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Reserva Renascer será uma das primeiras localidades do Pará a ser contemplada pela

iniciativa, beneficiando 205 famílias até o final do ano

Com o objetivo de levar energia elétrica para mais de 10 mil famílias região amazônica, o
governo brasileiro assinou o primeiro Termo de Compromisso do programa Mais Luz para a
Amazônia. Esse contrato inicial, que diz respeito a áreas no estado do Pará, foi firmado com a
concessionária local Equatorial Para Distribuidora de Energia SA. Segundo informações do
governo, a expectativa é que, até 2022, cerca de 10.593 famílias serão beneficiadas pelo
programa.

O programa MLA foi lançado oficialmente em fevereiro e tem como meta fornecer energia
solar a 70.000 famílias em áreas remotas da Amazônia Legal. A distribuidora brasileira de
energia Centrais Eletricas Brasileiras SA (BVMF: ELET3), ou Eletrobras, lidera a iniciativa.

A reserva extrativista Renascer será uma das primeiras localidades do Pará a ser
contemplada pelo programa, beneficiando 205 famílias até o final de 2020. Além do Pará,
mais oito estados compõem a região da Amazônia Legal – Acre, Amapá, Amazonas, Mato
Grosso, Rondônia, Tocantins e Maranhão.

“O que pode parecer simples para a gente, como acender uma lâmpada ao se levantar à
noite, poder tomar um copo de água gelada ou assistir televisão após um longo dia de
trabalho passarão a fazer parte da vida dessas pessoas. De imediato, as pessoas terão mais
conforto em suas casas e em suas vidas. Em seguida, virão os benefícios com educação,
segurança e saúde. E tudo isso junto, com certeza, levará essas comunidades para um novo
patamar de satisfação, contribuindo de forma bastante positiva para a melhoria das suas
atividades e até mesmo para o desenvolvimento de novas”, afirmou o coordenador geral de
desenvolvimento de políticas sociais do MME (Ministério de Minas e Energia), Paulo Cerqueira
em fevereiro deste ano, no lançamento do projeto.

De acordo com o MME, para se chegar a algumas localidades, pode se levar até 14 dias,
partindo de Manaus (AM), e a chegada da eletricidade irá diminuir a vulnerabilidade social e
econômica, fortalecendo o exercício da cidadania, o bem-estar e a dignidade para a vida
dessas pessoas.

“São famílias que moram distantes das redes elétricas. Por causa das condições geográficas
e ambientais dessas regiões, não temos condições técnicas ou econômicas para estender as
redes até essas localidades. O Programa irá utilizar os mais recentes avanços da geração de
energia elétrica, inclusive fonte solar, instalando sistemas individuais ou coletivos pelas
distribuidoras locais, que serão responsáveis pela operação e manutenção desses sistemas,
garantindo assim a geração contínua de energia para os novos consumidores”, explicou o
Secretário-adjunto de Energia Elétrica, Domingos Andreatta. 

Famílias residentes em área de conservação, além de escolas e postos de saúde, também


terão atendimento com prioridade. O programa será custeado pela CDE (Conta de
Desenvolvimento econômico). 

A região Amazônica conta com 370 MW de geração por sistemas fotovoltaicos. Para Marcelo
Moraes, presidente da Associação Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE), a
região tem um grande potencial para gerar energia solar, como uma alternativa para substituir
a exploração de recursos hidrelétricos. “Na Amazônia, há um mosaico de áreas protegidas,
inviabilizando a exploração de recursos hidrelétricos. No país, 37% do território nacional é
protegido, são 450 reivindicações de terras indígenas”, pontuou Moraes.

