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Direitos e Deveres

direitos e deveres

PATRONO no
ESTATUTO DA ORDEM DOS ADVOGADOS
Lei n.º 145/2015, de 9 de setembro
Artigo 192.º
Patronos e requisitos para
aceitação do tirocínio

1 - Os patronos desempenham um a) Acompanhar a preparação dos


papel fundamental ao longo de todo o seus estagiários;
período de estágio, sendo a sua função
b) Assegurar as intervenções
iniciar e preparar os estagiários para o
processuais obrigatórias;
exercício pleno da advocacia.
c) Providenciar para que os
2 - Só podem aceitar a direção do
estagiários cumpram os demais
estágio, como patronos, os advogados
deveres do estágio;
com, pelo menos, cinco anos de
exercício efetivo de profissão, que não d) Elaborar um relatório final do
tenham sofrido punição disciplinar estágio de cada estagiário, que deve
superior à de multa. ser apresentado diretamente ao
competente júri de avaliação.
3 - Cada patrono apenas pode ter
sob sua orientação, em simultâneo, um
estagiário nomeado pela Ordem dos
Advogados, não podendo o número
total de estagiários por patrono
exceder o fixado na regulamentação
do estágio.
4 - O advogado nomeado pela Ordem
dos Advogados para exercer as funções
de patrono apenas pode escusar-se
quando ocorra motivo fundamentado,
que deve ser livremente apreciado
pelo conselho regional competente,
cabendo recurso de tal decisão para o
conselho geral.
5 - Incumbe ao patrono:

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PATRONO no
ESTATUTO DA ORDEM DOS ADVOGADOS
Deliberação n.º 1096-A/2017, de 11 de dezembro
Artigo 15.º
Funções do Patrono

1 — O Patrono desempenha um papel Advogado estagiário durante todo o


fundamental e imprescindível ao longo tempo de formação;
de todo o período do estágio, sendo o
d) Compensar o Advogado estagiário
principal responsável pela orientação
das despesas por este efetuadas
e direção do exercício profissional do
nos processos em que atuem
Advogado estagiário.
conjuntamente, ou que tenham sido
2 — Ao Patrono cabe promover e confiados pelo Patrono ao Advogado
incentivar a formação durante o estágio estagiário, em conformidade com o
e apreciar a aptidão e idoneidade ética quadro legal e regulamentar vigente;
e deontológica do Advogado estagiário
e) Fazer -se acompanhar do
para o exercício da profissão emitindo
Advogado estagiário em diligências
para o efeito relatório final.
judiciais quando este o solicite ou
quando o interesse das questões em
Artigo 16.º causa o recomende;
Obrigações do Patrono f) Permitir que o Advogado estagiário
tenha acesso a peças forenses da
Ao aceitar o tirocínio do Advogado autoria do Patrono e que assista a
estagiário, o Patrono fica vinculado ao conferências com clientes;
cumprimento dos seguintes deveres: g) Facilitar ao Advogado estagiário
a) Permitir ao Advogado estagiário o o acesso à utilização dos serviços
acesso ao seu escritório e a utilização do escritório, designadamente de
deste, nas condições e com as telefones, telefax, computadores,
limitações que venha a estabelecer; internet e outros nas condições e com
as limitações que venha a determinar;
b) Apoiar o Advogado estagiário
na condução dos processos de cujo h) Permitir, sempre que possível, o
patrocínio este venha a ser incumbido, patrocínio conjunto com o Advogado
no quadro legal e regulamentar vigente; estagiário, bem como a aposição da
assinatura deste, por si ou juntamente
c) Aconselhar, orientar e informar o

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Direitos e Deveres
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com a do Patrono, em todos os trabalhos


que por aquele sejam realizados ou em
que tenha colaborado;
i) Colaborar com o Advogado
estagiário na condução dos processos
de cujo patrocínio venham a ser co
responsavelmente incumbidos;
j) Assegurar as intervenções
processuais, assistências e peças
processuais exigidas ao Advogado
estagiário durante a segunda fase
do estágio nos termos do disposto no
artigo 22.º;
l) Não aceitar mais do que dois
Advogados estagiários em simultâneo;
m) Providenciar para que o Advogado
estagiário cumpra os respetivos
deveres de estágio;
n) Cumprir as formalidades legais
inerentes à realização do estágio.

