, substituindo
a escultura em bronze Judite e Holofernes, de Donatello, que ficava em frente ao
palácio.
Em 1873, David foi levado para Galleria dell’Accademia, lugar onde se encontra
até os dias de hoje. Esse transporte foi feito para proteger a obra. Ao ar livre, ela
estava exposta a várias condições meteorológicas que poderiam danificar a
escultura.
Essa obra se diferenciou das outras de sua época pois o personagem David era
geralmente representado como um adolescente e com as roupas e objetos da luta
contra Golias. Já o David de Michelangelo foi construído para representar um
homem imponente, forte e vitorioso.
Por causa disso, se tornou também uma representação da vitória contra a tirania
e na época de sua inauguração, a escultura foi adotada como símbolo da
liberdade do povo na República de Florença.
A representação da anatomia humana na obra é
algo que, de imediato, fez muito sucesso, e segue
até hoje conquistando admiradores.
Essa ponte era bem diferente da que podemos visitar atualmente, tanto pelas
lojas, que eram pequenas casinhas de madeira, quanto pela paisagem ao redor
do rio, que era marcada por diversos moinhos e pequenas ilhas.
A ponte foi então reconstruída em 1345, com a estrutura que podemos ver hoje:
três arcos, cerca de 18 metros de largura, e uma série de lojas de ambos os lados.
Dessa forma, os detritos carregados pela água não destruiriam a ponte em uma
eventual enchente.
O Novo Projeto Uffizi garantiu que novas salas fossem acrescentadas e que mais
coleções estivessem em exposição.
Pode parecer estranho, mas a sua visita à Galeria Uffizi começa no segundo
andar, e não no primeiro. Lá estão as salas que vão da numeração 1 até a 45.
Todas as salas estão ao longo de uma planta em forma de U, ladeadas por três
corredores.
Isso significa que por lá, você vai encontrar as obras de Leonardo Da Vinci
incluindo a Adoração dos Reis Magos e o Batismo de Cristo. Uma das maiores
coleções é a de Botticelli, com mais de 15 obras expostas, incluindo o Nascimento
de Vênus e A Primavera.
Depois disso, é hora de partir para o primeiro
andar. Por lá tem uma coleção menor de exposições
que são essencialmente divididas em quatro seções.
Também foi construída uma passagem elevada, desde o Palácio Vecchio, até o
Palácio Pitti, atravessando a Galleria degli Uffizi e a Ponte Vecchio. Essa
passagem servia para que o grão-duque e a sua família pudessem se locomover
em segurança, e recebeu o nome de Corridoio Vazariano.
Inicialmente, este palácio foi usado para abrigar hóspedes oficiais enquanto a
principal residência dos Médici permanecia sendo o Palazzo Vecchio. Foi somente
durante o reinado do grão-duque Fernando I de Médici e da sua esposa, Cristina
de Lorena que o palácio Pitti foi ocupado definitivamente e se tornou casa oficial
da família.
Os Médici fizeram do Palácio Pitti sua residência principal até a morte do último
herdeiro homem, João Gastão de Médici, em 1737. A propriedade passou, então,
para as mãos dos novos duques, membros da Casa de Lorena.
Algumas das peças exibidas são, na verdade, vestes funerárias usadas pelo grão-
duque Cosmo I, sua esposa Leonor de Toledo e do seu filho Garcia – esses dois
últimos vitimados pela malária. Era tradição vestir os corpos com roupas finas e
muito caras, antes de serem trocadas por algumas mais simples, para o enterro.
Outro lugar surpreendente que você pode encontrar dentro do Palácio Pitti é o
Museu dos apartamentos monumentais. Este museu é na verdade constituído por
14 salas, os chamados Appartamenti Reali e outros 6 cômodos chamados de
Appartamento degli Arazzi – ou, apartamento das tapeçarias.
Para finalizar esse complexo impressionante de
museus, você pode conferir também o Museo delle
Carrozze. Lá, estão expostas algumas das mais
esplêndidas carruagens pertencentes à corte dos
grão-duques da Itália, que datam do século dezoito
e dezenove.
@SilvanoFormentin
Silvano Formentin