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO


Publicado em: 06/02/2020 | Edição: 26 | Seção: 1 | Página: 6
Órgão: Atos do Poder Executivo

DECRETO Nº 10.221, DE 5 DE FEVEREIRO DE 2020

Institui o Programa Nacional de


Universalização do Acesso e
Uso da Energia Elétrica na
Amazônia Legal - Mais Luz
para a Amazônia.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe


confere o art. 84,caput, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em
vista o disposto no art. 13,caput,inciso I, da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002,
DECRETA:
Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Universalização do
Acesso e Uso da Energia Elétrica na Amazônia Legal - Mais Luz para a Amazônia,
com a finalidade de fornecer o atendimento com energia elétrica à população
brasileira residente em regiões remotas da Amazônia Legal.
§ 1º São beneficiárias do Programa Mais Luz para a Amazônia as
famílias e as respectivas unidades de apoio socioeconômico e as demais
unidades consumidoras situadas em:
I - regiões remotas da Amazônia Legal que ainda não tiveram acesso
ao serviço público de energia elétrica; e
II - regiões remotas da Amazônia Legal que tenham geração de fonte
de energia elétrica não renovável.
§ 2º São prioridades para o atendimento:
I - as famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal;
II - as famílias beneficiárias de programas de governo federal, estadual
ou municipal que tenham por objeto o desenvolvimento social e econômico;
III - os assentamentos rurais, as comunidades indígenas, os territórios
quilombolas e as demais comunidades localizadas em reservas extrativistas ou
impactadas diretamente por empreendimentos de geração ou de transmissão de
energia elétrica cuja responsabilidade não seja do próprio concessionário;
IV - as escolas, os postos de saúde e os poços de água comunitários;
e
V - as famílias residentes em unidades de conservação.
§ 3º Consideram-se regiões remotas os pequenos grupamentos de
consumidores situados em sistema isolado, afastados das sedes municipais, e
caracterizados pela ausência de economias de escala ou de densidade, conforme
disposto no inciso II do caput do art. 2º do Decreto nº 7.246, de 28 de julho de
2010.
§ 4º O Ministério de Minas e Energia articulará, com os demais
Ministérios e com outros órgãos e entidades que julgar conveniente, a
implementação de ações de desenvolvimento socioeconômico para as quais seja
necessária a disponibilidade do serviço público da energia elétrica.
Art. 2º O Ministério de Minas e Energia definirá as metas e os prazos
do Programa Mais Luz para a Amazônia de acordo com as metas de
universalização estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel
em cada Estado ou cada área de concessão ou de permissão, considerados:
I - o atendimento a beneficiários com prioridade conforme estabelecido
no § 2º do art. 1º; e
II - a disponibilidade orçamentária e financeira dos recursos previstos
no art. 6º.
§ 1º As concessionárias, as permissionárias e as autorizadas de
serviço público de instalações de distribuição de energia elétrica que atuam na
Amazônia Legal ficam obrigadas a aderir ao Programa Mais Luz para a Amazônia,
considerada a necessidade de atendimento à totalidade do mercado prevista
na Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009.
§ 2º A Aneel verificará o cumprimento das metas definidas, em
periodicidade, no máximo, igual àquela estabelecida nos contratos de concessão
para cada revisão tarifária, de modo que os desvios repercutam no resultado dos
processos tarifários, conforme regulamentação editada pela Aneel.
Art. 3º O Programa Mais Luz para a Amazônia vigerá até 31 de
dezembro de 2022, com possibilidade de prorrogação até a conclusão da
universalização do acesso à energia elétrica nas regiões remotas dos Estados da
Amazônia Legal.
Art. 4º Os atendimentos nas regiões remotas serão realizados por meio
de fontes renováveis de geração de energia elétrica, com vistas a integrar a
eficiência energética às opções tecnológicas estabelecidas no manual de
operacionalização do Programa Mais Luz para a Amazônia, a ser editado pelo
Ministério de Minas e Energia.
§ 1º O Ministério de Minas e Energia definirá a potência que o sistema
de geração de energia elétrica disponibilizará no ponto de entrega, a fim de
atender às instalações elétricas da unidade consumidora.
§ 2º O aumento da potência disponibilizada ficará condicionado ao
pagamento da participação financeira do consumidor, conforme regulamentação
editada pela Aneel.
Art. 5º Os atendimentos às regiões remotas, de que trata o Decreto nº
7.246, de 2010, serão contratados pelo Programa Mais Luz para a Amazônia,
conforme diretrizes estabelecidas pelo Ministério de Minas e Energia.
§ 1º Para os atendimentos às regiões remotas a que se refere o caput,
os ativos de geração de energia elétrica, com ou sem redes associadas, serão
considerados, para todos os efeitos, vinculados à distribuição de energia elétrica.
§ 2º Para os atendimentos às regiões remotas a que se refere o caput,
a Aneel estabelecerá o custo referente à prestação do serviço de operação e de
manutenção de sistemas de geração, com ou sem redes associadas.
Art. 6º Os recursos necessários ao custeio do Programa Mais Luz para
a Amazônia serão oriundos:
I - de agentes do setor elétrico;
II - da Conta de Desenvolvimento Energético, instituída como
subvenção econômica pela Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002; e
III - de outras fontes a serem regulamentadas pelo Ministério de Minas
e Energia, em conjunto com outros órgãos governamentais.
Parágrafo único. As liberações dos recursos financeiros obedecerão ao
disposto na Lei nº 10.438, de 2002, no Decreto nº 9.022, de 31 de março de 2017 ,
e no manual de operacionalização do programa Mais Luz para a Amazônia.
Art. 7º O Ministério de Minas e Energia coordenará o Programa Mais
Luz para a Amazônia e designará órgão ou entidade responsável por
operacionalizá-lo.
Parágrafo único. O Programa Mais Luz para a Amazônia será
executado na forma prevista no Manual de Operacionalização do Programa Mais
Luz para a Amazônia e nas demais normas complementares que disciplinem a
matéria.
Art. 8º Os contratos celebrados em conformidade com o Manual para
Atendimento às Regiões Remotas dos Sistemas Isolados destinados ao
atendimento dos beneficiários descritos no § 1º do art. 1º que estejam vigentes na
data de publicação deste Decreto terão suas metas e seus custos incluídos no
Programa Mais Luz para a Amazônia.
Art. 9º Fica revogado o art. 1º-B do Decreto nº 7.520, de 8 de julho de
2011.
Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 5 de fevereiro de 2020; 199º da Independência e 132º da
República.
O Amazonas terá orçamento de R$ 110.824.842,00 para os programas Mais Luz Para a
Amazônia e Luz Para Todos para o ano de 2021. O Ministério de Minas e Energia aprovou a
proposta de orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A portaria com
definição orçamentária foi publicada nesta terça-feira, 15/9, no Diário Oficial da União. 
Ao todo, R$ 1.133.691.540,35 serão investidos nos dois programas em 13 estados do Norte,
Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. O orçamento tem como meta levar energia elétrica para
97.754 famílias nesses estados. 
O Amazonas tem quinto maior orçamento entre os 13 estados contemplados pelos programas
governamentais de energia elétrica e tem meta de atender 6.349 famílias no próximo ano.
ORÇAMENTO POR ESTADO