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“SANTA
CARAMECA”

RELÓGIO A Pontualidade
RÉGUA (menina de 5 olhos)
A disciplina do Centro de Estágio
LIVRO A Lei
BALANÇA A Justiça
BÁCULO O Patrono

“Santa Carameca” é uma figura fictícia


criada pelo saudoso Dr. José Carlos
Mira, coordenador da área de Processo
Civil no Conselho Regional de Lisboa.
José Carlos Mira faleceu ao entardecer
do dia 29 de novembro de 2005,
no seu escritório, enquanto trocava
mensagens com Advogados Estagiários
na plataforma Formare, conhecida por
CFO.

Esta é uma justa homenagem a José


Carlos Mira e traduz uma mensagem
de esperança para todos aqueles que
frequentam o estágio no Conselho
Regional de Lisboa.

Desenho de Nuno D Gonçalves,

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Direitos e Deveres
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ADVOGADA(O) ESTAGIÁRIA(O) no
ESTATUTO DA ORDEM DOS ADVOGADOS
Lei n.º 145/2015, de 9 de setembro
Artigo 196.º
Competência e deveres dos
advogados estagiários

1 - Concluída a primeira fase do estágio que vierem a ser definidos pelo


estágio, o advogado estagiário pode, patrono;
sempre sob orientação do patrono,
d) Colaborar com o patrono
praticar os seguintes atos próprios da
sempre que este o solicite e efetuar os
profissão:
trabalhos que lhe sejam determinados,
a) Todos os atos da competência desde que se revelem compatíveis com
dos solicitadores; a atividade do estágio;
b) Exercer a consulta jurídica. e) Colaborar com empenho, zelo e
2 - O advogado estagiário pode ainda competência em todas as atividades,
praticar os atos próprios da profissão trabalhos e ações de formação que
não incluídos no número anterior, venha a frequentar no âmbito dos
desde que efetivamente acompanhado programas de estágio;
pelo respetivo patrono. f) Guardar sigilo profissional;
3 - O advogado estagiário deve g) Comunicar ao serviço de estágio
indicar, em qualquer ato em que competente qualquer facto que
intervenha, apenas e sempre esta sua possa condicionar ou limitar o pleno
qualidade profissional. cumprimento das normas estatutárias
4 - São deveres do advogado e regulamentares inerentes ao estágio;
estagiário durante todo o seu período h) Cumprir em plenitude todas as
de estágio e formação: demais obrigações deontológicas
a) Observar escrupulosamente e regulamentares no exercício da
as regras, condições e limitações atividade profissional.
admissíveis na utilização do escritório
do patrono;
b) Guardar respeito e lealdade para
com o patrono;
c) Submeter-se aos planos de

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ADVOGADA(O) ESTAGIÁRIA(O) no
REGULAMENTO NACIONAL DE ESTÁGIO
Deliberação n.º 1096-A/2017, de 11 de dezembro
Artigo 18.º
Deveres do
Advogado estagiário

São deveres do Advogado estagiário inerentes ao estágio;


