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10.

O carvalho e o bambu
O carvalho, que é sólido e imponente, nunca se curva com o vento. Vendo que o
bambu se inclinava todo quando o vento passava, o carvalho lhe disse:

— Não se curve, fique firme, como eu faço.

O bambu respondeu:

— Você é forte, pode ficar firme. Eu, que sou fraco, não consigo.

Veio então um furacão. O carvalho, que enfrentou a ventania, foi arrancado com
raízes e tudo. Já o bambu se dobrou todo, não opôs resistência ao vento e
ficou em pé.

A história do carvalho e do bambu é das poucas que não conta com a


presença de animais ou do homem. Aqui os dois personagens principais
são árvores muito diferentes: enquanto o carvalho é conhecido por ser
forte, o bambu é lembrado por ser frágil.

O que parecia ser o ponto negativo do bambu - a sua fragilidade - foi o que
garantiu que continuasse vivo depois da ventania. O poderoso carvalho,
por sua vez, acabou sendo arrancado com o vento apesar de todo o seu
porte.

A história nos mostra que aquilo que consideramos ser o nosso maior
defeito pode, muitas vezes, ser a nossa maior qualidade.

11. O leão e o ratinho


Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa
árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.

Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata.
Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que
fosse embora.

Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não
conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.

Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o
leão.

Uma boa ação ganha outra.


A história do leão e do ratinho nos fala sobre compaixão e solidariedade.

O leão capturou o ratinho que, depois de muito implorar, acabou sendo


libertado. Sentindo-se em dívida com o leão, depois de algum tempo foi o
próprio ratinho que salvou a vida do rei da selva depois de o ajudar a sair
de uma rede de caçadores.

A fábula do animal mais forte da floresta e do mais frágil nos ensina que
devemos sempre ajudar uns aos outros porque um dia somos nós a pedir
ajuda e, no outro, somos nós a sermos ajudados.

12. As árvores e o machado


Havia uma vez um machado que não tinha cabo. As árvores então resolveram
que uma delas lhe daria a madeira para fazer um cabo. Um lenhador,
encontrando o machado de cabo novo, começou a derrubar a mata. Uma árvore
disse à outra:

— Nós mesmas é que temos culpa do que está acontecendo. Se não tivéssemos
dado um cabo ao machado, estaríamos agora livres dele.
Na história das árvores e do machado vemos que as árvores, solitárias,
ajudaram o velho machado sem cabo e acabaram sendo vítimas de
uma injustiça.

Cheias de boas intenções, elas se reuniram para resolver o problema do


machado. O que não sabiam é que a consequência de ajudarem o outro era
comprometer o próprio futuro delas.

A história ilustra que, às vezes, somos movidos por boas intenções, mas
acabamos recebendo em troca um castigo que não merecíamos.

13. Calúnia
Uma mulher tanto falou que seu vizinho era um ladrão que o rapaz acabou
sendo preso. Dias depois, descobriram que ele era inocente. O rapaz, então, foi
solto e processou a mulher.

— Comentários não causam tanto mal, disse ela em sua defesa diante do
tribunal.

— Escreva os comentários num papel, depois pique-o e jogue os pedaços no


caminho de casa. Amanhã, volte para ouvir a sentença, respondeu o juiz. A
mulher obedeceu e voltou no dia seguinte.

— Antes da sentença, terá que recolher todos os pedaços de papel que espalhou
ontem, disse o juiz.
— Impossível, respondeu ela. Já não sei onde estão.

— Da mesma maneira, um simples comentário pode destruir a honra de um


homem, e depois você não tem como consertar o mal, respondeu o juiz,
condenando a mulher à prisão.

Em Calúnia vemos como é grave fazer uma acusação sem termos prova
daquilo que dizemos. A vizinha, leviana, acusou o rapaz de ser ladrão sem
ter certeza daquilo que dizia.

Afinal o jogo virou, ele foi inocentado e ela percebeu o quão grave é
incriminar uma pessoa sem ter as devidas evidências.

O juiz, muito didático, foi capaz de explicar de uma forma muito simples -
através de uma folha de papel - como é grave fazer uma acusação.

14. Estrelas-do-mar
Havia um homem que morava numa bela praia, junto a uma colônia de
pescadores. Num dos seus passeios matinais, ele viu um jovem jogando de volta
ao oceano as estrelas-do-mar que estavam na areia.

— Por que você faz isso?, perguntou o homem. Porque a maré está baixa, e elas
vão morrer.

— Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praia por este mundo e


centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela areia. Que diferença
você pode fazer?

O jovem pegou mais uma estrela e atirou-a no oceano. Depois virou-se para o
homem respondendo:

— Para esta, eu fiz uma grande diferença.

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