1. Pará: R$ 273.128.625,00 Meta: 21.040 famílias


2. Roraima: R$ 159.353.156,58 Meta: 10.175 famílias
3. Bahia: R$ 154.717.302,00 Meta: 24.332 famílias
4. Rondônia: R$ 112.457.652,00 Meta: 6.393 famílias
5. Amazonas: R$ 110.824.842,00 Meta: 6.349 famílias
6. Maranhão: R$ 73.606.412,00 Meta: 9.241 famílias
7. Acre: R$ 67.458.565,47 Meta: 2.659 famílias
8. Piauí: R$ 57.051.478,00 Meta: 7.208 famílias
9. Amapá: R$ 56.753.168,00 Meta: 2.050 famílias
10. Mato Grosso do Sul: R$ 31.053.993,30 Meta: 209 famílias
11. Goiás: R$ 20.868.546,00 Meta: 4.714 famílias
12. Tocantins: R$ 11.251.800,00 Meta: 561 famílias
13. Mato Grosso: R$ 5.166.000,00 Meta: 2.823 famílias

A Eletrobras é órgão responsável operacionalização do programa Mais Luz Para Amazônia


(MLA). Em decorrência da participação da Eletrobras no programa Luz Para Todos (LPT)
desde sua criação, a empresa detém a totalidade das metodologias e ferramentas de
operacionalização das atividades de eletrificação rural, como a análise técnica e orçamentária
dos programas de obras apresentados pelos Agentes Executores, a fiscalização física e
financeira dos contratos e a elaboração das informações para que a Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica possa fazer as liberações financeiras da CDE.