durante todo o seu período de estágio
h) Participar nas sessões de
e formação:
formação obrigatórias;
a) Observar escrupulosamente
i) Subscrever e manter atualizadas
as regras, condições e limitações
apólices de seguro de acidentes
admissíveis na utilização do escritório
pessoais e de responsabilidade civil
do Patrono;
profissional nos termos previstos no
b) Guardar respeito e lealdade para Estatuto da Ordem dos Advogados;
com o Patrono; j) Cumprir em plenitude todas as
c) Submeter -se aos planos de demais obrigações deontológicas
estágio que vierem a ser definidos pelo e regulamentares no exercício da
Patrono; atividade profissional.
d) Colaborar com o Patrono
sempre que este o solicite e efetuar os
trabalhos que lhe sejam determinados,
desde que se revelem compatíveis com
a atividade do estágio; 27808
e) Colaborar com empenho, zelo e
competência em todas as atividades,
trabalhos e ações de formação que
venha a frequentar no âmbito dos
programas de estágio;
f) Guardar segredo profissional;
g) Comunicar ao Centro de Estágio
qualquer facto que possa condicionar
ou limitar o pleno cumprimento das
normas estatutárias e regulamentares

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Direitos e Deveres
direitos e deveres

OBRIGAÇÕES
CURSO DE ESTÁGIO
Deliberação n.º 1096-A/2017, de 11 de dezembro
Artigo 19.º
Conteúdo e objetivos da
primeira fase do curso de
estágio

1 — A primeira fase do Curso de são ainda disponibilizadas pelos


Estágio é constituída pelo trabalho e Centros de Estágio, em articulação
permanência do Advogado estagiário com a CNEF e, preferencialmente, com
no escritório do Patrono e pela a colaboração de outras entidades,
frequência das sessões de formação sessões de formação noutras áreas
disponibilizadas pelos Centros de que sejam relevantes para a formação
Estágio ou determinadas pela CNEF. do Advogado estagiário, considerando,
2 — Os Centros de Estágio designadamente, as que compõem o
disponibilizam sessões de formação elenco constante do n.º 3 do artigo 1.º
obrigatórias, designadamente nas
áreas de deontologia profissional,
Artigo 22.º
prática processual civil e prática
Intervenções, Assistências
processual penal, de acordo com
programas a definir pela CNEF e a
e Peças Processuais
aprovar pelo Conselho Geral.
1 — O Advogado estagiário deve
3 — Os Advogados estagiários devem
realizar intervenções em cinco
participar num mínimo de setenta
audiências de julgamento.
e cinco por cento das sessões de
formação obrigatória de cada uma 2 — Para os efeitos do número anterior,
das áreas de formação. Em caso de são consideradas quer as intervenções
situação de maternidade, doença grave que ocorram em processos que caibam
ou outro motivo justificado de natureza no âmbito da competência própria
semelhante, poderá, sob requerimento, do Advogado estagiário, quer as
e por decisão do Centro de Estágio, ser intervenções que, fora desse âmbito,
considerada justificada a ausência a se realizem com o acompanhamento
sessões de formação até 50 %. e sob a orientação do Patrono ou de
Advogado da confiança deste que
4 — Durante a primeira fase do estágio

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reúna as condições para o exercício da referido no número anterior deverá
função de patrono. ser acompanhado de cópia da ata da
3 — Para além das intervenções diligência.
referidas no n.º 1, o Advogado estagiário 8 — O Advogado estagiário, em
deve assistir, no mínimo, a vinte conjunto com o Patrono, deve elaborar
diligências processuais, das quais, pelo e subscrever seis peças processuais,
menos, cinco em matéria penal e cinco pelo menos.
em matéria cível. 9 — Para os efeitos do número anterior,
4 — Para os efeitos do número são consideradas peças processuais
anterior, são consideradas diligências os articulados, os recursos, as
processuais as sessões de audiências queixas, as acusações particulares, os
de julgamento, de partes e prévias, requerimentos de abertura de instrução
as conferências e as diligências de e as reclamações hierárquicas.
produção de prova, ainda que diante 10 — O Advogado estagiário deve
do Ministério Público ou de órgão de comparecer com regularidade diária
polícia criminal. no escritório do Patrono, salvo motivo
5 — Das vinte assistências justificado, aí assistindo e executando
previstas no n.º 3, dez devem ser em todos os trabalhos e serviços
acompanhamento do Patrono ou de relacionados com a Advocacia,
Advogado da confiança deste que reúna devendo ainda acompanhar o Patrono
as condições para exercer a função de no respetivo serviço externo sempre
Patrono. 6 — O Advogado estagiário que este assim o determine.
deve elaborar um relatório por cada 11 — As intervenções processuais do
uma das intervenções e assistências Advogado estagiário no âmbito do
previstas no n.º 1 e no n.º 3 deste artigo, sistema de acesso ao direito ficam
devendo o Patrono subscrever os que sujeitas aos requisitos estabelecidos no
tenham por objeto as assistências respetivo regime.
realizadas em cumprimento do número
anterior.
7 — Nas intervenções que o Advogado
estagiário tenha realizado no âmbito
da sua competência própria, o relatório

