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NUMEROLOGIA NO GRAU DE APRENDIZ

Depois de recebido as quatro primeiras instruções, nós Aprendizes começamos a perceber como a
utilização dos números tem sua simbologia na Maçonaria. E devemos aqui observar que não
somente na Maçonaria, mas em nossas vidas e nos anos mais remotos do mundo, desde a sua
criação, os números têm suas simbologias e seus significados.

Na Quinta Instrução, o Aprendiz completa os conhecimentos que necessita para não somente
avançar nos graus, através do aumento de salário, mas para começar definitivamente a desbastar a
Pedra Bruta que o era quando aqui foi iniciado. Através dos números descritos na Quinta Instrução,
vemos que eles tornam-se símbolos, e constantemente estamos acerca de seus significados.

Desde a antiguidade a humanidade tem utilizado os números de forma emblemática e seu


entendimento de valor simbólico. Cada povo desenvolveu um sistema próprio sempre relacionando
as letras, isoladamente ou em sequências sonoras, aos algarismos. Assim podiam relacionar
significados aos nomes, avaliar nomes e fazer previsões para o futuro das pessoas e de entidades,
segundo suas tradições. Gregos, romanos, egípcios e chineses os utilizaram.

O título de Pai da Numerologia moderna é dedicado ao matemático Pitágoras, conhecido pela


contribuição à matemática, principalmente na aritmética. Ele criou a base para a numerologia que
hoje utilizamos conhecida como numerologia pitagórica. Pitágoras foi primordialmente místico e
filósofo, nasceu na ilha grega de Samos, em torno de 582 A.C., no Mar Egeu; deixou muito cedo à
casa dos pais, viajando para o Egito, onde foi iniciado em doutrinas matemáticas. Pitágoras ensinava
que “A evolução é a lei da vida; o número é a lei do universo; e a unidade é a lei de Deus”. Ensinava
também, que os números são diferentes dos algarismos ou números naturais, “Os números
representam qualidades; os algarismos representam quantidades. Os números operam no plano
espiritual, enquanto os algarismos servem para medir as coisas no plano material”.

A Numerologia por ser uma ciência tão antiga quanto à Astrologia, com o tempo sofreu alterações, e
os próprios valores numéricos das letras do alfabeto atribuídos a Pitágoras sofreu alterações e
distorções que podem ser constatadas com facilidade, pois pela tradição cabalística a letra G tem
vibração três, e que sendo a Terceira Letra Grega, tem recebido da maioria dos numerólogos o valor
de sete, seguindo a ordem alfabética atual. Quanto aos números, e sua simbologia na maçonaria,
tento explicar aqui meu entendimento sobre tudo o que me fui instruído.

Do número 01, a unidade, pouco podemos falar, pois ela só existe em razão de outros números. A
unidade tem sentido de absoluto, e, para entendermos a razão dos outros números, temos que torná-
lo real, ou sair do absoluto, e o tornar concreto. O número dois, nós aprendizes não devemos nos
aprofundar em nossos estudos, pois estando ainda na faze do experimento e da observação, esse
número torna-se perigoso, pois induz o aprendiz à dúvida, ao desequilíbrio, a contradição.
A representatividade do número dois dá-se pela divisão, do bem e do mal, da luz e das trevas.
Portanto o aprendiz deve prosseguir nos seus estudos a partir do equilíbrio, acrescentando uma
unidade ao número 02: quebra-se a instabilidade, refaz-se o equilíbrio, e surge o número 03.

Nesse momento, o Aprendiz começa a associar a coincidência do número três com o Grau de
Aprendiz-Maçom: três batidas, três passos, três anos, etc. O número três, com várias
representatividades em nossa loja, é o símbolo da verdade, da luz (Fogo, Chama e Calor), das três
qualidades essenciais do Aprendiz-Maçom: amor ou Sabedoria, Vontade e Inteligência.

Nossa Loja, para ser justa e perfeita, deve estar apoiada em Três Fortes Pilares: Sabedoria, Força e
Beleza. Para ser governada, uma loja justa e perfeita deve ser governada por três, as três grandes
luzes da Loja: o Venerável Mestre no oriente, o 1º Vigilante no Norte e o 2º Vigilante no Sul, ambos
os vigilantes no ocidente.

Voltando as qualidades essenciais do Maçom e também para a Governança da Loja, vemos que as
qualidades, e as três luzes, não podem existir separadas: separadas não agiriam em equilíbrio, em
harmonia, em perfeição. Todo maçom, para ser digno de colocar a simbologia dos Três Pontos ao
seu nome, deve cultivar as três qualidades essenciais.

Sob outros pontos de vista, em nossas vidas, em nosso cotidiano, temos a representatividade do
número três em diversas formas:

- Do tempo: presente, passado e futuro;

- Da família: pai, mãe e filho;

- Da trindade cristã: pai, filho e espírito santo;

Auxiliado pelos demais Irmãos da Loja, sob orientação do Venerável Mestre e das instruções
recebidas, espero ter concluído a primeira de muitas etapas no desbaste desta pedra bruta que aqui
cheguei.

Que meus pensamentos, minhas palavras e atitudes façam jus ao juramento que fiz ao ingressar
nessa sublime instituição, augusta e respeitável, ao qual estou aprendendo a amar e a tomar como
referência para minha vida.

Que eu possa galgar os degraus da Escada de Jacó com a sabedoria nos meus caminhos trilhados,
com a força a animar meu espírito e com a beleza adornando minhas ações, e que as faça com amor
ou sabedoria, vontade e inteligência.

Rogo que o Grande Arquiteto do Universo a todos ilumine a guarde.

(Trabalho apresentado pelo Ir.’. A .’. M.’. : Rennan de Paiva Lopes - Referente ao aumento de salário.)

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