O Luz Para Todos foi criado em 2003. Já Mais Luz Para Amazônia foi lançado em fevereiro de
2020 e duração prevista até 2022 com prioridade no atendimento de famílias de baixa renda,
que estejam incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) ou que sejam
beneficiárias de políticas de combate à pobreza por parte dos governos federal e estaduais. Os
grupos prioritários também incluem moradores de assentamentos rurais e comunidades
indígenas, quilombolas e famílias residentes em unidades de conservação. A criação do MLA
não extinguiu o LPT.
Luz Para Todos foi criado em 2003 e já levou energia elétrica para milhares de famílias.
FOTO: AMAZONAS ENERGIA
Em 2020, a Amazônia passou contar com mais programa para levar energia elétrica para áreas
isoladas e que não são atendidas pela rede.
FOTO: AMAZONAS ENERGIA

Em 2020, a Amazônia passou contar com mais programa para levar energia elétrica para áreas
isoladas e que não são atendidas pela rede.
FOTO: AMAZONAS ENERGIA

Em 2020, a Amazônia passou contar com mais programa para levar energia elétrica para áreas
isoladas e que não são atendidas pela rede.
F Em 2020, a Amazônia passou contar com mais programa para levar energia elétrica para áreas
isoladas e que não são atendidas pela rede.

POSTS FO Em 202

Programa Mais Luz para a Amazônia usará


solar FV em áreas remotas
21/10/2020 em Tecnologias que ajudam o meio ambiente
A primeira região contemplada será a de Marajó, no Pará, que incluirá na
rede 42 mil pessoas até 2022.

O programa federal Mais Luz para a Amazônia autorizou o início da


implantação de sistemas isolados com energia solar fotovoltaica. O primeiro
contrato foi para a distribuidora paraense, a Equatorial Energia Pará, assinado
dia 9 de outubro, que passará a implantar as usinas FV em áreas remotas de
comunidades na região de Marajó.

A Equatorial vai dar início aos projetos ainda neste ano, e o objetivo é fazer,
até 2022, 10 mil ligações de famílias que hoje não estão conectadas à rede, o
que abrangerá cerca de 42 mil pessoas. As obras e serviços envolverão
investimentos de R$ 400 milhões.

Criado em fevereiro de 2020, o programa Mais Luz para a Amazônia tem a


meta de atender 350 mil pessoas, com 82 mil ligações, na região Norte do
País, com investimentos totais de R$ 3 bilhões. A partir da instalação da
energia elétrica, cuja escolha recaiu sobre a solar FV, a ideia é que as
comunidades passem a receber as demais políticas públicas, como a
construção de postos de saúde, escolas e outras ações.

O programa atenderá a população residente em regiões remotas dos estados


que compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso,
Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão. A primeira localidade contemplada
com uma miniusina será a reserva extrativista renascer, onde até o fim do ano
205 famílias, com 820 pessoas, passarão a contar com energia solar.

As distribuidoras, para implantar os sistemas, contam com recursos do


BNDES, com prazos de vinte anos de financiamento, incluindo cinco anos de
carência. A depender da situação, o investimento pode ser a fundo perdido.

Créditos da matéria: https://www.arandanet.com.br/

Créditos da imagem: Divulgação

Confira a matéria na íntegra

Comunidade indígena do
Amazonas ganha polo de
telessaúde abastecido com
energia solar
Infraestrutura garante segurança para a prestação de
serviços de saúde, além de possibilitar atendimentos à
distância, a fim de evitar o deslocamento de pacientes e
profissionais.
Por Manaus da Hora
 Publicado 16/11/20
 
 
 

Com objetivo de fortalecer o serviço de telemedicina, diminuindo os


impactos da Covid-19 e melhorando o atendimento de saúde em
comunidades remotas da Amazônia, a Fundação Amazonas Sustentável
(FAS), em parceria com Empowered by Light, realizou a instalação de
placas solares na Terra Indígena Kumaru do Lago Ualá, localizada no
município de Juruá, a 674 quilômetros de Manaus.
A iniciativa beneficia mais de 105
famílias do povo Madija Kulina, que vivem na aldeia Boca do Pau-Pixuna.
No local, há um Polo Base do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI)
Médio Rio Solimões e Afluentes (MRSA), que funcionava apenas com
gerador de energia movido à combustível, uma fonte não renovável,
poluente e cara.