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Direitos e Deveres
direitos e deveres

Artigo 23.º Artigo 25.º


Ações de formação temática e Relatórios
acesso ao direito
1 — O Advogado estagiário elabora
Com vista ao aprofundamento dos o relatório final de estágio em que
conhecimentos técnico- -profissionais descreve a atividade desenvolvida
e ao apuramento da consciência durante todo o tirocínio e demonstra o
deontológica, o Advogado estagiário cumprimento do disposto no artigo 22.º
deve frequentar todas as ações de 2 — O relatório previsto no número
formação que a CNEF ou os Centros de anterior é subscrito, sob compromisso
Estágio organizem ou cuja frequência de honra, pelo Advogado estagiário
imponham, bem como participar no e pelo Patrono, devendo este, em
regime do acesso ao direito e à justiça declaração nele aposta, atestar a
no quadro legal vigente. veracidade do seu conteúdo, sem
prejuízo da responsabilidade disciplinar
e criminal que ao caso caiba, havendo
Artigo 24.º
falsidade.
Deveres específicos do
Advogado estagiário 3 — O Patrono emite também parecer
fundamentado sobre a aptidão do
Advogado estagiário para o exercício
Constituem ainda deveres do
da advocacia.
Advogado estagiário durante a
segunda fase do estágio: 4 — Quando o estágio tiver decorrido
sob a direção sucessiva de dois ou
a) Participar nos processos judiciais
mais Patronos, deve cada Patrono,
que lhe forem confiados no quadro
em relação ao período do estágio
legal e regulamentar vigente e
que orientou, atestar a veracidade do
solicitar ao Patrono apoio no respetivo
relatório do Advogado -estagiário e
patrocínio;
emitir parecer sobre o seu desempenho,
b) Participar no regime do acesso ao devendo a ponderação final do
direito e à justiça em conformidade conjunto dos relatórios ser efetuada
com o quadro legal vigente; pelo Presidente do Centro de Estágio,
c) Apresentar os relatórios da sempre que tal se justifique.
sua autoria, previstos no presente 5 — Verificando -se impossibilidade
Regulamento, referentes a todas as ou recusa injustificada do Patrono em
suas atividades de estágio. atestar a veracidade do relatório ou
emitir parecer nos termos dos números
anteriores, cabe ao Presidente do
Centro de Estágio a prática desses

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atos, com base na análise do trajeto
formativo do Advogado estagiário e
da documentação que for julgada
necessária.

CENTRO DE ESTÁGIO
COORDENAÇÃO SECRETARIADO CENTRO DE ESTUDOS
Isabel Carmo Leonilde Tomé Sandra Baptista
isabel.carmo@crl.oa.pt leonilde.tome@crl.oa.pt Marta Pereira
21 312 98 79 centro.estudos@crl.oa.pt
SECRETARIADO 213 129 850
09h00 - 21h45 Raquel Esteves
raquel.esteves@crl.oa.pt MOODLE
André Rodrigues 21 312 98 79 Sofia Galvão
andre.rodrigues@crl.oa.pt moodle@crlisboa.org
21 312 98 79 213 129 850

APOIO INFORMÁTICO
E DOCUMENTAL
Rui Martins
informacoes.cfo@crl.oa.pt
213 129 850

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