“Agora eles terão energia limpa, de qualidade e que não vai afetar o meio
ambiente, além de acesso à internet para se comunicar com a sede do
município ou Manaus. Com isso, poderão ter atendimento médico à
distância, que é super importante para ajudar no diagnóstico e prevenção
de doenças”, destaca o gerente do programa Floresta em Pé da FAS,
Edvaldo Corrêa.

Com o novo sistema, o trabalho dos profissionais de saúde será facilitado


e os moradores não precisarão se deslocar até a cidade para garantir
assistência médica. Segundo a enfermeira assistencial, Claudia Mariscal,
a falta de energia tornava o translado necessário até mesmo para
tratamentos que poderiam ser realizados no local, aumentado
consideravelmente os custos com a logística.

“Quando temos uma criança, por exemplo, com pneumonia. É uma


doença que a gente pode tratar aqui mesmo no polo. Mas, devido à falta
de energia, não tem como fazer a nebulização, que é a inalação. Então,
temos que remover a criança para o município mais próximo”, explica,
destacando também que os atendimentos noturnos eram realizados
apenas com o auxílio de uma lanterna, tornando o trabalho ainda mais
desafiador.

Para o morador da aldeia, Ulisses


Ramos, abandonar a fumaça, o barulho e os gastos acarretados pelo
gerador à diesel representa um sonho realizado. “Ninguém sente nada, é
só a placa mesmo com a luz do sol. Se chama ‘luz de deus’. Estamos
achando muito bom isso”, afirma. Uma nova realidade que ele deseja,
inclusive, que se estenda para toda a comunidade no futuro: “A gente
precisa dessa energia, não é só para se ‘alumiar’, é pra saúde”.

Saúde online

Além de gerar economia financeira e reduzir os impactos ambientais, a


instalação do sistema ampliará a prestação do serviço de telemedicina,
que permite aos indígenas atendimento médico gratuito com o auxílio da
internet.

Com a pandemia do novo coronavírus, a conexão com a rede tem sido


uma importante aliada dos profissionais que atuam em regiões remotas,
pois possibilita o recebimento de orientações e treinamentos para o
acompanhamento adequado dos casos suspeitos da Covid-19, bem
como um trabalho integrado para prevenir a transmissão na comunidade.

O atendimento médico online é realizado através de uma parceria entre a


FAS e o sistema de Telessaúde da Universidade do Estado do
Amazonas (UEA), que disponibiliza orientação técnica e capacitação
para os agentes de saúde, assim como acolhimento psicológico para os
profissionais e moradores, principalmente para evitar deslocamentos,
garantir segurança e bem-estar para as comunidades.

 A estratégia faz parte da atuação da “Aliança dos Povos Indígenas e


Populações Tradicionais e Organizações Parceiras do Amazonas para o
Enfrentamento do Coronavírus”, iniciativa coordenada pela FAS, em
conjunto com mais de 112 parceiros, para reduzir as consequências
sanitárias, sociais e econômicas provocadas pelo vírus. Além dos
teleatendimentos, o projeto tem trabalhado desde o início para estruturar
diversos polos de telessaúde em comunidades e aldeias, com instalação
de pontos de internet e energia solar.

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0, a Amazônia pa Após a assinatura do primeiro termo de compromisso do Programa Mais Luz para
a Amazônia, do Governo Federal, a Equatorial Energia Pará dará início em 2021 no processo para
instalação dos sistemas com energia solar fotovoltaica na região do Marajó. O programa foi criado
para promover o acesso à energia elétrica para a população brasileira que reside nas regiões
remotas dos estados da Amazônia Legal. A primeira etapa do programa prevê a instalação de
placas solares nas residências de 11 mil famílias do Marajó, que ainda utilizam gerador movido a
óleo diesel.

Com a implantação dos sistemas, as localidades poderão ser contempladas com outras políticas
públicas, como a construção de postos de saúde e escolas. Como exemplo temos a Reserva
Extrativista Renascer, localizada no município de Prainha, que também será beneficiada pelo
Programa Mais Luz para Amazônia e receberá sistemas de geração de energia solar para
atendimento a 205 famílias.

Essa realidade que, gradativamente, vai chegando às famílias do Marajó, já faz parte da vida de
cidadãos de outras localidades do Estado, por meio do trabalho da Equatorial Pará. Como é o caso
da Reserva Extrativista (RESEX) Verde Para Sempre, localizada em Porto de Moz, no Oeste do
Pará. Em 2018, foram instalados cerca de 2 megawatts de potência para atender os moradores
das zonas rurais. Um investimento na ordem de R$62 milhões, que atendeu ainda escolas
municipais, postos de saúde e centros comunitários do interior da reserva, totalizando 2.334
unidades consumidoras.

A distribuidora atendeu ainda com este tipo de solução, baseada em fonte renovável solar, os
moradores das ilhas do entorno da UHE Tucuruí, no sudeste do Estado. As instalações dos
sistemas para atendimento a 1.408 famílias cadastradas foram concluídas em 2019 e todas elas já
estão utilizando a energia fotovoltaica, que garante qualidade, segurança e mais desenvolvimento
para a região. Todas essas instalações, incluindo as de Porto de Moz, foram realizadas por meio
do Programa Luz para Todos.

Para o presidente da Equatorial Pará, Marcos Almeida, essas iniciativas são importantes para
garantir a expansão do fornecimento de uma energia elétrica com qualidade e a partir de uma fonte
renovável. “Para a distribuidora, é uma grande satisfação poder levar para as comunidades
situadas em regiões distantes uma energia sustentável, que vai proporcionar melhoria na qualidade
de vida, no acesso a geração de emprego e crescimento econômico”, avalia o presidente.

TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL – Os painéis solares possuem vida útil de 20 anos com
manutenção mínima e não possuem risco de supressão de vegetação ou outros impactos da
natureza, comparado com outras tecnologias de geração. Outra vantagem é o menor custo de
investimento em comparação a linhas de transmissão. Tomando como exemplo a RESEX Verde
Para Sempre e entrando na esfera ambiental, é possível contabilizar mais 2.100 toneladas de
CO2/ano que deixarão de ser lançados para a atmosfera, caso fosse utilizado um grupo gerador de
1 kVA de potência para atender a cada um dos clientes da reserva.

ssou contar com mais programa para levar energia elétrica para áreas isoladas e que não são
atendidas pela rede.
FOTO: AMAZONAS ENERGIA

Painel fotovoltaico é atualmente a tecnologia mais utilizada para gerar energia


elétrica a partir da energia solar, que é considerada uma energia
limpa, renovável e inesgotável. Eles são utilizados tanto para mini geração de
energia, como em residências e empresas, quanto para geração em grande escala,
como em usinas elétricas.

     A energia elétrica gerada através do painel fotovoltaico poderá ser utilizada no
local, durante sua geração ou, caso esteja gerando mais energia do que consumindo,
injetado na rede elétrica, gerando créditos com a concessionária da energia que
poderão ser utilizados posteriormente. Além disso, os créditos poderão ser utilizados
também, em outro local, desde que esteja registrado com o mesmo CPF/CNPJ do
local onde as placas estão instaladas e, uma vez que são creditados em quantidade
de energia, não estão sujeitos a mudanças na tarifa, como no caso das bandeiras, ou
aumento de impostos.
    Além dos benefícios já citados, pode-se considerar um investimento de médio a
longo prazo, uma vez que seu sistema tem uma vida útil de 25 anos, enquanto que
seu médio é de 5 anos.
AMAZONAS ENERGIA
OTO: AMAZONAS ENERGIA

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